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LEME/SP
NOVEMBRO/2020.
SUMÁRIO.
Introdução....................................................................................................................4
1. Negociação e gestão de conflitos de segurança....................................................5
2. Gestão de risco e desastres em defesa civil..........................................................6
3. Consultoria em segurança......................................................................................9
4. Direito, proteção e inclusão social.........................................................................10
5. Tecnologias aplicadas ao sistema de segurança..................................................12
Conclusão..................................................................................................................14
Referências................................................................................................................15
INTRODUÇÃO.
.
A Constituição Federal garante a todos os brasileiros diversos direitos e
garantias, entre os quais estão a moradia e a segurança, temas esses muitas vezes
deixado de lado pelo poder público permitindo assim que diversas pessoas fiquem
em situação precária, como os sem tetos e moradores de rua.
Nesse trabalho, será abordado através de uma situação geradora de
aprendizagem, com o tema, “Desabamento de prédio ocupado irregularmente após
ciclone “bomba”, as disciplinas Negociação e Gestão de Conflitos de Segurança,
Gestão de Risco e Desastres em Defesa Civil, Consultoria em Segurança, Direito,
Proteção e Inclusão Social, Tecnologias Aplicadas ao Sistema de Segurança.
A proposta desse trabalho tem o objetivo de mostrar como diversas matérias
interdisciplinares pode convergir para melhoria de segurança e qualidade de vida
das pessoas, em especial pessoas em situação precária de moradia e a população
idosa, garantindo os direitos, contribuindo para o bem social.
A situação geradora de aprendizado (SGA) que traz o desabamento do
Edifício Cauã, localizado no Município de São Bento, que estava ocupado
irregularmente por cerca de 40 famílias, o local não tinha condição mínima de
segurança e as condições e ocupação era de conhecimento do poder público. O
desabamento se daria devido a um ciclone bomba que danificou as estruturas do
prédio que culminou em uma tragédia que matou cinco pessoas e deixou outras sete
hospitalizadas
O primeiro capítulo, será abordado a disciplina Negociação e Gestão de
Conflito, que permitirá as condições adequada com as etapas da negociação para
que ocorra uma investigação eficiente do evento trágico. É a partir dessa
investigação que diferentes temas sobre as condições de vulnerabilidade das
pessoas se tornam conhecidas, surgindo novos fatos que vão além do
desabamento, como o caso dos maus tratos do idoso.
Em seguida, nos capítulos segundo e terceiro, trazem respectivamente a
estrutura da defesa civil e sua criação pela administração pública, a consultoria que
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a administração poderá fazer para buscar a resolução dos problemas de forma mais
eficiente.
No quarto capitulo, será comentado o Estatuto do Idoso, usando como o
exemplo a situação geradora de aprendizagem, que durante a investigação do
desabamento trouxe o caso de um idoso vítima de maus tratos por seu familiar, e
como o estatuto do idoso protegem os direito e interesse dessa população. E por fim
no quinto capitulo, a contribuição das tecnologias na fiscalização, controle e
investigações dos desastres.
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A segunda etapa, criação, tende buscar soluções criativas, a cooperação
entre as pessoas, sabendo se colocar no lugar de outra pessoa com empatia, para
que possa ser entendida, como no caso de se entender as vítimas das tragédias,
cria-se uma condição para que os moradores contribuam de modo amistoso e sem
medo com informações importante, sem essa empatia as pessoas poderiam ter
receio de se comunicar com os agentes.
A terceira, é a negociação, também conhecida como fase da distribuição, é
nessa fase que são realizadas as propostas, ou seja, se valendo do conhecimento
adquirido das informações colhidas nas etapas anteriores, e que o agente
encarregado das negociações vai apresentar a outras partes proposta que vão de
encontro com ideais da parte. Em seguida, acontece o fechamento, fase que foca o
cumprimento do acordo.
A quinta fase, se refere a reconstrução, que visa a manutenção do acordo
firmado entre as partes, evitando que novos conflitos aconteçam, no entanto o
agente deve ficar atento para ajuste e que nova negociação aconteça.
Nota-se que para o resultado positivo das investigações do desabamento do
prédio, todos as fases de negociação devem ser observadas pois darão a estrutura
da negociação, com planejamento adequado, coletas de dados e informações
importantes através de uma comunicação eficiente com todos os envolvidos.
Diante disso, outros fatos se tornam conhecidos fazendo que a negociação
possa contribuir para que outros problemas sociais sejam descobertos no momento
da investigação, como os maus tratos familiar, que no caso da situação geradora,
trouxe o exemplo do idoso que sofria maus trato por seu neto, podendo assim, os
agentes públicos dar o devido encaminhamento para medidas de amparo ao idoso e
encaminhar o caso as autoridades competentes.
