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02/09/2015

Tópicos
−Introdução à Microbiologia,
Elementos de Microbiologia −Morfologia e Estrutura das células,
−Nutrição Microbiana,
−Meios de Cultura,
−Crescimento Microbiano,
−Controle Microbiano

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Microbiologia

 Ciência que estuda os micro-organismos

 Um amplo e diverso grupo de organismos


com dimensões microscópicas

 Podem ser encontrados na natureza como


células únicas ou agrupamentos celulares

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Características Importantes dos Micro- Microbiologia como Ciência


organismos
A microbiologia está associada ao estudo das
CÉLULAS VIVAS e ao seu funcionamento
Capazes de realizar seus processos vitais sem
depender de outras células
Básica: Estuda a natureza fundamental e as propriedades
dos micro-organismos (fortemente influenciada pela necessidade de
conhecimento sobre mos causadores de doenças)

Crescimento/Reprodução
Aplicada: Estudo da aplicação tecnológica dos micro-
Geração de energia organismos de forma benéfica em diversas áreas
(medica, agrícola e industrial).

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Ciência Básica Ciência Aplicada


−Características Morfológicas - forma e tamanho da célula; −Produção de uma variedade de substâncias de interesse econômico (Ex:
composição química e função de suas estruturas internas. ácidos orgânicos,a ntibióticos, enzimas, vitaminas)

−Processos mais eficientes para o tratamento de efluentes industriais


−Características Fisiológicas/Bioquímicas – condições
ambientais e nutricionais necessárias ao crescimento e −Produção de suplemento alimentar (proteína de célula única - SCP)
reprodução.
−Produção de biocombustíveis (gás metano e etanol)
−Características Genéticas – genoma
−Exploração da atividade química de micro-organismos em processos de
biorremediação (reduzir ou remover poluentes no ambiente)
−Características Ecológicas – ocorrência e relação com o
ambiente −Usados como "inseticidas biológicos", no lugar de produtos químicos

−Classificação - a relação taxonômica entre os grupos


microbianos. 7
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MICRO-ORGANISMOS COMO CÉLULAS MICRO-ORGANISMOS COMO CÉLULAS

Célula: Unidade básica de todos os organismos vivos

Todos os organismos celulares correspondem a estruturas


organizadas, que apresentam alguma forma de metabolismo

Parede celular Fungo unicelular


Bactéria
(levedura)
Membrana

Várias estruturas e componentes químicos internamente a membrana que


permitem o funcionamento celular. Ex: núcleo ou nucleóide onde abriga a
informação genética - DNA

Fungo multicelular
(bolor)
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Componentes Químicos das Células Componentes Químicos das Células


Ácidos
Lipídeos
Nucleicos

Proteína
Água (70 – 80%)
Proteínas Polissacarídeos Carboidrato;
Lipídeo
Ác nucleico
Célula

A natureza química e o arranjo destas macromoléculas é o


que tornará um mo diferente do outro
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Componentes Químicos das Células Principais Características

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Posição dos Micro-organismos no


Classificação de Haeckel
Mundo Vivo
Bactérias
1683 - descoberta das bactérias por Antoni van
Leeuwenhoek

1864 – confirmação da existência de micro- Algas

organismos (fermentação) por Louis Pasteur


Protistas
Como inserir estes seres vivos na classificação Fungos

existente? (Reino ANIMAL ou VEGETAL)

1866 - E.H.Haeckel (Zoólogo) sugeriu a criação de Protozoários


um terceiro reino denominado de PROTISTA
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A classificação de Haeckel foi satisfatória até que os estudos


mais avançados sobre a ultra-estrutura celular (Microscopia
Eletrônica) demonstraram a existência de dois tipos estruturais
bastante distintos:

• Geralmente maiores em tamanho e de


maior complexidade estrutural
Eucarióticas • Apresentam suas estruturas internas
delimitadas por membrana (organelas). Ex:
núcleo

•Material genético disperso no citoplasma (o


Procarióticas material genético (DNA) concentra-se numa
dada região chamada de nucleóide)

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Plantas e Animais
Classificação de Wittaker (5 Reinos) algas superiores
Fungos e Leveduras

REINO REINO REINO


R.H. Wittaker (1969) – Propôs a expansão da PLANTAE FUNGI ANIMALIA
classificação proposta por Haeckel, baseado não só Fotossintéticos Absorção Ingestão
na organização celular, mas também para
acomodar os 3 modos principais de Nutrição.

