Academias e Empresas
Profa. Naiandra Dittrich
Prof. Tiago Martins Coelho
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profª. Naiandra Dittrich
Prof. Tiago Martins Coelho
613.7
D615a Dittrich, Naiandra
Atividades físicas em academias e empresas / Naiandra
Dittrich; Tiago Martins Coelho. Indaial: UNIASSELVI, 2018.
203 p. : il.
ISBN 978-85-515-0133-7
1.Educação Física.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caros acadêmicos, sejam bem-vindos a mais uma disciplina do nosso
curso! Estamos prestes a iniciar os estudos na disciplina de ATIVIDADES
FÍSICAS EM ACADEMIAS E EMPRESAS, dentro desta temática existem
muitas modalidades nas quais cada uma apresenta suas peculiaridades
quanto às demandas físicas e metabólicas, e quanto aos seus objetivos. Por
esse motivo, entender quais as atividades realizadas e suas características
básicas é essencial para recomendar, avaliar, prescrever e acompanhar
programas de intervenção relacionados aos exercícios físicos pertinentes a
cada área.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – ATIVIDADES EM ACADEMIAS............................................................................... 1
VII
7.4 INTENSIDADE DOS EXERCÍCIOS............................................................................................... 42
7.5 FREQUÊNCIA DO TREINO.......................................................................................................... 44
7.6 INTERVALO..................................................................................................................................... 44
8 MÉTODOS DE TREINAMENTO DE FORÇA............................................................................... 45
8.1 MÚLTIPLAS SÉRIES ...................................................................................................................... 45
8.1.1 Método crescente.................................................................................................................... 46
8.1.2 Método decrescente................................................................................................................ 46
8.2 DROP SET......................................................................................................................................... 47
8.3 BI SET................................................................................................................................................. 48
8.4 SUPER SET ...................................................................................................................................... 48
RESUMO DO TÓPICO 2....................................................................................................................... 49
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................. 50
VIII
3.3 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC).................................................................................... 106
3.4 PERÍMETRO DO ABDÔMEN....................................................................................................... 107
3.5 FLEXIBILIDADE............................................................................................................................. 108
3.6 FORÇA MUSCULAR..................................................................................................................... 109
3.7 APTIDÃO CARDIOVASCULAR.................................................................................................. 110
3.8 PERCEPÇÃO DE DOR................................................................................................................... 111
3.9 PARTICIPAÇÃO............................................................................................................................. 112
4 ASPECTOS LEGAIS............................................................................................................................ 114
5 RELATOS DAS PARTES ENVOLVIDAS....................................................................................... 116
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 120
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 122
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 123
IX
3.4 ABDOMINAL PRANCHA............................................................................................................160
3.5 ABDOMINAL PRANCHA LATERAL.........................................................................................161
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................163
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................164
X
UNIDADE 1
ATIVIDADES EM ACADEMIAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos proporcionar a você:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que visam à compreensão dos conteúdos apresentados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao nosso primeiro tópico da disciplina
de Atividades Físicas em Academias e Empresas. Neste tópico, abordaremos a
origem das academias de ginástica, o caminho histórico percorrido por estas
no mundo e a importância das academias para a promoção de saúde. Veremos
também que antes de iniciarmos qualquer tipo de intervenção física, precisamos
conhecer o nosso aluno e seu histórico de saúde para realizarmos uma prescrição
de forma consciente e apropriada. O conhecimento acerca desses conceitos será
de suma importância para sua atuação profissional, por isso a importância de sua
dedicação ao longo dessa nossa jornada.
FIGURA 1 – PLATÃO
3
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
4
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO DAS ATIVIDADES EM
habitante, de acordo com a pesquisa Global Report 2015, realizada pelo IHRSA
(International Health, Racquet & Sportsclub Association). Dados da Associação
Brasileira de Academias (s.d.) indicam que são 33.157 academias em todo o Brasil,
com cerca de 8 milhões de alunos.
5
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
DICAS
6
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO DAS ATIVIDADES EM
DICAS
8
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO DAS ATIVIDADES EM
Outros benefícios
9
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
Nesse contexto, diversos esforços vêm sendo feitos para que ocorra um
aumento na prática de atividade física da população. Dentre as opções existentes,
as academias de ginástica apresentam-se como uma excelente opção para a prática
de atividades físicas, uma vez que oferecem atividades diversas e bem orientadas
para a promoção de saúde, prevenção e tratamento de doenças.
10
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO DAS ATIVIDADES EM
controle maior de intensidade, se ele possui alguma lesão óssea ou muscular que
impeça a realização de algum exercício, entre outros. A partir dessas informações,
a prescrição pode ser realizada respeitando as condições e limitações do nosso
indivíduo. É importante também que o aluno assine essa anamnese e que ela
seja arquivada pelo avaliador para que as informações possam ser atualizadas e
buscadas sempre que necessário.
11
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
1. O seu médico já lhe disse alguma vez que você tem um problema cardíaco?
( ) SIM ( ) NÃO
4. Algum médico já lhe disse que a sua pressão arterial estava muito alta?
( ) SIM ( ) NÃO
5. Algum médico já lhe disse que você tem um problema ósseo ou articular, por
exemplo, artrite, que se tenha agravado com o exercício ou que possa piorar
com ele?
( ) SIM ( ) NÃO
6. Existe alguma boa razão física, não mencionada aqui, para que você não siga
um programa de atividade física, mesmo que queira?
( ) SIM ( ) NÃO
7. Você tem mais de 65 anos de idade e não está acostumado a exercícios intensos?
( ) SIM ( ) NÃO
12
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO DAS ATIVIDADES EM
Sintomas
Você experimenta desconforto no peito com esforço.
Você experimenta falta de ar sem motivo.
Você experimenta tontura, desmaios, apagões.
Você experimenta inchaço no tornozelo.
Você experimenta uma consciência desagradável dos
batimentos cardíacos, que são rápidos ou fortes.
Você toma remédios para o coração.
Se você marcou duas ou mais declarações
Outros problemas de saúde nesta seção, consulte seu médico ou
Você tem diabetes. outro profissional de saúde específico
Você tem asma ou outro problema pulmonar. antes de começar a se exercitar como
Você tem uma sensação de queimação ou de câimbra parte de um bom cuidado com a saúde
em suas pernas quando caminha distâncias curtas. e aumente gradualmente seu programa
Você tem problemas musculoesqueléticos que limitam de exercícios. Você pode se beneficiar
sua atividade física. utilizando um estabelecimento com uma
Você tem preocupações sobre a segurança do exercício. equipe qualificada de profissionais de
Você toma remédios receitados por um médico. Educação Física para orientar seu programa
Você está grávida. de exercícios.
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UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
1. O seu médico já lhe disse alguma vez que você tem um problema cardíaco?
( ) SIM ( ) NÃO
4. Algum médico já lhe disse que a sua pressão arterial estava muito alta?
( ) SIM ( ) NÃO
5. Algum médico já lhe disse que você tem um problema ósseo ou articular, por
exemplo, artrite, que se tenha agravado com o exercício ou que possa piorar
com ele?
( ) SIM ( ) NÃO
6. Existe alguma boa razão física, não mencionada aqui, para que você não siga
um programa de atividade física, mesmo que queira?
( ) SIM ( ) NÃO
7. Você tem mais de 65 anos de idade e não está acostumado a exercícios intensos?
( ) SIM ( ) NÃO
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TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO DAS ATIVIDADES EM
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
16
AUTOATIVIDADE
a) ( )V–F–V–F
b) ( )F–V–F–V
c) ( )V–F–V–V
d) ( )F–F–V–F
17
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre as
atividades em academia em um novo tópico sobre uma das atividades mais
frequentes nas academias: o treinamento de força, também conhecido como
musculação. Para facilitar o entendimento, este tópico está dividido em treinamento
de força e as adaptações induzidas e periodização do treinamento de força.
Dessa forma, você irá perceber que este tópico irá resgatar conhecimentos
acerca da Fisiologia do Exercício e da Teoria e Metodologia do Treinamento
Esportivo, na busca de um entendimento mais amplo do funcionamento do
organismo e da aplicação prática do que já foi previamente estudado.
2 O TREINAMENTO DE FORÇA
O treinamento de força, também conhecido como musculação ou
treinamento de resistência, é uma das formas de exercício mais populares para
melhorar a aptidão física, bem como condicionar os atletas. Os termos treinamento
de força, musculação e treinamento de resistência servem para descrever um tipo
de exercício que exige que a musculatura do corpo se mova contra uma força
oposta (FLECK; KRAEMER, 2014). Esse tipo de treinamento pode abranger
várias modalidades de treinamento, incluindo exercícios de peso corporal,
uso de equipamentos, pesos livres, entre outros. Já o termo musculação, mais
precisamente, ou treinamento com pesos, geralmente se refere ao treinamento
de resistência usando pesos livres ou algum tipo de máquina de musculação.
