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UFPE – ÁREA II – 2018.1 – Prof. Fernando J. O.

Souza
MA129 (cálculo diferencial e integral 4) – turmas q1 e q7

SIMULADO DA 3a UNIDADE v. 0.8

Orientação: Resolver as questões em sete sessões de 120 minutos cada, sem inter-
rupção nem distração, combinando tópicos diferentes em cada sessão. Dar soluções
legı́veis e justificadas, escrevendo os passos, detalhes e propriedades relevantes.
Pode ser usada a tabela de transformadas de Laplace dada, mencionando-se cada
regra e os valores de seus parâmetros em cada passo em que a regra é usada.

Questão 1. Resolver:
Z t
1.a. y(t) + 2 cos (t − v)y(v) dv = e−t
0
Z t
1.b. y ′ (t) − 2 e(t−v) y(v) dv = t; y(0) = 2
0
Z t

1.c. y (t) + y(t) − sen (t − v) y(v) dv = − sen (t) ; y(0) = 1
0
Z t
dy
1.d. (t) − cos(v) y(t − v) dv = 1; y(0) = −6
dt 0

1.e. y ′′ (t) − 4 y ′ (t) + 5 y(t) = b(t), onde b(t) é uma função real “admis-
sı́vel” (isto é, seccionalmente contı́nua e de ordem exponencial). Usando o
método das transformadas de Laplace (com uso da integral de convolução),
exprimir a solução completa da EDO em termos de b(t);

1.f. F (s), sabendo que f tem perı́odo 1 e é determinada por:

f (t) = et , se 0 < t < 1; e f não está definida em t = 1

1.g–h. G(s) e H(s), sabendo que g e h têm perı́odo 4 e são determinadas por:
 
 −1, se − 2 < t < −1;  9, se − 2 < t < −1;
g(t) = 2, se − 1 < t < 1; h(t) = 6 − 3t, se − 1 ≤ t ≤ 1;
−1, se 1 < t < 2; 3, se 1 < t < 2;
 

g não está definida em ±1 e ±2, enquanto h não está definida em ±2;

1
1.i. y ′ (t) − 2y(t) = δ(t − 3); y(0) = −5
 
′′ 3π
1.j. y (t) + y(t) = 2 uπ/2(t) − 5δ t − ; y(0) = 0, y ′ (0) = 0
2
 π
1.k. y ′′ (t) + 4 y(t) = 7 δ t − − 4 u3π/2(t); y(0) = 0, y ′ (0) = 0
4
1.l. y ′′ (t) + 4 y(t) = 12 δ(t − 4π) − 8 u3π (t); y(0) = 0, y ′ (0) = 2

Questão 2. Sejam as funções f e g definidas em [0, 2] por:


  2
x, se 0 ≤ x ≤ 1; x , se 0 ≤ x ≤ 1;
f (x) = g(x) =
1, se 1 < x ≤ 2. 0, se 1 < x ≤ 2.
2.a. Calcular a série de Fourier associada a fi , extensão ı́mpar de f , ao
intervalo [−2, 2]. Simplificar a resposta;

2.b. Repetir o Item 2.a para fp , a extensão par de f ao mesmo intervalo;

2.c. Repetir o Item 2.a para gi , a extensão ı́mpar de g ao mesmo inter-


valo. A série converge em x = 1 ? Em caso afirmativo, para qual valor?

2.d. Calcular a série de Fourier associada a x2 em [−π, π];

2.e. Seja a função periódica h de perı́odo 4 determinada em [−2, 2] por:



 −1, se − 2 < x < −1;
h(x) = 2, se − 1 < x < 1;
−1, se 1 < x < 2. h não está definida em ±1 e ±2.

Calcular a série de Fourier associada a h. A série converge em x = 1 ?


em x = 2 ? Em casos afirmativos, para quais valores?

2.f. Calcular a série de Fourier para a função periódica k de perı́odo 2L


determinada por: k(x) = |x| se − L ≤ x ≤ L.

Para os próximos três itens, seja ℓ a função de perı́odo 2 determinada por:


ℓ(x) = 1 − 5x, se −1 < x < 1; ℓ não está definida em x = ±1.

2
2.g. Calcular a série de Fourier associada a ℓ;

2.h. Esta série converge em x = 1 ? Em caso afirmativo, para quanto?



