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Souza
MA129 (cálculo diferencial e integral 4) – turmas q1 e q7
Orientação: Resolver as questões em sete sessões de 120 minutos cada, sem inter-
rupção nem distração, combinando tópicos diferentes em cada sessão. Dar soluções
legı́veis e justificadas, escrevendo os passos, detalhes e propriedades relevantes.
Pode ser usada a tabela de transformadas de Laplace dada, mencionando-se cada
regra e os valores de seus parâmetros em cada passo em que a regra é usada.
Questão 1. Resolver:
Z t
1.a. y(t) + 2 cos (t − v)y(v) dv = e−t
0
Z t
1.b. y ′ (t) − 2 e(t−v) y(v) dv = t; y(0) = 2
0
Z t
′
1.c. y (t) + y(t) − sen (t − v) y(v) dv = − sen (t) ; y(0) = 1
0
Z t
dy
1.d. (t) − cos(v) y(t − v) dv = 1; y(0) = −6
dt 0
1.e. y ′′ (t) − 4 y ′ (t) + 5 y(t) = b(t), onde b(t) é uma função real “admis-
sı́vel” (isto é, seccionalmente contı́nua e de ordem exponencial). Usando o
método das transformadas de Laplace (com uso da integral de convolução),
exprimir a solução completa da EDO em termos de b(t);
1.g–h. G(s) e H(s), sabendo que g e h têm perı́odo 4 e são determinadas por:
−1, se − 2 < t < −1; 9, se − 2 < t < −1;
g(t) = 2, se − 1 < t < 1; h(t) = 6 − 3t, se − 1 ≤ t ≤ 1;
−1, se 1 < t < 2; 3, se 1 < t < 2;
1
1.i. y ′ (t) − 2y(t) = δ(t − 3); y(0) = −5
′′ 3π
1.j. y (t) + y(t) = 2 uπ/2(t) − 5δ t − ; y(0) = 0, y ′ (0) = 0
2
π
1.k. y ′′ (t) + 4 y(t) = 7 δ t − − 4 u3π/2(t); y(0) = 0, y ′ (0) = 0
4
1.l. y ′′ (t) + 4 y(t) = 12 δ(t − 4π) − 8 u3π (t); y(0) = 0, y ′ (0) = 2
2
2.g. Calcular a série de Fourier associada a ℓ;
2.j. Calcular a série de Fourier associada à função x/2 em [−π, +π] (ou
∞
X 1
adaptar a associada a x) e, usando a identidade de Parseval, calcular
n=1
n2
2.k. Repetir o item anterior trocando a função por (π − x)/2 em [0, 2 π].
Obs. Esta série de Fourier coincide com a da extensão ı́mpar fi da função f
a [−π, π], onde f está definida apenas em (0, π] por f (x) = (π − x)/2;
3
Dicas sobre problemas de contorno para EDPs. Seguem-se bases para
as autofunções de Z ′′ (z) = −λ Z(z) com 0 ≤ z ≤ L (logo, o autovalor é −λ)
submetidas às respectivas condições de contorno (abaixo, n é inteiro).
n π z n π 2
Caso Z ′ (0) = 0 = Z ′ (L): Zn (z) = cos , λn = para n > 0; e
L L
Z0 (z) = 1, λ0 = 0 (para n = 0);
n π z n π 2
Caso Z(0) = 0 = Z(L): Zn (z) = sen , λn = para n > 0.
L L
Questão
4. Considere-se a EDP do calor com as condições dadas abaixo:
ut = uxx para 0 < x < 1 e t > 0,
u(0, t) = 10 e u(1, t) = −8 para t > 0,
u(x, 0) = 0 para 0 ≤ x ≤ 1.
Questão
5. Considere-se a EDP do calor com as condições dadas abaixo:
ut (x, t) = uxx (x, t) para 0 < x < 3 e t > 0,
ux (0, t) = 0 = ux (3, t) para t > 0,
u(x, 0) = cos(π x) − 4cos(5 π x) para 0 ≤ x ≤ 3.
Questão
6. Repetir a questão anterior com os dados abaixo:
ut = uxx para 0 < x < 1 e t > 0,
ux (0, t) = 0 = ux (1, t) para t > 0,
u(x, 0) = sen(2 π x) para 0 ≤ x ≤ 1.
4
Questão
7. Considere-se a EDP abaixo submetida às condições dadas:
utt (x, t) = 4 uxx(x, t) para 0 < x < 1 e t > 0,
u(0, t) = 0 = u(1, t) para t > 0,
u(x, 0) = 32 sen(5 π x) − 4 sen(2 π x), ut (x, 0) = 12 sen(3 π x), 0 ≤ x ≤ 1.
