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A 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça confirmou medida

cautelar da Comarca de Rio do Sul para que a Rádio Difusora Alto Vale Ltda.
e o radialista Edison de Andrade entreguem a Aurélio Adriano DAvila a
gravação de programa radiofônico, por apresentar prováveis ofensas a sua
imagem. A radiodifusora deverá encaminhar cópia em fita magnética, com a
transcrição de todo o programa, em papel timbrado, além de informar o
nome dos responsáveis pelo programa Por trás da notícia, veiculado em
setembro de 2001. Nele, Aurélio teria sido chamado de racista, entre outros
denominações prejudiciais à sua moral. De posse do material, Aurélio
pretende instruir-se para comprovar a ocorrência de dano moral e de crime
contra a sua honra. A empresa apresentou resistência na entrega do
material e alegou não ter pronunciado nenhum comentário ofensivo contra
Aurélio. Sustentou também que, segundo a Lei de Imprensa, não teria
obrigatoriedade de exibir material algum, mas no máximo, deixar de
destruí-lo. Existindo interesse legítimo em se examinar documento que se
acha em poder da pessoa jurídica, pode-se exigir a exibição respectiva, se
há relação jurídica entre o interessado e o referido detentor, explicou o
relator do processo, desembargador substituto Jaime Luiz Vicari. O
magistrado explicou ainda que a exibição pode evitar a surpresa de Aurélio
em deparar-se, no curso do futuro processo, com uma situação de prova
impossível ou inexistente. A decisão foi unânime. (Apelação Cível nº.
2002.003811-3)

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