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Ação Monitória
Proc. n.º 55555-22.0000.9.10.0001
Autor: BANCO ZETA S/A
Ré: EMPRESA XISPA LTDA
EMBARGOS À MONITÓRIA
e
RECONVENÇÃO
1
[com pedido de tutela provisória de urgência]
essa aforada por BANCO ZETA S/A, instituição financeira de direito privado, estabelecida na
Rua Xista, nº
nº 000, em São Paulo(SP) – CEP 00.111-222, inscrita no CNPJ(MF) sob o n º
55.666.777/0001-88, com endereço eletrônico ficto@ficticio.com.br, o que faz em razão das
justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
I – INTROITO
8
De outro contexto, corroborando a afirmação supra-aludida, com o
propósito de demonstrar sua total incapacidade financeira de arcar com as despesas
processuais, a Embargante acosta pesquisa feita junto à Serasa, a qual atesta contra esta
pesam mais de 45 (quarenta e cinco) protestos e, mais, 7 (sete) cheques sem provisões de
fundos. (doc. 01) Outrossim, o balancete do último também demonstra que houve um prejuízo
de mais de R$ 135.000,00 (cento e trinta e cinco mil reais) . (doc. 02) Ademais, os extratos
bancários ora acostados, também demonstram saldo negativo há mais de 6(seis) meses.
(doc. 03/07)
8
Isso porque a procedência do pleito de cobrança imprescinde da
escorreita comprovação do an e quantum debeatur, pois se trata do fato constitutivo do direito
do credor, cujo ônus lhe incumbe nessa modalidade de demanda, a teor do art. 373, I, do
Estatuto Processual.
AÇÃO MONITÓRIA.
Contrato de abertura de conta corrente. Apelação cível 01. Recurso do banco.
Análise prejudicada ante o reconhecimento de inépcia da inicial. Com o provimento
do recurso de apelação 02 e o reconhecimento de inépcia da inicial, ante a ausência
de demonstrativo da evolução do débito, resta prejudicada a análise do recurso de
apelação. Apelação cível prejudicada. Apelação cível 02. Recurso dos embargantes.
Inépcia da inicial. Inexistência de demonstrativo claro e preciso do débito.
Instituição financeira que não demonstrou a evolução do débito. Documentos
juntados que não trazem a origem do saldo devedor. Súmula nº 247 do stj. Admite-
se a propositura de ação monitória com base em proposta de abertura de crédito
em conta corrente, acompanhada dos extratos desde a data em que o saldo passou
a ser negativo, sendo possível verificar a evolução do débito pretendido. (tjpr. 15ª
c.cível. AC. 1093298-0. Região metropolitana de maringá. Foro central de maringá.
Rel. : jucimar novochadlo. Unânime. J.18.12.2013).apelação cível conhecida e
provida. (TJPR; ApCiv 1356397-4; Rio Negro; Décima Quinta Câmara Cível; Rel. Des.
Shiroshi Yendo; Julg. 03/06/2015; DJPR 18/06/2015; Pág. 295)
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação monitória e embargos. Preliminar. Cerceamento de defesa do apelante diante
do julgamento antecipado da lide inocorrência. Parte autora que se manifestou
favoravelmente à época. Mérito. Extratos insuficientes para a instrução da petição
inicial. Inépcia configurada. Manutenção da sentença que julgou o feito sem
resolução do mérito redução dos honorários advocatícios. Não possibilidade. Verba
fixada adequadamente. Sentença mantida. Recurso de apelação conhecido e não
provido. (TJPR; ApCiv 1317152-7; Londrina; Décima Sexta Câmara Cível; Relª Desª
Maria Mercis Gomes Aniceto; DJPR 12/03/2015; Pág. 311)
8
AÇÃO MONITÓRIA. EMBARGOS. CONTRATOS DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA. DOCUMENTOS JUNTADOS NÃO CORRESPONDENTES ÀQUELES INDICADOS
NA INICIAL. AUSÊNCIA DE JUNTADA DOS EXTRATOS DE TODO O PERÍODO
RECLAMADO. INÉPCIA DA INICIAL CONFIGURADA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. MANUTENÇÃO. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. Embora seja possível o ajuizamento da ação monitória aparelhada por contrato
de abertura de crédito em conta, cumpre ao credor instruir a inicial com os
contratos correspondentes àqueles indicados e que seriam representativos da
dívida, bem como com os extratos bancários de todo o período reclamado, aptos a
demonstrar a evolução do débito. Não o fazendo, resta clara a inépcia da inicial. 2.