X
2.i. Usando a identidade de Parseval e os bn ’s desta série, calcular b2n
n=1

2.j. Calcular a série de Fourier associada à função x/2 em [−π, +π] (ou

X 1
adaptar a associada a x) e, usando a identidade de Parseval, calcular
n=1
n2
2.k. Repetir o item anterior trocando a função por (π − x)/2 em [0, 2 π].
Obs. Esta série de Fourier coincide com a da extensão ı́mpar fi da função f
a [−π, π], onde f está definida apenas em (0, π] por f (x) = (π − x)/2;

Para os próximos três itens, seja g a função de perı́odo 4 determinada por


g(x) = 3 − 2x para −2 < x ≤ 2. Calcular:

2.l. SF {g} (x), a série de Fourier associada a g (com L = 2);

2.m. Os valores da série do Item 2.l em x = 4 e x = 6 (Justificar!);



X 1
2.n. 2
usando os resultados do Item 2.l e a identidade de Parseval.
n=1
n

Questão 3. Resolver os seguinte problemas de contorno:

3.a. y ′′ (x) − y(x) = 1 − 2x, 0 < x < 1; y(0) = 0, y(1) = 1 + e

3.b. y ′′ (x) + y(x) = 0, y(0) = 1 = y(2π)

3.c. y ′′ (x) − 3y ′ (x) = 0, y(0) = 1, y ′ (1) = 9e3

3.d. Para cada número real λ,

y ′′ (x) + λ y(x) = 0, 0 < x < π; y ′ (0) = 0, y(π) = 0

3
Dicas sobre problemas de contorno para EDPs. Seguem-se bases para
as autofunções de Z ′′ (z) = −λ Z(z) com 0 ≤ z ≤ L (logo, o autovalor é −λ)
submetidas às respectivas condições de contorno (abaixo, n é inteiro).
n π z   n π 2
Caso Z ′ (0) = 0 = Z ′ (L): Zn (z) = cos , λn = para n > 0; e
L L
Z0 (z) = 1, λ0 = 0 (para n = 0);
n π z   n π 2
Caso Z(0) = 0 = Z(L): Zn (z) = sen , λn = para n > 0.
L L

Questão
 4. Considere-se a EDP do calor com as condições dadas abaixo:
 ut = uxx para 0 < x < 1 e t > 0,
u(0, t) = 10 e u(1, t) = −8 para t > 0,
u(x, 0) = 0 para 0 ≤ x ≤ 1.

4.a. Escrever o problema que descreve a função estado estacionário v(x),


e calculá-la;
Pelo método da separação de variáveis para EDPs, calcular a função tran-
siente w(x, t) e a solução u(x, t) = v(x)+w(x, t). Para tanto, seguir os passos
abaixo:
4.b. Escrever o problema que descreve w(x, t) e, então, reescrever a EDP e
as condições homogêneas para w(x, t) como dois problemas com EDOs (uma,
em x, e a outra, em t);
4.c. Calcular a solução w(x, t) da EDP submetida às condições homogêneas,
expressando-a como uma série formal (as dicas podem ser usadas);
4.d. Assumindo a convergência da série, calcular seus coeficientes.

Questão
 5. Considere-se a EDP do calor com as condições dadas abaixo:
 ut (x, t) = uxx (x, t) para 0 < x < 3 e t > 0,
ux (0, t) = 0 = ux (3, t) para t > 0,
u(x, 0) = cos(π x) − 4cos(5 π x) para 0 ≤ x ≤ 3.

5.a. Expressar a solução u(x, t) da EDP submetida às condições homogêneas


como uma série formal (as dicas podem ser usadas);
5.b. Assumindo a convergência da série, calcular seus coeficientes.

Questão
 6. Repetir a questão anterior com os dados abaixo:
 ut = uxx para 0 < x < 1 e t > 0,
ux (0, t) = 0 = ux (1, t) para t > 0,
u(x, 0) = sen(2 π x) para 0 ≤ x ≤ 1.

4
Questão
 7. Considere-se a EDP abaixo submetida às condições dadas:
 utt (x, t) = 4 uxx(x, t) para 0 < x < 1 e t > 0,
u(0, t) = 0 = u(1, t) para t > 0,
u(x, 0) = 32 sen(5 π x) − 4 sen(2 π x), ut (x, 0) = 12 sen(3 π x), 0 ≤ x ≤ 1.