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do local, que apresentava na estrutura dos prédios sinais que era impróprio para
habitação.
A legislação brasileira dá ao município o dever dessa fiscalização, criando
também uma estrutura adequada para isso, como no caso a defesa civil, em que os
municípios deverão seguir alguns passos para criação da estrutura de defesa civil
enxuta, com um organograma claro dos integrantes e suas funções.
Como toda legislação segue determinado rito para ser promulgada, os
passos para a formalização da coordenadoria serão os mesmos que para a criação
de um órgão municipal.
Todavia, ela deve ser regulamentada no âmbito do município, ou seja, a lei
municipal determinara oficialmente ao órgão responsável pelo planejamento,
articulação, coordenação, mobilização e gestão das ações de Proteção e Defesa
Civil no âmbito do município, COMPDEC.
Desta forma, a Lei nº 12.608, de 2012 orienta os municípios os respectivos
passos:
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Quanto a exigência mínima para uma COMPDEC enxuta, concerniria a
designação de um responsável que exerça função de Coordenador da Defesa Civil,
bem como a prudência de um técnico que possa cadastrar, elaborar os relatórios e
documentações necessárias nas possibilidades de desastres, tal qual inserir a
solicitação recursos aos Estados e União. No entanto, necessitara ser intitulado um
responsável pelas operações de respostas, recuperação que possa mensurar os
riscos.
Sendo assim, cada integrante terá sua função especifica, lembrando
que o chefe ou líder de equipe é aquele que direcionam ao sucesso, de tal maneira
espera-se que o coordenador ou secretário de defesa civil seja um profissional com
pratica em gestão e conhecimento da área de riscos e gerenciamento de desastres.
Os profissionais provenientes dos corpos de bombeiros ou das forças
de segurança pública podem bem desempenhar esta missão por conta de sua
formação congruentes com as atividades a qual será desempenhada na Defesa
Civil. Este responsável precisará ter acesso direto ao prefeito a aos demais
secretários, para que se possa vincular todas as ações necessárias nos períodos de
normalidade e, principalmente, nas situações de emergência.
Além disto, os demais integrantes da coordenadoria poderão ser servidores
municipais concursados ou não, desde que possam exercer suas atividades de
forma exclusiva, mas que desenvolvida nesta área. Cidadãos voluntários também
poderão ser considerados, desde que tenham conhecimento especifico ou que
sejam capazes de conduzirem o desenvolvimento de todos os compromissos da
área.
A Defesa Civil deverá funcionar mesmo quando não há calamidades. A
necessidade que haja previsão de uma estrutura física permanente, especifica e
adequada. Este local deverá conter viaturas necessárias, material para emprego, em
caso de emergência e socorro, bem como aparatos tecnológicos que permitam o
monitoramento, comunicação e as atividades diárias, como acesso a internet,
telefones específicos, computadores, etc. outrossim, a necessidade de estimar
verba necessária para aquisição e custos de funcionamento das instalações,
material e pessoal.
Por fim, uma COMPDEC a requisitos essenciais independentemente do
tamanho da cidade. Será imprescindível que os integrantes que laborem nesta
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estrutura sejam capacitados no sentido de distinguir as peculiaridades área,
principalmente quanto ao ciclo de gestão em Defesa Civil. Terá de ser uma
coordenadoria composta por integrantes que desenvolvam interação ininterrupta
com a sociedade e que sejam capazes de ter boa visibilidade institucional. Assim
sendo, terá a evidente dimensão dos diversos órgãos públicos a recorrer nas três
esferas da administração.
3. Consultoria em Segurança
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de planejamento, que é definição das ações de forma sequencial para se atingir o
que foi definido no escopo do projeto.
A próxima etapa do projeto é a execução e o acompanhamento, que é o
controle de que todas as execuções estão de acordo com a estrutura do projeto e o
escopo definido.
Sendo assim, o poder público poderá ter o auxílio de uma consultoria
externa, para que possa da melhor forma, alcançar a resoluções do problema de
moradias de risco com ocupação irregular, mapeando todas as regiões com locais
de risco, cobrando que os proprietários tomem as medidas de segurança, evitando
assim que obras sejam abandonadas servindo de moradia de riscos a pessoas. A
consultoria deve ser a mais abrangente possível contendo aspectos técnicos e
sociais da região, com o cadastramento de moradores irregulares para que possam
ser encaminhados a abrigos e serviço social.
A execução de um projeto que busque resolver o problema de moradias de
riscos e irregulares como o que culminou com o desabamento do Edifício Cauã,
deve ser executado por agentes do poder público, bem como por particulares
responsáveis que venham ser notificado pela administração púbica.