Negar provimento ao recurso. (TJMG; APCV 1.0479.08.141335-9/001; Rel. Des.
Domingos Coelho; Julg. 23/07/2014; DJEMG 31/07/2014)
2 – MÉRITO
Nesse sentido:
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação monitória. Contrato de abertura de conta corrente. Contrato de crédito.
Aplicação do CDC. Reconhecimento em primeiro grau. Ausência de interesse de
recorrer. Questão não conhecida. Contratação de juros. Elemento expresso no
contrato. Capitalização. Contrato de liberação de crédito com parcelas prefixadas.
Possibilidade de ciência em fase pré contratual. Cobrança de tac. Contrato anterior
a 2008. Possibilidade. Recurso repetitivo STJ. Contrato de seguro. Inexistência.
Cobrança de valores. Abusividade constatada. Presunção de má-fé. Violação dos
princípios da transparência e da legalidade. Devolução em dobro. Art. 42, parágrafo
único, do Código de Defesa do Consumidor. Juros moratórios. Termo inicial. Citação.
Entendimento STJ. Correção monetária. Termo inicial. Efetivo prejuízo. Súmula nº
43 STJ. Ônus sucumbenciais. Sucumbência mínima. Distribuição adequada. Recurso
8
parcialmente conhecido e, na parte conhecida, parcialmente provido. (TJPR; ApCiv
1293165-0; Curitiba; Décima Sexta Câmara Cível; Relª Juíza Conv. Vania Maria da S.
Kramer; Julg. 29/07/2015; DJPR 10/08/2015; Pág. 427)
CÓDIGO CIVIL
Art. 405 - Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
inicial.
8
Tratando-se de embargos à monitória, na qual a tese defensiva deve estar adstrita,
em regra, ao pagamento da dívida, a prova a ser produzida é, eminentemente,
documental. Assim, no caso em testilha, tem-se que a produção da prova oral
postulada pelo embargante mostrar-se-ia prescindível ao julgamento dos embargos.
Do mesmo modo, despicienda a realização de nova prova pericial, se aquela já
produzida pelo expert nomeado pelo juízo foi considerada suficiente ao deslinde da
controvérsia. Incidente, pois, a regra do art. 130 [CPC/2015, art. 370] c/c 131
[CPC/2015, art. 371], ambos do código de processo civil. Por força do princípio do
livre convencimento motivado do juiz, o julgador não está obrigado a examinar
todos os fundamentos legais apresentados pelas partes, tendo em vista que pode
decidir a causa de acordo com os motivos jurídicos necessários à sustentação de seu
convencimento, sendo-lhe facultado, desta maneira, indeferir a produção das
provas que entender dispensáveis ao julgamento do feito. Agravo retido
desprovido. Correção do valor cobrado. Com efeito, incontroversa nos autos a
existência de relação jurídica entre as partes, que, comumente, celebravam
contrato de compra e venda de combustíveis e lubrificantes. Ocorre que,
especificamente quanto às dívidas sub judice, havendo alegação de que foram
parcialmente quitadas, incumbia ao réu/embargante, por força do art. 333, II, do
CPC [CPC/2015, art. 373, inc. II], a comprovação do efetivo pagamento. Entretanto,
tendo a prova pericial produzida em juízo afastado a vinculação entre os
pagamentos já realizados e as notas fiscais que embasam a pretensão monitória - O
que, aliás, não restou minimamente demonstrado pelo réu/embargante -, impõe-se
o reconhecimento da exigibilidade dos débitos. Atualização dos valores objeto da
repetição. Tendo em vista que a correção monetária não configura aumento no
valor da condenação, em razão de sua função precípua de resguardar a identidade
da moeda da inflação existente no país no período reclamado, deve aquela incidir
sobre os valores a serem pagos, desde a emissão de cada nota. No entanto,
estando-se diante de relação contratual, o dies a quo de incidência dos juros de
mora dá-se com base no art. 405 do Código Civil, nos termos do qual: "contam-se os
8
juros de mora desde a citação inicial. ". Deste modo, os embargos à monitória
devem ser providos no ponto, uma vez que a embargada aplicou, no cálculo que
instrui a exordial, juros moratórios a contar da entrega de cada mercadoria. Art. 940
do CC. Tratando-se de demanda monitória, na qual foi reconhecida a exigibilidade
da integralidade das notas fiscais que a lastreiam, não há que se fal do diploma civil,
posto que ausente pedido de cobrança judicial de dívida já paga. Precedentes desta
corte. Ônus sucumbenciais. Com a reforma da decisão, faz-se necessário o
redimensionamento dos ônus sucumbenciais, os quais serão distribuídos
proporcionalmente entre as partes, na forma do art. 21 do CPC [CPC/2015, art. 86].