7.a. Pelo método da separação de variáveis, reescrever a EDP e as con-


dições homogêneas como dois problemas com EDOs, um em x e um t;
7.b. Calcular a solução formal da EDP com as condições homogêneas,
expressando-a como uma série formal (as dicas podem ser usadas);
7.c. Assumindo a convergência da série, calcular os coeficientes de u(x, t)
submetida a todas as condições do problema dado.

Questão 8. Repetir a questão anterior para a EDP da onda modificada


abaixo
 submetida às condições dadas:
 utt (x, t) + 4 u(x, t) = uxx (x, t) para 0 < x < 1 e t > 0,
u(0, t) = 0 = u(1, t) para t > 0,
ut (x, 0) = 0 e u(x, 0) = 12 sen(3 π x) − 8 sen(4 π x) para 0 < x < 1.

Questão 9. Resolver os problemas abaixo:



utt (x, t) = 16 uxx (x, t) para x ∈ R, t > 0;
9.a.
u(x, 0) = 2 exp (−x2 ), ut (x, 0) = 2 exp (x/4); x ∈ R.
Dica: Pelo método de D’Alembert, a solução se decompõe como u(x, t) =
A(x + 4t) + B(x − 4t) para funções A(ψ) e B(η) adequadas. Calculá-las!

utt (x, t) = 4 uxx (x, t) para x ∈ R, t > 0,
9.b.
u(x, 0) = x, ut (x, 0) = x para x ∈ R.
Dica: A solução se decompõe como u(x, t) = A(x + 2t) + B(x − 2t) para
funções A(ψ) e B(η) convenientes.

utt (x, t) = 9 uxx(x, t) para x ∈ R e t > 0,
9.c.
u(x, 0) = exp (−x2 ), ut (x, 0) = sen(x) para x ∈ R.
Dica: A solução se decompõe como u(x, t) = A(x + 3t) + B(x − 3t) para
funções A(ψ) e B(η) convenientes.

Questão 10. Pelo método da separação de variáveis, calcular a solução


u(x, t) da EDP abaixo submetida às condições homogêneas, expressando-a
como uma série formal (as dicas podem ser usadas). Então, assumindo a con-
vergência da série, calcular u(x, t) para o problema com todas as condições.

5

 ut t (x, t) + 16 u(x, t) = ux x (x, t) para 0 < x < 3 e t > 0,
u(0, t) = 0 = u(3, t) para t > 0,
u(x, 0) = 0 e ut (x, 0) = 32π sen(2 π x) para 0 < x < 3.

Obs. Mais problemas aparecerão numa versão 1.0 em função da última aula
expositiva!

6
Regra f (t) = L−1 {F (s)}(t) Parâmetro s∈ F (s) = L{f (t)}(s)
at
01 e a∈R (a, +∞) 1/(s − a)
02 cos (ωt) ω∈R (0, +∞) s/(s2 + ω 2 )
03 sen(ωt) ω∈R (0, +∞) ω/(s2 + ω 2 )
04 cosh (ωt) ω∈R (|ω|, +∞) s/(s2 − ω 2)
05 senh(ωt) ω∈R (|ω|, +∞) ω/(s2 − ω 2 )
06 tn n∈N (0, +∞) n! / sn+1
07 tr r ∈ (−1, +∞) (0, +∞) Γ(r + 1) / sr+1
08 δ(t − c) c ∈ [0, +∞) R e−cs

Regra f (t) = L−1 {F (s)}(t) Parâmetro F (s) = L{f (t)}(s)


09 a f (t) + b g(t) a, b ∈ R a F (s) + b G(s)
10 f (a t) a ∈ (0, +∞) F (s/a) / a
11 eat f (t) a∈R F (s − a)
12 tn f (t) n∈N (−1)n F (n) (s)
Z +∞
f (t) f (t)
13 se há lim+ F (v) dv
t t→0 t s
k−1
X
14 f (k) (t) k∈N sk F (s) − f () (0) sk−1−
=0
t
F (s)
Z
15 f (u) du
0 s
16 uc (t) f (t) c ∈ (0, +∞) e L{f (t + c)}(s)
−cs

17 uc (t) f (t − c) c ∈ [0, +∞) e−cs F (s)