Por fim, a musculação não deve ser entendida como uma modalidade esportiva
ou forma de competição. Na verdade, a musculação é uma ferramenta de
treinamento que pode ser usada por atletas profissionais e amadores para
melhorar a performance esportiva. Além disso, devido as suas características
19
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
de fácil execução, a musculação pode ser exercida por todas as pessoas e possui
como principal benefício a promoção de saúde. Por isso, a musculação passou a
ocupar lugar de destaque nas academias.
músculo
músculo
efector medula
neuronas motoras
21
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
22
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
Steroids
8 - 12 semanas
Força
→
Steroids
Progresso
Hipertrofia
Adaptação Neural
Duração do treinamento
FONTE: Disponível em: <https://image.slidesharecdn.com/adaptaesaotf-pot-
130702202914-phpapp02/95/adaptaes-ao-tfpot-16-638.jpg?cb=1372797024>.
Acesso em: 12 nov. 2017.
23
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
E
IMPORTANT
...se diferenciar em
diversos tipos celulares
FONTE: Disponível em: <http://s2.glbimg.com/Nf-K4mkGXhlIr1lTg9tiH9w2NUA=/
0x0:729x455/620x387/s.glbimg.com/po/ek/f/original/2013/09/11/celulas-tronco_
clonagem_e_tecnologia_do_dna_recombinante_1.jpg>. Acesso em: 12 nov. 2017.
Linha Z Linha Z
Banda I
Miofibrilas Banda I Banda A
Troponina
25
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
E
IMPORTANT
Tradução
Transcrição
Proteína
RNA
Duplicação
DNA
DNA
As nossas células não são estruturas estáticas e fixas, mas sim estruturas
dinâmicas que são capazes de detectar o que ocorre ao seu redor e responder
aos sinais enviados de células vizinhas ou de estímulos exteriores. De fato, neste
exato momento, caro aluno, suas células estão se comunicando entre si e enviando
e recebendo milhões de mensagens através de moléculas químicas de sinalização!
NOTA
28
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
por sua vez, ativa outra molécula sinalizadora, a mTOR. A mTOR estimula a
síntese proteica aumentando a etapa de tradução e montando novas proteínas e,
por isso, está altamente associada a diferentes processos no organismo, desde a
síntese proteica no exercício físico até processos de carcinogênese.
30
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
31
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
32
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
a b c
FONTE: Fleck e Kraemer (2014)
5.5 REPETIÇÃO
Uma repetição é a execução completa de um ciclo de movimento,
geralmente composta por duas fases: concêntrica e excêntrica. No caso do
treinamento isométrico podemos definir repetição como a ação muscular em um
determinado ângulo (FLECK; KRAEMER, 2014).
33
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
5.6 SÉRIE
Uma série é um grupo de repetições realizadas continuamente sem pausa.
Embora uma série possa consistir em qualquer número de repetições, as séries
geralmente variam de 1 a 15 repetições.
5.8 CARGA
É o peso, normalmente expresso em quilos (kg), utilizado para oferecer
resistência à execução de um exercício. Esta carga pode ser definida em termos
absolutos ou relativos:
34
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
35
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
36
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
7 VARIÁVEIS DO TREINAMENTO
Segundo Turner (2011), a periodização pode ser definida como um
planejamento do treinamento com o intuito de induzir ganhos ótimos de força,
potência, desempenho motor e/ou hipertrofia muscular. Dessa maneira, periodizar
o treinamento de força significa alterar as variáveis agudas (ordem do exercício,
escolha do exercício, número de séries, número de repetições, intervalo entre séries
e número de repetições, intensidade do treino) em intervalos de tempo regulares.
Considerando que a alteração de uma ou várias dessas variáveis afetará o estímulo
do treinamento e consequentemente as respostas obtidas, vamos discutir cada uma
dessas variáveis para entendermos como elas afetam o treinamento de força.
37
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
Caro acadêmico, não existe resposta certa. Essa questão depende da pessoa e
dos seus objetivos finais. Basicamente, exercícios que podem ser bons para algumas
pessoas podem não necessariamente ser para outros. Por isso, é importante sabermos
as vantagens e desvantagens do uso de cada um deles para assim podermos decidir
com propriedade qual a melhor opção para determinado momento.
7.1.1 Máquinas
A utilização de máquinas para realizar exercícios de força sempre foi
considerada mais segura e fácil de usar. As máquinas ajudam a estabilizar o corpo
e limitam o movimento sobre as articulações específicas envolvidas na produção
de força (McCAW; FRIDAY, 1994). Além disso, dentre as principais vantagens da
utilização de máquinas podemos citar:
• O uso de máquinas é mais fácil. A maioria das máquinas tem uma imagem
demonstrando seu uso, o que acaba se tornando autoexplicativo. Assim, fica
mais fácil relacionar o exercício com a máquina a ser usada.
• É possível isolar os grupos musculares de forma mais eficiente. Como a maior
parte do seu corpo é bastante estável na maioria das máquinas, você é capaz de
ativar os grupos musculares maiores de forma mais eficiente.
• O uso de máquinas também permite que você treine com pesos pesados sem
precisar de assistência. Algumas máquinas lhe permitirão colocar um peso
extra sem risco de ferimento.
• O uso de máquinas pode ser útil para populações idosas e/ou reabilitação. Para
alguém que tenha um nível de aptidão muito baixo e/ou está se recuperando
de uma lesão, as máquinas podem ser uma excelente ferramenta para que a
força seja desenvolvida de forma segura, sem o risco de lesões.
38
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
• A realização de exercícios com pesos livres e exercícios com peso corporal tem
maior similaridade com movimentos realizados na vida diária.
• Você tem maior liberdade de movimento. Quando o treino é realizado com
pesos livres, a amplitude de movimento é menos restrita do que com as
máquinas e a resistência ou o peso usado para treinar o músculo é limitado
pelo ponto mais fraco desse intervalo de movimento.
• Usar pesos livres ativará músculos estabilizadores mais sinérgicos enquanto
estiver treinando, o que irá contribuir para que as articulações sejam mantidas
saudáveis e totalmente operacionais.
• Com as máquinas você está realmente limitado ao que pode fazer, dependendo
do que está disponível. Com pesos livres, tudo que você precisa é um haltere e
pode fazer centenas de diferentes variações de exercícios. Além disso, aprender
a treinar com pesos livres ou peso corporal permite que você treine literalmente
em qualquer lugar.
• Além disso, por serem mais instáveis, exercícios com peso exigem um maior
recrutamento de musculatura do tronco (HAFF, 2000).
• Exercícios de peso livre têm uma curva de aprendizado mais alta e mais
lenta que as máquinas e a técnica do movimento deve ser sempre corrigida e
executada da melhor forma possível.
• Ao realizar o movimento de forma incorreta é fácil que seja feita uma
compensação ou algum movimento errado de alguma outra parte do corpo.
Isso pode causar lesões, então é importante que o exercício seja realizado de
forma correta.
39
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
Por fim, podemos concluir que esse método parece ser uma interessante
ferramenta para o treinamento de força, principalmente para aqueles que
precisam otimizar ou induzir um maior gasto calórico.
41
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
Por fim, embora não exista um consenso sobre o número ótimo de séries
realizadas por grupo muscular por sessão, uma meta-análise de 37 estudos mostrou
que aproximadamente oito séries por grupo muscular produzem os maiores efeitos
quando comparados com outras metodologias (PETERSON; RHEA; ALVAR, 2004).
42
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
Como você pode ter observado, é fundamental saber qual a carga máxima
que o sujeito suporta em uma repetição máxima para uma prescrição adequada. No
entanto, apesar do teste de 1 RM ser um dos mais utilizados e citados na literatura,
ele pode ser influenciado por diversos fatores, uma vez que exige do avaliado grande
concentração e conhecimento prévio da técnica de execução (WARE et al., 1995).
Além disso, a execução de esforços com cargas máximas pode acarretar elevado
estresse muscular, ósseo e ligamentar, desencadeando modificações metabólicas
importantes (BRZYCKI, 1993). Nesse sentido, diversos métodos de predição e
médias de repetição por exercício têm sido sugeridos na literatura.
Além de usar essas informações para basear a prescrição dos seus treinos,
é possível também a utilização de equações preditivas de intensidade, como a
proposta por Brzycki (1993).