Negaram provimento ao agravo retido e deram parcial provimento ao apelo.
Unânime. (TJRS; AC 0256592-51.2015.8.21.7000; São Gabriel; Vigésima Câmara
Cível; Rel. Des. Dilso Domingos Pereira; Julg. 29/07/2015; DJERS 10/08/2015)
8
É consabido que a cláusula de capitalização, por ser de
importância crucial ao desenvolvimento do contrato, ainda que ajuste eventualmente existisse
nesse pacto, deve ser redigida de maneira a demonstrar exatamente ao contratante do que se
trata e quais os reflexos gerarão ao plano do direito material.
8
desses contratos, podendo a vir ser punido se descumprir este dever tentando
tirar vantagem da vulnerabilidade do consumidor.
(...)
O importante na interpretaçã o da norma é identificar como será
apreciada ‘a dificuldade de compreensã o’ do instrumento contratual. É notó rio
que a terminologia jurídica apresenta dificuldades específicas para os nã o
profissionais do ramo; de outro lado, a utilizaçã o de termos atécnicos pode
trazer ambiguidades e incertezas ao contrato. “ (MARQUES, Clá udia Lima.
Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o novo regime das relações
contratuais. 6ª Ed. Sã o Paulo: RT, 2011. Pá g. 821-822)
Por esse norte, a situação em liça traduz uma relação jurídica que,
sem dúvidas, é regulada pela legislação consumerista. Por isso, uma vez seja constada a
onerosidade excessiva e a hipossuficiência do consumidor, resta autorizada a revisão das
cláusulas contratuais, independentemente do contrato ser "pré" ou "pós" fixado.
8
No entanto, na hipótese fere a boa-fé objetiva prevista no Código
de Defesa do Consumido. De regra, nessas situações, há uma relação de consumo firmada
entre banco e mutuário. Destarte, resta comprometido o dever de informação ao consumidor
no âmbito contratual, maiormente à luz dos ditames dos artigos 4º, 6º, 31, 46 e 54 do CDC.
8
Recurso do autor conhecido e parcialmente provido. Recurso do réu conhecido e
improvido. (TJSC; AC 2014.022245-8; Trombudo Central; Quinta Câmara de Direito
Comercial; Rel. Des. Cláudio Barreto Dutra; Julg. 19/03/2015; DJSC 30/03/2015; Pág.
234)
8
PEDIDO INICIAL E A FORMAÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL, POIS HÁ
PERFEITAS CONDIÇÕES PARA QUE A PARTE ADVERSA EXERÇA O CONTRADITÓRIO
E A AMPLA DEFESA, UMA VEZ QUE AS QUESTÕES DEBATIDAS NOS EMBARGOS À
EXECUÇÃO ERAM TÃO SOMENTE QUANTO AOS JUROS REMUNERATÓRIOS E
ACERCA DA CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA DE JUROS. ADEMAIS, EM QUE PESE NÃO
TENHA SIDO JUNTADO AOS AUTOS DESTES EMBARGOS O DOCUMENTO
APONTADO PELO APELANTE/EMBARGADO, TAL PODE SER ENCONTRADO NOS
APENSOS AUTOS DE EXECUÇÃO, MOTIVO PELO QUAL SOMENTE COM O
DESAPENSAMENTO DO PROCESSO ORIGINÁRIO É QUE A FALTA DA CÉDULA DE
CRÉDITO BANCÁRIO PODERIA COMPROMETER O DESENVOLVIMENTO DESTES
EMBARGOS. CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA DE JUROS. AFASTADA. ONEROSIDADE
EXCESSIVA.