5
ut t (x, t) + 16 u(x, t) = ux x (x, t) para 0 < x < 3 e t > 0,
u(0, t) = 0 = u(3, t) para t > 0,
u(x, 0) = 0 e ut (x, 0) = 32π sen(2 π x) para 0 < x < 3.
Obs. Mais problemas aparecerão numa versão 1.0 em função da última aula
expositiva!
6
Regra f (t) = L−1 {F (s)}(t) Parâmetro s∈ F (s) = L{f (t)}(s)
at
01 e a∈R (a, +∞) 1/(s − a)
02 cos (ωt) ω∈R (0, +∞) s/(s2 + ω 2 )
03 sen(ωt) ω∈R (0, +∞) ω/(s2 + ω 2 )
04 cosh (ωt) ω∈R (|ω|, +∞) s/(s2 − ω 2)
05 senh(ωt) ω∈R (|ω|, +∞) ω/(s2 − ω 2 )
06 tn n∈N (0, +∞) n! / sn+1
07 tr r ∈ (−1, +∞) (0, +∞) Γ(r + 1) / sr+1
08 δ(t − c) c ∈ [0, +∞) R e−cs
7
SOLUÇÕES
1.b. [Nagle et al.] Seção 7.7, Exercı́cio 22. Manuscrito: Item 2.g no arquivo
“simulado 3-ps1-v1 0.pdf” de 2012.2.
1.c. [Nagle et al.] Seção 7.7, Exercı́cio 21. Manuscrito: Item 1.a no arquivo
“ee3-gabarito-v1 0.pdf” de 2012.2.
B(s) 1 1
p (s) = 2 = B(s) 2 2
∴ yp (t) = b ∗ L−1 (t)
s − 4s + 5 (s − 2) + 1 (s − 2)2 + 12
onde completamos o quadrado s2 − 4s + 5 = s2 − 2 · 2s + 22 − 22 + 5 =
(s − 2)2 + 1 em Yp , e aplicamos
o teorema
da convolução
para obtermos
1 1
yp . Mas L−1 2 2
(t) = e2t L−1 2 2
(t) = e2t sen (t) pelas
(s − 2) + 1 s +1
8
regras 11 e 03 da tabela com a = 2 e ω = 1, respectivamente. Como ygnh =
Z t
2t
ygh +yp , obtemos:ygh (t) = e (C1 cos (t) + C2 sen (t)) + b(u) e2(t−u) sen (t − u) du; C1 , C2 ∈ R
0
e−(πs/2)
1.j: s2 Y (s) − s y(0) − y ′ (0) + Y (s) = 2
− 5 e−(3πs/2) , onde aplica-
s
mos as regras 9 (a = 2 e b = −5), 14 (k = 2), 16 (c = π/2) e 8 (c = 3π/2).
e−(πs/2) e−(3πs/2)
Logo: Y (s) = 2 2 −5 2 Denotemos por g(t) uma função tal
s(s + 1) s + 1.
1 1 + s2 − s2 1 + s2 s2 1 s
que G(s) = 2
= 2
= 2
− 2
= − 2 ,
s(s + 1) s(s + 1) s(s + 1) s(s + 1) s s +1
9
expansão em frações parciais que também podemos obter resolvendo um sis-
tema de equações lineares para os coeficientes do formato genérico da expan-
A Bs + C
são para este caso, a saber, + 2 . Das regras 9 (a = 1 e b = −1), 1
s s +1
(a=0) e 2 (ω = 1), temos que g(t) = 1 − cos (t). Das regras 3 (ω = 1) e 17
(c = π/2 e c = 3π/2, respectivamente), obtemos que:
π 3π
y(t) = 2 uπ/2 (t) · 1 − cos t − − 5 u3π/2 (t) · sen t − ∴
2 2
y(t) = 2 uπ/2 (t) · (1 − sen (t)) − 5 u3π/2 (t) · cos (t).
2.a. O fato de fi ser função ı́mpar já nos diz que fi só possui termos em
∞
nπx nπx 1 2 nπx
X Z
sen , ou seja bn sen , onde bn = fi (x) sen dx.
