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No final da IIª Guerra Mundial a Europa encontrava-se numa situação de catástrofe.

Os países europeus tornaram-se grandes devedores dos EUA;


Os EUA propõem então, em 1947, auxílio económico à Europa - O PLANO
MARSHALL. E porquê?
Era fundamental para a «Europa» recuperar as suas economias;
Evitava a possibilidade do Socialismo avançar em alguns países (França, Itália);
Procurava-se aliciar os países do leste a aderir ao sistema liberal/capitalista;
Restitui o poder de compra à Europa, beneficiando a economia norte-americana.
Os países que aceitaram a ajuda dos EUA organizaram-se para administrar e coordenar
a distribuição desse auxílio – nascia a O.E.C.E. – Organização Europeia de
Cooperação Económica.

Estava aberto o caminho para as integrações europeias.


C.E.C.A (1951) – França, RFA, Itália e os três países do Benelux fundam, em
Paris, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço;
C.E.E. (1957) – os mesmos seis países assinam o Tratado de Roma que funda as
Comunidades Europeias: CECA, CEE e EURATOM;
E.F.T.A. (1960) – na Convenção de Estocolmo, os países aderentes à zona de comércio
livre fundam a European Free Trade Association.
Nem todos os países da OECE aderem à proposta de integração económica:
O Reino Unido preferia uma integração do tipo “zona de comércio livre”;
Portugal e a Espanha (p. ex:) não reuniam condições políticas (princípios de democracia
e política ultramarina) que permitissem a sua integração;
liderados pelo Reino Unido, Portugal, Noruega, Suécia, Dinamarca, Áustria e Suiça
defendem a criação de uma zona de comércio livre e fundam a EFTA.

A criação da CEE ocorreu num período em que a Europa Ocidental começava


novamente a recuperar economicamente. Durante os anos 50 quase todos os fundadores
da CEE tinham já recuperado os seus níveis de produção e investimento, tinham
aumentado as suas exportações, dentro da Europa ou em relação ao exterior. No entanto,
a construção europeia veio dar resposta a duas questões:
- a necessidade de reconstrução política da Europa Ocidental, procurando o caminho
para uma paz duradoura;
- a reorganização económica num novo quadro internacional
.
Nos anos 60 já o crescimento da CEE era superior às outras nações desenvolvidas e daí
para a frente a economia «europeia» não parou de crescer. Ainda na actualidade, a UE é
o maior importador e exportador a nível mundial, sobrepondo-se aos EUA e ao Japão.
 
No plano das relações exteriores, desde o início da sua construção, a CEE tem praticado
uma política de grande abertura face ao mercado externo, em especial com os países
menos desenvolvidos formados a partir do processo de descolonização. Por isso, desde
muito cedo, a CEE realizou acordos comerciais com a maioria das suas antigas colónias
(dos países ACP). Esses acordos são conhecidos por Convenções de Lomé, e vêm-se
desenvolvendo desde 1964, desencadeando diferentes processos de ajuda, cooperação e
parceria económica.
Em Setembro de 1945, o Japão assina a sua capitulação na guerra, vencido, humilhado,
na penúria e completamente arruinado.Em 1948 é iniciada a reconstrução do Japão, com
a aplicação de um plano semelhante ao Plano Marshall – o Plano Dodge – através do
qual os norte-americanos pretendiam:
- Prestar ajuda técnica, económica e financeira;
- Fornecer matérias-primas industriais, empréstimos e financiamentos diversos;
- Dotar o Japão de um regime democrático; (entre outros).

O triunfo comunista na China e a instalação do clima de «guerra fria» também no


Oriente, justificou que os EUA procurassem assegurar no Japão um regime ocidental,
que tornasse este país um aliado norte-americano.
A Guerra da Coreia (1950/53) dá o impulso à indústria japonesa e consolida a relação
de aliança entre o Japão e os EUA, iniciando a expansão da economia do Japão. 
Até à década de 60, o Japão ascende ao lugar de 3ª potência económica, que ficou
conhecido como o «milagre japonês».

O «milagre japonês» é explicado pelos seguintes factores: ´

- Mão-de-obra abundante, barata, não-reivindicativa, com alta capacidade para


assimilar, com elevado espírito de sacrifício e amor à nação;
- Elevado sentido de organização, de dedicação ao trabalho e de união;
- Uma reconstrução industrial com base em novas indústrias com a mais recente
inovação tecnológica;
- Altas taxas de investimento, possibilitadas pelos baixos salários;
- Eficiente organização comercial;
- Forte agressividade competitiva;
- Total imbricação Estado/indústria (paternalismo do Estado);
- Fortes restrições ao armamento e Forças Armadas.

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