Z P
1
18 Se f (t + P ) = f (t) P ∈ (0, +∞) e−st f (t) dt
1 − e−sP 0
19 (f ∗ g)(t) ←− Convolução! F (s) G(s)

Regra 20 lim F (s) = 0


s→+∞

21 lim s F (s) = lim f (t)


s→+∞ t→0+

22 lim s F (s) = lim f (t)


s→0+ t→+∞

7
SOLUÇÕES

1.a. Pelo teorema da convolução (Regra 19) e as regras 2 (ω = 1) e 1


(a = −1), concluı́mos que:
s 1 s2 + 1 + 2s 1
Y (s) + 2 2 Y (s) = ∴ Y (s) = ∴
s +1 s − (−1) s2 + 1 s+1
s2 + 1 A B C
Y (s) = 3
= + 2
+ ∴
(s + 1) s + 1 (s + 1) (s + 1)3
s2 + 1 = A(s + 1)2 + B(s + 1) + C = As2 + (2A + B)s + (A + B + C) ∴
1 1 2
A = 1, B = −2, C = 2 ∴ Y (s) = −2 + ∴
s + 1  (s + 1)2 (s + 1)3 
−t −1 1 1 2
Pela Regra 11 (a = −1), y(t) = e L − 2 (1+1) + (2+1) (t).
s(0+1) s s
Pelas regras 9 (escalares 1 −2 e 1) e 6 (n = 0, n = 1 e 2 respectivamente):
y(t) = e−t (1 − 2t + t2 ) ∴ y(t) = e−t (t − 1)2 .

1.b. [Nagle et al.] Seção 7.7, Exercı́cio 22. Manuscrito: Item 2.g no arquivo
“simulado 3-ps1-v1 0.pdf” de 2012.2.

1.c. [Nagle et al.] Seção 7.7, Exercı́cio 21. Manuscrito: Item 1.a no arquivo
“ee3-gabarito-v1 0.pdf” de 2012.2.

1.d. Item 1.a no arquivo “ee3-v1 1-gabarito-v1 0.pdf” de 2017.1.

1.e. Para aplicarmos o método das transformadas de Laplace diretamente,


precisamos colocar a EDO em um PVI com instante inicial t = 0. Para
reduzirmos as expressões das transformadas e, por conseguinte, os cálculos,
escolheremos as condições iniciais yp (0) = 0 e yp′ (0) = 0. Aplicando a trans-
formada a ambos os membros (lados) da EDO, obtemos:
B(s) = s2 Yp (s) − (0s + 0) − 4 (sYp (s) − 0) + 5 Yp (s)= s2 −4s + 5 Yp (s) ∴


B(s) 1 1
p (s) = 2 = B(s) 2 2
∴ yp (t) = b ∗ L−1 (t)
s − 4s + 5 (s − 2) + 1 (s − 2)2 + 12
onde completamos o quadrado s2 − 4s + 5 = s2 − 2 · 2s + 22 − 22 + 5 =
(s − 2)2 + 1 em Yp , e aplicamos
 o teorema
 da convolução
 para obtermos
1 1
yp . Mas L−1 2 2
(t) = e2t L−1 2 2
(t) = e2t sen (t) pelas
(s − 2) + 1 s +1

8
regras 11 e 03 da tabela com a = 2 e ω = 1, respectivamente. Como ygnh =
Z t
2t
ygh +yp , obtemos:ygh (t) = e (C1 cos (t) + C2 sen (t)) + b(u) e2(t−u) sen (t − u) du; C1 , C2 ∈ R
0

1.f. (Exercı́cio 22 da Seç. 7.6 de [Nagle/Saff/Snider])


Z 1 Z 1 Z 1 1
−st t 1 (1−s)t
−1s
(1−e )F (s) = −st
e f (t)dt = e e dt = e(1−s)t dt = e =
0 0 0 1−s t=0
e(1−s) − 1 e(1−s) − 1
∴ F (s) =
1−s (1 − s)(1 − e−s )
Z 4 Z 1 Z 3 Z 4
−4s −st −st −st
1.g. (1−e )G(s) = e g(t)dt = 2 e dt+ (−1)e dt+ 2 e−stdt
0 0 1 3
1 h −st 1 −st 3
i
−st 4
= 2e t=0
−e t=1
+2e t=3
−s
1  −s  1 
= − 2 e − 2 − e−3s + e−s + 2 e−4s − 2 e−3s = 2 − 3 e−s + 3 e−3s − 2 e−4s ∴
s s
2 − 3 e−s + 3 e−3s − 2 e−4s
G(s) = .
s(1 − e−4s )
Obs. Denotando por, digamos, z o termo e−s , e manipulando a função
racional em z dada por s G(s), podemos reescrever G(S). Essencialmente,
cancelamos o fator 1 −z 2 = 1 −e−2s do numerador e do denominador. Assim:
2 e−2s − 3 e−s + 2
G(s) =
s(e−2s + 1)