Fotossíntese – Utilização da luz para converter REINO PROTISTA


Microalgas, protozoários
dióxido de carbono em água e açúcares (foto; Abs e Ing)
e fungos limosos

Absorção – Captação de nutrientes químicos


dissolvidos na água
REINO
MONERA Procariotos - Bactérias
Ingestão - Entrada de partículas de alimentos
(absortivos)
não dissolvidas
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Classificação de Woese e Fox (3 Domínios)

Carl Woese e George Fox (1979) –


estudando as similaridades e diferenças do
RNA ribossômico dos micro-organismos
descobriu um novo tipo de procarioto
(Archaea)

Propôs uma nova classificação dos seres


vivos: Domínio ou Supra-Reino

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 As arqueobactérias (archeo = antigo / primitivo)


Metanogênicas → caracterizadas pelo metabolismo anaeróbio utilizam o
elemento químico hidrogênio como co-fator de reações que catabolizam o gás
carbônico (CO2) em metano (CH4).
 Representam um restrito grupo de organismos procariontes
que sobrevivem sob condições ambientais extremas Termófilas → são arqueobactérias que sobrevivem em temperaturas altíssimas,
(metanogênicas; termoacidófilas e halófilas) (atingindo cerca de 100° C) e acidez muito baixa, representando os ambientes
aquáticos situados próximos à falhas na crosta oceânica (fendas vulcânicas). Esses
organismos realizam quimiossíntese, utilizando compostos inorgânicos (ácido
sulfídrico – H2S) para sintetizar matéria orgânica e obter energia.
 Manifestam características que as diferenciam das
eubactérias (eu = verdadeiro), de acordo com a estruturação de Halófitas → bactérias primitivas que vivem em locais com alta concentração de
algumas moléculas como: ácidos nucleicos (RNA ribossômico) e sal, em que a solução do meio (ambiente aquático) é extremamente hipertônica,
por exemplo, a salinidade do Mar Morto.
elementos integrantes da membrana plasmática e parede celular.

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Bactérias

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São micro-organismos PROCARIOTOS Morfologia e Estrutura


A maioria UNICELULAR Tamanho:
0,5 a 1,0 µm (visualizadas em microscópio em uma
Forma simples (apesar dos 4 bilhões de anos que tem evoluído)
magnitude de 1000 X)
Muitas possuem sistema de locomoção (flagelos)
Forma:
Reprodução assexuada (fissão binária)
 Esféricas ou ovalada (cocos): 0,8µm
Variedade de tamanho e forma
 Cilíndricas (bacilos): 1 x 3 µm
Utilização de nutrientes por absorção  Espiraladas (bacilos curvos) (espirilos):

Diversidade (ocorre em todos ambientes do planeta onde exista  Formas incomuns: espiroquetas,
apendiculadas e filamentosas
H2O)

Grande importânciaAula
industrial
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Algumas das propriedades biológicas (taxas


metabólicas e de crescimento) são afetadas pelo seu
pequeno tamanho.

Ex: A velocidade da entrada de nutrientes e saída


de produtos de uma célula é inversamente
proporcional ao seu tamanho.

Como a velocidade de transporte é uma função da


área superficial da membrana, e se comparadas ao
volume; células pequenas apresentam maior relação
entre área superficial:volume (S/V).
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Estrutura Bacteriana
As técnicas de microscopia revelaram que
Parede Celular
a célula tem uma diversidade de estruturas
funcionando juntas. Fundamentais Membrana Celular

“Mesossoma”

Algumas, encontradas externamente


Ribossoma
fixadas a parede celular e outras
internamente Genoma

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Estrutura Bacteriana Estruturas Auxiliares

Flagelo

Auxiliares Pili

Capsula

Grânulo de Inclusão

Endósporo
Flagelos

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Os flagelos são apêndices longos e sinuosos Estruturas Auxiliares


Função: responsáveis pela locomoção; Participa da
Quimiotaxia e Fototaxia (movimento a estímulos)

Constituição Química: proteínas (flagelina)

Teoria da Locomoção: cadeias protéicas contraem e relaxam


alternadamente, fazendo assim um movimento ondulatório que
puxa e empurra o mo.

* Em Archaea, os tipos de flagelina e estrutura do flagelo são


diferentes das Bactérias. (incomuns em cocos)
Pili ou Fimbrias

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Os pilis, são apêndices curtos e retilíneos, sem qualquer


envolvimento na locomoção; Comuns em bactérias Gram
Estruturas Auxiliares
negativas

Função: Aderência
 Específica (Fatores de Colonização);

 Aderência para a Conjugação Bacteriana (transferência


de plasmideos). Ex.Pili Sexual

Constituição Química: proteínas Glicocálice

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A glicocálice é uma camada de material viscoso que Função da glicocálice


envolvem as células bacterianas (polissacarideos ou
 Aderência: é a principal delas (em pedras onde passa água em
peptídeos) grande movimento; em raízes de plantas; na superfície lisa dos
dentes humanos provocando a cárie);
Se a camada estiver bem organizada e rigidamente
acoplada a parede celular (Capsula)  Proteção (contra dessecamento temporário) devido ao grande
número que grupos polares na molécula que podem ligar a água.
Se estiver desorganizada, sem forma e acoplado Evitar a adsorção e lise das células por bacteriófagos que são
frouxamente à parede celular (Camada limosa) vírus que atacam as células (protege da fagocitose)

A determinação dos constituintes da cápsula é normalmente um passo


importante na identificação de certas bactérias patogênicas. Ex: o Bacillus
 Reserva Nutritiva: Fonte de alimentos
anthracis (antrax)possui material capsular de natureza polipeptídica formado *Sob o aspecto industrial podem ser uma praga. Elas são responsáveis pelo
por ácido glutâmico. acúmulo de lodo nos equipamentos, o que pode entupir filtros e tubos
Os esporos desta bactéria podem ser usados em ataques bélicos afetando a qualidade final do produto.
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Grânulos de Inclusão Endósporo Bacteriano


