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UNIP - Universidade Paulista | ICET - Instituto de Ciências Exatas e de Tecnologias | Laboratório de Materiais de Construção Civil | Profª Moema Castro
Onde:
fcj = Resistência do concreto à compressão na idade de j dias (MPa)
fck = Resistência característica à compressão do concreto (MPa)
Sd = Desvio-padrão de dosagem (MPa)
1,65 = Quantidade correspondente a 5% na curva de densidade da distribuição normal de Gauss.
O valor do desvio-padrão Sn, de acordo com a medição dos componentes do concreto e a verificação do teor de
umidade, ou seja, em função do rigor da produção do concreto, será fixado pelo critério abaixo.
Tabela 1 - Valores de Sd em função do rigor da produção
SD CONDIÇÃO CLASSE TIPO DE CONCRETO
Quando todos os materiais forem medidos em peso e houver medidor e água, corrigindo-se
4,0 A C10 a C80 as quantidades de agregado miúdo e água em função de determinações freqüentes e
precisas do teor de umidade dos agregados, e houver garantia de manutenção, no decorrer
da obra, da homogeneidade dos materiais a serem empregados.
Quando o cimento for medido em peso e os agregados em volume, e houver medidor de
5,5 B C10 a C25 água, com correção do volume do agregado miúdo e da quantidade de água em função de
determinações freqüentes e precisas do teor de umidade dos agregados.
Quando o cimento for medido em peso e os agregados em volume, e houver medidor de
7,0 C C10 a C15 água, corrigindo-se a quantidade de água em função da umidade dos agregados
simplesmente estimada.
3. Determinação da relação água/cimento (a/c) - A figura abaixo mostra um exemplo dass correlações, neste caso
representadas graficamente, para os cimentos Portland Comum, Classe 32.
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Este método de dosagem caracteriza-se principalmente pela obtenção experimental do Diagrama de Dosagem, que
correlaciona resistência à compressão, relação água/cimento, traço e consumo de cimento por metro cúbico de
concreto.
Sinteticamente pode-se dividir esta fase experimental em 4 etapas, ou seja:
1° - Utilizando-se dos materiais disponíveis no canteiro produz-se um traço piloto 1:5 (cimento:agregados totais,
em massa) e determina-se o teor ideal de argamassa (α) para a obtenção de um concreto que apresente a consistência e
trabalhabilidade requeridas;
2³ - Conhecidos os parâmetros teor de argamassa (α) e relação água/mistura seca (H) do traço piloto,
confecciona-se duas misturas, com traços definidos em 1:3,5 (traço rico) e 1:6,5(traço pobre). As três misturas (piloto,
pobre e rico) deverão ser confeccionadas com o mesmo teor de argamassa e a mesma consistência, medida pelo
abatimento do tronco de cone, especificada.
3³ - Para cada um dos traços são moldados corpos-de-prova a serem ensaiados à compressão nas idades de
interesse para o estudo. Recomenda-se pelos menos as idades de 3, 7 e 28 dias de idade.
4° Conhecidos os resultados dos ensaios de resistência à compressão, são traçados as curvas de Abrams, Lyse e
Molinary, que permitem a obtenção do diagrama de dosagem e o traço definitivo.
A seguir serão descritos de uma forma sucinta, os principais procedimentos desta fase experimental propostos por
Helene & Terzian (1993), para a obtenção do proporcionamento de um concreto pelo método IPT/EPUSP.
PASSO 1 - Determinação do teor de argamassa ideal (α) para o traço piloto (1:5)
O ajuste se faz no traço 1:5 (1:m) (piloto), em massa. Assim, o desdobramento do traço em função do teor de argamassa
(α) adotado será o obtido, utilizando-se as equações:
1+𝑚
𝑎=𝛼× −1
100
𝑚 =𝑎+𝑝
Onde:
m = Teor de agregado total por quilograma de cimento
a = Teor de agregado miúdo por quilograma de cimento
p = Teor de agregado graúdo por quilograma de cimento
α = Teor de argamassa seca da mistura (%)
A estimativa inicial da quantidade de água pode ser feita com base nos valores fornecidos pela tabela a seguir.
Tabela 2 - Valores da relação água/mistura seca (H) em função da Dimensão Máxima Característica do agregado graúdo e do tipo de
adensamento (Prudêncio, 1999)
Dimensão máxima característica do agregado
Adensamento manual (%) Adensamento mecânico (%)
(Dmáx.), em mm
9,5 11,5 11,0
19,0 10,0 9,5
25,0 9,5 9,0
38,0 9,0 8,0
50,0 8,5 7,0
OBSERVAÇÃO:
- Estes valores foram obtidos para agregados comuns (areia média de rio, brita de granito).
- Para seixo rolado, diminuir 1% em cada valor.
𝑎
𝑐
𝐻=
1+𝑚
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Conhecido o desdobramento dos agregados e a quantidade de água do traço 1:5 (piloto), inicia-se a primeira iteração
para a verificação do teor de argamassa adotado inicialmente.
A verificação do teor de argamassa (α) é feita de forma qualitativa e visual utilizando-se para tal, do artifício de passar
uma colher de pedreiro sobre a superfície do concreto verificando-se a “aspereza” da superfície, presença de vazios e o
poder de cobrimento da argamassa sobre o agregado graúdo.
Outra forma de verificação do teor de argamassa adotado é o ensaio de abatimento pelo tronco do cone (Slump Test).
Uma vez constatado a deficiência de argamassa na mistura e conhecidos os teores de cimento, agregados e água para se
produzir, por exemplo, 20 litros de concreto, são realizados acréscimos de cimento, areia e água de modo a aumentar o
teor de argamassa da mistura de 2% em 2%, mantendo-se o traço m=5 (teor de agregado graúdo constante).
Com o traço piloto ajustado, deve-se realizar uma nova mistura e determinar suas principais características, dentre as
quais pode se relacionar:
Como citado anteriormente, uma das características deste método é a determinação experimental do diagrama de
dosagem, representando uma família de concreto. Para tanto, faz-se necessário a confecção de duas misturas auxiliares
com teores de agregado total (m) variando de uma unidade e meia com relação ao traço 1:5, ou seja:
Como uma característica da família de traços, estes traços auxiliares deverão, necessariamente, apresentar o mesmo teor
de argamassa (α) e o mesmo abatimento (ST) determinado para o traço piloto (1:5kg).
Conhecidos os traços auxiliares, deve-se confeccionar misturas experimentais e determinar suas principais
características, conforme relacionadas para o traço piloto.
Com os dados obtidos experimentalmente para os traços piloto (1:5kg) e auxiliares (1:3,5 e 1:6,5kg), é possível o traçado
do diagrama de dosagem e o estabelecimento das correlações matemáticas entre a resistência à compressão axial e
relação água/cimento fcj = f(a/c); traço e relação água/cimento m = f(a/c); consumo de cimento e traço C = f(m) e
resistência à compressão e consumo de cimento fcj = f(C).
A construção gráfica do diagrama de dosagem é feita em escala apropriada, enquanto que a determinação analítica das
expressões que regem as leis de comportamento, pode ser feita por meio de regressões matemáticas. A figura 2.16
mostra a forma usual de apresentação do diagrama de dosagem.
O traço definitivo é obtido em função do teor de agregado total (m) e relação água/cimento (a/c), obtidos no diagrama
de dosagem para uma dada resistência de dosagem (fcj).
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