1.h. Manuscrito: Item 5.c no arquivo “simulado 02-pt2-v1 0.pdf” de 2014.1.

1.i. Item 1.b no arquivo “ee3-v1 1-gabarito-v1 0.pdf” de 2017.1.

e−(πs/2)
1.j: s2 Y (s) − s y(0) − y ′ (0) + Y (s) = 2

− 5 e−(3πs/2) , onde aplica-
s
mos as regras 9 (a = 2 e b = −5), 14 (k = 2), 16 (c = π/2) e 8 (c = 3π/2).
e−(πs/2) e−(3πs/2)
Logo: Y (s) = 2 2 −5 2 Denotemos por g(t) uma função tal
s(s + 1) s + 1.
1 1 + s2 − s2 1 + s2 s2 1 s
que G(s) = 2
= 2
= 2
− 2
= − 2 ,
s(s + 1) s(s + 1) s(s + 1) s(s + 1) s s +1

9
expansão em frações parciais que também podemos obter resolvendo um sis-
tema de equações lineares para os coeficientes do formato genérico da expan-
A Bs + C
são para este caso, a saber, + 2 . Das regras 9 (a = 1 e b = −1), 1
s s +1
(a=0) e 2 (ω = 1), temos que g(t) = 1 − cos (t). Das regras 3 (ω = 1) e 17
(c = π/2 e c = 3π/2, respectivamente), obtemos que:  
  π  3π
y(t) = 2 uπ/2 (t) · 1 − cos t − − 5 u3π/2 (t) · sen t − ∴
2 2
y(t) = 2 uπ/2 (t) · (1 − sen (t)) − 5 u3π/2 (t) · cos (t).

Resolução alternativa por convolução: Denotemos por h(t) uma função


e−(πs/2) e−(πs/2) 1
tal que H(s) = 2
= · 2 Pelo teorema da convolução
s(s + 1) s s +1
(Regra 19) e as regras 17Z (c = π/2), 1 (a=0) e 3 (ω = 1), concluı́mos que
 t
h(t) = uπ/2 ∗ sen (t) = sen (t − v) uπ/2 (v) dv.
0
Para 0 ≤ t ≤ π/2: uπ/2 (v) = 0 para todo v em [0, t), donde h(t) = 0;
Z t Z π/2
Para t > π/2: h(t) = sen (t − v) uπ/2 (v) dv = sen (t − v) ✘
uπ/2
✘✘ ✘ dv+
(v)
Z t 0 Z t Z0 t−t
sen (t − v) uπ/2 (v) dv = sen (t − v) dv = − sen (w) dw =
π/2 π/2 t− π2
Z t− π t− π
2 2 π
sen (w) dw = − cos (w) = cos (0) − cos (t − ) = 1 − sen (t).
0 w=0 2
Combinando os resultados, temos que h(t) = uπ/2 (t) · (1 − sen (t)).

1.k. Semelhante ao Item 1.j.

1.l. Manuscrito: Item 1.a no arquivo “ee3-gabarito-v1 0.pdf” de 2012.2.

2.a. O fato de fi ser função ı́mpar já nos diz que fi só possui termos em

 nπx   nπx  1 2  nπx 
X Z
sen , ou seja bn sen , onde bn = fi (x) sen dx.
2 n=1
2 2 −2 2
Sendo o produto de funções ı́mpares uma função par, obtemos a primeira
igualdade abaixo. Sendo fi uma extensão de f , que está definida em [0, 2],
obtemosZa segunda:
62 2  nπx  Z 2  nπx 
bn = fi (x) sen dx = f (x) sen dx =
62 0 2 0 2