Esporos que se formam dentro da célula e são exclusivos das
São substâncias químicas que se acumulam
bactérias (gram positivas). Sua principal função é a proteção.
intracelularmente formando depósitos insolúveis.
Durante o processo de esporulação ocorre desidratação
Geralmente utilizados como material de reserva e fonte
celular, o que também contribui para a sua elevada resistência
de energia;.
ao calor;
Os grânulos de inclusão não são comuns a todas as
Possuem parede celular espessa, brilham muito com a luz do
células bacterianas.
microscópico, e são altamente resistente às mudanças
Grânulos Lipídicos: formados de poli-ß-hidroxibutirato (PHB) -
ambientais - a maioria suportam ate 80oC/10min;
material lipídico solúvel em clorofórmio.
São muito relevantes para áreas de Medicina e indústria
Grânulos Inorgânicos → formados de polifosfato alimentícia, principalmente pelo fato de serem resistentes ao
calor e à esterilização química, quando comparados com
Grânulos Polissacarídicos → (amido; glicogênio);
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células em estado vegetativo
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Endósporo Bacteriano Estruturas Fundamentais

Parede Celular
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Composição da Parede celular: peptideoglicano ou  As paredes celulares não são homogêneas


mureína:
(possuem camadas de diferentes substâncias que
O peptideoglicano é um heteropolissacarídeo composto pelo variam de acordo com o tipo de bactéria envolvida,
ácido N-acetil-murâmico e N-acetilglucosamina) com diferindo em espessura e composição).
cadeias laterais tetrapeptidicas
 A composição da parede celular de bactérias permite
Função: manutenção da forma bacteriana; proteção a classificação de 2 grupos distintos de bactérias:
osmótica da bactéria.
Gram+ e Gram-;
Previne o rompimento das células devido à entrada de água;
serve como uma barreira a algumas substâncias prevenindo  Método de coloração diferencial – Técnica de Gram:
a evasão de certas enzimas que poderiam causar danos à
célula
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Características Gram-Positivas Gram-Negativas

Teor de Elevado Baixo


Peptídeoglicano (15-50% da parede) ( 5%)
(PPG)
Menor resistência
Resistência (pode ser destruída Maior resistência
completamente por
certas enzimas)
Membrana externa
Outros Ácido teicóico (lipopolissacarídeo)
Componentes (antígenos) cobrindo o PPG
Acido teicóico - polímero de glicerol e ribitol fosfato; carregados negativamente pode
ajudar no transporte de íons para dentro e fora da célula; e no armazenamento de fósforo.
Se encontram ligados ao peptidioglicano ou à membrana citoplasmática.

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Mecanismo de Coloração de Gram MEMBRANA CELULAR


Composição: bicamada fosfolipídica (lipídeos formados por uma
molécula de glicerol, duas cadeias de ácidos graxos (saturado e
insaturado) e um grupo fosfato através de ligações do tipo éster,
com proteínas entremeadas.

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Funções:

Permeabilidade Seletiva;
Transporte Ativo;
Respiração Celular

As membranas de muitas bactérias estendem-se no citoplasma


MEMBRANA CELULAR para formar túbulos chamados MESOSSOMOS
Normalmente, as membranas de organismos procariotos
apresentam maiores concentrações de proteínas que as Pode ser uma forma da bactéria de aumentar a superfície da
membranas eucarióticas, tendo em vista a ausência de membrana celular, potencializando as funções executadas por ela
organelas citoplasmáticas nas bactérias.
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Ribossomos
Os ribossomos são partículas densas dispersas no citoplasma
S= unidade de quão rápido a
composto por RNA Ribossômico (RNAr);
partícula sedimenta quando
centrifugada em alta velocidade
São encontrados em todas as células procarióticas e
eucarióticas. Podem estar livres no citoplasma ou associados a
MC;

O citoplasma tem em torno de 80% de água, além de ácidos


núcléicos, proteínas, carboidratos, lipídeos, íons inorgânicos,
Em bactérias consistem em 2 subunidades de tamanhos diferentes (50S e
muitos compostos de baixo peso molecular, e partículas com 30S), que juntas formam o ribossomo bacteriano 70S (isto porque o IS
várias funções depende do tipo e tamanho).

Sua principal função é a síntese proteica Os ribossomos são alvos de antibióticos que inibem a síntese de proteínas
(ex: estreptomicina e tetraciclina)
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Genoma Bacteriano
As arqueobactérias possuem uma membrana celular
com lipídeos compostos de uma associação de
Estrutura e Composição: glicerol-éter, enquanto que os das eubactérias e
eucariotos são compostos de glicerol-éster;
DNA

Pode ocupar até 20% da área do citoplasma Ao contrário das bactérias, os Archaea não possuem
uma parede celular de peptidoglicanos.
Função:
Finalmente, o flagelo dos Archaea é diferente em
Armazenamento das informações genéticas composição e desenvolvimento do das bactérias.