Exercício: Agachamento
Carga: 80 kg
Repetições: 8
Equação: 1 RM = 100 x carga rep / (102,78 – 2,78 x rep)
1 RM = 100 X 80 / (10278 – 2,78 x 8)
1 RM = 100 x 80 / (102,78 – 22,24)
43
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
1 RM = 100 x 80 / (80,54)
1 RM = 99,37 kG
7.6 INTERVALO
O tempo de recuperação entre as séries e exercícios é denominado período
de descanso. A sua duração afeta a recuperação da energia (Adenosina Trifosfato
- ATP) utilizada no movimento, assim como as respostas hormonais. Por exemplo,
quando o objetivo principal é aumentar a força muscular, é importante que as
séries tenham um baixo número de repetições, e um tempo de intervalo suficiente
para que o sistema de produção de energia do ATP – CP (creatina fosfato) seja
restaurado ao máximo. Logo, quando executamos exercícios com elevadas
44
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
Embora seja uma variável que não tenha tanto destaque na literatura, é
importante ressaltar que o período de descanso é determinante da intensidade
do treino (KRAEMER, 2004), uma vez que o tempo do período de descanso está
fortemente relacionado com a carga levantada.
45
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
ATENCAO
46
TÓPICO 2 | O TREINAMENTO DE FORÇA E SUA
47
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
8.3 BI SET
Esse modelo de treino consiste em realizar um conjunto de dois a três
exercícios, consecutivamente e sem descanso, para o mesmo grupo muscular ou
parte do corpo. Um exemplo seria realizar o supino reto e, logo em seguida, o
crucifixo. Outro exemplo seria realizar a remada sentada e, logo após, o puxador
frente. Na literatura científica já existem relatos de que esse modelo de treino pode
resultar em ganhos de força significativos, mudanças na composição corporal e
aumentos no desempenho do salto vertical quando realizados como parte de um
programa de treinamento de peso periodizado (KRAEMER, 1997).
48
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
49
AUTOATIVIDADE
a) ( )V–F–V–F
b) ( )F–V–F–V
c) ( )V–F–V–V
d) ( )F–F–V–F
3 A força muscular pode ser definida como a quantidade máxima de força que
pode ser gerada por um músculo ou grupo muscular. No entanto, a força
muscular pode ser desenvolvida por meio de diferentes ações musculares.
50
Assim, em relação às diferentes ações do músculo, defina:
5 Agora que você já sabe que existem diversos modelos para aplicar as cargas
do treino de musculação, responda às seguintes questões:
51
52
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Sabemos que a musculação normalmente é a
atividade mais realizada dentro da academia, entretanto, além do treinamento
resistido permitido nesse espaço, também podemos trabalhar com atividades
predominantemente aeróbias. Dentre essas possibilidades, as aulas coletivas
oferecidas pelas academias se apresentam como uma excelente opção para
o desenvolvimento da aptidão aeróbia. Por isso, vamos estudar, na próxima
unidade, quais as características e benefícios induzidos por essas aulas.
53
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
O treino intervalado (HITT) teve origem nos anos 1930 como forma de
intensificar e aperfeiçoar os treinos de corrida, no entanto, foi somente na década
de 1950 que começaram a ser desenvolvidas pesquisas sobre esse modelo de
treino (DE PAULA; ALONSO, 2008). Esse modelo de treino caracteriza-se por
curtas repetições de atividade vigorosa, intercaladas por períodos de descanso
ou exercícios de baixa intensidade. Dessa forma, o treinamento intervalado é
tradicionalmente caracterizado por intervalos de trabalho com duração entre
1-4 minutos, em intensidades que variam entre 90-120% do máximo, e intervalos
de recuperação com tempo de duração similar ou maior que a duração do
intervalo de trabalho, ou seja, relação esforço: pausa de 1:1, 1:2 etc., podendo
ainda este intervalo de recuperação ser realizado de forma passiva ou ativa
(COSTA et al., 2014). O principal objetivo do TIAI é estressar repetidamente os
sistemas fisiológicos do atleta conduzindo a um maior desgaste se comparado ao
treinamento de carga contínua (BILLAT; SLAWINSKI; BOCQUET, 2001). Assim,
as diversas combinações possíveis entre a intensidade, a duração e o número
de repetições dos estímulos, assim como o tipo (ativa ou passiva) e a duração
da recuperação entre os estímulos possibilitam o envolvimento dos diferentes
sistemas energéticos, sendo que a manipulação destes fatores varia de acordo
com os objetivos e a periodização de um treinamento (COSTA et al., 2014).
57
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
físico, uma vez que possui estreita relação com a carga de trabalho e também por
ser de fácil mensuração (ACHTEN; JEUKENDRUP, 2003). As seguintes fórmulas
podem ser usadas:
Quanto maior o tempo, mais preciso será o resultado. O total deve ser
sempre referente a um minuto, já que é este o intervalo de tempo usado como
parâmetro. A frequência é expressa em batimentos por minuto. Exemplo: 75
batimentos por minuto ou 75 bpm.
Para você mensurar de forma manual a FC, primeiro você deve identificar
a área em que é mais fácil perceber os batimentos. Ela se localiza no punho,
próxima à mão, abaixo da linha do polegar e em direção à palma da mão. Nessa
região, você irá sentir o pulso da artéria radial. Com o indicador e o dedo médio da
mão esquerda, pressione suavemente essa área do punho direito, até que perceba
o pulsar do fluxo de sangue (EDWARDS, 2010). Se for verificar a pulsação de
outra pessoa, nunca use seu polegar, pois você poderá confundir a sua frequência
com a da outra pessoa.
58
TÓPICO 3 | TREINAMENTO AERÓBIO EM ACADEMIAS
Género M F M F M F M F M F M F
Excelente 49-55 54-60 49-54 54-59 50-56 54-59 50-57 54-60 51-56 54-59 50-55 54-59
Bom 57-61 61-56 57-61 60-64 60-62 62-64 69-63 61-65 59-61 61-64 58-61 60-64
Acima da
63-65 66-69 62-65 66-68 64-66 66-69 64-67 66-69 64-67 67-69 62-65 66-68
Média
Média 67-69 70-73 66-70 69-71 68-70 70-72 68-71 70-73 68-71 71-73 66-69 70-72
Abaixo da
71-73 74-78 72-74 75-76 73-76 74-78 73-76 74-77 72-75 75-77 70-73 73-76
Média
Ruim 76-81 80-84 77-81 78-82 77-82 79-82 79-83 78-84 76-81 79-81 75-81 75-79
Muito
84-95 86-100 84-94 84-94 86-96 84-92 85-97 85-96 84-94 85-96 83-98 88-96
Ruim
59
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
60
TÓPICO 3 | TREINAMENTO AERÓBIO EM ACADEMIAS
A PSE teve seu início por volta de 1950, tendo como pioneiro o pesquisador
sueco Gunnar Borg. A partir de um dos estudos iniciais clássicos, em que Borg
correlacionou a PSE à frequência cardíaca em sujeitos pedalando em ciclo
ergômetro, diferentes estudos foram desenvolvidos utilizando esse método para
controlar cargas de exercício (NOBLE; ROBERTSON, 1996).
O método da PSE proposto por Foster et al. (1996) e Foster et al. (2001), que
utiliza uma escala adaptada da versão originalmente proposta por Borg (1982),
é baseado no pressuposto de que as respostas fisiológicas impostas pelo estresse
físico são acompanhadas por respostas perceptuais equivalentes. Assim, a PSE
da sessão tem sido utilizada conjuntamente com métodos baseados na frequência
cardíaca e limiares metabólicos de transição para monitorar a carga interna do
treinamento de atletas de diversas modalidades esportivas.
Classificação Descrito
0 Repouso
1 Muito, Muito Fácil
2 Fácil
3 Moderado
4 Um pouco Difícil
5 Difícil
6 -
61
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
7 Muito Difícil
8 -
9 -
10 Máximo
FONTE: Foster et al. (2001)
LEITURA COMPLEMENTAR
Qual o tempo mínimo indicado para se fazer exercícios físicos por dia?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 30 minutos de
atividade física regular em cinco ou mais dias por semana. Sempre falo que
devemos respeitar nossa individualidade biológica, ou seja, o treino do João é
diferente do treino do José. Vale escutar os sinais do seu corpo. Quem está parado
e vai iniciar um treinamento, quem nunca fez nenhuma atividade e resolve sair
para fazer uma caminhada, talvez com 15 minutos já sinta a necessidade de parar.
No dia seguinte, a pessoa caminha 20, depois 25, depois 30, 35, e aos poucos
ela chega em uma hora, em uma corrida… O tempo mínimo indicado seria seu
começo. Claro, com foco e responsabilidade.
62
TÓPICO 3 | TREINAMENTO AERÓBIO EM ACADEMIAS
Quais cuidados uma pessoa deve ter antes de iniciar os exercícios físicos?