10
Z 1  nπx  Z 2  nπx 
x sen dx + sen dx =
0 2 1 2
−2  nπx  1 Z 1
−2  nπx  −2  nπx  2
x cos − cos dx + cos =
nπ 2 x=0 0 nπ 2 nπ 2 x=1
−2
  


4  nπx  1 −2
 
nπ 6 2
 
 nπ✟
✟✟ ✟
cos ✟ − 0 + 2 2 sen + cos − cos
✟✟ 2 =
nπ ✟✟ 2 nπ 2 x=0 nπ 62 ✟
4 h  nπ  i −2
n 4  nπ  2
2 2
sen − ❳❳
sen (0)
❳ ❳ + (−1) ∴ bn = 2 2
sen + (−1)n+1
nπ 2 nπ nπ 2 nπ
onde a primeira parcela se reescreve
 de vários modos, contribuindo apenas
 nπ   0, se n é par;
quando n é ı́mpar: sen = 1, se n − 1 é múltiplo de 4;
2
−1, senão (n − 3 é múltiplo de 4).

Para efeito deste exame, esta resposta seria satisfatória devido à comple-
xidade dela para a experiência esperada dos estudantes. Em todo caso, um
exemplo básico de reescritura, construı́do caso a caso, é: particionamos os
ı́mpares positivos em 4k − 3 e 4k − 1, onde k é inteiro positivo (eles corres-
pondem aos casos que dão 1 e −1 acima). Já os pares positivos são da forma
2k. Simplificando as expressões, obtemos a série abaixo, onde a última das
três parcelas do termo geral é a contribuição dos pares positivos:
∞     
X 2(4k − 3)π + 4 (4k − 3)πx 2(4k − 1)π − 4 (4k − 1)πx
sen + sen
k=1
(4k − 3)2 π 2 2 (4k − 1)2 π 2 2

1
− sen (kπx)

2.b. O fato de fp ser função par já nos diz que fp só possui termos em
 nπx  ∞
a0 X  nπx 
cos e constante, ou seja + an cos , onde
2 2 n=1
2
1 2 1 2  nπx 
Z Z
a0 = fp (x) dx e, para n > 0, an = fp (x) cos dx. Sendo o
2 −2 2 −2 2
produto de funções ı́mpares uma função par, obtemos a primeira igualdade
abaixo. Sendo fp uma extensão de f , que está definida em [0, 2], obtemos a
segunda: 1 2
62 2
Z 2 Z 1 Z 2
x2
Z

a0 = fp (x) dx = f (x) dx = x dx+ 1 dx = + x =
62 0 0 0 1 2
x=0 x=1

11
1 3 3
− 0 + 2 − 1 = ∴ a0 = e, analogamente para n > 0,
2 Z 2 2 2 Z 2
62  nπx   nπx 
an = fp (x) cos dx = f (x) cos dx =
Z 1 6 2 0 2
Z 2 0 2
 nπx   nπx 
x cos dx + cos dx =
0 2 1 2
2  nπx  1 Z 1
2  nπx  2  nπx  2
x sen − sen dx + sen =
nπ 2 x=0 0 nπ 2 "nπ 2
x=1 #
   nπx  1 ❍❍  
2  nπ✟ ✟ 4 2 nπ 6 2  nπ✟✟

sen ✟✟ − 0 + 2 2 cos + sen ❍❍❍ − sen✟✟ 2
✟ =
nπ ✟✟ 2 nπ 2 x=0 nπ 6 2❍ ✟

4 h  nπ  i 4 h  nπ  i
cos − cos (0) ∴ an = 2 2 cos − 1 , se n > 0. Mas:
n2 π 2 2 nπ 2
 nπ   0, se n é ı́mpar;
cos = 1, se n é múltiplo de 4;
2
−1,
 senão (ou seja, se n − 2 é múltiplo de 4). ∴

 nπ   −1, se n é ı́mpar;
cos −1 = 0, se n é múltiplo de 4;
2
−2, senão. Um modo de se escrever esta série é:

∞   ∞  
3 X 4(−1) (2k − 1)πx X 4(−2) (4k − 2)πx
+ cos + cos =
4 k=1 (2k − 1)2 π 2 2 (4k − 2) 2π2 2
∞   k=1∞
3 X 4(−1) (2k − 1)πx X 4(−2)
+ 2 2
cos + cos ((2k − 1)πx) ∴
4 k=1 (2k − 1) π 2 k=1
4(2k − 1)2 π 2
∞    
3 1 X 1 (2k − 1)πx
fp (x) ∼ − 2 4 cos + 2 cos ((2k − 1)πx)
4 π k=1 (2k − 1)2 2