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Reino Fungi Fungos


Fungos Limosos
Fungos Inferiores Flagelados
Fungos Terrestres (espécies mais conhecidas)

São reconhecidos 3 principais grupos de fungos:

Bolores (Penicillium sp. Aspergillus sp)


Fungo multicelular Fungo multicelular Fungo unicelular (levedura)
Cogumelos(Agaricus sp, Pleurotus sp) (Bolores) (cogumelos) Ex.Saccharomyces sp
Ex.Aspergillus sp Ex.Agaricus sp
Leveduras (Saccharomyces sp, Candida sp)

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CARACTERISTICAS GERAIS DOS FUNGOS

São micro-organismos Eucariontes

São heterotróficos e assimilam nutrientes por absorção

Não realizam a fotossíntese (não possuem clorofila)

Parede celular formada por quitina(com exceção aos


fungos limosos)

Reprodução assexuada e sexuada


Hifas = filamentos tubulares microscópicos (septadas ou não
Multicelulares (maioria) e unicelulares septadas)
Micélio = conjunto de hifas – frouxo (bolores) ou compactos
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Tipos de Hifas
Reprodução de Fungos

Assexuada
• Brotamento (leveduras)
• Esporos (formados em estruturas internas ou
nas extremidades das hifas)

Sexuada
• Esporos (fusão de núcleos e meiose)

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Reprodução de Fungos Reprodução assexuada

Formação de esporos
Brotamento de levedura esféricos (conidiósporos) nas
(Saccharomyces cerevisiae) extremidades de uma hifa
especializada, o conidióforo
(Penicillium sp)
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Reprodução Sexuada Reprodução Sexuada

Esquema da formação de ascósporos Esquema da formação de basidiósporos


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Tabela 14.2 Classificação e principais propriedades dos fungos


Grupo Nome comum Hifas Representantes Tipo de Hábitat Doenças comuns
típicos esporo
sexual
Ascomicetos Fungos com Septadas Neurospora, Ascósporo Solo, matéria Doença do olmo
estrutura em Saccharomyces, vegetal em holandês, praga da
forma de saco Morchella decomposição castanha, ferrugem das
(“moráceas”) gramíneas,
apodrecimento
Basidiomicetos Fungos com Septadas Amanita (cogumelo Basidiósporo Solo, matéria Haste negra, ferrugem
estrutura em venenoso) vegetal em do trigo, alforra do
forma de Agaricus (cogumelo decomposição milho
clava, comestível)
cogumelos
Zigomicetos Bolores de Cenocíticas Mucor, Rhizopus Zigósporo Solo, matéria Deterioração de
pão (bolor comum de vegetal em alimentos; raramente
pão) decomposição envolvido em doenças
parasitárias

Oomicetos Bolores de Cenocíticas Allomyces Oósporo Aquático Praga da batata, certas


água doenças em peixes
Deuteromicetos Fungos Septadas Penicillium, Nenhum Solo, matéria Murchamento de
imperfeitos Aspergillus, conhecidovegetal em plantas, infecções de
Candida decomposição, animais como tínea, pé-
superfície de de-atleta, infecções
corpos de superficiais ou
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Parede Celular

 Confere resistência as pressões osmóticas e mecânicas

Estrutura Fúngica  Natureza: polissacarídica (80 a 90%) contendo tb proteínas,


lipídeos, polifosfatos e íons inorganicos.

 Nos Bolores o polissacarídeo estrutural é a quitina (é um


polimero de N-acetilglicosamina, um derivado de glicose)

 Nas Leveduras o polissacarídeo estrutural é o glicano e


manano.

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Membrana Citoplasmática Organelas Celulares

 Estrutura lipoproteica: Constituída por uma camada dupla de


fosfolipídios e um arranjo de proteínas embebidas na  Mitocôndrias
bicamada lipídica (regula troca com o meio ambiente)
 Retículo Endoplasmático (RE)
 A membrana plasmática dos fungos apresentam o ergosterol  Complexo de Golgi
como o principal esterol da membrana plasmática.
 Peroxissomos
 Os esteróis da membrana conferem estrutura, modulação da
fluidez e possivelmente controlam alguns eventos  Núcleo
fisiológicos.

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Mitocôndrias
As mitocôndrias são responsáveis pela conversão
aeróbica de energia (síntese de ATP)

Diâmetro de 0,5 a 1 µm e comprimento de até 3


µm.

A ME é desprovida de esteróis (menos rígida do


que a MC). Apresenta numerosos canais que são
responsáveis pela passagem do ATP para o
citoplasma.

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Retículo Endoplasmático (RE)


O retículo endoplasmático constitui uma rede de
membranas, próximas a membrana nuclear.

RE liso (não possui ribossomas): síntese de


lipídeos, glicogênio e esteroides.

RE rugoso (possui ribossomos): síntese de


glicoproteinas e componentes de membrana que são
transportados por toda a célula.

Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 79 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 80


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Complexo de Golgi
O CG consiste em um conjunto de membranas empilhadas
que atuam juntamente com o RE.

Empacotamento de certas enzimas sintetizadas pelo RE


rugoso (proteases, nucleases, lípases etc.). Proteção da célula
ao ataque de suas próprias enzimas.