1. No que tange à capitalização de juros, a periodicidade diária, no caso
contratualmente prevista, revela-se abusiva, por implicar ônus excessivo para a
contratante em flagrante desequilíbrio contratual. 2. No caso, observa-se que a taxa
anual (179,11%) supera o duodécuplo da taxa mensal (8,93%), o que demonstra a
efetiva previsão de capitalização mensal de juros. Admitida, pois, a capitalização
mensal. Rejeitaram a preliminar e proveram, em parte, o recurso de apelação.
(TJRS; AC 0421342-07.2014.8.21.7000; Santana do Livramento; Décima Quinta
Câmara Cível; Relª Desª Adriana da Silva Ribeiro; Julg. 17/12/2014; DJERS
22/01/2015)
8
causando desequilíbrio na relação jurídica. E não cabendo substituir a capitalização
diária pela mensal, de se determinar sua incidência anual, legalmente prevista (art.
591, CC). 3. A validade da cláusula que estipula comissão de permanência, dependia
de sua não cumulação com outros encargos de mora, consoante entendimento
consolidado pelo STJ, com repercussão geral da matéria (RESP 1.063.343/RS).
Invalidade verificada. 4. Recurso do autor provido, desprovido o do réu. (TJSP; APL
0155060-40.2012.8.26.0100; Ac. 7161828; São Paulo; Décima Quarta Câmara de
Direito Privado; Rel. Des. Melo Colombi; Julg. 06/11/2013; DJESP 18/02/2015)
CÓDIGO CIVIL
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente,
restritivamente, e por ela não se transmitem,
apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Se no seu caso não existir a cláusula de capitalização diária, insira os fundamentos abaixo
elencados:
8
improvido. (STJ
(STJ - AgRg-REsp 1.423.475; Proc. 2013/0401171-1; SC; Terceira Turma;
Rel. Min. Sidnei Beneti; DJE 13/03/2014)
8
Há muito tempo a incidência de encargos contratuais atrelados à
CETIP já foram considerados ilegais, senão vejamos:
STJ, Súmula 176 - É nula a cláusula que sujeita o devedor à taxa de juros divulgada
pela ANDIB/CETIP.
8
A simples prorrogação do prazo de pagamento da cédula rural pignoratícia, sem a
assinatura dos avalistas no aditivo, não afasta a sua legitimidade. O oferecimento de
nova causa de pedir em sede de apelação constitui afronta ao princípio da
estabilidade objetiva da demanda. Preliminar de inépcia da petição inicial. A petição
inicial preencheu os requisitos do art. 282 do CPC [ CPC/2015, art. 319]. Importa
vencimento de cédula de crédito rural independentemente de aviso ou interpelação
judicial ou extrajudicial, a inadimplência de qualquer obrigação convencional ou
legal do emitente do título ou, sendo o caso, do terceiro prestante da garantia real
(art. 11 do Decreto-Lei n. 167/1967). Preliminar rejeitada cláusula abusiva.
Certificados de depósito interbancário - CDI. Vedada a incidência do CDI como
indexador. Inteligência da Súmula nº 176 do STJ. Descaracterização da mora. O
reconhecimento da abusividade contratual implica descaracterização da mora.
Excesso de execução. A revisão de cláusulas abusivas da cédula de rural pignoratícia
que embasa a execução não acarreta iliquidez do título executado, porquanto
possível a adequação do valor da execução ao montante apurado nestes embargos.
Ônus da sucumbência. Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão
recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários
e as despesas. Manutenção da distribuição dos ônus da sucumbência definidos na
sentença. Apelação dos embargantes parcialmente provida. Apelação do
embargado desprovida. (TJRS; AC 0417426-62.2014.8.21.7000; Tapejara; Décima
Nona Câmara Cível; Rel. Des. Marco Antonio Angelo; Julg. 11/06/2015; DJERS
16/06/2015)
CÓDIGO CIVIL
Art. Art. 394 - Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o
credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção
estabelecer.
