Você está na página 1de 2

AS

COLUNAS SAGRADAS DA IGUALDADE MAÇÔNICA


A origem do nome Maçonaria vem do francês "maçom" (pedreiro). Aqui no Brasil, a Maçonaria foi
uma Sociedade Secreta até o século 19, e mesmo assim, mistérios e segredos ainda rondam a
organização, que teve seu primeiro registro oficial em 1717. Pelo fato da organização ter alguns
costumes e perseguições do passado, existem algumas histórias curiosas sobre a irmandade, mas
a maioria delas não passam de lendas. Uma das mais curiosas e, ao mesmo tempo, importantes,
diz respeito às colunas da entrada do tempo maçônico.

O templo maçônico tem, em sua entrada, duas colunas sagradas. Cada iniciante que por elas passa
se impressiona. A sensação é como se entrássemos em um local de equilíbrio e paz, de força e
serenidade, é imensurável a sensação de fraternidade, força e de união que nos toma.

Não é pra menos que essa sensação seja assim. O templo tem uma planta muito similar ao
tabernáculo que, no passado, serviu de centro da adoração ao Deus de Israel, Javé (IHWH). Na
entrada, antes do portal, duas enormes pilastras, uma com a letra B e outra com a letra J
representavam as palavras Booz e Jaquim.

Booz deriva de Boaz, nome do patriarca hebreu que fundou a dinastia do rei Davi. Casado com a
moabita Rute, Boaz foi pai de Obed, que por sua vez gerou a Isaí, ou Jessé ou Jaquim, que foi pai do
rei Davi. Na tradição hebraica, portanto, Boaz foi aquele que fundou a família que iria, mais tarde,
estabelecer o reino de Israel.

Boaz foi um rico dono de terras na cidade de Belém; homem de fé, sábio, justo, piedoso, valente e
poderoso, cumpridor fiel das leis dos juízes de Israel. Onde havia uma provisão legal dava aos
pobres o direito de ir aos campos no momento da colheita e recolherem o necessário para
passarem o dia.

Jaquim, o belemita (nascido em Belém), foi um homem de vida simples, agricultor e pastor de
ovelhas. Foi também um homem bom, solidário e piedoso, pai de família exemplar, sendo ungido
por Deus através do profeta Samuel em razão de seu extraordinário caráter.

O que nos chama atenção na vida desses dois homens são suas ações em favor de seus
semelhantes, dos mais humildes e menos favorecidos, mesmo sendo homens de estruturas
socioeconômicas diferentes.

A lição de vida que podemos aprender com os nossos Irmãos do passado é exatamente através do
que eles tinham em comum, não obstante um ser muito rico e poderoso, e o outro de classe média
simples. O que faziam deles iguais era o CARÁTER, a DIGNIDADE, a SOLIDARIEDADE, a
VOLUNTARIEDADE, a PRONTIDÃO e os VALORES MORAIS E FAMILIARES, tudo o que se prega
e busca em um MAÇOM. Eles, como todos os maçons devem ter, se exaltavam na vontade de fazer
a diferença no mundo de sua época, combatendo a injustiça e a carência.
É sabido por estudiosos que Salomão, para homenagear aos seus dignos e respeitados parentes,
mandou gravar as iniciais de seus nomes nas colunas do templo, e com isso nos dá, com sabedoria,
o exemplo de aprendizado. Um dos maiores reis, homenageando seus parentes de forma humilde
e grandiosa, ao mesmo tempo.

A Maçonaria seguiu esta linha de respeito para si, tendo suas Colunas inspiradas na descrição do
Grande Templo de Salomão, contidas nas Sagradas Escrituras. As colunas gêmeas significam, na
tradução latina, “Ele firmará a força”; esse dualismo tem significado muito esotérico, sendo
destinada a acompanhar aquele que receberia de Jeová, ou Javé, a consagração. Para a maçonaria
Javé é o S:.A:.D:.U:. (Supremo Arquiteto Do Universo). Na liturgia Hebraica, representavam a
dualidade do universo, onde uma coisa só existe em função de outra, seria algo como a noite e o
dia, o homem e a mulher, o bem e o mal, o certo e o errado. Representariam as Colunas modernas,
os sexos, a Coluna B que junto com a Coluna do 2º Vigilante significa o feminino, é denominada de
Coluna da Força, e a Coluna J, com a coluna do 1º Vigilante, o masculino, a da Beleza. Pode parecer
invertido, mas acredita-se que, neste caso, refere-se à Força da Vida (a Mãe) e à Beleza do
Caráter (o Pai).

Enquanto Aprendiz, nosso trabalho pode ainda não ser plenamente consciente e ativo, sendo mais
um trabalho material e construtivo. Ignoramos ainda os princípios filosóficos da Ordem,
desbastamos a Pedra Bruta interior, permitindo que os sublimes ideais da Maçonaria penetrem no
íntimo, purificando nossos pensamentos, afastando os defeitos de nossa educação profana,
permitindo-nos assim, compreender toda a pureza dos ideais Maçônicos.

Combatemos, em nós mesmos, a ignorância, a superstição e a vaidade.

A maior lição que aqui tiramos é a de que todos os maçons são irmãos, iguais, independentes de
sua origem social, tendo como parâmetros seu próprio mérito e fraternidade dentro da Maçonaria.
Todos começamos pelo mesmo caminho, com as mesmas lutas e deveres. Cada aumento de
salário, refere-se a um reconhecimento do valor maçônico de um irmão, mas jamais deverá ser
visto como uma depreciação do valor de um irmão perante outro. A Maçonaria é única e
verdadeiramente uma entidade viva, com valores atualizados, mas embasamento antigo e
verdadeiro no que tem de mais íntegro e valoroso na humanidade.

Baseado no texto de Maurilo Humberto, M.M. - ARLS Astro Do Oriente, O.: Pirassununga, SP – Brasil

Erivelto Luís de Souza

A:.M:. – CIM: 21063

Loja Maçônica Caminhos da Liberdade – 263 - GOMG

Você também pode gostar