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Finanças e Formação de

Preços
Aula 2

Prof. Dr. Vitor Correa da Silva


1
FINANÇAS E FORMAÇÃO DE PREÇOS
• Unidade 1: O ambiente de negócios;
• Unidade 2: Natureza e classificações dos custos;
• Unidade 3: Fatores internos e fatores externos;
• Unidade 4: Metodologias de definição de preços;
• Unidade 5: Métodos de adequação de preços;
• Unidade 6: Aspectos tributários; Aula
de
• Unidade 7: Sistemas de custeio; Hoje
• Unidade 8: Modelos de formação de preços.

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UNIDADE 5:

MÉTODOS DE
ADEQUAÇÃO DE PREÇOS

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Adequação dos preços
Vendas a prazo
• Vendas a prazo e política de crédito visam à expansão das
vendas e integram a estratégia de preços.
• A concessão do crédito favorece o escoamento dos produtos e
o aumento do giro de estoques.
• Porém, a venda a prazo deve considerar um custo conhecido
como despesa financeira.
• Basicamente, existem três formas de se abordar a precificação
a prazo:
➢ Venda a prazo com a despesa financeira “por fora”;
➢ Venda a prazo com a despesa financeira “por dentro”;
➢ Venda a prazo com os valores à vista atualizados. 4
Adequação dos preços
Vendas a prazo
• Imagine a seguinte situação acerca da venda de um produto à
vista:
Dados da venda À VISTA:
Preço de venda à vista praticado: R$ 170,00
(–) Despesa direta de vendas: 0,05 do PV R$ 8,50
(–) Despesa tributária direta: R$ 38,71
0,2277 do PV
(–) Custo de aquisição da mercadoria: R$ 98,00
= Margem de contribuição: R$ 24,79
Índice da margem de contribuição 0,1458 do PV

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Adequação dos preços
Vendas a prazo
Venda a prazo com a despesa financeira “por fora”:
• Supondo um prazo de venda de 60 dias e uma despesa
financeira estimada para o período de 4,04%:
• Preço de venda a prazo = preço de venda à vista x taxa de
juros de financiamento = R$ 170,00 x 1,0404 = R$ 176,87
Dados da venda À PRAZO “por fora”:
Preço de venda à vista praticado: R$ 176,87
(–) Despesa financeira: 0,0404 do PVP R$ 7,15
(–) Despesa direta de vendas: 0,05 do PV R$ 8,84
(–) Despesa tributária direta: 0,2277 do PV R$ 40,27
(–) Custo de aquisição da mercadoria: R$ 98,00
= Margem de contribuição: R$ 22,61
Índice da margem de contribuição 0,1278 do PVP 6
Adequação dos preços
Vendas a prazo
Venda a prazo com a despesa financeira “por dentro”:
• O cálculo “por dentro” consiste em inserir a despesa
financeira dentro da estimação do Mark-up.

Dados da venda À PRAZO “por dentro”:


Preço de venda à vista praticado: R$ 182,80
(–) Despesa financeira: 0,0404 do PVP R$ 7,39
(–) Despesa direta de vendas: 0,05 do PV R$ 9,14
(–) Despesa tributária direta: 0,2277 do PV R$ 41,62
(–) Custo de aquisição da mercadoria: R$ 98,00
= Margem de contribuição: R$ 26,65
7
Índice da margem de contribuição 0,1458 do PVP
Adequação dos preços
Vendas a prazo
Venda a prazo com os valores à vista atualizados:
• Considera a real incidência da despesa financeira sobre o
preço acrescido dela no Mark-up, mas mantêm uma margem
de contribuição fixa igual à da venda à vista.

• Preço de venda a prazo: R$ 179,78.


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Adequação dos preços
Vendas a prazo
• Comparação entre as três situações apresentadas:

