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Fundações e Geotecnia
Alessander Kormann
Maio/2011
Estrutura do Curso
Investigações geotécnicas
Aspectos executivos de fundações
profundas
Critérios usuais de dimensionamento
geotécnico
Controle de qualidade e verificação de
desempenho: casos de obras
Interação Fundação-Estrutura
Investigações
Geotécnicas
Incertezas em Obras de
Solos e Fundações
• Investigação do sub-solo
• Parâmetros de projeto
• Métodos de cálculo
• Cargas
• Qualidade da execução
Investigação Geotécnica -
Objetivos
• Identificar a disposição e o tipo dos
solos envolvidos no problema
• Identificar a posição do nível d’água
• Avaliar a resistência, compressibilidade
e permeabilidade dos solos
• Estabelecer um perfil geológico-
geotécnico para o terreno
Métodos Usuais de
Investigação
• Coleta de amostras em poços ou com
trados
• Sondagem a percussão (SPT)
• Ensaio de cone (CPT / CPTU)
• Ensaio de palheta (Vane Test)
• Sondagem rotativa
Sondagem a percussão – SPT
(Standard Penetration Test)
45 cm
15 cm 15 cm 15 cm
15 cm 15 cm
15 cm
Resultado N 5 + 7 = 12 golpes
Luva de atrito
(150 cm2)
fs Ponteira
instrumentada
(células de
carga,
Elemento poroso
u2 transdutores)
4 4 4 4
8 8 8 8
12 12 12 12
16 16 16 16
20 20 20 20
24 24 24 24
28 28 28 28
32 32 32 32
36 36 36 36
40 40 40 40
Ensaio de Palheta – Vane Test
12
3 Argila
11
9
10 4 Argila siltosa – argila
1
3 10 Areia grossa – areia
2
11 Solo fino duro*
0
0,1 12 Areia – areia argilosa*
0 1 2 3 4 5 6 7 8 * Sobre-adensado ou cimentado
Razão de Atrito - FR (%)
Estacas:
elementos estruturais esbeltos, instalados por
cravação ou perfuração, com a finalidade de
transmitir cargas ao terreno pelo fuste e/ou pela
ponta.
Mecanismos de Funcionamento
Vibração
– Moldadas in loco
Escavadas sem revestimento
Escavadas com revestimento
Hélice-contínua
Estacas apiloadas
Estacas Pré-Fabricadas –
Estacas de Concreto
Desafios Executivos:
Tempo de cura
– Variações locais do comprimento dos elementos –
arrasamento ou prolongamento
– Quebras durante a manipulação e cravação
– Problemas em solos com matacões ou pedregulhos;
solos com alternância de camadas moles e duras
– Produção de vibração
– Custo e tempo para emendas
– Cravação insuficiente (cuidados com a nega, eficiência
do martelo)
– Solos mais resistentes: “levantamento”
Estacas Pré-Fabricadas -
Metálicas
Estacas Pré-Fabricadas -
Metálicas
Riscos:
– estrangulamento do fuste, por
“invasão” de solo
– formação de vazios durante a
retirada do tubo
Vantagens:
Aplicações:
• estacas com atrito lateral elevado presença
de obstáculos, entulho
• pouco espaço em “planta” e “pé-direito”
• grandes esforços horizontais
• reforço de fundações
• estruturas off-shore
Estacas Hélice Contínua
Vantagens:
- Produtividade elevada (250 m/dia)
- Processo executivo não expõe o solo a “céu aberto”
- Possibilidade de monitoração da execução
- Adaptável à maioria dos solos, exceto matacões e
rocha
- Ausência de vibrações
Desvantagens:
- Custo de mobilização
- Equipamento de grande porte
- Armadura: colocação problemática
- Central de concreto próxima
- Necessária limpeza do solo extraído
- Riscos de estrangulamento do fuste em solos moles
- Rapidez na execução pode dificultar a identificação de
falhas
Dimensionamento
de Fundações
Profundas
Capacidade de Suporte do
Terreno
P P
R
d
PR
P
Rl cs
Atrito 3 13
lateral qc 4 17
5 9
6 18
Décourt-Quaresma
Atrito lateral (tf/m2) = NSPT Médio / 3 + 1 7 15
