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Departamento de Direitos Humanos e Cidadania - DEDIHC -

UNESCO: memória sobre escravidão é importante para construir futuro


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DEDIHC
Enviado por:
Postado em:25/08/2016

Foto: ONU/Mark Garten

A coragem dos homens e mulheres que em agosto de 1791 se revoltaram contra a escravidão no
Haiti “criou obrigações para nós”, disse a chefe da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, no Dia Internacional para
Relembrar o Tráfico de Escravos e sua Abolição, completando que “toda a humanidade é
parte dessa história” e dos esforços para a construção de um futuro melhor. “A revolta
foi um ponto de mudança na história da humanidade, afetando fortemente o estabelecimento de
direitos humanos universais, para os quais estamos todos em dívida”, disse as diretora-geral
da UNESCO em comunicado para o dia lembrado anualmente em 23 de agosto em memória à noite
de 1791, quando africanos vendidos como escravos se revoltaram contra o sistema escravocrata
para obter liberdade e independência do Haiti, conquistada em 1804. Segundo Bokova, o Dia
Internacional foi criado para prestar uma homenagem àqueles que lutaram por sua liberdade e
lembrar sua história e seus valores. “A história do tráfico de escravos e da escravidão criou
uma tempestade de raiva, crueldade e amargura que não foi até hoje reduzida”, disse a
diretora-geral. “Mas a coragem daqueles homens e mulheres criou obrigações para
nós”. Ela reconheceu que o sucesso da revolta, liderada pelos próprios escravos, é uma
importante fonte de inspiração atualmente na luta contra todas as formas de servidão, racismo,
preconceito, discriminação racial e injustiça social que são legados da escravidão. “Toda a
humanidade é parte dessa história, em suas transgressões e boas ações”, disse Bokova. Por
meio do projeto “Rota do Escravo”, a UNESCO tem como objetivo encontrar nessa
memória coletiva a força para construir um mundo melhor e para mostrar as relações históricas e
morais que unem os diferentes povos. Nesse mesmo sentido, as Nações Unidas proclamaram a
Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024). A UNESCO colabora por meio de seus
programas educacionais, culturais e científicos, de forma a promover a contribuição dos
afrodescendentes para construir sociedades modernas e assegurar dignidade e igualdade para
todos os seres humanos, sem distinção, segundo Bokova.

http://www.dedihc.pr.gov.br 14/1/2021 10:36:52 - 1

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