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 Monocorionica e diamniotica

GEMELARIDADE 1 saco gestacional e 2 membranas amnióticas


 Prenhes múltipla é o termo correto de se utilizar
 É a presença de 2 ou mais conceptos no útero ou
fora dele
 Classificada em dupla ou gemelar, tripla, quadrupla
e assim sucessivamente
 O aumento da prenhez múltipla nos últimos anos se
da principalmente a Reprodução assistida

ESTA RELACIONADA COM:


 Aumento da morbidade fetal
 Monocorionica e monoamniotica
 Aumento do risco de natimorto
 Aumenta 7x o risco de morte neonatal 1 saco gestacional e 1 membrana amniótica
 Prematuridade – 6x
 CIUR
 Transfusão feto fetal (TFF)
 Sequencia de perfusão arterial reversa gemelar
(TRAP)
 Mais frequente gêmeo acárdico
 Anomalias fetais
 Anomalias de placenta

MORBIDADE MATERNA:
 Maior frequência de anemia
 Dicorionica e diamniotica
 Emese gravídica – hiperemese
 Hipertensão (12,7% dupla; 20% tripla) – o uso de 2 sacos gestacionais e 2 membranas manioticas
AAS na gestação esta indicado em caso de
gemelaridade para evita pré eclampsia
 Diabetes gestacional - DMG
 Descolamento prematuro de placenta – DPP
 Parto cesariana
 Hemorragia pós parto
 Depressão pós parto

DIAGNÓSTICO NO 1TRIMESTRE
Como diagnosticar uma prenhez múltipla: avaliar a
presença na cavidade uterina de:

 2 ou mais sacos gestacionais


 2 ou mais vesículas vitelínicas ZIGOSIDADE – CLASSIFICAÇAO
 2 ou mais polos fetais
 Origem dos gêmeos
 Dicorionica e dismniotica  Mesmo ovo: monozigóticos (MZ)
 Ovos diferentes: dizigóticos
2 sacos distintos, separados por tecido coriônico, 2
vesiculas vitelínicas DIZIGÓTICOS
São dois óvulos e dois espermatozoides

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 Sempre dicorionicos – 2 placentas – e diamnioticos CORIONICIDADE
 Geneticamente distintos – pode ser F ou M
 Placentas podem estar coladas ou não Importante determinar o número de placentas
 Pode ocorrer a superfecundaçao e superfetação
 Fetos dividindo a mesma placenta: Monocorionica
(MC)
SUPERFECUNDAÇAO  1 bolsa amniótica: monoamniotica
Durante o ciclo menstrual tem a poliovulaçao, a mulher  2 bolsas amnióticas: diamniotica
engravida em coitos distintos – 2 ovulos, 2  Fetos possuem placentas diferentes:
espermatozoides. 2 pais ou 1 pai em coito em horários  Dicorionica (DC) – sempre diamniotica
diferentes
ZIGOSIDADE/ CORIONICIDADE
SUPERFETAÇAO PROVA  85% das gestações gemelares são
A paciente esta gravida e naquele período menstrual dicorionicas e diamnioticas
que tinha menstruava de 4 em 4 semanas, ovula
gravida e engravida denovo. Morbiletalidade 3 a 10x maior nas monocorionicas

No USG vai haver embriões com um ciclo menstrual de Monoamnioticas: alta letalidade, interna a gestante com
diferença – 4semanas 32 semanas

FATORES PARA DIZIGÓTICOS DETERMINAÇAO DA CORIONICIDADE


 Idade materna avançada A partir de 5 semanas
 Maior paridade
 História famliar de gemelaridade
 Grau de nutrição da paciente
 Níveis de gonadotrofinas aumentado
 Técnicas de reprodução assistida

MONOZIGÓTICOS
1 óvulo e 1 espermatozoide, gêmeos indenticos – carga dicorionica e diamniotica
cromossômica idêntica

monocorionica e
monoamniotics

DETERMINAÇAO DO NUMERO DE EMBRIOES


 Pode ser: A partir de 6 semanas
 Dicorionico e diamniotico: quando o ovo se
divide ate o 3 dia após a fecundação
 Monocorionico e diamniotico: quando o ovo se
divide entre o 4 e 7 dia após a fecundação
 Monocorionico e monoamniotico: quando o ovo
se divide do 8 ate o 13 dia de fecundação –
gêmeos siameses/ imperfeitos/ conjugados

dicorionica e
diamniotica

2
 Espessura da membrana > 2mm

DETERMINACAO DA AMNIONICIDADE
A partir de 8 semanas

dicorionica com
placentas acopladas

Se a espessura da membrana for > 2mm quer dizer


monocorionica e que deve ter tecido coriônico entre as membranas =
diamniotica dicorionica

COMO DIAGNOSTICAR: CORONIOCIDADE OBS. No ultimo trimestre não tem sinal do lambda e
NO 2 E 3 TRIMESTRE nem sinal do T, porque já cresceu muito e
praticamente não tem tecido coriônico entre as
DICORIONICA membranas. Então se utiliza a medida da espessura
da membrana.
 Sexo diferente
 2 massas placentárias
ACOMPANHAMENTO PRE NATAL