8 17
Resistência de ponta
Tipo de solo k (MPa) (%)
Areia 1,00 1,4
Areia siltosa 0,80 2,0
Areia silto-argilosa 0,70 2,4
Areia argilosa 0,60 3,0
Areia argilo-siltosa 0,50 2,8 - fs = qc
Silte 0,40 3,0
Silte arenoso 0,55 2,2
- Quando não se
Silte areno-argiloso 0,45 2,8 dispõe do ensaio de
Silte argiloso 0,23 3,4 cone qc = K N
Silte argilo-arenoso 0,25 3,0
Argila 0,20 6,0
Argila arenosa 0,35 2,4
Argila areno-siltosa 0,30 2,8
Argila siltosa 0,22 4,0
Argila silto-arenosa 0,33 3,0
12
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
N SPT
Controle de
Qualidade de
Fundações
Técnicas usuais
UNIDADE PORTÁTIL:
AQUISIÇÃO E
VISUALIZAÇÃO DOS
SINAIS
ACELERÔMETRO
MARTELO
PIT - Princípio Físico
E
c
T c T (s)
v (cm/s) L
2
ESTACA L (m)
Interpretação
ESTACA
ÍNTEGRA
Exemplo – Estaca Hélice-Contínua
Íntegra
cm/s 6: # 89 MA: 5.00
0.30
MD: 1.80
LE: 9.10
W S: 4000
0.15 LO: 0.53
HI: 0.00
PV: 0
T1: 32
0.00
T1 Toe
-0.15
Vel
F/Z
0 5m
Interpretação
ESTACA COM
REDUÇÃO DE
IMPEDÂNCIA
Interpretação
T1 Toe
-0.50
Vel
F/Z
0 5m
T1 Toe
-0.15
Vel
F/Z
0 5m
T1 Toe T1 Toe
-0.30 -0.30
Vel Vel
F/Z F/Z
0 5m 0 5m
T1 Toe T1 Toe
-0.30 -0.30
Vel Vel
F/Z F/Z
0 5m 0 5m
Estacas com
alargamentos, concreto
em bom estado
Perfil geotécnico simplificado
0,0 m
1,8 m
PIT - Vantagens
Simplicidade de execução → muitas vezes o PIT é a
única alternativa prática de verificar a integridade
Estando as estacas preparadas, pode-se ensaiar mais de
50 elementos em um dia → custo reduzido
Qualquer estaca pode ser selecionada para ensaio
Ensaio não-destrutivo → a totalidade de um
estaqueamento pode ser avaliada
A execução do PIT interfere pouco com os demais
serviços do canteiro de obras
Facilidade de operação em condições desfavoráveis
Aplicações especiais: pesquisa do comprimento de
fundações antigas ou confirmação de comprimentos
PIT - Limitações
Energia do golpe se dissipa (atrito lateral) →
comprimento que pode ser avaliado limitado a ~ 30
diâmetros
Arrasamento inadequado produz anomalias nos sinais
Presença de emendas gera interferências, podendo
impedir a avaliação de todos os segmentos
Variações bruscas de impedância dificultam a análise →
exemplo típico: estacas raiz
Aplicação limitada em estacas metálicas
O PIT pode não detectar:
danos de pequena extensão em relação ao
comprimento do pulso
variações graduais de impedância
danos próximos à ponta da estaca
Limitações
O ensaio identifica variações de impedância (não é
possível dissociar seção transversal de módulo)
Apesar de sua simplicidade operacional, a
interpretação dos sinais pode se tornar bastante
complexa
Variações de atrito lateral produzem reflexões → é
importante comparar a tendência dos sinais com o
perfil geotécnico
O PIT não permite uma quantificação precisa das
variações de impedância
A análise dos sinais pode indicar “danos” que, na
realidade”, não comprometem a utilização da
estaca → é importante considerar o padrão dos
sinais da obra e o “histórico” da execução
Conclusões
A verificação da integridade de uma
fundação profunda não é uma tarefa
simples
Muitas vezes o PIT se constitui na única
maneira prática de se avaliar o estado
físico de um estaqueamento
O entendimento das vantagens e
limitações da ferramenta é fundamental
para que seu potencial seja
devidamente explorado
Conclusões
• Ensaios Cross-Hole /
Tomografia: 26 estacas
Transmissor Receptor
Calcula-se a velocidade de
propagação da onda no concreto
Depth encoder
D E F E I T O !!!
