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Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

Medicamentos e Produtos de uso Veterinário

Ansiedade por separação em cães: Aconselhamento


farmacêutico e terapêutica

Professora Doutora Leonor Meisel

Helena Policarpo (nº 68712), Maria Leonor Cunha (nº 9995) e Sofia Bento (nº 69344)

Novembro 2020

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Sumário

Palavras-chave:

Abstract

Key-words:

2
Índice

Sumário

Abstract

1. Síndrome da Ansiedade de Separação em cães

1.1. Definição

1.2. Manifestações e comportamentos característicos

1.3. Fatores de risco para a ocorrência: causas

1.4. Diagnóstico

1.5. Impacto na qualidade de vida do cão: consequências a curto e longo prazo

2. Gestão da ansiedade: tratamento e minimização das causas e efeitos

2.1. Papel do farmacêutico: aconselhamento

2.1.1. Intervenções não farmacológicas

​2.1.1.1. Terapêutica comportamental e enriquecimento


ambiental/social

2.1.2. Tratamento farmacológico: medicação natural e homeopática

​2.2. Encaminhamento para o médico veterinário

​2.2.1. Medicamentos de síntese

​2.2.1.1. Antidepressivos e ansiolíticos

​2.2.2.1. Hormonas sintéticas

3. Conclusões

4. Referências Bibliográficas

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1. Síndrome da Ansiedade de Separação em cães

1.1. Definição de Síndrome de Ansiedade de Separação

A convivência entre animais de companhia, especialmente cães e gatos, e o Homem


ao longo de milhares de anos originou uma relação muito próxima e vinculativa. Têm sido
reportados bastantes benefícios fisicos e psicológicos relacionados com esta proximidade,
tais como o estímulo para a realização de atividade física, a diminuição da solidão em
pessoas que vivem sozinhas ou a melhoria da comunicação em doentes autistas [1].

A síndrome de ansiedade de separação (SAS) é o conjunto de comportamentos


exibidos pelos animais quando são afastados parcial ou totalmente do seu dono ou de
outras figuras de apego, quando há a morte de algum animal próximo ou até relacionados
com a introdução de um novo animal na família [2].

Um  estud​o deste ano, realizado na Finlândia, avaliou o comportamento de raças de


cães comuns do país, demonstrando que a percentagem de canídeos que apresentam
ansiedade é elevada, com cerca de 72,5% dos cães a revelarem ansiedade [3]. Este estudo 
foi  realizado  através  de  questionários  preenchidos  pelos  donos  acerca  dos 
comportamentos  relacionados  com  ansiedade,  como  a  sensibilidade  ao  ruído,  o  medo  de 
superfícies, impulsividade ou agressão. 

Os cães que sofrem de SAS têm menor tempo de vida e uma maior probabilidade de
adquirir doenças uma vez que este síndrome causa muito stress, originando efeitos
prejudiciais à sua saúde [4].

1.2. Manifestações e comportamentos característicos

1.3. Fatores de risco para a ocorrência: causas

1.4. Diagnóstico

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O diagnóstico do sindrome de Ansiedade de separação define-se na avaliação dos sinais e
comportamento do cão. Em geral, o diagnostico de Ansiedade de Separação não é feito até
aos seis meses de idade (Sherman & Mills, 2008).

Em cães, a vocalização excessiva, caracterizada por choros, latidos e uivos não são
exclusivos deste síndrome podendo ser tambem devido a outros factores tais como:
facilitação social, reacção a estímulos ambientais, brincadeiras, dor, agressão e outras
reações relacionadas com o medo. Os comportamentos destrutivos, como por exemplo,
morder objectos e mobília podem ocorrer devido a factores tais como: comportamento
territorial, brincadeira e exploração do ambiente.

Assim, um diagnóstico correcto deve ser estabelecido após uma análise global do doente.

1.6. Impacto na qualidade de vida do cão: consequências a curto e longo


prazo

2. Gestão da ansiedade: tratamento e minimização das causas e efeitos

2.1. Papel do farmacêutico: aconselhamento

2.1.1. Intervenções não farmacológicas

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​ .1.1.1. Terapêutica comportamental e enriquecimento
2
ambiental/social

2.1.2. Tratamento farmacológico: medicação natural e homeopática

O tratamento da SAS recorrendo a fármacos pode ser vantajoso em casos leves


mas em casos severos nem sempre apazigua os sinais. A terapêutica farmacológica
coopera na diminuição dos sinais clínicos de forma rápida, especialmente a ansiedade,
aumentando os efeitos, a velocidade e a taxa de sucesso da modificação comportamental
(Appleby & Pluijmakers, 2004).

A homeopatia é um método terapêutico cada vez mais integrado na medicina


moderna, que retrata os sintomas como a expressão do desequilíbrio no organismo,
manifestando-se como determinadas doenças. Assim, esta terapêutica procura estimular as
defesas do organismo e restaurar esse equilíbrio.

