Paulo Cesar - Concurso

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Último sonho da madrugada.

Pela relva da noite minha alma canta em ciclos


Aos peregrinos que se esconderam no horizonte
Foram embora para um lugar desconhecido
Onde os homens se deitam junto as flores.

E de tantos medos, o pecado já não assusta


Aqueles que não sonham com o paraíso
As primaveras já satisfazem aqueles todos
Que não se contentavam com o destino

Filho meu foi se embora para aquelas bandas


Sem sonhos belos para contar as crianças
Se foi como quem foge da rotina monótona
Para longe dos deuses que não dançam

Rogando aos céus noturnos por um dia


Que me dessem os minutos que me faltam
Em que eu possa admirar as coisas pífias
E me deitar com as coisas que me abalam

Em um cordel minhas dores seriam piadas


Se bastaria no emprego da poesia
Como quem morre em versos de Homero
Meu corpo em sangue é o espetáculo de ilíada.

Que as luzes me busquem dessa vida para sempre


Para um lugar em que nunca acreditei existir
A meus amigos que pela voz me guiaram
A meu filho que nunca me viu sorrir.
Nome: Paulo Cesar dos Santos Junior

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