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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Centro de Formação de Professores

FICHAMENTO:
DEPOIS DA COTAS: AS POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE PERMANÊNCIA
NA UFBA.

Dyane Brito Reis


Erieide Carla1

1. Ações Afirmativas e as Cotas Raciais:


 “O Brasil assistiu, durante os primeiros anos deste século, a
implementação de diversas políticas de ações afirmativas com recorte racial.
Embora tais políticas envolvam uma série de medidas que visam neutralizar e
compensar os efeitos negativos da discriminação racial, as cotas raciais (para
pretos, pardos e índios) no vestibular de ingresso para as universidades públicas
tomou o centro da discussão. Aliás, ação afirmativa ficou conhecida no país
como sinônimo de cotas na universidade.”
(página 01)
2. Os Programas Institucionais:
 “Buscaremos aqui (re)atualizar este debate, apresentando alguns
resultados sobre a permanência de estudantes negros na UFBA, a partir de 1
Projeto e 2 Programas Institucionais de garantia de permanência. Entendemos
que as Políticas de Ações Afirmativas no ensino superior público brasileiro devem
extrapolar o seu objetivo imediato, qual seja, a inclusão de estudantes negros nos
cursos universitários.”

(página 02)

3. Os Movimentos Sociais Negros:


 “De um modo geral, o Estado Brasileiro, pressionado pelos movimentos
sociais negros, empreendeu algumas ações no sentido da garantia das ações
afirmativas em educação e alguns recursos foram investidos em programas de
permanência.”

(página 07)
4. O Programa Permanecer:
 “O Programa Permanecer foi criado, no ano seguinte à implementação da
PROAE, com recursos oriundos da política de descentralização orçamentária da
SESU/MEC, cuja aplicação foi destinada a bolsas de permanência (UFBA;
2009). O Programa - criado para atender um dos eixos da Política de Ações
Afirmativas da UFBA - tem sua concepção pautada na garantia de permanência
e integração na vida universitária de estudantes em situação de vulnerabilidade
socioeconômica.”
(página 07)
1
Estudante do 2º Semestre de Pedagogia da UFRB.
Amargosa
2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Centro de Formação de Professores

5. Auto-Declaração Racial:
 “Acreditamos que a ausência dessa formação pode ser a responsável
ainda pelo percentual tão baixo de estudantes auto-identificado negros ou pretos
(beneficiários do permanecer) quando comparado com beneficiários de outros
programas de permanência que têm este tipo de formação como meta.”

(página 10)

6. PROAE:
 “A perspectiva da PROAE e do Permanecer, mais especificamente,
situa-se dentro do que Boaventura Santos chamou de uma ecologia dos saberes,
ou seja, um tipo de atuação que vem de fora para dentro da universidade;
consiste na promoção do diálogo entre o saber cientifico ou humanístico que a
universidade produz e os saberes leigos que circulam na sociedade (SANTOS;
2005, P.77). Tais práticas promovem uma convivência ativa de saberes, baseado
no pressuposto de que todos eles, inclusive o saber científico, podem se
enriquecer nesse diálogo.”
(página 12)
7. A Formação dos estudantes:
 “Ao trabalhar a formação em gênero e raça e permitir aos estudantes uma
participação em eventos acadêmicos (como ouvintes ou apresentando trabalho) e
conhecimento de espaços onde a questão racial é amplamente debatida, o
Programa (CONEXÕES DE SABERES) oferece as bases para a construção de
uma auto-estima positiva que pode ser vista na forma como estes conexistas se
identificam ou manipulam o corpo para (re)elaborar com muito mais intensidade
os símbolos étnicos da chamada negritude.”
(página 18)
8. Conferência em Durban:
 “O CEAFRO é um programa de educação e profissionalização para
igualdade racial e de gênero no âmbito do CEAO, e foi originado em 1995. Seu
primeiro objetivo foi estabelecer um diálogo entre a Universidade Federal da
Bahia, as escolas públicas e as organizações do movimento negro baiano.”
(página 19)
9. Reviravolta na administração Federal:
 “O Projeto qualificando a permanência de estudantes cotistas na UFBA, em
nossa análise, soma-se ao Programa Conexões de Saberes na ampliação da
relação entre a Universidade e os espaços populares, promovendo o encontro e a
troca de saberes e fazeres entre esses e os territórios sócio-culturais.”

(página 22)

Amargosa
2010
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Amargosa
2010

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