Uma avaliação médica com os exames específicos proporciona uma
segurança maior ao praticante. A orientação também é muito importante, procure
saber a formação do seu professor. Procure um profissional de educação física, um
profissional competente que te auxilie do início ao fim dos seus treinos. A vestimenta
deve ser adequada, que permita a troca de calor entre o corpo e o ambiente e que
permita também uma boa movimentação. Os calçados devem ser apropriados,
ou seja, de acordo com a atividade escolhida. Devemos sempre respeitar o limite
do nosso corpo, a dor do dia seguinte pode ocorrer, mas se não desaparecer nos
próximos dias com a sequência do treino ou mesmo com o descanso, isso é um sinal
de alerta. Atenção com a hidratação, água antes, durante e depois.
O que dizer para aquelas pessoas que vivem dizendo que não possuem
tempo para praticar uma atividade física?
Eu poderia dizer que somos nós que fazemos nosso tempo e que sempre
existirá alguma maneira para nos exercitar. De fato, algumas pessoas usam a falta
de tempo como desculpa para justificar seu sedentarismo, porém, sabemos que
realmente existem pessoas que se dividem em trabalho, casa, estudo e outras
atividades, que realmente não sobra tempo para frequentar uma academia ou
mesmo para uma caminhada ou corrida. Para essas pessoas eu diria que o ideal
seria a busca desse tempo, pois isso está ligado diretamente à qualidade de vida.
Mas, enquanto isso não é possível, se alongue pela manhã, no horário do seu
almoço, no trânsito. Se possível, o caminho de casa para o trabalho faça a pé ou de
bicicleta, encare as escadas. Se é você que cuida das organizações da casa, quando
for a hora, coloque uma música, limpe, lave, varra. A dica é se movimentar.
63
UNIDADE 1 | ATIVIDADES EM ACADEMIAS
64
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
65
AUTOATIVIDADE
1 De acordo com o que foi previamente apresentado, vimos que a prática regular
de exercícios físicos tem sido proposta como um método terapêutico e não
farmacológico para manutenção e prevenção de doenças cardiovasculares
(ZANESCO; ANTUNES, 2007). Em relação aos benefícios do treinamento
aeróbio, preencha as lacunas com V para alternativas verdadeiras e F para
alternativas falsas.
a) ( ) V – F – V – F
b) ( ) F – V – F – V
c) ( ) V – F – V – V
d) ( ) F – F – V – F
3 Caro acadêmico, ao longo desta unidade vimos que dentre as variáveis mais
importantes para prescrição do treinamento esportivo, a intensidade destaca-
se como sendo uma das mais importantes. Nesse sentido, a prescrição
adequada da intensidade do exercício é de fundamental importância para
que o objetivo do nosso aluno seja alcançado.
66
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos proporcionar a você:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que visam à compreensão dos conteúdos apresentados.
67
68
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, caro acadêmico! A partir de agora começaremos a estudar as
modalidades de atividades físicas e suas peculiaridades dentro de seus contextos
da academia e empresas. Esperamos que os estudos da unidade anterior sirvam
de subsídios e o guiem na prescrição e na montagem das intervenções que os
próximos estudos irão demandar. Eu sou o professor Tiago M. Coelho e neste
capítulo irei conduzi-lo de forma a mantermos um diálogo entre a teoria e a
prática, passando um pouco da minha experiência acadêmica e das minhas
vivências nas intervenções em campo.
Vamos em frente?!
69
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
diminuindo cada vez mais o tempo livre do ser humano. Tumolo (1997, p. 332) traz
uma revisão dos modelos de produção e seus impactos na sociedade moderna:
NOTA
70
TÓPICO 1 | ORIGEM DA GINÁSTICA LABORAL
NOTA
71
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
72
TÓPICO 1 | ORIGEM DA GINÁSTICA LABORAL
DICAS
73
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
NOTA
74
TÓPICO 1 | ORIGEM DA GINÁSTICA LABORAL
75
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
76
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• No Brasil, apenas em 1969 a Ginástica Laboral foi formalizada, o que se via até
então eram ações relacionadas às atividades físicas esportivas e recreativas.
77
AUTOATIVIDADE
78
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, o tópico anterior demonstrou que a Ginástica Laboral
(GL) não é uma coisa tão nova assim, mas que ainda carece de estudos mais
detalhados para que se faça melhor uso dessa ferramenta. Por isso, quando você
for fazer busca de artigos, livros, sites ou qualquer outro tipo de material de
estudo complementar, encontrará termos como ginástica na empresa, ginástica
do trabalho, ginástica laboral e atividades físicas laborais como sinônimos do
mesmo fenômeno. Agora, iremos buscar compreender os conceitos inerentes à
GL, e os demais fatores relacionados a ela.
79
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
QUALIDADE DE VIDA
PARÂMETROS SOCIOAMBIENTAIS PARÂMETROS INDIVIDUAIS
Moradia, transporte, segurança Hereditariedade
Assistência médica Estilo de vida
Condições de trabalho e remuneração Hábitos alimentares
Educação Controle de estresse
Opções de lazer Atividade física atual
Meio ambiente Relacionamentos
Cultura Comportamento Preventivo
FONTE: Nahas (2013)
80
TÓPICO 2 | CONCEITOS RELACIONADOS À GINÁSTICA
NOTA
DICAS
82
TÓPICO 2 | CONCEITOS RELACIONADOS À GINÁSTICA
Mortes Percentual
Fator de risco
(milhões) do total
1 Pressão alta 7.5 12.8
2 Uso do tabaco 5.1 8.7
3 Glicemia 3.4 5.8
4 Inatividade Física 3.2 5.5
5 Excesso de peso e obesidade 2.8 4.8
6 Colesterol alto 2.6 4.5
7 Sexo inseguro 2.4 4.0
8 Uso de álcool 2.3 3.8
9 Infância abaixo do peso 2.2 3.8
10 Fumo de combustíveis sólidos 2.0 3.3
83
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
4 ERGONOMIA
A falta de atividade física, ou a sobrecarga física e mental do trabalho,
podem ser afetadas pelo ambiente laboral, ou seja, não basta promovermos
atividades físicas, momentos de relaxamento ou apenas intervalos durante o
expediente, sem considerar os aspectos ergonômicos. Figueiredo e Mont’Alvão
(2008) reportam que de nada adianta implantar um programa de GL sem fazer
uma análise ergonômica nos postos de trabalho. O que parece lógico, pois é no
posto de trabalho onde se passa a maior parte do tempo em que se está na empresa
em atividade, e não na sessão de GL.
NOTA
O que é ERGONOMIA?
84
TÓPICO 2 | CONCEITOS RELACIONADOS À GINÁSTICA
DICAS
85
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
5 GINÁSTICA LABORAL
A definição do conceito teórico da GL nos possibilitará enxergar de uma
perspectiva mais ampla e clara a grandeza deste ramo. Conforme Lima (2007, p.
28), uma das grandes pesquisadoras desta área, o conceito de GL é definido como:
“[...] um conjunto de práticas físicas elaboradas a partir da atividade profissional
exercida durante o expediente, visando compensar as estruturas mais utilizadas
no trabalho, relaxando e tonificando-as, e evitar as que não são tão requeridas”.
86
TÓPICO 2 | CONCEITOS RELACIONADOS À GINÁSTICA
de
autoativida
Melhoria:
• Flexibilidade e mobilidade articular.
• Postura corporal.
• Disposição e ânimo para o trabalho.
• Autoconhecimento do corpo e coordenação motora.
• Socialização entre as equipes e seus superiores.
• Produtividade individual e coletiva.
87
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
Redução:
• Inatividade física.
• Tensão e fadiga muscular.
• Acidentes de trabalho.
• Afastamentos por lesões ocupacionais.
• Ausência no trabalho (absenteísmo) e procura ambulatorial.
• Custos com assistência médica.
A GL, por ser uma ginástica global, trabalha a mente, o cérebro e o corpo,
ampliando o autoconhecimento, a consciência e a autoestima, que culminam
como uma mudança de comportamento interno e externo das pessoas, agindo na
prevenção e reabilitação das doenças que o trabalho possa provocar (MENDES;
LEITE, 2012).