Ao iniciar um método terapêutico homeopático deve ter-se em consideração as


características específicas de cada cão, nomeadamente a raça, os pais, a predisposição
miasmática, o ambiente e as condições de vida desde o nascimento até ao dia atual, a
influência do dono e os sintomas manifestados.

Este tipo de tratamento tem duração de 1 a 2 meses após haver resposta satisfatória
à modificação comportamental do cão. Quando este começar a tolerar separações
relativamente longas, a dose poderá ser reduzida, devendo ser imediatamente restaurada
caso haja reaparecimento dos sinais (Simpson, 2000).

Medicamentos homeopáticos como o Fósforo, Lachesis, Ácido Fosfórico,


Lycopodium, Pulsatilla, Arsenicum, Argentum Nitricum e Kali carbonicum são
frequentemente utilizados em casos de SAS (site).

​2.2. Encaminhamento para o médico veterinário

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​2.2.1. Medicamentos de síntese

​2.2.1.1. Antidepressivos e ansiolíticos

​2.2.2.1. Hormonas sintéticas

As hormonas sintéticas são preparações quimicamente idênticas às hormonas


produzidas pelo corpo.

O tratamento com hormonas sintéticas produzidas por cadelas lactantes, tem sido
utilizado no alívio dos sintomas de SAS em cães e mostra ser mais favorável quando
comparado ao tratamento com uso de clomipramina, uma vez que as hormonas não
causam efeitos adversos e são de fácil administração, através de infusores elétricos
colocados no local onde estará o cão (Gaultier ​et al,​ 2005).

Estas hormonas possuem substâncias químicas secretadas por glândulas sebáceas


na região do peito das fêmeas, que têm efeito calmante nas suas crias. Por este motivo,
têm sido utilizadas como auxiliares na terapêutica da ansiedade em cães (Gaultier ​et al,​
2005).

A dose deve ser reduzida para metade após alguns dias, e assim consecutivamente
até à sua suspensão. Caso o tratamento seja a longo prazo, deverão ser realizados exames
laboratoriais periodicamente, para que possam ser avaliados os efeitos adversos (Mills,
2006).

3. Conclusões

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Referências Bibliográficas

[1] Sable, P. (2012). ​The Pet Connection: An Attachment Perspective. Clinical Social Work
Journal, 41(1), 93–99.d​ oi:10.1007/s10615-012-0405-2.

[2] Soares, G. M., Telhado, J., & Paixão, R. L. (2009). ​Construção e validação de um
questionário para identificação da Síndrome de Ansiedade de Separação em cães
domésticos. Ciência Rural, 39(3), 778–784.​ doi:10.1590/s0103.

[3] Salonen, M., Sulkama, S., Mikkola, S., Puurunen, J., Hakanen, E., Tiira, K., … Lohi, H.
(2020). ​Prevalence, comorbidity, and breed differences in canine anxiety in 13,700 Finnish
pet dogs. Scientific Reports, 10(1).​ doi:10.1038/s41598-020-59837-z

[4] Dreschel, N. A. (2010). ​The effects of fear and anxiety on health and lifespan in pet dogs.
Applied Animal Behaviour Science, 125(3-4), 157–162.

[5]

[6]

[7]

[8]

[9]

[10]

Bibliografia por organizar:


Sofia:
1. Appleby, D., & Pluijmakers, J. (2004). ​Separation anxiety in dogs: The function of
homeostasis in its development and treatment. Clinical Techniques in Small Animal
​ oi:10.1053/j.ctsap.2004.10.002
Practice, 19(4), 205–215.d

2. King, J. N., Simpson, B. S., Overall, K. L., Appleby, D., Pageat, P., Ross, C., …
Wren, J. (2000). ​Treatment of separation anxiety in dogs with clomipramine: results
from a prospective, randomized, double-blind, placebo-controlled, parallel-group,
multicenter clinical trial. Applied Animal Behaviour Science, 67(4),
255–275.​doi:10.1016/s0168-1591(99)00127-6

3. Gaultier, E., Bonnafous, L., Bougrat, L., Lafont, C., & Pageat, P. (2005). ​Comparison
of the efficacy of a synthetic dog-appeasing pheromone with clomipramine for the
treatment of separation-related disorders in dogs. Veterinary Record, 156(17),
533–538.​doi:10.1136/vr.156.17.533

4. Mills, D. S., Ramos, D., Estelles, M. G., & Hargrave, C. (2006). ​A triple blind
placebo-controlled investigation into the assessment of the effect of Dog Appeasing

8
Pheromone (DAP) on anxiety related behaviour of problem dogs in the veterinary
clinic. Applied Animal Behaviour Science, 98(1-2),
114–126.​doi:10.1016/j.applanim.2005.08.012

5. SITE:
https://www.vin.com/apputil/content/defaultadv1.aspx?id=3852499&pid=11181&fbclid
=IwAR2Vw1STi4c--bXl7zK62zGN83dH5EqOzG9TP3ZESvRA5lfk2zubTiM4OFU

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