Tubos não-
paralelos
In Situ Geotecnia
barra dos coqueiros
E31-M02 E31-M02 E31-M02 E31-M02 E31-M02 E31-M02
1-2 1-2 2-3 2-3 3-4 3-4
L=34,40,34,37 meters L=34,40,34,37 meters L=34,40,34,37 meters L=34,40,34,37 meters L=34,40,34,33 meters L=34,40,34,33 meters
Spacing=0,710 m Spacing=0,710 m Spacing=0,680 m Spacing=0,680 m Spacing=0,660 m Spacing=0,660 m
Gain=1215 Gain=1215 (x1) Gain=1215 Gain=1215 (x1) Gain=1215 Gain=1215 (x1)
26/05/2005 14:24 26/05/2005 14:24 26/05/2005 14:35 26/05/2005 14:35 26/05/2005 14:43 26/05/2005 14:43
W avespeed (m/sec) Time (ms) W avespeed (m/sec) Time (ms) W avespeed (m/sec) Time (ms)
0 4000 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0 4000 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0 4000 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
0
0
5
5
10
10
10
10
10
10
15
15
15
15
15
15
Depth (meters)
Depth (meters)
Depth (meters)
Depth (meters)
Depth (meters)
Depth (meters)
20
20
20
20
20
20
25
25
25
25
25
25
30
30
30
30
30
30
34,20 34,22 34,21
• Estática
• Dinâmica
Prova de Carga
Estática
Provas de Carga Estáticas
Caso de obra – Estaca cravada 50 cm
Pr ova de Car ga Ver t ical - Compr essão
Est aca T EST E E3 / 2 - Ár ea 0 2
PCV-0 2
10
D esl ocam en t o ( m m )
15
20
25
30
35
250
Car ga Ap l i cada ( kN)
200
150
100
50
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
Ro t ação n o T o p o ( º )
Ponte Rio Negro
Ponte
Rio Negro
Rio Solimões
128
129
Execução: Consórcio Rio Negro (Camargo
Correa e Construbase)
Extensão Total: 3,6 km
Vão Central: 2 x 200 m
Quantidade de pilares: 74
Quantidade de estacas: 261
Estacas escavadas com diâmetros de 220 /
200 cm diameter, comprimento 75 m
Cargas de Trabalho: 18 MN
130
131
132
133
Load (kN)
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
0,0
20,0
40,0
60,0
100,0
Pile Test - A39
120,0
140,0
160,0
180,0
200,0
220,0
134
135
Ensaio de
Carregamento
Dinâmico
Ensaio de Carregamento Dinâmico (PDA)
6000
5000
Resistência total (kN)
Resistência não-drenada
4000
Décourt e Quaresma (1978), Décourt (1996)
Bustamante e Gianeselli (1982)
BP-1A
3000 BP-1B
BP-2A
BP-2B
2000 BP-3B
1000
0
20 30 40 50 60 70
Diâmetro real médio (cm)
Kormann (2002)
Estacas Hélice Contínua
10 10
Deslocamento (mm)
20 20
30 30
Prova de Carga
Estática
40 40 CAPWAP
(a) (b)
50 50
Figura 6. Resultados das provas de carga estáticas e das simulações do programa CAPWAP, para as estacas
CFA-1 (a) e CFA-2 (b). Kormann et al. (2000)
Limitações do Ensaio de Carregamento Dinâmico
SUPERESTRUTURA
Superfície Terreno
S=F
SOLICITAÇÃO (Força Reativa) Fonte: Prof. Aoki
SOLICITAÇÃO
40 20 40
SOLICITAÇÃO DEPENDE DA
INTERAÇÃO SOLO ESTRUTURA
Fonte: Prof. Aoki
EQUILÍBRIO DA FUNDAÇÃO
S=F
elemento isolado SUPERESTRUTURA
fundação superfície terreno
maciço
R=F indeformável
(reação de apoio)
Fonte: Prof. Aoki
SOLICITAÇÃO E RESISTÊNCIA ELEMENTO ISOLADO
Q1 Q2Ri
Q Si
Ri
Cs,i = R i / S i > 1 ( coef. segurança elemento isolado )
Fonte: Prof. Aoki
SOLICITAÇÃO E RESISTÊNCIA DA FUNDAÇÃO
Si Sn
S3 S4
S1
S2
R1 R2 R3 Ri
R4 Rn
Grupo elementos isolados
ESTATÍSTICA DE SOLICITAÇÕES E RESISTÊNCIAS
Fonte: Prof. Aoki
Interação Solo x Estrutura
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
N SPT
2 2
4 4
Profundidade (m)
Profundidade (m)
6 6
8 8
10 10
12 12
Fonte: Prof. Alessander
350
300 B25T4
Loop1
Loop2
250
Gsec (MPa)
200
Carga (kN)
100
0
50 2
0 4
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45
Recalque
6
(cm)
2.5
8
2
10
1.5
12
G/G0,1
14
1
0.5
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45
Deformação de cavidade (%)
alessander@fugroinsitu.com.br
alessander@ufpr.br