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UniversiUniversidade Federal de São Carlos – São Carlos

Professor Luís Silva

Física Experimental A

Estudo da oscilação de pêndulo de torção pelo método


científico

Prática 7

13/06/2018

NOME RA TURMA
Gabriela Aguiar 744590 K
Eric Schwab 744461 K
Henrique Porto 630012 K
Vinícius Santos de Oliveira 744568 K
1. RESUMO

O experimento realizado utilizou cinco fios com diâmetros diferentes. Mediram-se


os diâmetros dos fios, a massa e o diâmetro do disco de inércia. Para cada fio mediu-se
o número de oscilações completas para um determinado tempo.
Para o fio de número 3 mediram-se as oscilações do pêndulo para seis
comprimentos diferentes. Foi cronometrado um tempo maior que 60 segundos e contou-
se o número de oscilações completas.
Posteriormente, foram calculados os períodos de oscilação de torção, suas
respectivas incertezas e construíram-se dois gráficos, T versus d e T versus L.
Determinaram-se os coeficiente m e n, a equação obtida empiricamente para o período
de oscilação de um pêndulo de torção, determinou o módulo de rigidez dos fios e
identificou o material utilizado.

2. OBJETIVOS

O experimento tem como objetivo aprender e analisar o movimento oscilatório de


um pêndulo de torção. Através desse, obter por método científico a equação empírica
para o período de oscilação um pêndulo de torção, em função de grandezas intrínsecas e
extrínsecas.

Além disso, determinar o módulo de rigidez G dos fios utilizados e identificar o


material que os compõe.

3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Para interpretar os resultados obtidos em nosso experimento teremos como base


os seguintes fundamentos teóricos:

Ao girarmos o sistema do pêndulo, surgirá um torque restaurador que pode ser


expresso pela equação:

t = -KΘ (Lei de Hooke em forma angular)

K é uma constante denominada constante de torção do fio e pode ser relacionada


com as seguintes grandezas pela equação

K=(πG-p .d-m . L-n)/32 (1)


Na qual G é o módulo de rigidez do fio que sofre a torção, d é o diâmetro e L o
comprimento do mesmo fio.

Ao fazermos oscilações com um ângulo menor ou igual a vinte graus


(utilizaremos quinze graus no experimento), podemos expressar o período do pendulo
de torção pela expressão:

T = 2π√ I /K (2)

Onde I é o momento de inercia do disco utilizado no sistema de pendulo (de


diâmetro D e massa M).

Podemos substituir I pela equação

I = (MD2)/8 (3)

Agora substituindo as equações (1) e (3) em (2) obtemos a expressão para o


período de um pêndulo de torção:

T2=(128π . MD² . Gp .dm . Ln)/8

Fazendo agora o procedimento experimental, podemos encontrar os valores de


m, n e p e calcular G para determinar o material dos fios utilizados no experimento.

4. MATERIAIS UTILIZADOS

 Micrômetro (incerteza de 0,005mm)


 Balança (incerteza de 0,1g)
 Disco de metal
 Fios de um mesmo material com diferentes diâmetros
 Trena (incerteza de 0,5cm)
 Cronômetro (incerteza de 0,2s)
 Suportes para fixação do pêndulo
 Papéis de gráfico

1. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Primeiramente, enumeraram-se cinco fios com ordem crescente de espessura para
facilitar a identificação de cada um. Mediram-se os diâmetros dos fios utilizando um
micrômetro e em cinco regiões diferentes. Determinou-se o valor médio do diâmetro de
cada fio e sua incerteza padrão combinada.
Assim, para o fio de número 3 mediu-se a oscilação do pêndulo para seis
comprimentos diferentes de 10 a 60 cm. Foi cronometrado um tempo maior que 60
segundos e contou-se o número de oscilações completas.
Foi escolhido um comprimento intermediário fixo, de 20 a 25 cm, para obter as
medições do período de oscilação para cada um dos cinco fios. Foi anotada a quantidade
de oscilações completas para um tempo maior que 60 segundos que foi cronometrado.
Mediram-se o diâmetro e a massa do disco de inércia. E posteriormente, foram
calculados os períodos de oscilação de torção, suas respectivas incertezas e construíram-
se dois gráficos, T versus d e T versus L.
Através da equação e das inclinações do gráfico, determinaram-se os coeficiente m e
n. Com a análise dimensional a potência p foi determinada, escreveu-se a equação
obtida empiricamente para o período de oscilação de um pêndulo de torção e
determinou o módulo de rigidez dos fios possibilitando a identificação do material
utilizado.