Art. 396 - Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em
mora
8
permanência desde que pactuada e não cumulada com juros remuneratórios, juros
moratórios, correção monetária e/ou multa contratual. 6. Reconhecida a
abusividade dos encargos exigidos no período de normalidade contratual,
descarateriza-se a mora. 7. A repetição simples e/ou compensação dos valores
pagos a maior, nos contratos bancários, independe da prova de que o devedor
tenha realizado o pagamento por erro. 8. A abstenção da inscrição/manutenção em
cadastro de inadimplentes, requerida em antecipação de tutela e/ou medida
cautelar, somente será deferida se, cumulativamente: a) a ação for fundada em
questionamento integral ou parcial do débito; b) houver demonstração de que a
cobrança indevida se funda na aparência do bom direito e em jurisprudência
consolidada do STF ou STJ; c) houver depósito da parcela incontroversa ou for
prestada a caução fixada conforme o prudente arbítrio do juiz. 9. O reexame de
fatos e a interpretação de cláusulas contratuais em Recurso Especial são
inadmissíveis. 10. Recurso Especial parcialmente conhecido e provido. (STJ
(STJ - REsp
1.430.348; Proc. 2014/0008686-5; RS; Relª Minª Nancy Andrighi; DJE 14/02/2014)
8
“ Reconhecido o abuso do direito na cobrança do crédito, resta
completamente descaracterizada a mora solvendi.
solvendi. Muito pelo contrá rio, a mora
será do credor, pois a cobrança de valores indevidos gera no devedor razoá vel
perplexidade, pois nã o sabe se postula a purga da mora ou se contesta a açã o. “
(FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Obrigações.
Obrigações. 4ª
Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. Pá g. 471)
8
( os destaques são nossos )
8
Perceba que no pacto há estipulação contratual pela cobrança de
comissão de permanência com outros encargos moratórios, os quais devem ser afastados
pela via judicial.
8
APELAÇÃO CÍVEL.
Embargos à execução. Feito extinto sem julgamento do mérito. Memória de cálculos
não juntada quando da oposição dos embargos. Excesso de execução que não é
fundamento principal ou único da defesa. Pleitos de nulidade da execução e de
remissão ou liquidação da dívida. Inaplicabilidade do artigo 739-a, § 5º, do código
de processo civil [CPC/2015, art. 917, §5º]. Desconstituição da sentença que se
impõe. Precedentes. Apelo conhecido e provido. (TJRN; AC 2013.000649-7; Acari;
Segunda Câmara Cível; Relª Desª Judite de Miranda Monte Nunes; DJRN
01/07/2015)
RESPEITANTE À RECONVENÇÃO
(REPETIÇÃO DE INDÉBITO)
8
I – FATOS e FUNDAMENTOS JURÍDICOS (CPC, art. 702, § 1º
1º c/c § 6º)
II – TEMPESTIVIDADE
8
A propósito vejamos o seguinte julgado:
8
APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO ORDINÁRIA.
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CÉDULAS RURAIS PIGNORATÍCIAS. REAJUSTE
MONETÁRIO APLICADO AO SALDO DEVEDOR. DIFERENÇA DE ÍNDICE
INFLACIONÁRIO APLICADO DECORRENTE DE PLANO ECONÔMICO. PRELIMINAR DE
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO REJEITADA.
O Superior Tribunal de Justiça firmou posicionamento no sentido de admitir a
revisão de contratos extintos e/ou quitados, sob pena de convalidar-se o nulo.
Trata-se de entendimento sumulado por esta corte através do enunciado nº 36.
Prescrição. Ação de natureza pessoal. Prescreve em vinte anos (art. 177), na
vigência do Código Civil/1916 e em dez anos (art. 205), na vigência do Código
Civil/2002, a pretensão de repetição de indébito nas ações baseadas em cédula rural
com previsão de reajuste monetário pelo índice de correção das cadernetas de
poupança. O termo inicial do prazo prescricional inicia-se do vencimento do
contrato. Repetição de indébito. Possibilidade. Cédula rural pignoratícia com
previsão contratual de correção do saldo devedor financiado pelo índice de reajuste
monetário fixado para a remuneração dos depósitos em caderneta de poupança. Na
medida em que, em virtude dos planos econômicos vigentes à época, foi aplicado
índice diverso ao previsto, mostra-se devida a repetição dos valores pagos a maior
na forma simples. Março 1990. Aplicação do BTNF (41,28%). Desnecessidade da
prova do pagamento em erro. Juros remuneratórios. Limitação em 12% ao ano.
