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SELEÇÃO DE CONTOS INFANTO-JUVENIS COM O TEMA

SUSTENTABILIDADE

https://www.youtube.com/watch?v=RhqEs0Qwfc4

https://www.youtube.com/watch?v=1qbTY5kMaic

Cuidando da natureza - Leila Maria Grillo

Vamos cuidar
Da mãe Natureza
Preservando a vida
Do nosso Planeta.

Não desperdicem água


Para não faltar
Separe todo lixo
Para reciclar.

Não destruam as matas


Árvores e flores
Que enfeitam o mundo
Com as suas cores.

Não poluam o ar
Isso não é legal
Na certa vai causar
O aquecimento global.

Vamos trabalhar
Nessa tarefa urgente
Para preservar
O nosso meio ambiente. 
O Planeta Está com Febre – Luciana Rosa

Um dia, o planeta Terra acordou com febre. Foi ao médico e descobriu que o problema era o
aquecimento global. Para resolver essa situação, o planeta reuniu diversas crianças. Juntos
eles entenderam que só o amor é capaz de mudar as pessoas e salvar o planeta. Esse livro é
essencial nos dias de hoje, quando se discute exaustivamente a questão ambiental. E nada
melhor do que começar discutindo com as crianças, que são o futuro de nosso planeta.
https://www.youtube.com/watch?v=8d9jhbD0MOY

O Gigante Egoísta

1.Era uma vez um gigante muito egoísta. 2.Ele vivia em um castelo com um enorme jardim
cheio de árvores e lugares muito bonitos para se brincar. 3.Um dia ele acordou com músicas
de roda e risos de crianças brincando. 4.Como ele era muito egoísta, começou a gritar:
“Saiam! Saiam todos!!! Saiam daqui!!! Esse jardim é meu!! SÓ MEU!!!" 5.E as crianças
saíram correndo, assustadas com toda aquela gritaria do gigante. 6.O tempo passou e o
inverno chegou. Nem uma flor ficou. 7.E a neve soprava: "Vento do norte! Vento do norte!
Somos nós: a neve e o gelo. Vamos ficar aqui o Ano inteiro!" 8.Ao longo dos próximos
meses, o gigante viu a primavera chegar em todos os lugares, menos no seu jardim, que
permanecia coberto pela neve e pelo gelo. 9.Um dia, já cansado de tanto frio... 10.... sentou-
se na varanda e percebeu que apenas num canto do seu jardim não tinha neve nem gelo. A
primavera estava ali com algumas flores. 11.Quando ele olhou bem, percebeu que ali tinha
um menino machucado. 12.É que ele caiu do muro enquanto brincava. Com pena do
menino, o gigante resolveu ajudá-lo! 13.As outras crianças, vendo aquilo, falaram: -Olha o
gigante ajudando o menino! O gigante é bonzinho!! Vamos lá!!! E correram para brincar no
jardim do gigante. 14.Na manhã seguinte, o gigante não podia acreditar! 15.Era o mais belo
dos jardins! Toda a neve havia ido embora e a primavera estava ali, com todas as suas cores
e flores. 16.Daquele dia em diante, o gigante ficou amigo das crianças e brincava com elas
todos os dias.

https://www.youtube.com/watch?v=rmKdJf4rE2g

Era uma vez um homem muito desatento e descuidado. Não tomava conta nem dele mesmo
nem das coisas ao seu redor. Estava sempre de mau humor, não gostava de escovar os
dentes nem de tomar banho. Matava passarinhos e peixes, queimava árvores, maltratava os
cachorros e gatos e jogava lixo nas ruas e jardins.

Um dia, depois de comer um picolé e jogar o papel da embalagem na rua, uma menina muito
calma e educada, chamada Amanda, chegou perto dele e disse:

- não jogue papel no chão! Cada um deve cuidar da sua parte, senão o mundo se tornará um
gigantesco lixão e não haverá água nem comida para ninguém!

O homem, olhando raivosamente para a pequena criatura, respondeu:


- eu sou Sugis Mundo Quinto, filho da Condessa Imun Disse Segunda e do Conde Lixei Rão
Primeiro. As pessoas não devem me dar ordens! Eu é que mando as pessoas fazerem o que
eu quero!