88
TÓPICO 2 | CONCEITOS RELACIONADOS À GINÁSTICA
89
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
DICAS
Veja o artigo de Fiedler et al. (2007) intitulado AVALIAÇÃO DA CARGA DE TRABALHO FÍSICO
EXIGIDO EM OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO DE MUDAS ORNAMENTAIS NO DISTRITO FEDERAL:
ESTUDO DE CASO, que verificou a demanda fisiológica dos trabalhadores. O estudo buscou
avaliar a carga de trabalho físico exigida e classificar as atividades desenvolvidas no viveiro,
conforme a sua exigência física. A carga de trabalho foi avaliada por meio da frequência cardíaca
(FC) nas atividades de enchimento dos recipientes plásticos com substrato, abastecimento da
carreta com os recipientes plásticos, encanteiramento, plantio de mudas e expedição. Para a
realização de um trabalho contínuo sem riscos para a saúde, a carga cardiovascular (fórmula
disponível no artigo) não pode ser superior a 40% num turno de oito horas de trabalho. A
seguir, está a classificação do trabalho quanto à FC média:
90
TÓPICO 2 | CONCEITOS RELACIONADOS À GINÁSTICA
de
autoativida
91
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
92
TÓPICO 2 | CONCEITOS RELACIONADOS À GINÁSTICA
como é o caso da Lear Corporation, também lançam mão desse tipo de GL a fim de
evitar lesões ou combater os casos já nos primeiros sinais. O que de fato acontece
é que aquele trabalhador que constantemente reclama de dores no ombro, por
exemplo, é orientado a procurar o serviço de reforço muscular, que acontece
dentro do expediente de trabalho e tem duração de 20 sessões de 15 minutos cada.
93
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
DICAS
de
autoativida
94
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A ergonomia é uma ciência que tem como principal função adequar o trabalho
ao homem, promovendo sua saúde e aumentando a produtividade.
95
AUTOATIVIDADE
96
UNIDADE 2 TÓPICO 3
IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
GINÁSTICA LABORAL
1 INTRODUÇÃO
A princípio, após as leituras e estudos até aqui realizados, podemos
começar a vislumbrar a possibilidade de aplicar esses conhecimentos num
ambiente laboral. Pensando nisso, o CONFEF e o CREF vêm tomando providências
a fim de viabilizar a formalização deste tipo de trabalho, por isso desenvolveram
documentos para ajudar os profissionais na execução das aulas e as empresas na
contratação, e vêm adotando uma postura bastante enfática ao atribuir a GL aos
profissionais de Educação Física.
DICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GL
Antes de continuarmos, tire 10 minutos e navegue pelo site da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE GL e veja um pouco mais sobre essa área que vem crescendo bastante. Além disso,
recomendamos que faça os downloads das orientações, que estão disponíveis de forma
gratuita e serão de grande valia. Disponível em: <http://www.abgl.org.br/v13/index.php>.
Acesso em: 29 ago. 2017.
97
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
2 FASES DA IMPLANTAÇÃO
A implantação de um programa de GL pode ser feita em qualquer empresa,
independentemente do objetivo. Agora, para garantir o sucesso do programa,
além de o profissional de Educação Física conhecer o ambiente corporativo e os
conceitos básicos em outras áreas transversais à GL, como ergonomia, normas
de segurança e qualidade de vida no trabalho, estresse ocupacional e recursos
humanos, é necessário planejar (BRANCO, 2015).
Ginástica
Laboral
Nutrição Ergonomia
Qualidade de
vida do
trabalhador
Segurança no Departamento
Trabalho Médico
FONTE: Os autores
98
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
99
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
Por exemplo, para uma jornada de trabalho com início às 7h e término às 16h,
num setor de linha de produção no qual o trabalhador fica em pé e executando a
mesma função durante todo o tempo, a rotina de pausa, levando em consideração
que essas pausas não são apenas destinadas à prática de GL e sim a outros motivos
também, poderia obedecer à seguinte lógica:
É na fase da execução que de fato começa a GL, a qual engloba, além das
aulas, reuniões e palestras informativas, e uma avaliação constante do programa
para, se necessário, fazer pequenos ajustes. Normalmente, com duração de três
a seis meses, essa etapa busca despertar o interesse, motivação e participação de
todos os funcionários, e por isso deve ser implantada como um projeto piloto
(MENDES; LEITE, 2012).
E
IMPORTANT
Aquecimento: ___________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
100
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
3 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Como vimos na primeira unidade deste livro, avaliar é imprescindível,
tanto para diagnosticar uma condição inicial quanto para acompanhar as
modificações ao longo do tempo. Em Ginástica Laboral, normalmente, são
utilizados indicadores para verificar a eficácia do programa perante os objetivos
e adequar as aulas às necessidades dos trabalhadores e da empresa. Por isso,
antes de iniciar um programa de GL é necessário conhecer o local, o perfil dos
trabalhadores, as condições de trabalho, o espaço disponível para a execução da
aula, dentre outros fatores, para aí sim poder intervir especificamente.
DICAS
Caso você ainda não tenha tido a oportunidade de conhecer uma empresa
grande que tenha linha de produção, vale muito a pena conferir. A dica é: (1) Identifique uma
empresa com essas características; (2) Faça contato e apresente-se como acadêmico de
Educação Física; (3) Explique o seu objetivo com esse contato prévio e solicite uma visita; (4)
Durante a visita, observe como funciona o todo, desde o ciclo de trabalho dos trabalhadores
até como esse ciclo é interrompido para uma aula de GL, que deve iniciar e terminar nos
horários programados para que não atrapalhe o andamento da produção; (5) Faça anotações
e num segundo momento organize as informações coletadas na visita e faça um relatório.
101
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
Nutrição
Relacionamentos Comportamento
Preventivo
FONTE: Nahas, De Barros e Francalacci (2012)
102
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
Componente: ALIMENTAÇÃO
g. Você conhece sua pressão arterial, seus níveis de colesterol e procura controlá-los. [ ]
h. Você se abstém de fumar e ingere álcool com moderação (ou não ingere). [ ]
i. Você respeita as normas de trânsito (como pedestre, ciclista ou motorista), usa sempre cinto
de segurança e, se dirige, nunca ingere álcool. [ ]
Componente: RELACIONAMENTOS
m. Você reserva tempo (ao menos cinco minutos) todos os dias para relaxar. [ ]
n. Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado. [ ]
o. Você equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer. [ ]
Considerando suas respostas aos 15 itens, procure colorir a figura abaixo, construindo
uma representação visual do seu Estilo de Vida atual.
103
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
Alimentação
Controle do Atividade
estresse física
Relacionamentos Comportamento
Preventivo
Nutrição
Controle de Atividade
Stress Física
Relacionamento Comportamento
Social Preventivo
Atividades de lazer
105
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
TOTAL DE PONTOS [ ]
Classificação: 0 – 5 pontos: Inativo
6 – 11 pontos: Moderadamente Ativo
12 – 20 pontos: Ativo
21 ou mais pontos: Muito Ativo
FONTE: Nahas, De Barros e Francalacci (2012)
106
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
Massa corporal em Kg 82 82
IMC = IMC
= = 2
= 26,2kg/m 2
(Estatura em metros)² (1, 77) 3,13
IMC Classificações
Menor do que 18,5 Abaixo do peso
18,5 – 24,9 Peso normal
25,0 – 29,9 Excesso de peso
30,0 – 34,9 Obesidade classe I
35,0 – 39,9 Obesidade classe II
Maior ou igual a 40,0 Obesidade classe III
107
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
3.5 FLEXIBILIDADE
Como o IMC, a flexibilidade também faz parte dos componentes da
aptidão física relacionada à saúde e, portanto, também merece nossa atenção para
o bom desempenho do trabalhador. O teste de flexibilidade de ombros parece ser
uma boa opção pensando em trabalhadores que, em sua esmagadora maioria,
utilizam os membros superiores em suas funções.
A faixa ideal para a saúde é a 3 e pode ser alcançada pela maioria das
pessoas.
108
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
• Homens: a diferença se dá pelo fato dos homens não estarem com as pernas
encostadas no solo.
109
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
A faixa ideal para a saúde é a 3 e pode ser alcançada pela maioria das
pessoas.
4 > 39 > 33 > 36 > 30 > 30 > 27 > 22 > 24 > 21 > 21 > 18 > 17
3 23-38 18-32 22-35 15-29 17-29 13-26 13-21 11-23 10-20 07-20 08-17 05-16
2 18-22 12-17 17-21 10-14 10-14 08-12 10-12 05-10 07-09 02-06 05-07 01-04
1 < 17 < 11 < 16 < 09 < 11 < 07 < 09 < 04 < 06 < 01 < 04 < 01
Onde:
VO2max – consumo máximo de oxigênio em ml/kg/min
Peso – massa corporal em kg
Idade – em anos completos
Sexo – 0 para feminino e 1 para masculino
Tempo – tempo para percorrer uma milha em passos rápidos, registrado em
minutos e centésimos de minuto (multiplica-se os segundos por 100 e divide-
se por 60). Por exemplo: se o tempo for 14min20s, o valor na equação deverá
ser 14,33 minutos (14 min e 33/100 de minuto).