2.c. O cálculo da série é semelhante ao do Item 2.a, com valores para os


(cos)senos obtidos nos itens 2.a e 2.b:

62 2
Z  nπx  Z 1  nπx 
bn = gi (x) sen dx = x2 sen dx, donde:
62 0 2 0 2

X 16 − 8nπ sen (nπ/2) + (2n2 π 2 − 16) cos (nπ/2)  nπx 
gi (x) ∼ sen
n=1
n3 π 3 2

Pelo teorema de Dirichlet, a série converge, em x = 1, para a média dos

12
seguintes limites laterais:
lim− gi (x) = lim− g(x) = lim− x2 = 12 = 1 e
x→1 x→1 x→1
lim+ gi (x) = lim+ g(x) = lim+ 0 = 0, ou seja, ela converge para 1/2 em x = 1.
x→1 x→1 x→1

∞  
2 a0
X n 6 πx
2.d. x2 é par. Logo, x ∼ + an cos . Calculando (exercı́cio),
2 n=1 6π
obtivemos
Z as respostas:2
1 π 2 2π
a0 = x dx = e, para todo natural n > 0,
π Z−π 3
1 π 2 4 cos (nπ) 4 (−1)n
an = x cos (nx) dx = = Daı́:
π −π n2 n2

2 π 2 X (−1)n
x ∼ + 4 cos (nx)
3 n=1
n2

2.e. Manuscrito: Itens 2.a–b no arquivo “ee3-gabarito-v1 0.pdf” de 2012.2.

2.f. Manuscrito: Item 4.b no arquivo “simulado 3-ps1-v1 0.pdf” de 2012.2,


onde k está denotada por f .

2.g–i. Manuscrito: Questão 2 no arquivo “ee3–v1 0-gabarito-v1 0.pdf” de


2014.1, onde ℓ está denotada por h.
∞  
X 26π n+1 n 6 πx
2.j. Como x ∼ (−1) sen , temos que
n=1
n6π 6π

x X (−1)n+1
∼ sen (nx). Do teorema de Parseval, segue-se que:
2 n=1
n
∞ ∞  2 π
1 (−1)n+1 1 π  x 2 2 π x2 x3
X X Z Z
2
= = dx = dx = ∴
n=1
n n=1
n π −π 2 π 0 4 6π
x=0


X 1 π2
=
n=1
n2 6

13
2.k. Graças à observação no enunciado, já sabemos que a série de Fourier
desejada só possui coeficientes bn . Assim, em [0, 2π]:
∞  
π−x X n 6 πx
∼ bn sen onde, para todo natural n > 0:
2 6 π
Z n=1
1 2π π − x −1 2π
Z
bn = sen (nπx) dx = x sen (nπx) dx (Por quê?). Inte-
π 0 2 2π 0

π−x X 1
gre por partes e obtenha que bn = 1/n. Daı́: ∼ sen (nx).
2 n=1
n
∞ 2
1 2π π − x
Z 
X 1
Do teorema de Parseval, segue-se que: 2
= dx =
n=1
n π 0 2
Z 2π 2π ∞
1 2 −1 3
2 × (−π 3 ) X 1 π2
(π − x) dx = (π − x) = ∴ =
4π 0 12π x=0 12π n=1
n2 6

3.a. [Nagle et al.] Seção 10.2, Exercı́cio 5. Manuscrito: Item 5.a no arquivo
“simulado 3-ps1-v1 0.pdf” de 2012.2.

3.b. Manuscrito: Item 1.c no arquivo “ee3–v2 0-gabarito-v1 0.pdf”de 2013.1.

3.c. Manuscrito: Item 1.b no arquivo “ee3–v1 0-gabarito-v1 0.pdf”de 2014.1.

3.d. [Nagle et al.] Seção 10.2, Exercı́cio 10. Manuscrito: Item 5.b no arquivo
“simulado 3-ps1-v1 0.pdf” de 2012.2.