• Observa-se que o preço de venda a prazo admite mais de uma


modalidade de cálculo.
• Se o mercado aceitar, o preço decorrente da segunda
modalidade será, sem dúvida, a melhor alternativa.
• Num cenário mais competitivo, a utilização da terceira
modalidade poderá ser a mais recomendada. 9
Adequação dos preços
Descontos efetivos nos preços
• As empresas também podem fazer descontos na venda dos
produtos. A priori, os descontos representam uma diminuição
do lucro ganho com a venda (margem de contribuição).
• Existem inúmeras situações nas quais as empresas concedem
descontos efetivos de preços aos seus clientes:
➢ Liquidação de fim de estação;
➢ Promoções especiais em determinadas épocas ou eventos;
➢ Promoções especiais de determinados produtos;
➢ Vendas casadas (No Brasil, é crime);
➢ Desconto por volume;
➢ Descontos “isca”. 10
Adequação dos preços
Descontos pré-calculados
• Trata-se de um atrativo, um estímulo para o consumidor, mas
não representa qualquer redução na margem de contribuição e
de resultado.
• Os descontos já estão previamente embutidos no próprio preço
de venda da mercadoria.
• Os órgãos reguladores, como o Procon, podem punir esta
prática, caso haja a percepção de propaganda enganosa.

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Adequação dos preços
Descontos pré-calculados

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Adequação dos preços
Política de crédito
• Vendas a prazo e política de crédito visam à expansão das
vendas e integram a estratégia de preços.
• A concessão do crédito favorece o escoamento dos produtos e
o aumento do giro de estoques.
• Ao converter estoques em duplicatas a receber, as empresas
continuam suportando todos os custos investidos no produto.

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Adequação dos preços
Política de crédito
• Porém, vendas a prazo envolvem custos e riscos que não
existem nas vendas à vista:
➢ Despesas com análise do potencial de crédito dos clientes;
➢ Despesas com cobranças de duplicatas;
➢ Risco de perda (inadimplência);
➢ Custo financeiro dos recursos aplicados em contas a receber.

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UNIDADE 7:

SISTEMAS DE CUSTEIO

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Sistemas de custeio
Três mais relevantes
• Como já vimos, o preço de venda de um produto/serviço deve
ser suficiente para cobrir os seus custos e ainda gerar lucro.
• A partir da composição dos elementos do custo surgiram
vários métodos de precificação durante o tempo. Entre eles
são destacados os três mais relevantes:
➢ Custeio integral (absorção);
➢ Custeio marginal (variável);
➢ Custeio por atividade (ABC).

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Sistemas de custeio
Custeio integral (Absorção)
• Caracteriza-se pela apropriação de todos os custos aos
produtos (tanto variáveis quanto fixos, tanto diretos quanto
indiretos).
• Obtém-se um custo total de produto/mercadoria/serviço que,
acrescido de um resultado desejado, aponta certo preço de
venda.

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Sistemas de custeio
Custeio integral nas empresas industriais

A - Materiais diretos (matérias-primas, componentes etc)


B - Custo operacional (patrimoniais, pessoal, utilidades)
C - Despesas administrativas (geral, comercial etc.)
D = A + B + C = custo independente do preço de venda (PV)
E - Despesa financeira do giro (%PV)
F - Despesa tributária direta (%PV)
G - Despesa direta com vendas (%PV)
H = D + E + F + G = custo total
I= Resultado ($ ou % PV)
J = H + I = preço de venda

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Sistemas de custeio
Custeio integral nas empresas industriais
Preço e custeio integral nas empresas industriais
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Custeio integral nas empresas comerciais
A - Custo da mercadoria adquirida: CVaDir
B - Despesa operacional (% sobre o preço de venda)
C - Despesas administrativas (% sobre o preço de venda)
D - Despesa financeira do giro (% sobre o preço de venda)
E - Despesa tributária direta (% sobre o preço de venda)
F - Despesas diretas com vendas (% sobre o preço de venda)
G = A + B + C + D + E + F =custo total
H = Resultado ($ ou % sobre o preço de venda)
ou
D = A + B + C = custo independente do preço
H = D + E + F + G = custo total
I = Resultado ($ ou % sobre o preço de venda)
J= H + I = preço de venda 20
Sistemas de custeio
Custeio integral nas empresas comerciais
Preço e custeio integral nas empresas comerciais
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Custeio integral nas empresas de serviços

A - Custo dos materiais diretos


B - Custo operacional
C - Despesas administrativas
D = A + B + C = custo independente do preço do serviço
E - Despesa financeira do giro (% sobre o preço de venda)
F - Despesa tributária direta (% sobre o preço de venda)
G - Despesas diretas com vendas (% sobre o valor de venda do
serviço)
H = D + E + F + G = custo total
I = Resultado ($ ou % sobre o PV)
J = H + I = valor de venda
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Sistemas de custeio
Custeio integral nas empresas de serviços
Preço e custeio integral nas empresas de serviços
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo de custeio integral
• A empresa ABC produz três produtos (I, II, III) cuja posição,
em determinado período, é representada no quadro a seguir:

• O custo fixo total da empresa é R$ 4.000,00. Portanto, o custo


fixo unitário é rateado proporcionalmente ao n° de unidades
de cada produto (R$ 4.000,00 / 1000 unidades = R$ 4,00). 24
Sistemas de custeio
Método prático de cálculo de custeio integral
• a) Calcule o resultado unitário de cada um dos produtos:

25
Sistemas de custeio
Método prático de cálculo de custeio integral
• b) Calcule o resultado global de cada produto (resultado
unitário vezes o volume da produção) e o resultado total da
empresa:

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Sistemas de custeio
Custeio marginal (variável)
• O custeio marginal parte do princípio de que um produto,
mercadoria ou serviço só é responsável pelos gastos variáveis
que gera.
• Gastos fixos não são incluídos.
• Não existem os conceitos de custo total e resultado do
produto, e sim um custo variável e uma margem de
contribuição do produto.
• A margem de contribuição é a parcela com que cada produto
contribui para os gastos fixos da empresa e para a formação do
seu resultado.

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Sistemas de custeio
Custeio marginal (variável)
Empresa

Produto A Produto B Produto C

Preço A Preço B Preço C

(-) Custo variável A Custo variável B Custo variável C

(=) Margem de contribuição A Margem de contribuição B Margem de contribuição C

(x) Volume de vendas A Volume de vendas B Volume de vendas C

(=) Margem total A Margem total B Margem total C

A+B+C= margem total da empresa

(-) Gastos fixos da empresa

(=) Resultado da empresa

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Sistemas de custeio
Custeio marginal nas empresas industriais
A - Materiais diretos (matérias-primas, componentes etc.)
B - Custo operacional variável (pessoal, utilidades etc.)
C = A + B = custo independente variável
D - Despesa financeira do giro (% PV)
E - Despesa tributária direta
F - Despesas diretas com vendas
G = C + D + E + F = custo variável
H = (I – G) margem de contribuição
I = Preço de venda

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Sistemas de custeio
Custeio marginal nas empresas industriais
Preço e custeio marginal nas empresas industriais
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Custeio marginal nas empresas comerciais

A - Custo da mercadoria adquirida


B - Despesa financeira do giro (% sobre o preço de venda)
C = Despesas tributárias (% sobre o preço de venda)
D - Despesas diretas com vendas (% sobre o preço de venda)
E - A + B + C + D = custo variável
F - (G – E) margem de contribuição
G = Preço de venda

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Sistemas de custeio
Custeio marginal nas empresas comerciais
Preço e custeio marginal nas empresas comerciais
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Custeio marginal nas empresas de serviços

A - Custo dos materiais diretos


B - Custo operacional variável
C = A + B = custo independente do valor de venda do serviço
D - Despesa financeira do giro (% sobre o preço de venda)
E - Despesas tributárias diretas (% sobre o preço de venda)
F - Despesas diretas com vendas (% sobre o preço de venda)
G = C + D + E + F = Custo variável
H = (I – G) Margem de contribuição
I = Preço de venda

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Sistemas de custeio
Custeio marginal nas empresas de serviços
Preço e custeio marginal nas empresas de serviços
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio marginal
• A empresa ABC produz três produtos (I, II, III) cuja posição,
em determinado período, é representada no quadro a seguir:

• O custo fixo total da empresa é de R$ 4.000,00.


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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio marginal
• a) Calcule a margem de contribuição unitária dos produtos:

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio marginal
• b) Calcule a margem de contribuição total dos produtos
(margem de contribuição unitária vezes volume da produção)
e o resultado total da empresa:

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Sistemas de custeio
Custeio por atividade (ABC)
• Em termos de flexibilidade e com vistas à competitividade, o
sistema ABC coloca-se num patamar intermediário entre o
custeio integral e o marginal; entre a rigidez de um e a
flexibilidade de outro.
• O preço de venda é admitido como função principalmente do
valor percebido, mas o resultado e a competitividade devem
ser buscados por uma eficiente gestão dos custos.
• As atividades são divididas entre aquelas que agregam valor
ao produto e aquelas que não agregam esse valor.
• O conceito é eliminar ou reduzir atividades que não agregam
valor ao produto, reduzindo custos sem diminuir o valor, o
que representa maior capacidade competitiva.
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Sistemas de custeio
Custeio por atividade (ABC)
• O esquema básico do sistema ABC tem a seguinte
composição:
Preço de venda (função do valor percebido)
(–) Custos diretos (fixos e variáveis)
I – contribuição operacional do produto
II – Soma das contribuições operacionais dos produtos de
uma unidade de negócio
(–) Custos fixos indiretos da unidade de negócios
III – Contribuição operacional da unidade de negócios
IV – Soma das contribuições operacionais das várias
unidades de negócios da empresa
(–) Custos indiretos gerais da empresa, não direcionados
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(=) Resultado da empresa
Sistemas de custeio
Custeio ABC nas empresas industriais
A - Materiais diretos (matérias-primas, componentes etc.)
B - Custo operacional direto (pessoal, gerais etc.)
C - Despesas administrativas direcionadas
D = A + B + C = custo independente direto
E - Despesa financeira de giro (% PV)
F - Despesa tributária direta (% PV)
G - Despesa direta com vendas (% PV)
H= D + E + F + G = custo direto
I = (J - H) contribuição operacional
J= preço de venda
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Sistemas de custeio
Custeio ABC nas empresas industriais
Preço e custeio ABC nas empresas industriais
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Custeio ABC nas empresas comerciais

A - Custo de mercadoria adquirida:


B - Custo operacional direto (pessoal, gerais etc.)
C - Despesas administrativas direcionadas
D = A + B + C = custo independente direto
E - Despesa financeira de giro (% PV)
F - Despesa tributária direta (% PV)
G - Despesa direta com vendas (% PV)
H = D + E + F + G = custo direto da mercadoria
I = (J – H) contribuição operacional
J = preço de venda
42
Sistemas de custeio
Custeio ABC nas empresas comerciais
Preço e custeio ABC nas empresas comerciais
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Custeio ABC nas empresas de serviços

A – Custo dos materiais diretos


B - Custo operacional direto
C - Despesas administrativas diretas
D = A + B + C = custo independente direto
E - Despesa financeira de giro (% PV)
F - Despesas tributárias direta (% PV)
G - Despesa direta com vendas (% PV)
H = D + E + F + G = custo direto
I =(J – H) contribuição operacional
J = preço de venda do serviço
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Sistemas de custeio
Custeio ABC nas empresas de serviços
Preço e custeio ABC nas empresas de serviços
• Com índice de resultado (rentabilidade):

• Com resultado estabelecido em $ (valor absoluto):

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio ABC
• A empresa ABC produz três produtos (I, II, III) cuja posição,
em determinado período, é representada no quadro a seguir:

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio ABC
• O custo fixo total da empresa é R$ 4.000,00 (sendo custo fixo
direto total de R$ 1.000,00 e o custo fixo indireto total de R$
3.000,00).
• O custo fixo direto é direcionado para cada produto de acordo
com a exigência de cada um (expresso em porcentagem de
atenção exigida):
➢ Produto I: 25%;
➢ Produto II: 60%;
➢ Produto III: 15%.

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio ABC
• a) Calcule a contribuição operacional unitária dos produtos:

O 1° passo é calcular o custo fixo direto unitário:

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio ABC
• a) Calcule a contribuição operacional unitária dos produtos:

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio ABC
• b) Calcule a contribuição operacional total dos produtos
(contribuição operacional unitária vezes volume da produção)
e o resultado total da empresa:

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Sistemas de custeio
Método prático de cálculo do custeio ABC
• b) Calcule a contribuição operacional total dos produtos
(contribuição operacional unitária vezes volume da produção)
e o resultado total da empresa:

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Sistemas de custeio
Resumo
➢ Método de custeio integral: Útil quando a estrutura da
empresa é simples e os produtos são formados por uma única
linha, ou são considerados próximos, de maneira que faça
sentido dividir os custos fixos por todos eles.
➢ Método de custeio marginal: Útil quando a empresa vende
uma série de produtos distintos em preços, quantidades, tipos
de clientes, dentre outros, de maneira que não faça sentido
dividir os custos fixos por todos eles, e seja melhor identificar
a margem de contribuição.
➢ Método de custeio ABC: Útil quando a empresa opera com
várias unidades de negócios e vende produtos distintos em
preços, quantidades, tipos de clientes, dentre outros. Assim é
mais fácil gerir os custos a partir dos gastos diretos. 52
UNIDADE 8:

MODELOS DE
FORMAÇÃO DE
PREÇOS

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MODELOS DE FORMAÇÃO DE PREÇOS
Gestão de Preços
• Para finalizar a discussão de precificação, temos que analisar
alguns modelos também muito utilizados na gestão de preços:
➢ Modelo Alternativo de Custeio Integral (Retorno alvo).
➢ Método de Precificação pelo Mercado.
➢ Método de Precificação pelo target cost.