FC – frequência cardíaca (batimentos por minuto), determinada no momento
da chegada. Pode ser determinada por monitores de frequência cardíaca ou
por apalpação, contando-se a FC durante 15 segundos e multiplicando por
quatro.
FONTE: Nahas, De Barros e Francalacci (2012)
110
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
111
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
2) Se você respondeu "sim" marque a região do corpo em que sente dor. Não esqueça
de atribuir nota de 1 (um) a (10) dez à região dolorida, de acordo com a escala de
intensidade de dor apresentada a seguir:
3.9 PARTICIPAÇÃO
De todos os instrumentos que vimos até aqui, o que mais vem sendo
utilizado pelos responsáveis dos programas de GL nas empresas é o indicador
de presença nas aulas. Como a GL não é obrigatória na empresa, e sim opcional,
manter um alto nível de participação nas aulas é essencial para garantir que o
programa continue no planejamento dos gestores. Uma forma de calcular isso é
por meio da relação Participação Potencial Vs. Participação Real.
FONTE: OS autores
112
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
113
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
4 ASPECTOS LEGAIS
O livro do CONFEF, organizado por Branco (2015, p. 43), traz a seguinte
informação:
Resolução CONFEF 046/2002, em seu Art. 1º: O profissional de
Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas
manifestações – ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas,
capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e
acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia,
relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade
laboral e do cotidiano e outras práticas corporais –, tendo como
propósito prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da
educação e da saúde [...].
114
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
DICAS
E
IMPORTANT
Curso MEI
Como complemento deste tópico, acesse o site do SEBRAE e realize o curso on-line sobre
como se tornar um MEI. O curso é gratuito, rápido e muitíssimo informativo, basta fazer seu
cadastro e escolher o curso. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae>.
Acesso em: 30 ago. 2017.
115
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
116
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
117
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
Aluna A:
__________________________________________________________________
Aluna A:
Eu frequento as aulas há seis meses. No início, tive um pouco de dor
nas costas por causa dos alongamentos e dos exercícios, até porque eu estava
bastante tempo parada, mas hoje já estou acostumada.
118
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
Aluna A:
Sim. Na outra empresa em que eu trabalhava antes também tinha aulas
da ginástica laboral, mas lá as aulas eram pela manhã e eram apenas dois dias
na semana. O bom aqui do SESC é que tem aulas todos os dias, só na sexta que
não, e isso é bom, porque faz com que a gente faça mais exercício. Acho que
isso é um diferencial.
Aluna A:
As aulas acontecem em muitos ambientes, às vezes no ginásio, no
estacionamento ou em alguma sala de aula do prédio, depende muito do
objetivo da aula. A gente faz atividades de deslocamento, mais agitadas,
e quando a gente passa para o professor que a semana foi mais cansativa,
atividades mais tranquilas de relaxamento e respiração. Essa variação de
atividades deixa a aula muito boa.
Aluna A:
O que eu mais gosto são das atividades em dupla, trio ou grupos, porque
são momentos bem legais e descontraídos, onde a gente se integra, brinca e dá
risada (risos). Gosto dos alongamentos e das atividades de estafeta, acho que
é assim que se chama, né?!
Aluna A:
Não. O que eu faço realmente de atividade física é a GL. Até porque eu
trabalho com os serviços gerais, e é um trabalho bem pesado, e a rotina acaba
não me deixando fazer exercícios físicos fora desse horário. Por isso eu busco
ao máximo não faltar às aulas de ginástica laboral para poder ter os benefícios
das atividades, que mesmo sendo pouco tempo, tem me ajudado bastante.
FONTE: Os autores
119
UNIDADE 2 | ATIVIDADES DE GINÁSTICA LABORAL
possível. Em última análise, notem que para a aluna A as aulas de GL são o único
momento aparente de lazer e exercício físico de seu cotidiano, o que reforça a
importância dos programas de qualidade de vida dentro dos ambientes laborais.
LEITURA COMPLEMENTAR
120
TÓPICO 3 | IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
121
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O CONFEF e o CREF têm buscado, por meio de guias práticos tanto para o
profissional de Educação Física quanto para as empresas, facilitar, potencializar
e formalizar a relação entre ambas as partes.
• É na fase da execução que de fato começa a GL, a qual engloba, além das aulas,
reuniões e palestras informativas, e uma avaliação constante do programa.
• O formato de contratação das empresas faz com que se tornar um MEI seja
uma forma de entrar no mercado.
122
AUTOATIVIDADE
2 A Ginástica Laboral (GL) é uma área que tem como característica principal a
execução de atividades dentro da jornada de trabalho, visando, dentre muitos
objetivos, promover a qualidade de vida do trabalhador. Dentro deste contexto,
assinale a alternativa que, por meio do texto “Considerações sobre Ginástica
Laboral e Fisioterapia Laboral”, apresentado como leitura complementar,
sustenta a premissa de que a GL seja uma atividade planejada e ministrada por
profissionais de Educação Física e não por um profissional da fisioterapia.
123
( ) A GL foi desenvolvida para atender de forma adequada às necessidades
dos trabalhadores no sentido da sua preparação física, comportamental e
sociocultural para os desafios dos modernos ambientes de trabalho.
( ) Num programa de saúde do trabalhador, com abordagem multiprofissional,
envolvendo Educação Física, Serviço Social, Medicina, Fisioterapia e
Engenharia (Ergonômica) devem ser respeitados os limites e competências
de cada profissão envolvida, para uma maior eficácia do programa.
( ) Fisioterapia Laboral subentende um tratamento fisioterápico de lesões
ou patologias adquiridas pelo trabalhador no exercício ou causadas pelo
exercício de suas funções. “É atividade privativa de o fisioterapeuta
executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de restaurar,
desenvolver e conservar a capacidade física do paciente” (CONFEF, 2008).
( ) No Brasil, as profissões são regulamentadas por campos de trabalho. Cada
profissão tem definido o seu papel na sociedade, mesmo porque existem
para atender às necessidades e interesses da população.
( ) A GL é um exercício físico destinado ao trabalhador, portanto, deve ser
executado por qualquer profissional que trabalhe dentro da empresa.
124
UNIDADE 3
EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E
AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que visam à compreensão dos conteúdos apresentados.
125
126
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao nosso primeiro tópico da Unidade
3. Neste tópico, abordaremos os principais exercícios de musculação realizados
em academias de ginástica. Conheceremos os exercícios para desenvolver a
musculatura do corpo humano, melhorar a performance, a saúde e com isso obter
uma melhor qualidade de vida. Estudaremos qual a melhor forma de execução
desses movimentos e quais os principais músculos envolvidos em cada exercício.
A partir dos ensinamentos desta unidade, junto ao conhecimento já adquirido
nas unidades anteriores, você será capaz de prescrever os exercícios da melhor
forma possível, respeitando os limites dos alunos. Você será capaz de realizar
uma periodização adequada escolhendo os melhores exercícios e determinando,
de forma individualizada, a intensidade e o volume do treinamento do seu aluno.
127
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Trapézio
Esplênio da cabeça
Esplênio do pescoço Espinha da escápula
Levantador da escápula Deltoide (posterior)
Infraespinhal
Romboide menor Redondo menor
Redondo maior
Romboide maior
Latíssimo do dorso
Eretores da espinha (Grande dorsal)
Aponeurose
Serrátil Posteroinferior
toracolombar
Oblíquo externo
Oblíquo interno
Glúteo médio
128
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Pronação
Início
Braquiorradial
Trapézio
Braquial
Final
Deltoide posterior Bíceps
Redondo maior
Latíssimo do dorso
Latíssimo
do dorso
Fim do movimento
129
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Bíceps
Deltoide Trapézio
posterior
Final
Latíssimo
do dorso
Execução do movimento:
• Faça uma pegada na barra com o dorso das mãos voltado para cima; as mãos
devem ficar a uma distância 15 cm maior que a largura dos ombros.
• Tracione a barra para baixo, até a parte superior do peito, contraindo os
latíssimos.
• Retorne lentamente a barra à posição inicial, acima da cabeça.
• Para maximizar a amplitude de movimento, alongue os latíssimos na posição
mais elevada, e contraia esses músculos na parte mais baixa do exercício,
movimentando os cotovelos para baixo e para trás – até onde for possível.
Músculos envolvidos:
130
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Deltoide posterior
Trapézio Trapézio Inferior
Final Final
Deltoide Latíssimo
Infraespinal
Redondo maior Início do dorso
Redondo maior
Início
Latíssimo do dorso
Execução do movimento:
Músculos envolvidos:
Eretor de espinha
Trapézio
Redondo maior
Deltoide posterior
Latíssimo do dorso
Final
Início
Execução do movimento:
Músculos envolvidos:
132
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Deltóide anterior
Deltoide lateral
Deltoide lateral Peitoral superior Final
Deltoide posterior Final Deltoide
anterior
Início
Execução do movimento:
Músculos envolvidos:
• Primário: Deltoide lateral.