E Sugis saiu andando enquanto Amanda o observava ao longe... ela então resolveu chamar
seus amigos para que eles a ajudassem a convencê-lo. No dia seguinte, amanda juntou sua
turma e foram conversar com o Sugis Mundo

Camila: Sugis, só pessoas feias jogam lixo na rua. Você é tão bonito... tome banho, fique
cheiroso e todo mundo vai querer ficar perto de você. Você vai ter muitos amigos legais e
vai ganhar muito presente no seu aniversário.

Caio: Não jogue papel no chão, Sugis! Se você fizer isso vai ter enchente na casa de muita
gente que mora em lugar pobre. E o presidente vai usar o dinheiro pra dar outra casa pra
essas pessoas e não vai poder melhorar as escolas e hospitais.

Nathali: Sugis, olhe bem ao seu redor. O que você está vendo são casa, prédios,
abandonados nas ruas, pássaros a voar procurando árvores para morar... por isso, pegue o
papel de picolé e jogue no lixinho do seu carro. Salve a natureza e os animais.

Bianca: meu amigo, por favor, não faça isso! É feio, você sabia? Você deve jogar no lixo o
papel de picolé, tomar banho, escovar os dentes e parar com essa rebeldia!

Ana e Shara: o senhor não tem consciência que é falta de educação jogar lixo na rua? Por
que acha que tem um latão de lixo bem na esquina? Para que você acha que ele serve? Essa
não foi uma pergunta retórica!

Mas não adiantou o empenho das crianças em convencer o Sugis Mundo. Depois de ouvi-las
ele disse bastante irritado:

- eu faço o que eu quero! Vocês não mandam em mim. E foi embora dali.

Amanda e seus amigos ficaram tristes, mas não desanimaram. Pensaram que talvez
conseguissem convencer Sugis Mundo a mudar seus hábitos se reunissem todas as crianças
do bairro para falar com ele.

No dia seguinte, mais crianças foram procura-lo. A primeira a falar foi a Priscila.

- Não seja tolo, Sugis. Se você destruir a natureza, todos nós vamos morrer, porque a água
vai acabar. Você não gosta de tomar banho, mas vai gostar se a água acabar? Você vai
morrer de sede e vai ficar escuro, pois sem água não tem luz também, porque a hidrelétrica
que gera a eletricidade precisa de água para funcionar. Cuida de você e do lugar que você
vive. Isso vai fazer bem para você e para todo mundo. Se queimar as árvores vamos ficar
sem ar. Não maltrate os animais, principalmente cachorros, que são nossos melhores amigos.
Quem tem mau humor fica doente de depressão.

Sugis não respondia, e ficava só olhando as crianças de cara feia.


Bruna: imagina se todo mundo fizer o que você faz. Vamos morrer sem amigos, porque
ninguém gosta de gente com mau humor e que fica destruindo a natureza.

Marcelo: é isso mesmo, seu bobo! O mundo inteiro vai morrer, até você!

Lui: olá, Sr. Sugis! Eu queria te dizer que é muito feio jogar papéis no chão. Quando
jogamos lixo no chão ele demora aaaaaaanos para se decompor. O Sr. Poderia cooperar?

E Sugis Mundo pensou um pouco e respondeu:

- Claro, vou cooperar sim. Que bom que existem pessoas como você: educadas, boas e
conscientes. Obrigada por me lembrarem!

As crianças ficaram felizes porque acharam que tinham conseguido convencer o Sugis. Mas
ele era muito inteligente, mentiroso e frio. Ele sabia que se fingisse que ia aceitar os
conselhos e prometesse só fazer boas ações, as crianças largariam do seu pé. Por isso disse
que ia mudar.

Um dia, Sugis seguiu o caminhão de lixo até o lixão. Convenceu o cansado caminhoneiro
que podia ajuda-lo, dirigindo o caminhão enquanto ele descansava um pouco. O
caminhoneiro aceitou e deixou Sugis dirigir. Quando voltaram ao lixão à noite, o
caminhoneiro já havia dormido e Sugis aproveitou para recolher grande parte do lixo que
havia no lixão e levar para dentro do caminhão. Ele voltou para a cidade e começou a jogar
o lixo do caminhão pelas ruas. E voltava toda hora ao lixão para pegar mais lixo e espalhá-lo
pelas ruas.