Responsável pelo transporte seguro dos compostos


sintetizados para o exterior das células

Contem enzimas glicosil transferases que unem moléculas de


carboidratos com proteínas (glicoproteinas)

Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 81 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 82


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Peroxissomos
Os peroxissomos são bolsas membranosas
esféricas (0,5 a 1 µm de diâmetro) que contém
inumeras enzimas;

Função oxidativa/respiratória (não conserva


energia na forma de ATP)

Oxidação de ácidos graxos e aminoácidos

Possuem grandes quantidades da enzima


catalase - degradação do H2O2 (destoxificação
celular),

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83 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 84
84
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14
02/09/2015

Núcleo
NUTRIÇÃO MICROBIANA
Organela bem definida, circundada por um
par de unidades de membrana. Contem o
genoma celular;

Contem um corpúsculo chamado de Mecanismo que fornece às células as ferramentas


nucléolo, rico em RNAr. químicas (NUTRIENTES) necessárias à síntese
dos diversos monômeros.

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85 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 86
86
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Macronutrientes: (C,N,P,S,K,Mg,Ca,Na) Uma célula


típica contem cerca de 50% de carbono e 12% de
nitrogênio (em peso seco)

Micronutrientes (elementos traços), embora requeridos Os 4 elementos mostram uma boa


em pequenas quantidades, são de fundamental importância aproximação da composição da
para as funções celulares como os macronutrientes Ex: biomassa
Cr,Co,Cu,Mn,Mo,Ni,Fe,Zn

CH O N
Fatores de Crescimento: São definidos como compostos α β δ
orgânicos que alguns tipos de mos necessitam de
quantidades muito pequenas. Ex: vitaminas, amino ácidos,
etc

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87 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 88
88
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Elemento Função ou Bactérias Leveduras Fungos


constituinte filamentosos
Substrato Biomassa Carbono FC energia 46-52 45-50 40-63
Nitrogênio Proteínas, 10-14 5-9 3-7
C w H xO y N z cC H α O β N δ ac.nuceicos,
polímeros da
dCO 2 parede
aO 2 eH 2 O Hidrogênio 8-12 8-12 8-12
Célula Oxigênio 18-24 18-24 18-24
Fósforo Ac nucléicos, 2-3 0,8-2,5 0,4-4,5
fofolipídeos,
polímeros da
Nitrogênio Produto parede
Enxofre Aa, biotina, 0,1-1,0 0,01-0,25 0,1-0,5
bH g O h N i fC j H k O l N m coenz A
Potássio RNA, co-fator 1,0-4,5 1,0-4,0 0,2-2,5
Sódio 0,5-1,0 0,01-0,1 0,02-0,5
Cálcio Esporos bac, 0,01-1,0 0,1-0,3 0,1-1,4
Bactéria : CH 1,66 N 0, 2O0, 27 Massa molecular = 20,7 Magnésio
co-fator
Ribossomos, 0,1-0,5 0,1-0,5 0,1-0,5
co-fator
Ferro Citrossomos, 0,02-0,2 0,01-0,5 0,1-0,2
co-fator

Levedura : CH 1,75 N 0,15O0,50 Massa molecular = 23,9 Proteínas 50-60 35-45 25-40
Carboidratos 6-15 30-45 40-55
Lipídios 5-10 5-10 5-10
Ac. Nucléicos 15-25 5-15 2-10
Cinzas totais 4-10 4-10 4-10
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89 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 90
90
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02/09/2015

Classificação do Meios de Cultura


Como são fornecidos estes
elementos?
Constituintes
Estado Físico Finalidade
Químicos
•Sintéticos (Definidos) • Líquidos • Seletivos

Meios de Cultura •Complexos (Naturais) • Sólidos • Diferenciais

Conjunto de substâncias, formuladas de maneira adequada,


capazes de promover o crescimento de micro-organismos, em
condições de laboratório.

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91 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 92
92
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Constituintes Químicos

Meios de cultura sintéticos ou definidos –


composição química é totalmente conhecida.

Meios de cultura complexos - composição


química não é totalmente definida, pois
apresentam ingredientes cuja formulação não se
conhece a exata composição (peptonas, extrato
de levedura).

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93 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 94
94
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Estado Físico
TÉCNICA ASSEPTICA
Meios de cultura líquidos: Apresentam-se como caldos.
(ativação de culturas)

Meios de cultura sólidos: Contém agentes solidificantes,


como o ágar com cerca de 1.5-2% p/v.(conservação de
culturas)

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95 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 96
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02/09/2015

Finalidade Exemplo de meio seletivo: Agar verde brilhante


permite a identificação de Salmonella (G-) causadora de
infecções alimentares.
Seletivo O meio contendo o corante inibe as bactérias G+ que são
habitantes comuns no trato intestinal (sem afetar G-).
• contém substâncias que inibem o crescimento de
determinados grupos de micro-organismos, Exemplo de meio diferencial: Agar de sangue
Permite a distinção entre bactérias do gênero Streptococcus
permitindo o crescimento de outros. atraves do padrão de hemólise (α β γ)
Diferencial Streptococcus pneumoniae (causadora de pneumonia) lisa
• contém substâncias que permitem estabelecer parcialmente os glóbulos vermelhos do sangue – padrão α
diferenças entre micro-organismos muito Streptococcus pyogenes (causadora da faringite) lisa
parecidos completamente os glóbulos vermelhos do sangue produzindo
halos transparentes à volta das colônias – padrão β
Seletivo/Diferencial l

Streptococcus mutans (causa cárie dentária), não é


hemolítica – padrão γ
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98
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Ágar MacConkey (seletivo e diferencial)


Considerações Importantes
Destinado ao crescimento de bactérias Gram negativas e indicar a
fermentação de lactose
Um dos fatores mais importantes na
otimização de um processo fermentativo
(bioprocesso) é a composição do meio.