• Secundário: Deltoide anterior, deltoide posterior, trapézio, supraespinal.
133
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Embora seja um exercício de fácil execução, deve ser realizado com muita
atenção e sem sobrecarregar a musculatura, para que não ocorra nenhum tipo de
lesão nos ombros. Esse exercício pode ser realizado com halteres, em uma máquina
própria para esse movimento, ou ainda com a barra para alunos mais avançados.
Além disso, quando realizado com halteres, o exercício pode ser realizado em
pé ou sentado em um banco. A principal diferença é que quando realizado em
pé irá recrutar os músculos do abdômen para manutenção da musculatura, mas
também irá impor um estresse maior na região lombar do que quando realizado
na posição sentada. Por esses motivos, fatores como número de repetições e peso
utilizado devem ser observados para escolha adequada do exercício.
Tríceps
Início
Deltoide
Trapézio posterior
Execução do exercício:
134
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Músculos envolvidos:
• Primário: Deltoide Anterior.
• Secundários: Deltoide Lateral, tríceps, trapézio, peitoral superior.
Músculo deltoide
Músculo reto
do abdômen
135
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Deltoide Início
anterior
Tríceps
Conforme figura acima, esse exercício pode ser executado com a utilização
de barras ou halteres e na posição reta ou inclinada. A diferença de realizar o
exercício com o banco inclinado é que dessa forma o recrutamento muscular será
mais específico para a região superior do peitoral.
Execução do movimento:
• Na posição deitada em um banco, faça uma pegada na barra com o dorso das
mãos voltado para cima e o afastamento entre elas igual à distância entre os
ombros.
• Uma pegada fechada (mãos mais próximas) enfatiza o recrutamento dos
músculos internos do peitoral e também mobiliza maior recrutamento do
tríceps.
• Abaixe lentamente o peso até tocar a parte média do tórax.
• Empurre a barra diretamente para cima, até que ocorra quase extensão máxima
dos cotovelos.
Músculos envolvidos:
136
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
3.2 CRUCIFIXO
FIGURA 55 - CRUCIFIXO
Final
Peitoral maior
Deltoide anterior
Início
Execução do movimento:
137
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Músculos envolvidos:
Músculo deltoide
(porção anterior)
138
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Final
Deltoide
Deltoide
Bíceps: Final
Bíceps
Cabeça longa
Cabeça curta
Braquiorradial
Início Início
Execução do exercício:
Músculos envolvidos:
• Primário: Bíceps.
• Secundários: Braquial, braquiorradial, deltoide anterior, antebraço.
Esse exercício também pode ser feito com halteres e de forma unilateral.
A vantagem de ser realizado com halteres é que permite um maior controle e
possível isolamento da musculatura. Ainda, é uma excelente opção para aqueles
que estão se recuperando de alguma lesão.
139
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Final
Bíceps
Início
Execução do exercício:
Músculos envolvidos:
• Primário: Bíceps.
• Secundários: Braquial, braquiorradial, deltoide anterior, antebraço.
140
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Início
Tríceps:
Cabeça lateral
Cabeça medial
Cabeça longa
Final
Também pode ser executado com o auxílio de uma corda, sendo que a
principal alteração em relação ao exercício realizado com a barra é que dessa
forma o recrutamento muscular é mais intenso na porção externa do tríceps.
Execução do exercício:
• O tríceps polia, ou corda, deve ser executado com a polia alta, em uma barra
curta. A distância entre as mãos deve ser da largura do ombro. O dorso das
mãos deverá estar para cima, ou seja, de forma pronada.
• A barra começará sua posição no peito, e os joelhos deverão estar levemente
flexionados para ter um melhor equilíbrio.
• Com os braços estendidos, estenda o braço para baixo até que os cotovelos
fiquem completamente bloqueados, e então volte à posição inicial.
• Deve-se ter atenção com a posição dos cotovelos para que estes fiquem
estabilizados e próximos ao corpo. Isso é importante, uma vez que o exercício é
realizado com movimentação dos cotovelos, passa-se a ter grande contribuição
dos músculos do ombro, tirando assim o enfoque no tríceps.
Músculos envolvidos:
• Primário: Tríceps.
• Secundários: Antebraço.
141
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Tríceps:
Cabeça lateral
Cabeça medial
Cabeça longa
Início
Esse exercício pode ser realizado com barras ou halteres e até mesmo na
polia. Pode ser realizado de forma conjunta ou unilateral, que é uma estratégia
importante, principalmente para aqueles que estão se recuperando de lesão ou
que apresentam algum grau de desequilíbrio muscular.
Execução do movimento:
Músculos envolvidos:
• Primário: Tríceps.
• Secundários: Deltoide, antebraço.
142
RESUMO DO TÓPICO 1
143
AUTOATIVIDADE
144
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F – V.
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) V – V – F – V.
145
146
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre as
atividades desenvolvidas em academias. Agora que você já aprendeu quais
são os principais exercícios indicados para o desenvolvimento da musculatura
superior do nosso corpo, vamos estudar os exercícios e grupos musculares da
parte inferior do nosso corpo. Assim como no tópico anterior, vamos aprender a
importância da musculação para a qualidade de vida e saúde e qual a forma mais
atraente para sua prescrição.
Participe conosco do estudo de mais um tópico que trará novos
conhecimentos e uma melhor compreensão dos assuntos estudados para sua
formação acadêmica e seu crescimento profissional.
147
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Músculo Psoas
Músculo tensor Maior
da fascia lata
Músculo sartório Abductor
Glúteo Máximo
Magno
Músculo vasto lateral Músculo reto femoral Isquiotibial
Tendão do Semitendinoso Tracto Iliotíbial
Músculo vasto medial
quadríceps
Gracílis Isquiotibial
Ligamento Patelar
Músculo fibular Biceps Femoral
longo Cabeça lateral
Isquiotibial
Extensor longo do gastrocnêmio
Semitendinoso
dos dedos
Tendão do
tibial anterior
Plantar
Gastrocnemio Gastrocnemio
Início
Final
Patela
Vasto lateral Tíbia
Vasto medial Fíbula
Vasto intermédio
a
Fêmur
Reto femoral
Tensor da fáscia
lata
b
Posições dos pés
148
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Modo de execução:
Músculos envolvidos:
• Primário: quadríceps.
• Secundários: glúteos, músculos posteriores da coxa, adutores.
2.2 AFUNDO
FIGURA 63 – AFUNDO COM HALTERES E AFUNDO COM BARRA
Início
Final
149
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Execução do movimento:
• Em pé, com espaçamento entre os pés na largura dos ombros, segure os halteres
ao lado do corpo ou a barra nas costas.
• Dê um passo para frente com a perna de sua preferência, flexionando o joelho
da perna que avançou de modo que forme um ângulo de 90 graus.
• Volte a perna para a posição anterior e faça o mesmo com a outra perna.
• Seu corpo sempre deverá ficar com as costas retas e o torso ereto.
• É muito importante que o joelho da perna de trás não bata no chão, pois
constantes impactos podem comprometer a saúde do tendão patelar.
Músculos envolvidos:
2.3 AGACHAMENTO
FIGURA 64 – AGACHAMENTO E POSICIONAMENTO DOS PÉS
Início
(B)
(A) (C)
Final
Tensor da fáscia lata
Reto femoral
Glúteo médio
Vasto medial
Vasto intermédio Glúteo máximo
não visível Vasto lateral
Sartório Fêmur
Grácil Fíbula
Adutores Tíbia
150
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Execução do exercício:
• Em pé com os halteres nas mãos ao lado do corpo ou com a barra apoiada nos
ombros e os pés afastados em distância igual à largura dos ombros.
• Flexione lentamente os joelhos até que as coxas fiquem paralelas ao chão.
• Estenda as pernas para retornar à posição inicial.
• A variação na posição dos pés transfere a predominância muscular para diferentes
músculos. Uma posição fechada (a) transfere o enfoque para os quadríceps
externos (vasto lateral) e abdutores (tensor da fáscia lata). Uma posição na largura
dos ombros (b) mobilizará toda a coxa. Uma posição mais aberta (c) colocará maior
ênfase nos quadríceps internos, músculos adutores e sartório.
Músculos envolvidos:
151
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Esplênio Trapézio
Latíssimo do dorso
Final
Eretor da espinha
Glúteo máximo
Músculos
posteriores
da coxa
Início
Execução do movimento:
• Faça uma pegada com afastamento igual à largura dos ombros e com o dorso
das mãos voltado para cima com os braços estendidos e na posição agachada,
dobrando joelhos e quadris.