Tendo em vista que até o presente momento não houve deliberação por parte do
Conselho Monetário Nacional acerca da limitação dos juros remuneratórios nas
cédulas de crédito rural, mostra-se cabível a limitação prevista pela Lei de Usura.
Precedentes do STJ e desta corte. Correção monetária e juros de mora. Repetição
de indébito reconhecida, devendo incidir sobre os valores correção monetária, pelo
IGP-m, a partir da cobrança indevida e juros de mora, a contar da citação.
Sucumbência redefinida. Preliminar afastada. Recurso de apelação desprovido.
Apelo adesivo provido. (TJRS; AC 0167877-33.2015.8.21.7000; Tapejara; Décima
8
Quinta Câmara Cível; Relª Desª Ana Beatriz Iser; Julg. 29/07/2015; DJERS
07/08/2015)
8
que transferiu o pagamento da corretagem indevidamente ao consumidor, com
pedido de aplicação da sanção civil consubstanciada na repetição do indébito, à
míngua de prazo específico no CDC e no Código Civil, deve-se aplicar o prazo
prescricional geral (subsidiário) previsto no art. 205 do Código Civil (decenal). A
mesma inteligência tem lugar em relação à repetição do indébito referente à taxa
de contrato, indevidamente cobrada do consumidor. 4. A repetição de indébito da
comissão de corretagem e da. Taxa de contrato. Se dará na forma simples, corrigida
a partir do desembolso, quando o pagamento se mostrar indevido e não for
comprovada a má-fé. 5. A propositura de ação civil pública pelo ministério público
contra a construtora não se enquadra como excludente de responsabilidade
consubstanciada no caso fortuito, notadamente quando se extrai dos autos que a
demanda decorre da ausência de apresentação de documentos necessários para a
realização da obra, de grande envergadura e com potencial de ocasionar danos, se
não obedecida, na íntegra, a legislação de regência. 6. Os lucros cessantes têm
natureza compensatória, consistentes, no caso, naquilo que a parte autora
razoavelmente deixou de lucrar. Embora, em regra, seja necessária a comprovação
dos lucros cessantes para o acolhimento do pedido referente a esse prejuízo, tem-
se reconhecido a presunção de dano ao comprador nas hipóteses em que a entrega
de imóvel adquirido na planta não ocorre dentro do prazo contratualmente
estipulado, uma vez que, seja pela necessidade de pagamento para moradia em
outro local, seja pela impossibilidade de usufruir do bem para fins de locação, o
comprador encontra-se em prejuízo presumido. 7. Sendo parcialmente provido o
recurso da parte autora, de modo que, ao se cotejar os pedidos deduzidos na inicial
com o resultado do julgamento, verifica-se a ocorrência de sucumbência mínima,
tem incidência o parágrafo único do art. 21 do código de processo civil [CPC/2015,
art. 86], em vista de atribuir-se, integralmente, os ônus da sucumbência à parte ré.
8. Recurso de apelação da parte ré conhecido e desprovido. Recurso de apelação da
parte autora conhecido, prejudicial de mérito (prescrição) afastada e, na forma do
art. 515, §3º, do CPC [CPC/2015, art. 1.013, § 3º], julgado parcialmente procedente
8
o pedido, recurso parcialmente provido. Sentença parcialmente reformada. (TJDF;
Rec 2014.01.1.176770-2; Ac. 883.888; Terceira Turma Cível; Rel. Des. Alfeu
Machado; DJDFTE 05/08/2015; Pág. 189)
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação ordinária de ilegalidade de cobrança de valores cumulada com revisão
contratual com pedido de repetição de indébito e indenização. Agravo retido:
inversão do ônus da prova. Impropriedade da via recursal eleita. Questão que
deveria ter sido alegada por meio de agravo de instrumento face a urgência de sua
apreciação. Agravo retido não conhecido neste ponto. Inépcia da inicial. Pedido
genérico. Não verificação. Ausência interesse de agir. Inocorrência. Possibilidade de
solicitação dos documentos. Prescrição. Ação de natureza pessoal. Prazo
prescricional vintenário para o período de aplicação da legislação anterior (cc/1916)
e decenário para o período de aplicação da Lei atual (cc/2002), conforme regra de
transição prevista no art. 2.028 do cc/2002.agravo retido parcialmente conhecido e
não provido. Apelação: cobrança de tarifas. Necessidade de autorização contratual.
