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PARECER – CONTRATO COMPRA E VENDA – ADELIA RODRIGUES NETO

Este parecer jurídico foi desenvolvido com o objetivo de analisar e


melhor orientar a contratante ADELIA RODRGUES NETO acerca da negociação
formalizada com a construtora SPE 11 PADRE PEREIRA GOIÂNIA LTDA
visando a aquisição da unidade imobiliária APT 307, Bloco 01, Residencial Padre
Pereira, Goiânia, Goiás.

Revisando a documentação enviada (Instrumento Particular de


Confissão de Divida, Demonstrativo de Pagamentos, Proposta de Compra e
venda, Contrato AGEHAB e Espelho de Financiamento Bancário) se chegou as
seguintes conclusões.

1. Para a aquisição da unidade imobiliária foi realizado a


contratação de serviço de corretagem, que foi devidamente prestado pelo
corretor Edson S. Filho, tendo sido realizado o pagamento de R$ 4.590,00. Não
havendo imperfeições na contratação.
2. Sobre o preço do imóvel, existe uma divergência entre o
valor apontado na Proposta de Compra e Venda e no Termo de Confissão Divida
assinado. Explico:
a. Na proposta de compra e venda, consta que para a
aquisição da unidade imobiliária preço do imóvel seria de R$
153.410,00. O valor seria pago mediante cheque Mais Moradia
no valor de R$ 15.000,00 e mais R$ 133.410,00 referente ao
financiamento bancário. Ainda deveria ser ressarcido à
construtora em 24 parcelas o valor gasto com ISTI e despesas
cartorárias no valor de R$ 3.781,88.
b. No termo de confissão de dívida, consta que para a
aquisição da unidade imobiliária preço do imóvel seria de R$
151.891,06. O valor seria pago mediante financiamento
bancário no valor de R$ 135.151,42 e o valor remanescente de
R$ 16.739,64, seria pago em 48 parcelas de R$ 276,33 e mais
24 parcelas de R$ 158,23(estas referente ao ressarcimento do
valor gasto com ISTI e despesas cartorárias.
3. Por fim, conforme as informações prestadas, o
financiamento bancário firmado encontra-se dentro dos limites aceitáveis para a
contratação de empréstimos imobiliários, os juros efetivos de 5% a.a (ao ano)
estão abaixo dos padrões de mercado e a forma de amortização ocorre pela
Tabela Price, onde as parcelas são constantes(não são decrescentes) no
período.
4. Pelas informações prestadas(espelho da caixa e
informações por ligação) já houve a aprovação do financiamento, a utilização do
FGTS da contratante e a liberação(ou programação de liberação) do valor do
financiamento para a construtora. Contudo, é necessária a confirmação junto à
CAIXA, de quanto foi o valor creditado do financiamento para a construtora. Com
as informações preliminares, pode ter sido liberado entre R$ 135.151,42 e
138.000,00
5. Ainda acerca do financiamento bancário, as cobranças
realizadas do FASE OBRA se referem aos juros pela antecipação da liberação
do financiamento para a construtora e eles podem variar conforme a evolução
da obra. Não é ilegal a sua cobrança do promissário comprador até que seja
entregue o imóvel, entretanto, ocorrendo o atraso na entrega o juros do FASE
OBRA devem ser custeados pela construtora.

Feitas todas as considerações se identificou que são


necessárias as seguintes providencias:

1. A confirmação, mediante cópia do contrato ou detalhamento


do financiamento bancário, de quanto foi o valor de crédito liberado para a
construtora;
2. A retificação do Termo de Confissão de Divida firmado para
que conste:
a. o valor recebido pela Construtora mediante o cheque
Mais Moraria da AGEHAB, no montante, de R$ 15.000,00;
b. realizado o desconto do valor recebido do cheque
Mais Moradia, que seja especificado qual o saldo devedor
pelo preço do imóvel que deve ser pago diretamente para a
construtora;
c. o valor correto que será recebido de financiamento
bancário;
3. Que seja confirmado no documento de Memorial Descritivo
do empreendimento qual o prazo para a entrega das obras, haja vista se a
informação de fundamental relevância para prevenir a compradora contra
injustificáveis atrasos.
Feitas todas as considerações, se espera que sejam atendidas as
recomendações apresentadas, e, sendo especifico na informação, que a
compradora seja compelida ao pagamento somente de:
1. O juros do FASE OBRA até que seja expedido o habite-se e as
parcelas do financiamento bancário para a CAIXA;
2. As 24 parcelas de R$ 158,23, a serem pagas para a imobiliária,
referente ao ressarcimento das despesas custeadas pela
construtora de ISTI e taxas cartorárias; e
3. No máximo o valor de R$ 1.739,64, referente ao valor
remanescente não paga pelo imóvel, contudo, caso tenha sido
liberado o valor de R$ 135.151,42 de crédito imobiliário pelo
financiamento bancário para a construtora.

Estamos à disposição para maiores esclarecimentos.

Goiania, 10 de setembro de 2020.

Atenciosamente,

Ana Cristina de Sousa Dias Marcos Antonio Dias Filho


OAB/GO 17.251 OAB/GO 57.908

MARCOS ANTONIO Assinado de forma digital


por MARCOS ANTONIO
DIAS
DIAS FILHO:70103514147
FILHO:7010351414 Dados: 2020.09.10
7 11:28:48 -03'00'

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