Satisfazer as necessidades nutricionais (máximo


rendimento)

Minimizar os custos
As bactérias fermentadoras de lactose, utilizam a lactose disponível
no meio e produzem ácido como produto final. Este ácido diminui o
pH do meio para valores inferiores a 6.8, resultando na observação
de colônias rosa choque/vermelhas. Planejamento de Experimentos
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99 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 100
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METABOLISMO MICROBIANO

É o conjunto de todas as reações catalisadas


enzimaticamente que ocorrem dentro das
células.
Cada sequencia da reação é uma rota
metabólica e os produtos destas reações são os
metabólitos.

Do ponto de vista da Engenharia


Bioquímica, as reações importantes são
aquelas que produzem substâncias bioquímicas
em quantidades superiores as necessidades
das células.
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101 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 102
102
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02/09/2015

Opções metabólicas para obtenção de energia


Catabolismo é a fase de degradação do
metabolismo, as moléculas orgânicas tais como
carboidratos, lipídeos e proteínas são degradados
até produtos finais tais como: ácido lático, acético,
CO2, etc . Liberação de energia ATP.

Anabolismo é a fase de construção do


metabolismo, moléculas pequenas irão formar
componentes moleculares relativamente grandes
tais como polissacarídeos, lipídeos e proteínas.
Requer energia livre ATP.

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103 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 104
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Fototróficos: possuem pigmentos fotossintéticos que


permitem a utilização da luz como fonte de energia. A energia obtida pela célula a partir de substâncias
Ex.: algas e bactérias fotossintetizantes. nutritivas do meio ou da luz solar é utilizada na
realização de:
Quimiolitotróficos: obtêm energia a partir da
oxidação de um substrato inorgânico, geralmente Trabalho químico (biossíntese de proteínas,
específico para o microrganismo em particular, como ácidos nucleicos, lipídeos, polissacarídeos e vários
hidrogênio, enxôfre, amônia, nitritos e sais ferrosos. outros componentes celulares)
Ex.: bactérias dos gêneros Thiobacillus,
Nitrosomonas, Nitrobacter, Hydrogenomonas e
Desulphovibrio. Trabalho osmótico (transporte de substâncias
nutritivas através da membrana celular)
Quimiorganotróficos: obtêm energia a partir do
catabolismo de substratos orgânicos, açúcares em
particular. A este grupo pertence a grande Trabalho mecânico (contração e locomoção)
maioria dos microrganismos utilizados
industrialmente. Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 105
105 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 106
106
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FONTE DE CARBONO Classificação Nutricional dos Micro-organismos

Compostos Fonte de Energia Luz


químicos
Autotróficos: Utilizam CO2 como única
fonte de carbono
Quimiotróficos Fototróficos
(organotróficos ou litotróficos)

Heterotróficos: Utilizam substancias


Fonte de Carbono
organicas como fonte de carbono (glicose) Compostos
CO2
Compostos Fonte de Carbono
CO2
orgânicos orgânicos

Quimio- Quimio- Foto-


autotrófico Fotoautotrófico
heterotrófico heterotrófico

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02/09/2015

Requerimentos Ambientais Temperatura

Para que ocorra o crescimento celular, além do


fornecimento adequado das substâncias nutritivas A atividade microbiana (crescimento) é
(Meio de Cultivo), deve-se conduzir o processo sob dependente de reações químicas que são
condições ambientais apropriadas afetadas pela temperatura.
1.Temperatura
Variações térmicas influenciam nos
2.pH
processos metabólicos e morfologia celular.
3.[solutos]
4.[O2]
Classificação em 3 grandes grupos, no que
Os valores ótimos para crescimento podem ser se refere a temperatura ótima de
diferentes do ótimo para produção de crescimento.
metabólitos.
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Classificação em resposta a temperatura


• Crescem na faixa de 0°C a 20°C, com um ótimo em torno de
10°C
Psicrófilos • Se a temperatura é muito alta, certas enzimas e/ou a membrana
citoplasmática podem ser danificadas.

• Crescem na faixa de 5°C a 50°C, com um ótimo entre 25°C e


40°C.
Mesófilos • A maioria dos mos de interesse são mesófilos.

• Crescem na faixa de 35°C a 90°C, com um ótimo em torno de


60°C.
• mos encontrados em áreas vulcânicas e em nascentes quentes.
Termófilos • A maioria desses mos são procarióticos, não se conhece
eucariótico que cresça acima de 60o C.