2 n=1
2 2 −2 2
Sendo o produto de funções ı́mpares uma função par, obtemos a primeira
igualdade abaixo. Sendo fi uma extensão de f , que está definida em [0, 2],
obtemosZa segunda:
62 2 nπx Z 2 nπx
bn = fi (x) sen dx = f (x) sen dx =
62 0 2 0 2
10
Z 1 nπx Z 2 nπx
x sen dx + sen dx =
0 2 1 2
−2 nπx 1 Z 1
−2 nπx −2 nπx 2
x cos − cos dx + cos =
nπ 2 x=0 0 nπ 2 nπ 2 x=1
−2
nπ
4 nπx 1 −2
nπ 6 2
nπ✟
✟✟ ✟
cos ✟ − 0 + 2 2 sen + cos − cos
✟✟ 2 =
nπ ✟✟ 2 nπ 2 x=0 nπ 62 ✟
4 h nπ i −2
n 4 nπ 2
2 2
sen − ❳❳
sen (0)
❳ ❳ + (−1) ∴ bn = 2 2
sen + (−1)n+1
nπ 2 nπ nπ 2 nπ
onde a primeira parcela se reescreve
de vários modos, contribuindo apenas
nπ 0, se n é par;
quando n é ı́mpar: sen = 1, se n − 1 é múltiplo de 4;
2
−1, senão (n − 3 é múltiplo de 4).
Para efeito deste exame, esta resposta seria satisfatória devido à comple-
xidade dela para a experiência esperada dos estudantes. Em todo caso, um
exemplo básico de reescritura, construı́do caso a caso, é: particionamos os
ı́mpares positivos em 4k − 3 e 4k − 1, onde k é inteiro positivo (eles corres-
pondem aos casos que dão 1 e −1 acima). Já os pares positivos são da forma
2k. Simplificando as expressões, obtemos a série abaixo, onde a última das
três parcelas do termo geral é a contribuição dos pares positivos:
∞
X 2(4k − 3)π + 4 (4k − 3)πx 2(4k − 1)π − 4 (4k − 1)πx
sen + sen
k=1
(4k − 3)2 π 2 2 (4k − 1)2 π 2 2
1
− sen (kπx)
kπ
2.b. O fato de fp ser função par já nos diz que fp só possui termos em
nπx ∞
a0 X nπx
cos e constante, ou seja + an cos , onde
2 2 n=1
2
1 2 1 2 nπx
Z Z
a0 = fp (x) dx e, para n > 0, an = fp (x) cos dx. Sendo o
2 −2 2 −2 2
produto de funções ı́mpares uma função par, obtemos a primeira igualdade
abaixo. Sendo fp uma extensão de f , que está definida em [0, 2], obtemos a
segunda: 1 2
62 2
Z 2 Z 1 Z 2
x2
Z
a0 = fp (x) dx = f (x) dx = x dx+ 1 dx = + x =
62 0 0 0 1 2
x=0 x=1
11
1 3 3
− 0 + 2 − 1 = ∴ a0 = e, analogamente para n > 0,
2 Z 2 2 2 Z 2
62 nπx nπx
an = fp (x) cos dx = f (x) cos dx =
Z 1 6 2 0 2
Z 2 0 2
nπx nπx
x cos dx + cos dx =
0 2 1 2
2 nπx 1 Z 1
2 nπx 2 nπx 2
x sen − sen dx + sen =
nπ 2 x=0 0 nπ 2 "nπ 2
x=1 #
nπx 1 ❍❍
2 nπ✟ ✟ 4 2 nπ 6 2 nπ✟✟
sen ✟✟ − 0 + 2 2 cos + sen ❍❍❍ − sen✟✟ 2
✟ =
nπ ✟✟ 2 nπ 2 x=0 nπ 6 2❍ ✟
❍
4 h nπ i 4 h nπ i
cos − cos (0) ∴ an = 2 2 cos − 1 , se n > 0. Mas:
n2 π 2 2 nπ 2
nπ 0, se n é ı́mpar;
cos = 1, se n é múltiplo de 4;
2
−1,
senão (ou seja, se n − 2 é múltiplo de 4). ∴
nπ −1, se n é ı́mpar;
cos −1 = 0, se n é múltiplo de 4;
2
−2, senão. Um modo de se escrever esta série é:
∞ ∞
3 X 4(−1) (2k − 1)πx X 4(−2) (4k − 2)πx
+ cos + cos =
4 k=1 (2k − 1)2 π 2 2 (4k − 2) 2π2 2
∞ k=1∞
3 X 4(−1) (2k − 1)πx X 4(−2)
+ 2 2
cos + cos ((2k − 1)πx) ∴
4 k=1 (2k − 1) π 2 k=1
4(2k − 1)2 π 2
∞
3 1 X 1 (2k − 1)πx
fp (x) ∼ − 2 4 cos + 2 cos ((2k − 1)πx)
4 π k=1 (2k − 1)2 2
62 2
Z nπx Z 1 nπx
bn = gi (x) sen dx = x2 sen dx, donde:
62 0 2 0 2
∞
X 16 − 8nπ sen (nπ/2) + (2n2 π 2 − 16) cos (nπ/2) nπx
gi (x) ∼ sen
n=1
n3 π 3 2
12
seguintes limites laterais:
lim− gi (x) = lim− g(x) = lim− x2 = 12 = 1 e
x→1 x→1 x→1
lim+ gi (x) = lim+ g(x) = lim+ 0 = 0, ou seja, ela converge para 1/2 em x = 1.
