1. Definição........................................................................ 3
2. Classificação................................................................. 5
3. Fisiopatologia............................................................... 7
4. Escalas de avaliação.................................................. 9
5. Analgesia ....................................................................14
Referências Bibliograficas..........................................20
DOR E ANALGESIA 3
Físico
Emocional
Cultural
Experiência individual
Espiritual
Autorrelatada
ou não
Avaliação frequente
Repouso
Causas na UTI:
Procedimentos
Retirar drenos
Inserir cateter
Aspiração traqueal
DOR E ANALGESIA 5
DOR
Fatores
NOCICEPTIVA Localização NEUROPÁTICA
desencadeantes
Osteomuscular, Associado:
pele, mucosas náuseas, palidez
DOR E ANALGESIA 7
PERCEPÇÃO
Córtex
MODULAÇÃO
Tálamo
TRANSMISSÃO
TRANSDUÇÃO
Trato espinotalâmico
Aferente primário
Estímulo nociceptivo
Cérebro
3
Tálamo
Espinha
Cordão espinhal
Trato espinotalâmico
Sinapse
Substância
gelatinosa
2
Gânglio
dorsal
1 Ferimento
Cordão Fibra
espinhal nervosa
Bradicinina Fibras C aferente
Mielínicas - Lenta
Prostaglandina
Substância P
Fibras A
Mielínicas - Rápida
SAIBA MAIS!
A necessidade de a dor ser reconhecida como 5° sinal vital foi citada pela primeira vez em
1996 por James Campbell (Presidente da Sociedade Americana de Dor). Seu objetivo foi de
elevar a conscientização entre os profissionais de saúde sobre o tratamento da dor, referindo
que: “Se a dor fosse aliviada com o mesmo zelo como os outros sinais vitais haveria uma me-
lhor chance de promover tratamento adequado?”. Fonte: Sociedade Brasileira para Estudo da
Dor (https://sbed.org.br/5o-sinal-vital/).
Escala de Faces
Figura 3. Escalas de Avaliação da Dor Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2018- com adaptações.
3 12
0 8
SAIBA MAIS!
Parâmetros fisiológicos como pressão arterial, saturação periférica de oxigênio, frequência
cardíaca ou respiratória não são válidos para avaliar dor em pacientes em UTI, devendo ser
utilizadas ferramentas de avaliação da dor, não havendo correlação entre estas Escalas e
os parâmetros fisiológicos citados. Fonte: SANTOS et al. Validação da versão Brasileira da
Escala Comportamental de Dor (Behavioral Pain Scale) em adultos sedados e sob ventilação
mecânica. Rev Bras Anestesiol. 2017;67(3):271-277]
DOR E ANALGESIA 13
Numérica
verbal ou visual
De faces
Inserir cateter Procedimentos
TRANSDUÇÃO
NOCICEPTIVA TRANSMISSÃO
MODULAÇÃO
PERCEPÇÃO
SOMÁTICA
Neurônios nociceptores
Vias para condução do A-DELTA:
estímulo preservadas Pouca mielina, maior
diâmetro → DOR AGUDA
Fibras Aferentes
VISCERAL C:
Sem mielina, menor
diâmetro → DOR
CRÔNICA
DOR E ANALGESIA 14
DOR
Antidepressivos
Modulação Gânglio da
Corno dorsal
Modulação descendente raiz dorsal
ascendente
DEGRAU 1
DEGRAU 1
Dipirona + Bloqueios regionais
+
Paracetamol Opióides fortes: Analgesia controlada
Opióides fracos:
AINES morfina, metadona, pelo paciente
codeína, tramadol
oxicodona, fentanil
SAIBA MAIS!
O câncer pode levar ao surgimento de dor neuropática sendo algo presente em cerca de
metade dos pacientes com esta patologia especialmente quando estes estão fazendo uso
de agentes quimioterápicos. É fundamental que a patologia subjacente a dor neuropática
seja investigada e tratada de modo específico, no entanto, alguns medicamentos adjuvantes
podem contribuir para o tratamento da dor como a Pregabalina, Gabapentina, Antidepressi-
vos tricíclicos e Inibidores da Recaptação de Serotonina. Fonte: WIERMANN et al. Consenso
Brasileiro sobre Manejo da Dor Relacionada ao Câncer, 2014.