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112
111
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Classificação em resposta ao oxigênio

Os microrganismos também se diferenciam em função


de suas exigências de oxigênio:
Estritamente aeróbios: desenvolvem-se unicamente
em presença de O2 (Streptomyces sp) e a maioria dos
fungos filamentosos;
Estritamente anaeróbios: desenvolvem-se
unicamente na ausência de O2 (Clostridios sp);
Facultativos: desenvolvem-se em situação de
aerobiose e anaerobiose (leveduras industriais);
Microaerófilos: crescem na presença de diminutas
concentrações de oxigênio livre. Não resistem aos níveis
de O2 atm (21%).

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113 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 114
114
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02/09/2015

pH

A acidez ou alcalinidade de uma solução é expressa por


seu pH, em uma escala na faixa de 0 a 14 onde a
neutralidade corresponde ao pH = 7,0.

É importante lembrar que o pH é uma função


logarítmica, ou seja: a alteração de 1 unidade de pH
representa uma variação de 10 vezes na concentração
de íons hidrogênio.

Assim como para a temperatura, existe um valor ótimo


Crescimento aeróbio (a); anaeróbio (b); facultativo
de pH para o crescimento dos micro-organismos
(c); microaerófilo (d) e anaeróbios aerotolerantes (e). dentro de limites mínimos e máximos.
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115 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 116
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 As bactérias suportam variações de pH do meio


Considerações Importantes sobre o pH
na faixa de 4,0 a 9,0, com valores ótimos entre
6,5 e 7,5. Durante o cultivo de um micro-organismos, podem
ocorrer alterações no pH do meio, como resultado
 Os fungos suportam variações na faixa de 2,0 a das atividades metabólicas que consomem ou
8,0. No caso de bolores, o pH ótimo situa-se produzem substâncias ácidas ou básicas. As
em 5,6, enquanto as leveduras tem o variações de pH podem ser contornadas de duas
crescimento favorecido em pH 4,0-4,5. maneiras:
1. Uso de soluções tampão apropriados:
 Organismos que crescem em pHs baixos ou tampão fosfato KH2PO4/ K2HPO4
elevados são conhecidos como acidófilos (pH
<1) e alcalifílicos (pH>9). 2. Adição de ácido ou base ao sistema:
HCl ou NaOH

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118
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Efeitos Osmóticos no Crescimento


Limite de Solubilidade para Solutos
Microbiano Comuns
 A água é o solvente universal da vida

 A disponibilidade de água é também função da concentração


de solutos, como sais açúcares e outros

 A atividade de água é expressa em termos físicos como


atividade de água (Aw).

 Os valores de (Aw) variam de 0 a 1 (Ex: a água pura tem aw =


1, Cereais, balas e frutas secas tem Aw = 0,70.

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120
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20
02/09/2015

Limite mínimo de Aw para os diferentes tipos


 Os mos que suportam certo grau de redução na Aw são
microbianos
chamados de HALOTOLERANTES

 Os mos que apresentam crescimento ótimo em meio com


Micro-organismos Aw mínima
baixa atividade de água (concentração de sal de 2 a 4 %) são Maioria das bactérias 0,88 – 0,90
denominados HALÓFILOS (halófilos extremos podem
Maioria das leveduras 0,88
crescer em meios contendo de 15 a 30% de NaCl)
Maioria dos bolores 0,80
 Os mos capazes de sobreviver em ambientes ricos em Bactérias halófilas 0,75
açúcar são denominados OSMÓFILOS Leveduras osmófilas 0,60 – 0,62

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Crescimento Microbiano
Requerimentos Ambientais
As células microbianas quando cultivadas em sistemas
fechados (reatores, frascos ou tubos) contendo meio de
cultura líquido onde nenhum nutriente é adicionado ao
sistema e nenhum produto é removido chamamos de
Cultura em Batelada.

As células inicialmente se dividem e o número de células


aumenta por um período de tempo.

Este aumento cessa quando os nutrientes são esgotados


ou quando os produtos formados se acumulam em
quantidades suficientes para interromper o crescimento
(intoxicação pelos produtos).

Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 123


123 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 124
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Curva Típica do Crescimento Microbiano Medidas do Crescimento Microbiano

1. Determinação da massa seca ou úmida


•Medida da massa das células
•São necessárias amostras relativamente grandes
•Não se aplica a baixas densidades celulares
•Podem ocorrer perdas durante o processo de lavagem das células
•Não se aplica quando o meio contém partículas sólidas

2. Determinação Química dos componentes celulares


• Dosagem de proteínas e ácidos nucleicos
• Aplicáveis a pequenas amostras (sensíveis e precisos)

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125 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 126
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02/09/2015