x→1 x→1 x→1
∞
2 a0
X n 6 πx
2.d. x2 é par. Logo, x ∼ + an cos . Calculando (exercı́cio),
2 n=1 6π
obtivemos
Z as respostas:2
1 π 2 2π
a0 = x dx = e, para todo natural n > 0,
π Z−π 3
1 π 2 4 cos (nπ) 4 (−1)n
an = x cos (nx) dx = = Daı́:
π −π n2 n2
∞
2 π 2 X (−1)n
x ∼ + 4 cos (nx)
3 n=1
n2
∞
X 1 π2
=
n=1
n2 6
13
2.k. Graças à observação no enunciado, já sabemos que a série de Fourier
desejada só possui coeficientes bn . Assim, em [0, 2π]:
∞
π−x X n 6 πx
∼ bn sen onde, para todo natural n > 0:
2 6 π
Z n=1
1 2π π − x −1 2π
Z
bn = sen (nπx) dx = x sen (nπx) dx (Por quê?). Inte-
π 0 2 2π 0
∞
π−x X 1
gre por partes e obtenha que bn = 1/n. Daı́: ∼ sen (nx).
2 n=1
n
∞ 2
1 2π π − x
Z
X 1
Do teorema de Parseval, segue-se que: 2
= dx =
n=1
n π 0 2
Z 2π 2π ∞
1 2 −1 3
2 × (−π 3 ) X 1 π2
(π − x) dx = (π − x) = ∴ =
4π 0 12π x=0 12π n=1
n2 6
3.a. [Nagle et al.] Seção 10.2, Exercı́cio 5. Manuscrito: Item 5.a no arquivo
“simulado 3-ps1-v1 0.pdf” de 2012.2.
3.d. [Nagle et al.] Seção 10.2, Exercı́cio 10. Manuscrito: Item 5.b no arquivo
“simulado 3-ps1-v1 0.pdf” de 2012.2.
14
utt + 4 u = uxx para 0 < x < 1 e t > 0,
8. u(0, t) = 0 = u(1, t) para t > 0,
ut (x, 0) = 0 e u(x, 0) = 12 sen(3 π x) − 8 sen(4 π x) para 0 < x < 1.
8.b. Das dicas fornecidas, o problema descrito por (1) e (3) tem soluções não-
nulas dadas pelos múltiplos não-nulos de Xn (x) = sen (µn x), autofunções do
autovalor −λn = −µ2n , onde µn = nπ para n inteiro positivo. Aplicando, a
(2), os valores λn encontrados para λ acima, obtemos a equação p caracterı́stica
r 2 + 4 + λn = 0 ∴ r 2 =p −(4 + λn ) = −(4 + µ2n ) < 0 ∴ r = ±i 4 + µ2n = ±i νn ,
denotando por νn = 4 + µ2n > 0 ∴ T (t) = A cos (νn t) + B sen (νn t) ∴
T ′ (t) = −νn A sen (νn t) + νn B cos (νn t). Da condição (4), temos que 0 =
T ′ (0) = νn [−A · 0 + B · 1] = νn B. Mas νn > 0 ∴ B = 0 ∴ T (t) = A cos (νn t),
e há soluções não-triviais, múltiplas não-nulas de Tn (x) = cos (νn t). Combi-
nando linearmente as soluções un (x, t) = Xn (x)Tn (t) para formarmos uma
série formal como limite de tais somas parciais, e assumindo a convergência
15
da série, temos a solução formal:
∞
X ∞
X √
u(x, t) = cn un (x, t) = cn sen (nπ x) cos 4+ n2 π 2 t .
n=1 n=1
∞
X
8.c. cn sen (nπ x) · 1 = u(x, 0) = sen(3 π x) − 8 sen(4 π x) ∴ cn = 0 para
n=1
todo n > 0 exceto c3 = 1 e c4 = −8. Logo:
√ √
u(x, t) = sen (3π x) cos 4 + 9π 2 t − 8 sen (4π x) cos 2 1 + 4π 2 t .
16