2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Primeiramente foi medido os diâmetros (d) dos cinco fios, os resultados estão
representados na tabela P7.1:
Tabela P7.1: Diâmetro (d) dos fios.
Fio d 1 ±u(d 1) [] d 2 ±u( d 2) [] d 3 ±u (d 3) [] d 4 ± u(d 4) [] d 5 ±u (d 5) []
1 0,280± 0,005 0,270 ±0,005 0,280± 0,005 0,280± 0,005 0,260± 0,005
2 0,340 ± 0,005 0,320 ± 0,005 0,340 ± 0,005 0,330 ± 0,005 0,340 ± 0,005
3 0,810± 0,005 0,800± 0,005 0,810± 0,005 0,790± 0,005 0,800± 0,005
4 1,049±0,005 1,000 ± 0,005 1,070± 0,005 1,090± 0,005 1,035± 0,005
5 1,200 ± 0,005 1,210 ± 0,005 1,210± 0,005 1,220± 0,005 1,230± 0,005

Para seis comprimentos L do fio foi medido o número de oscilações completas N


para determinado tempo de oscilação t e determinaram-se os períodos de oscilação do
pêndulo de torção, para o fio 3, ⟨ d ⟩3 ±u ( ⟨ d ⟩ ¿¿ 3)=(0,802 ± 0,005)mm ¿ Os resultados
estão representados na tabela P7.2:
Tabela P7.2: Comprimento L do fio, número de oscilações completas N, tempo das
oscilações t e período de oscilação do pêndulo de torção, para o fio 3,
⟨ d ⟩3 ±u ( ⟨ d ⟩ ¿¿ 3)=(0,802 ± 0,005)mm ¿.

L ±u(L) [cm] N t ± u(t ) [s] T ± u(T ) [s]


10,0±0,5 22 60,0±0,4 2,72± 0,01
20,5±0,5 22 83,0±0,4 3,77± 0,01
31,0±0,5 22 102,0±0,4 4,63± 0,01
41,0±0,5 22 115,0±0,4 5,23± 0,01
50,0±0,5 22 129,0±0,4 5,86± 0,01
63,0±0,5 22 135±0,4 6,14± 0,01

A incerteza do tempo é maior do que o típico 0,2 segundos, assim o grupo


estima o erro como 0,4 segundos.

Com um determinado comprimento de cada fio, mediram-se os números de


oscilações completas N em um certo tempo t, assim determinando o período de
oscilação do pêndulo de torção. Os valores estão representados na Tabela P7.3:

Tabela P7.3:Comprimento L do fio, diâmetro médio⟨ d ⟩ do fio, número de oscilações


completas N, tempo das oscilações t e período de oscilação do pêndulo de torção.

L ±u(L) [cm] ⟨ d ⟩❑ ±u( ⟨ d ⟩ ¿¿❑) ¿ [mm] N t ± u(t ) [s] T ± u(T ) [s]


20,0±0,5 0,274±0,084 2 60,0±0,4 30,0±0,8
20,3±0,5 0,334±0,073 3 60,0±0,4 20,0±0,7
20,7±0,5 0.802±0,034 17 60,2±0,4 3,5±0,8
20,0±0,5 1,048±0,062 25 61,0±0,4 2,4±0,8
21,0±0,5 1,214±0,086 38 63,0±0,4 1,6±0,9

Com os dados foram construídos os gráficos em papel di-log T versus ⟨ d ⟩ e T


versus L. Assim foi possível calcular as equações pelo método visual e as potências da
equação empírica do período:

 Equação T versus ⟨ d ⟩ :
 Equação T versus L:
 p = -1
 m = -3,77 ≅ 4
 n = 0,9 ≅ 1

Com o método de análise dimensional determinou-se o coeficiente p.