Medidas do Crescimento Microbiano Turbidimetria

3. Turbidimetria
• Medida da turvação do meio (absorbância em espectrofotômetro)
• A turvação está relacionada com a massa seca das células( Lei de Lambert -Beer)
• Permite a construção de curvas de calibração para um conjunto de condições
experimentais
• As equações de correlação são fundamentais para a determinação da massa de As leis de Lambert-Beer são o fundamento da espectrofotometria. Elas são tratadas
células através da medida de absorbância com o tempo simultaneamente, processo no qual a quantidade de luz absorvida ou transmitida por uma
determinada solução depende da concentração do soluto e da espessura da solução (l).
4. Determinação do Número de células em uma suspensão
• Contagem do número total (amostras são colocadas em câmaras de contagem
“Neubauer” e leitura é feita em microscópio). Os resultados são expressos em
A=αlc
Número de células por mL.
Onde:
• Contagem do número de viáveis (semeadura das amostras através de seu A= absorbância
espalhamento em meio sólido). As colônias formadas serão contadas e os α= absortividade molar
l= distância que a luz atravessa pelo corpo -
resultados expressos em Unidade Formadora de Colônias por volume de amostra caminho óptico (1 cm)
(UFC/mL) c = Concentração da solução

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127 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 128
128
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Lei de Beer-Lambertt Curva de calibração de massa seca

(λ)

Para os micro-organismos em geral o valor de λ máx é de


500 -600 nm. Relação entre a absorbância e a concentração celular de Pichia stipitis
cultivada em hidrolisado hemicelulósico da palha de arroz in natura.

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129 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 130
130
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Câmara de Contagem Câmara de Contagem

Volume total do quadrante central da câmara de


Neubauer é de 0,1 mm3

Volume de cada quadrado vermelho é de


0,004mm3

Volume de 1 quadrado vermelho =4 x 10-6 mL


Volume de 5 quadrados vermelhos = 2 x 10-5 mL

Como a contagem é feita em 5 quadrados


vermelhos, os resultados expressos em Número
1 mL = 1cm3 de Células/mL será dado pela equação:
1cm3 = 10x10x10 mm3 = 1000mm3

Número de células ∑ celulas nos 5 quadrados vermelhos


= x fator de diluição
mL Volume dos 5 quadrados vermelhos

Número de células
= ∑ celulas nos 5 quadrados vermelhos x 5 x104 x fator de diluição
mL

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132
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02/09/2015

Contagem de Células Viáveis Contagem de Células Viáveis

 UFC  Número decolonias formadas


 = x fator de diluição
 mL  Volume da amosta

O ideal é contar de 30 – 300 colônias


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133 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 134
134
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Contagem de Células Viáveis Curva Típica do Crescimento Microbiano

O ideal é contar de
30 – 300 colônias

Água potável < 500 UFC/mL

300 UFC
Número de viáveis = x 10.000 = 3x10 7
0,1 mL

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135 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 136
136
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Fase Lag Fase Log


Nesta fase as células estão fisiologicamente As células estão em condições de crescimento balanceado
ativas e sintetizando novas enzimas para se (aumento ordenado de todos os constituintes).
adaptarem ao meio novo.
Não há limitação de nutrientes

A contagem não revela aumento do número de As células são aproximadamente uniformes em termos de
células, mas a massa pode aumentar como composição química, atividades metabólicas e fisiológicas.
reflexo do aumento do tamanho da célula.
É a fase mais importante para estudos de fisiologia e
Esta fase ocorre quando as células do inóculo cinética
provem de cultura velhas ou quando as células
do não são cultivadas em meios adequados. Há um aumento exponencial do número de células com o
tempo
Nesta fase a velocidade de crescimento (dX/dt) é
zero A velocidade de crescimento (dX/dt) é proporcional a
Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 137
concentração de micro-organismos
Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 138
137 138
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23
02/09/2015

Fase Log Fase Estacionária


Tratando os micro-organismos como bactérias que se multiplicam por divisão
binária, temos: Nesta fase o número de células novas é igual ao número
N = número de micro-organismos ao final de n divisões (gerações)
de células que morrem.
N = N 0 .2 n N0 = número inicial de micro-organismos

log N = log N 0 + n log 2 Acúmulo de metabólicos tóxicos e/ou exaustão de


nutrientes e limitação de oxigênio.
log N − log N 0
n=
log 2
A duração desta fase varia consideravelmente com as
A velocidade exponencial de crescimento (R) pode ser expressa pelo número de
gerações na unidade de tempo: condições do cultivo
n 1 t − t0
R= A recíproca de R é o tempo de geração = tG =
t − t0 R n A velocidade de crescimento (dX/dt) é zero
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139 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 140
140
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Fase de Morte (ou declínio) Taxonomia

Nesta fase, o número de organismos que morre torna-


se muito superior em relação aos que surgem. O
Organização Classificação Nomenclatura
número de viáveis diminui de forma exponencial.

Completa exaustão de nutrientes e acúmulo de Baseada em 7 níveis É o arranjo dos É o processo de dar
descendentes micro-organismos nomes as espécies
metabólitos inibitórios. •Reino em grupos existentes. É latino
•Divisão obedecendo binomial combinando o
•Classe relações evolutivas nome genérico
A velocidade de crescimento (dX/dt) é negativa •Ordem Família (gênero) seguido da
•Gênero espécie
•Espécie
Ex: Saccharomyces cerevisiae
gênero espécie
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141 Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL- 142
142
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Bibliografia

Biotecnologia Industrial. Willibaldo Schmidell; Urgel de


Almeida Lima; Eugenio Aquarone; Walter Borzani
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Aula 2 e 3 - Eng. Bioquímica - EEL-USP Profa. Ines Roberto - 2015 143


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