CONSULTAS
 Mensais ate 24 semanas
 Quinzenais entre 24 e 32 semanas
 Semanais ate o parto

dicorionica e dimniotica  Atentar:


 reposição de ferro, ácido fólico e vitaminas
 Sinal do lambda ou sinal do T  limitação de atividades físicas e laborais
 atenção especial a infecções – aumenta o risco de
prematuridade – vaginoses e infecção urinaria
predispõem ao parto pré termo
 atenção especial ao crescimento uterino
 rastreamento de aneuploidias fetais – fazer US
morfológico no 1 e 2 trimestre

GRAVIDEZ DICORIONICA – MAIS TRANQUILA


sinal do lambda  USG morfológico de 1 trimestre
 USG morfológico em torno de 22 semanas
 Sinal do lambda: quando há tecido entre as
membranas – dicorionica e diamniotica – placentas  USG a cada 4 semanas na ausência de evidencia d
coladas restrição de crescimento fetal ou complicações
maternas

OBS. O crescimento fetal é similar a gravidez única ate


a 28 – 32 semanas, depois diminui, começa a haver
divisão de nutrientes. É mais comum RNBP ( < 2500g)
em uma gestação gemelar do que em uma gravidez
única.

sinal do T GRAVIDEZ MONOCORIONICA

 Sinal do T: quando não há tecido amniótico entre as  USG morfológico de 1 trimestre


membranas – monocorionica  Considerar USG a cada 2 semanas a partir de 16
semanas para diagnostico de transfusão feto fetal
 USG morfológico em torno de 22 semanas
3
 Dopplervelocimetria se suspeita de tranfusao feto
fetal
DOPPLERVELOCIMETRIA
TRANFUSAO FETO FETAL
Vai mais sangue de um feto que para o outro

doppler de um feto doador

anastomose arterio venosa

 Não existe TFF nas dicorionicas, mesmo nas


dicorionicas que tem placenta coladas (na verdade
pode acontecer sim, porem é raro)
 100% das placentas tem anastomoses diástole reversa, fluxo negativo
 Ocorre em 5 – 15% das gestações monocorionicas CO2 do feto volta pra ele
 70% de perimortalidade
 Vai haver:
o discordância de peso: >= 20%
o discordância de circunferência abdominal (CA)
>= 20mm
o discordância de líquido amniótico (LA)
o hidropsia de um dos fetos

FETO DOADOR
ducto
 pequeno, hipovolêmico, com hipotensão, oligúria/
venoso, mostra que o feto pode morrer a qualquer
oligohidramnio, hipertrofia e falência cardíaca, com
momento
hipóxia e lesões cerebrais

As vezes nasce bem, com APGAR bom e depois piora, TRATAMENTO TTF
pode ter um AVC
 Cauterizaçao a laser das anastomoses
arteriovenosas
FETO RECEPTOR
OBS. Septostomia: fazer um septo na membrana para
 grande, hipervolêmico, com hipertensão, poliuria/ igualar LA dos 2 – não resolve pois o problema é
polihidramnio, hipertrofia e falência cardíaca, vascular. Pode levar a uma corioamnionite, DPP, rotura
hidrópico – geralmente morre antes de membrana
ESTÁGIOS DA TRANSFUSAO FETO FETAL – OBS. Tambem se faz cauteriaçao quando tem um
QUINTERO STAGING-SYSTEM gêmeo acárdico (feto parasita). Após cauterizar o
gêmeo acárdico sofre um processo de mumificação e o
Avalia gravidade da TFF.
outro se desenvolve normal.
 Quando TFF diagnosticada deve-se encaminhar a
gestante para o pre natal de alto risco para FETO ACÁRDICO – CONDIÇAO RARA
cauterizar essas anastomoses e evitar os shunts
 Ocorre em 1% das gestações monocorionicas
1. Oligohidramnio do feto doador; polihidramnio do feto  Falta de desenvolvimento normal com agenesia do
receptor – bexiga do feto doador visível crânio e órgãos torácicos – não possui
2. Bexiga do feto doador não visível  A sobrevivência uterina se da em decorrência das
3. Alterações dopplervelocimétricas no feto doador anastomoses placentárias (perfusão retrógada do
4. Hidropsia no feto receptor gêmeo acárdico – sequencia TRAP) – o feto normal
5. Morte de um ou ambos fetos bombeia oxigênio para o acárdico pelas
anastomoses

4
 Ocorre IC do gêmeo doador (pump twin) por  Óbito no 1 trimestre (36% gravidez dupla, 53%
sobrecarga circulatória com perimortalidade entre tripla): ocorre o fenômeno de Vanishing Twin,
35 a 50% ainda não tem formação óssea, o feto é reabsorvido
 Óbito no 2 trimestre (5% gravidez dupla, 15% tripla):
maior risco. Se monocorionica interrupção a partir
de 34 semanas. Se dicorionia interrupção com 37
semanas.