4. Manuscrito: Questão 6 no arquivo “simulado 3-ps1-v1 0.pdf” de 2012.2.

5. Manuscrito: Questão 4 no arquivo “ee3–v1 0-gabarito-v1 0.pdf”de 2014.1.

6. Manuscrito: Questão 5 no arquivo “simulado-03-v1 0-complemento.pdf”


de 2013.1.

7. [Nagle et al.] Seção 10.6, Exercı́cio 17. Manuscrito: Questão 3 no arquivo


“ee3-gabarito-v1 0.pdf” de 2012.2.

14

 utt + 4 u = uxx para 0 < x < 1 e t > 0,
8. u(0, t) = 0 = u(1, t) para t > 0,
ut (x, 0) = 0 e u(x, 0) = 12 sen(3 π x) − 8 sen(4 π x) para 0 < x < 1.

8.a. Devido à linearidade da EDP, buscamos soluções não-triviais dela no


formato u(x, t) = X(x)T (t) que satisfaçam as condições homogêneas. Assim,
X ′′ (x) T ′′ (t) + 4T (t)
X(x)T ′′ (t) + 4X(x)T (t) = X ′′ (x)T (t) ∴ = nos pontos
X(x) T (t)
(x, t) tais que X(x) 6= 0 e T (t) 6= 0. Assim, uma função de x e uma função
de t são iguais, donde se conclui que elas são iguais a uma constante −λ (dita
constante de separação). Portanto:

X ′′ (x) + λ X(x) = 0 para 0 < x < 1, (1)


T ′′ (x) + (4 + λ) T (t) = 0 para t > 0. (2)
Como não desejamos T ≡ 0, as condições de contorno X(0)T (t) = u(0, t) = 0
e X(1)T (t) = u(1, t) = 0 traduzem-se por:

X(0) = 0 = X(1). (3)

Como não desejamos X ≡ 0, a condição inicial X(x)T ′ (0) = ut (x, 0) = 0


traduz-se por:
T ′ (0) = 0. (4)
Com isto, (1) e (3) definem um problema de contorno em X(x), enquanto
(2) e (4) definem um problema em T (t).

8.b. Das dicas fornecidas, o problema descrito por (1) e (3) tem soluções não-
nulas dadas pelos múltiplos não-nulos de Xn (x) = sen (µn x), autofunções do
autovalor −λn = −µ2n , onde µn = nπ para n inteiro positivo. Aplicando, a
(2), os valores λn encontrados para λ acima, obtemos a equação p caracterı́stica
r 2 + 4 + λn = 0 ∴ r 2 =p −(4 + λn ) = −(4 + µ2n ) < 0 ∴ r = ±i 4 + µ2n = ±i νn ,
denotando por νn = 4 + µ2n > 0 ∴ T (t) = A cos (νn t) + B sen (νn t) ∴
T ′ (t) = −νn A sen (νn t) + νn B cos (νn t). Da condição (4), temos que 0 =
T ′ (0) = νn [−A · 0 + B · 1] = νn B. Mas νn > 0 ∴ B = 0 ∴ T (t) = A cos (νn t),
e há soluções não-triviais, múltiplas não-nulas de Tn (x) = cos (νn t). Combi-
nando linearmente as soluções un (x, t) = Xn (x)Tn (t) para formarmos uma
série formal como limite de tais somas parciais, e assumindo a convergência

15
da série, temos a solução formal:

X ∞
X √ 
u(x, t) = cn un (x, t) = cn sen (nπ x) cos 4+ n2 π 2 t .
n=1 n=1


X
8.c. cn sen (nπ x) · 1 = u(x, 0) = sen(3 π x) − 8 sen(4 π x) ∴ cn = 0 para
n=1
todo n > 0 exceto c3 = 1 e c4 = −8. Logo:
√   √ 
u(x, t) = sen (3π x) cos 4 + 9π 2 t − 8 sen (4π x) cos 2 1 + 4π 2 t .

9.a. Questão 3 de “ee3-v1 0-gabarito-v1 0.pdf” de 2014.1.

9.b. Questão 3 do “ee3-v2 0-gabarito-v1 0.pdf” de 2013.1.

9.c. [Nagle et al.] Seção 10.6, Exercı́cio 17. É a Questão 7 no arquivo


“simulado-03-v1 0-complemento.pdf” de 2013.1.

10. Questão 3 de final-v1 0-gabarito-v1 0.pdf de 2014.1.

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