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MODELOS DE FORMAÇÃO DE PREÇOS
Modelo Alternativo de Custeio Integral (Retorno alvo)
• Trata-se de uma variante da forma de mark up e estabelece os
preços a partir dos custos, considerando uma taxa de retorno
sobre o investimento.

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MODELOS DE FORMAÇÃO DE PREÇOS
Modelo Alternativo de Custeio Integral (Retorno alvo)
Aplicação do modelo alternativo de custeio integral:
• Custo unitário: R$ 15,00
• Capital investido: R$ 30.000,00
• Retorno desejado: 40%
• Unidades vendidas (ou meta de venda): 4.000

• Preço do retorno-alvo = R$ 18,00


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MODELOS DE FORMAÇÃO DE PREÇOS
Modelo Alternativo de Custeio Integral (Retorno alvo)
• Pelo Método de Retorno Desejado ou retorno-alvo a empresa
irá determinar o preço que fornece o retorno desejado do
investimento.
• O Método de Retorno Desejado (retorno alvo) visa estabelecer
o preço considerando um retorno esperado para o
investimento realizado.
• Para isso, é calculado um adicional sobre os custos que
recupere o capital investido.
• O preço de retorno desejado é calculado a partir do resultado
que a empresa precisa obter quando a partir de então ela
trabalhará para minimizar seus custos e calcular o preço.
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MODELOS DE FORMAÇÃO DE PREÇOS
Método de precificação pelo mercado
• O método de precificação pelo mercado tem como base
fundamental a prática da concorrência, estabelecendo-se o
preço através dos praticados no mercado.
• O método de precificação pelo mercado usa o conhecimento
coletivo dos diversos vendedores (concorrentes) como ponto
de partida para o estabelecimento dos preços.
• Ele parte do preço médio ou típico praticado pelos
concorrentes mais próximos e, a seguir, a empresa procura
estruturar os custos e os resultados contidos no preço definido.

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MODELOS DE FORMAÇÃO DE PREÇOS
Método de precificação pelo target cost
• É ferramenta utilizada quando se quer reduzir os custos.
• O target cost (custo alvo) é o custo total menos a meta de
redução de custos para atingi-lo.
• O target cost tem relação direta com o preço de venda
relacionando o preço de venda, determinado pelo mercado, e a
margem de rentabilidade do produto. A diferença do primeiro
pelo segundo é que será o seu custo-alvo.
• Para tanto, é necessário adequar o custo do produto ao alvo
sem sacrificar sua funcionalidade e qualidade.

59
UNIDADE 6:

ASPECTOS
TRIBUTÁRIOS

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O Governo, os tributos e os preços
A influência do governo
• O governo exerce forte influência nos preços dos produtos de
variadas formas.
• Assim, as políticas macroeconômicas também podem
influenciar diretamente na rentabilidade das empresas.
• O governo atua na economia por meio de três políticas
econômicas, quais sejam:
➢ i) política monetária;
➢ ii) política fiscal e;
➢ iii) política cambial.

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O Governo, os tributos e os preços
A influência do governo
• A política monetária busca, basicamente, controlar a
quantidade de moeda em circulação no mercado. Os
principais instrumentos buscam interferir nas taxas de juros da
economia.
• A política fiscal centraliza suas preocupações nos gastos do
setor público e nos impostos cobrados da sociedade, buscando
equalizá-los.
• A política cambial preocupa-se, basicamente, com as taxas de
câmbio na economia.