Posteriormente, escreveu-se a equação obtida empiricamente para o período de
oscilação de um pêndulo de torção:
s2=kg x m2 x ¿

m
Onde N é uma grandeza do tipo kgx
s2

Então determinamos que p = -1

Assim, calculou-se o valor do módulo de rigidez (G) destes fios e com a Tabela P5.1
determinou-se o material dos fios que é Alumínio.

3. CONCLUSÕES

A partir da linearização dos gráficos obtidos a partir da medição das grandezas, foi
possível obter as potencias da equação do período para as oscilações do experimento.
Esse método, utilizado não somente nesse experimento, se mostrou muito eficaz para
esse tipo de determinação, auxiliando na análise dimensional para obter as potencias
que faltam. A partir da equação obtida segundo o método acima, foi possível identifica
o material dos fios utilizados no experimento, no caso, todos os fios são feitos de
Alumínio. Algumas diferenças foram notadas quando comparadas aos valores teóricos
esperados, esse fato se dá devido as incertezas presentes no relatório, principalmente a
do tempo, que por ser mais subjetiva e depender dos reflexos do experimentalista,
causou uma maior variação nos valores. Fora isso, o experimento fluiu de forma
esperada, sem nenhum imprevisto ou problema registrado.

4. BIBLIOGRAFIA

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: 1 - Mecânica. 4. ed. São Paulo: Editora


Edgard LTDA.

INMETRO. Avaliação de dados de medição: guia para a expressão de incerteza de


medição GUM 2008

Apostila de Física experimental A – Universidade Federal de São Carlos –


Departamento de Física, 2016

5. APÊNDICES
A incerteza de múltiplas medições diretas da massa deve ser estimada por meio da
equação geral:

E s é dado por:

sd =√ ¿ ¿

E uB é dado pela incerteza do tipo B.

2 2 2 2
u (I ) −1u ( G ) −4 u ( d ) u ( L)
u ( T )=
1
2t √( I ) (
+
G )(+
d )( )
+
L

2 2
−1 x 2,5 x 1011 −4 x 0,084 2 0,5 2
u ( 30 )=
1
2 x 30 √( 0.014
0.0027263 )(+
4,5 1011 )(
+
0,280 )( )
+
20
=0,8

Assim a incerteza do diâmetro é:

1
sd =
√[ ]5( 4 )
0,0000009=0,003

ud = √ 0,003+0,005=0,084

Para o cálculo da inclinação pelo método visual utiliza-se:


E para incerteza:

Assim, para os determinados gráficos, temos:

 Gráfico 1: T versus D
log 3,5−log 1,6
n= =−1,88
log 0,802−log 1,215
u ( a visual )=0,2
Portanto:

12
Log I = [ m log L+log ( c ) ]= m log L+log C=¿ m=−1,88 x 2=−3,7
2 2

Então m aproximadamente -4

 Gráfico 2: T versus L
log6,14−log2,92
n= =0,45
log6,3−log10
u ( a visual )=0,01

Portanto:

12
Log I = [ n log L+ log ( c ) ] = n log L+log C=¿ n=0,45 x 2=0,9
2 2

Então n aproximadamente 1

Com as inclinações das retas e com a equação abaixo do período T de um pêndulo


de torção obtém-se os coeficientes p, m e n:

Assim obteve-se:
 p= -1
 m= -4
 n= 1

1
T= [128 π I G−1 d−4 L ¹] 2

2,722=128 π x 0,0011563 G−1 x 0.000802− 4 x 0,1

G = 4,5 x 1011

A tabela abaixo auxilia na determinação do material da barra:

Assim o material da barra é : Alumínio (Dentro dos erros)

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