Repetição de indébito. Pedido de aplicação da taxa selic. Inviabilidade. O indébito
deve ser atualizado por índice que efetivamente represente a desvalorização da
moeda, além de juros moratórios legais. Recurso de apelação conhecido e não
provido. (TJPR; ApCiv 1389839-8; Londrina; Décima Sexta Câmara Cível; Rel. Des.
Celso Jair Mainardi; Julg. 22/07/2015; DJPR 05/08/2015; Pág. 587)
8
Cuidando-se de trato sucessivo, como na espécie, ainda que não aceita
a tese ora sustentada de ausência dos efeitos da prescrição, temos que essa somente
ocorreria a cada amortização (pagamento) eventualmente sujeita a prescrição.
8
De primeiro plano, há de ser levada em conta que o Código de
Defesa do Consumidor incide na análise desta relação contratual bancária. ( STJ – Súmula
297). Por esse norte, a aludida legislação não pede a demonstração de prova de erro para
fins de repetição de indébito.
8
os apelos. Unânime. (TJRS; AC 0237559-75.2015.8.21.7000; Caxias do Sul; Vigésima
Câmara Cível; Rel. Des. Dilso Domingos Pereira; Julg. 29/07/2015; DJERS
10/08/2015)
Art. Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
8
Acerca do tema do tema em espécie, é do magistério de José
Miguel Garcia Medina as seguintes linhas:
“. . . sob outro ponto de vista, contudo, essa probabilidade é vista como requisito,
no sentido de que a parte deve demonstrar, no mínimo,
mínimo, que o direito afirmado é
provável (e mais se exigirá, no sentido de se demonstrar que tal direito muito
provavelmente existe, quanto menor for o grau de periculum.
periculum. “ (MEDINA, José
Miguel Garcia. Novo código de processo civil comentado ... – São Paulo: RT, 2015, p.
472)
(itálicos do texto original)
“4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência: fumus boni iuris: Também é
preciso que a parte comprove a existência da plausibilidade do direito por ela
afirmado (fumus
(fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar a eficácia do
processo de conhecimento ou do processo de execução...” (NERY JÚNIOR, Nélson.
Comentários ao código de processo civil. – São Paulo: RT, 2015, p. 857-858)
(destaques do autor)
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VI – PEDIDO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS E INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA
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(TJMG; APCV 1.0145.13.000329-9/001; Rel. Des. Leite Praça; Julg. 26/02/2015;
DJEMG 10/03/2015)
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III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e
preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
b) que a Reconvinda seja instada a apresentar em Juízo, no prazo da defesa, todos documentos
contábeis e/ou extratos que comprovem toda a evolução dos pagamentos efetuados pelo
Reconvinte;
VII - EM CONCLUSÃO
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Em arremate, requer o Embargante-Reconvinte que Vossa
Excelência se digne de:
( ii ) o Reconvinte opta pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc.
VII), razão qual requer a intimação da Reconvinda, por seu patrono, instando-a a
comparecer à audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput);
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( b ) reduzir os juros remuneratórios à taxa média do mercado, apurado no
período do pagamento das parcelas;
( ii ) protesta provar o alegado por toda espécie de prova admitida (CF, art. 5º, inciso
LV), nomeadamente pelo depoimento do representante legal da Reconvinda (CPC,
art. 75, inciso VIII), oitiva de testemunhas a serem arroladas opportuno tempore,
tempore,
juntada posterior de documentos como contraprova, perícia contábil(com ônus
invertido), exibição de documentos, tudo de logo requerido;
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Atribui-se à reconvenção o valor R$ 450.000,00 (quatrocentos e
cinquenta mil reais), correspondente ao valor do contrato, na forma do que rege o art. 292,
caput c/c inc. II, do Código de Processo Civil.