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idosa pode levar o agressor à prisão por até cinco anos e ainda pagar multa. A pena
pode ser acrescida se houver agressão física, se o agressor for responsável pelo
idoso.
Além dos crimes de agressão física o Estatuto Do Idoso considera o abuso
financeiro e a negligência, sendo o abuso financeiro o uso ilegal de dinheiro,
propriedade ou ativos de uma pessoa idosa. Já negligência envolve a falha no
assentimento de suas necessidades básicas, como alimentação, habitação,
vestimentas e cuidados médicos.
Conforme o Art. 230 da CF, atribui-se a família, a sociedade e o Estado têm
o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na
comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito à
vida.
Há de se considerar que nem todos os idosos tem seus familiares possa
assistir os cuidados necessários, contudo é dever do Estado garantir os direitos das
pessoas idosas, responsabilizando judicialmente os familiares que negligencia o
idoso, ou por meia próprio do Estado, dando o amparo necessário, por meio de
acompanhamento assistencial, prioridade ao sistema de saúde e integração social.
Seja qual fora a forma assistencial recebida pelo idoso, governamental ou
não governamental, o Estatuto do Idoso sempre acompanhará o tratamento
recebido, através de fiscalização do Ministério Público, Conselho Do Idoso,
Vigilância Sanitária, entre outros.
No que tange o resguardo do Sr. Joao, o Estado não pode permitir que tais
abusos sejam mantidos, uma vez que os idosos são detentores de absoluta
prioridade.
Agressões físicas são desumanas e infame, ameaças são aterrorizantes,
furtos de bens da casa levam o idoso à situação vexatória. Filhos ou parentes
usuários de drogas ou bebidas alcoólicas atrapalham o convívio do lar, abalando a
sua tranquilidade e podem ser dele afastados pela via coercitiva.
O poder público, através do Ministério Público que é garantidor da proteção
dos direitos difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e homogêneos do idoso,
deve agir na proteção da integridade física e psicológica do idoso que sofre maus
tratos, promovendo ação penal contra os responsáveis, pedir medida cautelares
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para preservar a integridade física e também de subsistência do idoso conforme o
estatuto do idoso:
Compete ao Ministério Público: Art. 74 da Lei 10.741 de 2003.
I instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos
e interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais
homogêneos do idoso;
II promover e acompanhar as ações de alimentos, de interdição total ou
parcial, de designação de curador especial, em circunstâncias que
justifiquem a medida e oficiar em todos os feitos em que se discutam os
direitos de idosos em condições de risco;
III atuar como substituto processual do idoso em situação de risco,
conforme o disposto no art. 43 desta Lei;
IV – Promover a revogação de instrumento procuratório do idoso, nas
hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando necessário ou o interesse
público justificar;
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que ajudam na coleta e análise de provas e, assim, encurtam o tempo de
descoberta das causas.
Nesse caso específico do edifício Cauã, podemos usa dois exemplos
bastante conhecidos de tecnologia, o primeiro são as redes sociais, que permite de
maneira prévia a administração pública receber denuncia de situações de risco de
prédio e de pessoas em situação precária. O poder público hoje em dia,
disponibiliza canais de informação e denuncia nas principais redes sociais como
Facebook, WhatsApp, essas plataformas aproximam os cidadãos das atividades de
utilidade pública permitindo cobrar da administração de forma mais direta,
obrigando assim que a administração não fique inerte diante de diversas
situações.
Outro exemplo de tecnologia que no caso do Edifício Cauã contribuiria com
a fiscalização e também com a investigação dos fatos que causaram o
desabamento são o monitoramento por câmeras e satélites das regiões. Nesse
caso, os dados dos satélites dariam os dados meteorológicos, de construção
urbana da aéreas, e acompanhamento em tempo real das áreas.
Assim, a fiscalização de ser mais precisa, pois os agentes podem fazer
coleta de dados constantemente, tal informação pode ser agregada para criação
de projetos destinado ao controle e a soluções dos problemas de locais de risco e
também moradias irregulares nessas áreas.
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CONCLUSÃO:
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risco. Enfim, esse trabalho mostra a importância interdisciplinar para que os direitos
sociais sejam alcançados, tanto pelas normas jurídicas, como pela fiscalização e
planejamento adequado dos órgãos públicos e observação a princípios legais, e
como todas as disciplinas podem contribuir para o bem social comum das pessoas
mais vulneráveis.
REFERÊNCIAS:
Gestão de risco e desastres em defesa civil / Jose Maria Pascoal Junior, Vitor
Alexandre da Silva. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.
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