DOR E ANALGESIA 17
enquanto que, opióides fortes como em algumas situações, o que não ex-
morfina, fentanil e oxicodona têm clui a possibilidade de desencadea-
ligação mais forte com estes recep- mento de efeitos colaterais mesmo
tores promovendo efeito analgésico com doses terapêuticas. Os mais co-
satisfatório no tratamento de dores nhecidos efeitos colaterais são: náu-
intensas. seas e vômitos, constipação, cons-
O uso crônico dos opióides pode le- trição pupilar, retenção urinária e até
var ao fenômeno de tolerância que mesmo depressão respiratória. Po-
se caracteriza pela necessidade de rém, saber que tais efeitos existem
doses crescentes para obter manu- não deve levar o profissional de
tenção da analgesia. Uma forma de saúde há abandonar o uso destes
evitar a tolerância e também evitar fármacos que possuem efeito anal-
efeitos colaterais é realizar a rotação gésico tão relevante, mas sim deve
de opióides, convertendo as doses ser um fator de atenção na monitora-
dos mesmos para doses com equi- ção do seu uso. Estes efeitos adver-
valente potencial analgésico, po- sos devem ser tratados sempre que
rém menores do que a dose inicial possível e de modo proativo.
do opióide usado anteriormente.
Os efeitos colaterais dos opióides são SE LIGA! Em caso de intoxicação por
opióides é possível utilizar um antídoto
bem conhecidos e estão relacionados dos mesmos que é a Naloxona a qual
a dose, idade do paciente, condições pode chegar em adultos na dose máxi-
clínicas do mesmo e tempo de expo- ma de 10mg. Fonte:https://aplicacoes.
sição ao fármaco. Como não existe einstein.br/manualfarmaceutico/Pagi-
nas/Termos.aspx?filtro=Ant%C3%AD-
teto de dose para os opióides pode dotos&itemID=120.
ocorrer superdosagem dos mesmos
DURAÇÃO DO EFEITO
ANALGÉSICOS INÍCIO DA AÇÃO/ PICO
ANALGÉSICO
Dipirona (VO, EV, IM) 30-60 min/ 2h 8h
Paracetamol (VO) 30-60 min/ 2h 8h
Tramadol (VO, EV) 30 min/ 2h 8h
Codeína (VO) 30 min/ 2h 8h
Morfina (VO, EV, SC) 2min/ 15min 4h
Fentanil (VO, transdérmico) 5 min 30-60min
Oxicodona (VO) 1h/8h 8h-12h
Tabela 3. Principais analgésicos não opióides e opióides. Legenda: VO: via oral; EV: endovenosa; SC: subcutâneo; IM:
intramuscular.
DOR E ANALGESIA 19
DOR MODERADA
AINES, dipirona, paracetamol (4-6)
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
JUNIOR, A.P.N. Capítulo 29: Analgesia, sedação e bloqueio neuromuscular in: Medicina
Intensiva: abordagem prática. 2. ed. -- Barueri, SP. Manole, 2015.
ALVIM, R.; JÚNIOR, R; GUSMAO-FLORES, D. Capítulo 103: Analgesia e sedação na UTI in:
Manual de medicina intensiva : AMIB. -- São Paulo. Editora Atheneu, 2014.
DEVLIN et al. Diretrizes de Prática Clínica para a Prevenção e Tratamento da Dor, Agi-
tação/Sedação, Delirium, Imobilidade e Interrupção do Sono em Pacientes Adultos na
UTI. Artigo Especial Online. Critical Care Medicine. Vol. 46, nº 9, 2018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA. Dor: o quinto sinal vital.
Abordagem prática no idoso. Comissão da Dor. 2018.
WIERMANN et al. Consenso Brasileiro sobre Manejo da Dor Relacionada ao Câncer.
Revista Brasileira de Oncologia Clínica.Vol. 10, nº 38, 2014
JANEIRO, I.M.I. Fisiologia da Dor. Dissertação. Universidade Lusófona de Humanidades e
Tecnologias. Escola de Ciências e Tecnologias de Saúde. Lisboa. Dezembro, 2017
POSSO, I.P.; ROMANECK, R.M.; GATTO, B.E.O. Dor Aguda e Inflamação. Bases do Ensino
da Anestesiologia. Disponível em: http://www.anestesiologiaunb.com.br/files/doraguda.pdf.
KRAUSE-HENNEMANN, L. Dor no fim da vida: avaliar para tratar. Revista do Hospital Uni-
versitário Pedro Ernesto, UERJ. Ano 11, Abril/Junho 2012.
PINHEIRO, AR; MARQUES, RM. Behavioral Pain Scale e Critical Care Pain Observation
Tool para avaliação da dor em pacientes graves intubados orotraquealmente. Rev Bras
Ter Intensiva. 2019;31(4):571-581
DOR E ANALGESIA 21