OBS. Pior prognóstico na monocorionica (por haver


anastomoses vasculares).

Após 14 semanas já tem parte óssea, 15% do óbito do 2


feto acárdico feto monocorionica, 3% óbito do 2 feto dicorionica.

PREDIÇAO DE PARTO PRE TERMO  Perda do segunda feto:


o Monocorionica 12%
Nada de diferente da gravidez não gemelar o Dicorionica 4%
 Dano neurológico:
 Para identificar o parto pre termo na gravidez
o Monocorionica 18%
gemelar:
 USG transvaginal (avalia comprimento do colo): o Dicorionica 1%
entre 22 e 24 semanas, se comprimento <=  Prematuridade:
25mm (< 2,5cm) indica progesterona ate 36 o Monocorionica: 68%
semanas para reduzir o risco de prematuridade o Dicorionica 57%
 Fibronectina fetal: dosar entre 24 e 28 semanas,
indica contração uterina, é uma proteína MANEJO RESUMINDO
presente na secreção vaginal. Se detectada
acima de 28 semanas, indica risco de  Avaliar idade gestacional
prematuridade  Perda no 1 trimestre: fenômeno de Vanishinh twin –
 Avaliação digital do colo do útero: na gestação reabsorve, sem risco para o feto sobrevivente
gemelar deve-se fazer o toque, ver se tem  Final do 2 ou 3 trimestre: maior risco
apagamento ou dilatação o Avaliar corionicidade
 Mono: interromper a partir de 34 semanas
MEDIDAS PARA PROLONGAR A GRAVIDEZ  Di: interromper com 37 semanas

 Cerclagem profilática - não esta indicada na  Síndrome de embolização após a morte de um dos
gravidez gemelar gemelares (risco)
 Repouso com ou sem hospitalização – sem o Vai ocorrer passagem de trombolastina tecidual
benefícios em pacientes assintomáticas. Gemelar é do feto morto para o feto sobrevivente
prudente ficar mais de repouso, hidratar bem o Monitorizar a coagulação sanguínea (dosagem
 Trocólise profilática – so se usa se entrar em de fibrinogênio mensal) – se diminuir significa
trabalho de parto prematuro – nifedipina, é um que esta desenvolvendo distúrbio de
bloqueador de cálcio usado para reduzir contrações coagulação
 Progesteroma – uso de rotina não recomendado,
apenas quando colo curto (<2,5cm) e historia de MOMENTO DO PARTO - PROVA
parto pre termo anterior. Utiliza-se de 17 a 36
semanas quando colo uterino curto  Gestações não complicadas:
 Dicorionica/diamniotica: ate 38 semanas. Se morte
MANEJO NO TRABALHO DE PARTO PRE de um dos fetos tira com 37
TERMO  Monocorionica/diamniotica: 34 a 37 semanas
 Monocorionica/monoamniotica: 32 a 34 semanas.
 Tocólise: prolongamento da gravidez, uso em Se morte de um dos fetos, avaliar retirada do outro
gestação de 22 a 34 semanas a partir de 32 semanas. Interna com 32 e da
 Uso de corticoide e transporte para centros de corticoide.
assistência terciários – entre 24 e 34 semanas
 Sulfato de magnesio para neuroproteçao fetal – VIA DE PARTO
evita hemorragia intracraniana – gestações abaixo
de 32 semanas
PARTO VAGINAL
MORTE DE UM DOS FETOS – O QUE FAZER  Gestaçao dupla ou gemelar (tripla ou mais deve ser
5% das gravidezes são gemelares na 5 semana, 2% cessaria)
entre 10 e 14 semana.  Diamniotica ( se mono, pode haver o risco de o feto
descer com o cordão do outro e estrangular o que
esta la dentro)

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 Se 1 estiver cefálico – para evitar colisão (se o C) Primeiro esta pélvico e o segundo transverso
primeiro estiver pélvico faz cessaria)
 Gestação a partir de 32 semanas
 2 feto pélvico ou transverso acima de 1500g
 Se os dois cefálicos – pode fazer em qualquer IG

CESAREA DE URGENCIA
 Prolapso de cordão
 Colisao fetal
 Tempo de expulsão > 30min do 2 gemelar (relativo,
pode esperar, depende do BCF, por exemplo)

PARTO GEMELAR

 Intervalo interpartal = 15min (máximo de 30min


entre eles é questionável)
 Realizar amniotomia – nasceu um, rompe a bolsa
do segundo
 Reavaliar posição do 2 gemelar

OBS. Nunca tentar dequitação, faz os dois partos para


depois puxar a placenta.

APRESENTAÇAO FETAL

Cefálico Cefálico/cormico

Cefálico/pélvico Pelvico/cormico

Pélvico Cormico

COLISAO FETAL

A) Tem que degolar o feto pra conseguir tirar ele


B) Os dois cefálicos

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