• Agarre a barra próxima das pernas, flexionando os joelhos.
• Mantenha a coluna vertebral reta e os cotovelos estendidos, fique em pé, ereto,
levantando a barra até o nível dos quadris.
• A barra deve ser levantada diretamente para cima e para baixo, próxima do
corpo.
• Lentamente, abaixe a barra até o chão e repita o movimento.
Músculos envolvidos:
152
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Reto femoral
Vasto medial
Vasto intermédio
(o reto femoral foi removido)
Vasto lateral
Fêmur
Pateia
Tíbia
Fíbula
Final
Início
Execução do movimento:
Músculos envolvidos:
153
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Bíceps femoral
Semitendíneo
Semimembranáceo
Fíbula
Tíbia
Início Gastrocnêmio
Esse exercício pode ser feito na posição deitada, mas também sentada em
um equipamento chamado de cadeira flexora.
Execução do movimento:
Músculos envolvidos:
154
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
gatrocnêmios
(gêmeos) sóleo
Início
Gastrocnêmio:
Cabeça medial
Cabeça lateral
Tíbia
Fíbula
Tendão do
calcâneo
155
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
• Na borda inferior da plataforma do Leg press, apoie a parte posterior dos pés o
máximo que você conseguir.
• Empurre o peso o máximo possível, utilizando apenas a parte da frente dos
pés, contraindo a panturrilha.
• Abaixe o peso bem lentamente até a posição inicial.
• Para potencializar seu resultado, o exercício deve ser realizado com a amplitude
máxima de movimento. Desça e suba o peso de forma controlada, descendo e
subindo o mais possível.
Músculos envolvidos:
• Primário: Gastrocnêmio.
• Secundário: Sóleo.
156
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Reto Abdominal
Transverso
Abdominal
Oblíquo Interno
Oblíquo Externo
NOTA
157
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Execução do movimento:
• Procure utilizar um tapete de exercício para prevenir lesões e dores nas costas.
• Deite-se na posição decúbito dorsal (barriga para cima), com os joelhos
flexionados e os pés apoiados no solo.
• Coloque as mãos atrás da cabeça ou cruzadas sobre o peito.
• Inspire e eleve o tronco, contraindo o seu abdômen e arredondando as costas.
Mantenha o queixo apontado para cima.
• Mantenha a cabeça ereta, de forma a não pressionar o queixo contra o peito.
Expire no final do movimento.
• Em seguida, volte lentamente à posição original, mas dessa vez sem apoiar o
tronco no chão.
• Repita o movimento de forma controlada.
Músculos envolvidos:
158
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Reto femoral
Iliopsoas
Início
Execução do movimento:
• Deite-se num banco horizontal ou inclinado e apoie as mãos por trás da cabeça
e agarre o banco para se apoiar.
• Posicione os pés de modo a formar um ângulo de 90º entre os joelhos e quadris.
• Levante a pelve até os pés apontarem para o teto.
• Baixe as pernas, retornando lentamente até a posição inicial.
Músculos envolvidos:
159
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Reto do abdômem
Serrátil anterior
Oblíquo externo
Início
Execução do movimento:
• Deite-se num banco horizontal ou inclinado e apoie as mãos por trás da cabeça.
• Eleve o corpo girando a cintura, alterne os lados para obter simetria.
Músculos envolvidos:
160
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO
Execução do movimento:
Músculos envolvidos:
Internal
oblique
161
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Por fim, é importante ressaltar que este exercício deve ser realizado para
as duas laterais do corpo, para que assim a musculatura seja trabalhada de forma
uniforme.
Execução do movimento:
Músculos envolvidos:
162
RESUMO DO TÓPICO 2
163
AUTOATIVIDADE
AUTOATIVIDADE
( ) F – V – V.
( ) V – F – F.
( ) F – F – V
( ) V – V – V.
( ) O exercício conhecido como afundo pode ser feito com halteres ou na barra,
e trabalha de forma isolada o quadríceps.
( ) O Leg press é um exercício multiarticular que tem como grande vantagem o
fato de trabalhar tanto a musculatura anterior como posterior da coxa.
( ) A cadeira extensora trabalha de forma primária os músculos posteriores da
coxa.
164
( ) Os músculos que compõem o glúteo também são recrutados durante a
execução do exercício realizado na cadeira flexora, bem como durante o
agachamento.
( ) F – V – V – V.
( ) V – F – F – V.
( ) F – F – V – V.
( ) F – V – F – V.
165
166
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre as
atividades em academia. Neste novo tópico, veremos sobre outra atividade muito
frequente nas academias: as aulas coletivas ou aulas em grupo.
2 AULAS COLETIVAS
Caro acadêmico, conforme já vimos anteriormente, as academias de
ginástica são compreendidas como centros de condicionamento físico que
oportunizam o ambiente e orientação para a prática de programas de exercícios
físicos (ROJAS, 2003). Dentre as atividades propostas nesse ambiente, as aulas
coletivas também se destacam como uma forma interessante de exercício,
principalmente para aqueles que possuem alguma limitação ou que não são
muito adeptos da prática de exercícios resistidos, ou seja, musculação.
Vale destacar que a Les Mills não é a única empresa que desenvolve e
repassa as suas aulas coletivas aos professores, no entanto, ela destaca-se como
sendo a mais tradicional e difundida em todo o mundo. Além disso, a academia
pode optar que as aulas coletivas sejam desenvolvidas pelos professores, sendo
assim, independente da Body Systems. No entanto, é importante destacar que os
professores que tiverem interesse pelas aulas dessa empresa devem realizar os
cursos para estarem aptos a ministrá-las.
168
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
169
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
A duração da aula fica entre 55 minutos até uma hora, sempre respeitando
a mesma ordem predeterminada de exercícios. Isso porque as aulas não podem
ser puladas ou trocadas, pois já foi testada e os resultados são comprovados, desde
que seja feita dessa maneira. Qualquer tipo de alteração acaba por descaracterizar
a aula e, desta maneira, interferir nos resultados esperados (LES MILLS, 2009).
170
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
171
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
172
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
E
IMPORTANT
173
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
174
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
NOTA
FIGURA 82 – CADÊNCIA
175
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
A Zumba é uma aula de dança de origem latina que foi criada acidentalmente
na Colômbia, quando o seu criador, Alberto "Beto" Perez, esqueceu de trazer
a música tradicional até então usada na aula. A única música que ele tinha no
momento eram algumas fitas de ritmos latinos. Assim, ele usou essas fitas e
deixou as músicas motivá-lo como se estivesse em um clube, e começou a dançar
Salsa, Rumba e Merengue. Para sua surpresa, seus alunos adoraram a novidade e
estavam muito felizes e motivados ao término da aula. Assim, foi esse momento
que inspirou a criação e o desenvolvimento da aula de Zumba. No ano de 2003
176
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
177
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
178
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
179
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
180
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
UNI
181
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Fernando Fofão
182
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
183
UNIDADE 3 | EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO E AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
Outra questão estranha que parece que virou moda: parece que alguém
escreveu como regra em algum lugar que os estagiários só atendem e aprendem
na MUSCULAÇÃO! Por que não se colocam estagiários nas aulas coletivas para
formar novos professores e substitutos? Por que estagiários não se dedicam para
valer em todos os setores de uma academia? Parece que é mais difícil organizar,
monitorar, ensinar e acompanhar. Então é melhor ter estagiários compondo uma
mão de obra barata “encostados” na musculação. O barato e o mais fácil saem
caro. As academias estão pagando esse preço e muitas nem se dão conta disso.
184
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AULAS COLETIVAS EM ACADEMIAS
A ginástica coletiva está viva no mundo todo! Parece que aqui no Brasil,
nos grandes centros, estamos passando por uma ONDA PARALISANTE através
de uma “moda virulenta” que parece ser uma tendência, mas é apenas um nicho
e que vai saturar. Quem vai sair na frente são os que perceberem onde estão
as oportunidades de realmente poderem FAZER DIFERENTE, voltando às boas
origens com novas técnicas de captação e valorização dos profissionais, com
formação, treinamentos, coaching e relações humanas.
É possível, eu acredito!
185
RESUMO DO TÓPICO 3
186
AUTOATIVIDADE
a) A Les Mills é uma empresa brasileira que desenvolve aulas coletivas para o
mundo todo.
b) Não é necessário nenhum tipo de credenciamento para ministrar as aulas da
Les Mills.
c) As aulas da empresa são desenvolvidas e testadas na sede da empresa e são
atualizadas regularmente.
d) Qualquer profissional pode ministrar as aulas desenvolvidas pela Body
Systems.
187
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
188
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