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O Governo, os tributos e os preços
A influência do governo
Efeitos das taxas de juros nas empresas (e nos preços):
• Comitê de Política Monetária (Copom) é responsável pela
definição da taxa básica de juros da economia, a taxa SELIC.
• A taxa SELIC é admitida como a de mais baixo risco no
mercado financeiro nacional, sendo admitida como a taxa
livre de risco.
• Para uma empresa, a taxa de juros reflete, em essência, o custo
de oportunidade de seu capital passivo, ou seja, o preço a ser
pago pelos recursos tomados emprestados.
• Assim, uma alternativa de investimento somente é aceita
quando seu retorno esperado for superior ao custo (taxa de
juros) das fontes de capital. 63
O Governo, os tributos e os preços
A influência do governo
Efeito dos gastos do setor público e dos impostos nas
empresas (e nos preços):
• Se o governo compra mais, as empresas podem se beneficiar
disso e vender para o governo.
• Em compensação, isso pode levar o governo a uma maior
necessidade de arrecadação (aumento de impostos).
• Se o governo aumenta a carga de impostos, menos dinheiro
fica disponível para as empresas, logo, a capacidade de
investimento delas diminui.
• Se o governo apresenta déficit na relação impostos/gastos,
toda a economia entra em risco. Um eventual colapso levaria
as empresas à falência. 64
O Governo, os tributos e os preços
A influência do governo
Efeitos das taxas de câmbio juros nas empresas (e nos
preços):
• Quando o câmbio se encontra valorizado, o ambiente
econômico mostra-se favorável aos importadores, os quais
podem adquirir produtos por um valor em moeda nacional
mais baixo.
• Quando o câmbio se encontra desvalorizado, o ambiente é
atraente aos exportadores, os quais podem receber, em moeda
nacional, um volume maior de moeda para vender seus
produtos.

65
O Governo, os tributos e os preços
Impostos
Municipais:
• Basicamente, o único imposto incidente sobre os preços é o
ISS (Imposto Sobre Serviços).
• A alíquota normal é de 5%, apesar de existiram várias
exceções.

66
O Governo, os tributos e os preços
Impostos
Estaduais:
• O principal tributo estadual é o ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte,
telecomunicações e Energia Elétrica).
• É um imposto proporcional, com alíquotas diferenciadas,
variando de acordo com o tipo de mercadoria ou serviço e
com os destinos das operações.
• Cada estado possui sua própria alíquota de ICMS.

67
O Governo, os tributos e os preços
Impostos
Impostos federais:
• Os impostos federais são aqueles destinados à união ou
governo federal. São eles:
➢ IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. Cobrado das
indústrias. A sua incidência é sobre o preço de venda total.
➢ IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Incide sobre
empréstimos, financiamentos e outras operações financeiras, e
também sobre ações.
➢ Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
Incide sobre petróleo e gás natural e seus derivados, e sobre
álcool combustível.
68
O Governo, os tributos e os preços
Impostos
Impostos federais:
• Os impostos federais são aqueles destinados à união ou
governo federal. São eles:
➢ PIS/Pasep – Programas de Integração Social e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público. Cobrado das empresas que
comercializam mercadorias e prestem serviços de qualquer
natureza.
➢ Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social. Cobrado das empresas que comercializam mercadorias
e prestem serviços de qualquer natureza.

69
O Governo, os tributos e os preços
Simples Nacional
• O Simples Nacional (ou Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) é um regime
compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de
tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte.
• Abrange a participação de todos os entes federados (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios).

70
O Governo, os tributos e os preços
Simples Nacional
• Para ser aprovado no Simples Nacional:
➢ A microempresa precisa ter receita anual máxima de R$ 360
mil;
➢ A empresa de pequeno porte receita anual máxima de R$ 3,6
milhões;
➢ Para o microempreendedor, a renda máxima anual tem que ser
de R$ 60 mil.

71
O Governo, os tributos e os preços
Simples Nacional
• Com o Simples Nacional, as empresas que possuem
faturamento inferior a 3,6 milhões reais por ano poderão
recolher unificadamente os seguintes impostos:
➢ Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
➢ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
➢ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
➢ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS);
➢ Contribuição para o PIS/Pasep, Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISS) e;
➢ Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS). 72
Referências
Bibliográficas
1. BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
2. CERTO, S. C.; PETER, J. P. Administração estratégica: planejamento e
implantação estratégica. Tradução de Flávia Deni Steffen. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 1993.
3. KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento,
implementação e controle. 9. ed. São Paulo: Prentice-Hall, 2006.

Seja qual for o seu aproveitamento na disciplina, em qualquer


momento, no futuro, na eventualidade de precisar de ajuda:

VALE 1 S.O.S. – Prof. Vitor

vitor_correa@msn.com
73

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