Ao final da noite, as ruas da cidade de Limpieza estavam infestadas de sujeira. Sugis


acordou o caminhoneiro e levou-o para casa, sem que este soubesse de nada que estava
acontecendo. No dia seguinte, choveu muito e a água não tinha para onde escorrer porque os
bueiros das ruas estavam entupidos com o lixo. Então a água subiu muito e inundou várias
casas.

Quando as crianças souberam que a enchente tinha sido provocada pelo entupimento dos
bueiros, depois que Sugis trouxe o lixo do lixão para a cidade, elas ficaram muito revoltadas
e fora procurá-lo.

Beatriz: Sugis, você não sabia que esse lixo podia causar enchentes? Não sabia que ele
entope os bueiros? Por favor, senhor, nós da comunidade não queremos enchentes nem
entupimento de boeiros.

Gabriel: Sugis, nunca faça uma coisa que você sabe que pode prejudicar as pessoas e,
principalmente, você. Eu não quero morrer com leptospirose, ou coisa assim, por sua causa
ou das pessoas que jogam lixo na rua.

Giovanna e Vitória: O senhor não podia fazer isso! Está poluindo o meio ambiente. Um dia
a natureza lhe dará o troco.
Gabriel: Sugis, não faça isso porque vai estragar a natureza. Você não pensa no futuro das
crianças? No meu futuro? Quando eu crescer o mundo estará cheio de lixo por sua causa e
de muita outras pessoas. O mundo ficará sujo... você quer que no futuro as pessoas morram
com esse cheiro horrível de lixo?

Otávio: sua sujeiro magoa a todos nós. Mas se você parar com essa poluição, se parar de
sujar o planeta, todos irão gostar de você e o futuro das crianças será melhor. Todos ficarão
felizes! Você não sabia disso??

Sugis ficou envergonhado com a bronca que levou das crianças, mas não disse nada para
elas. Naquela noite ele foi deitar impressionado com a indignação que a sua atitude tinha
despertado na cidade, e acabou tendo um pesadelo. Sonhou que de tanto sujar as ruas, toda a
camada de ozônio que cobre a Terra tinha desaparecido e os raios ultra-violetas invadiram a
sua casa. Ele morreu com o corpo todo derretido. A sua família ficou triste quando soube
da notícia, mas depois ficou feliz, porque ele sujava muito as ruas!!!!

Sugis acordou muito assustado e começou a se perguntar se as crianças não tinham razão.
Depois de refletir sobre o prejuízo que ele causou à população da cidade, pois muitas
pessoas pobres perderam seus móveis e eletrodomésticos com aquela enchente, Sugir
resolveu mudar seu comportamento e foi procurar as crianças.

Ao encontrá-las, ele disse:

- tudo bem, vocês estão certas, devmos respeitar o ambiente! Eu prometo mudar e cuidar de
mim mesmo e da natureza. Não vou mais maltratar os cachorros, gatos e outros animais,
nem queimar árvores ou sujar a cidade.

A partir daquele dia ele começou a cuidar de todos os animaizinhos, não jogou mais lixo na
terra nem no mar, e passou a limpar a cidade. Depois, fez muitas coisas legais. As crianças
ficaram muito felizes e não se cansavam de dizer: muito bem, Sugis!!!!

História escrita por diversas criaças entre 8 e 13 anos!!

http://www.turminha.mpf.mp.br/continue-a-historia/o-homem-que-queria-destruir-a-
natureza
A Nação Lixão
Autor: Alberto Grimm[1] 

Não é o valor do ouro que atrai o homem, mas o valor que esse homem passa a ter quando o
possui...

A ideia era simples: Se o problema era mundial, por que não juntar esforços para resolver de
forma coletiva tal questão? Afinal de contas, não se tratava de um dilema de uma ou outra
nação, cidadão, etnia, partido político ou doutrina sectária, mas de todos. E alguém
questionou por que, ao invés de cada um ter um espaço apenas para o seu, um terreno que
muitas vezes poderia ser utilizado para “coisas mais nobres”, não se usava uma área de
inutilidade pública comum para centralizar tudo.

“E o que você entende por área de inutilidade pública comum?”, logo questionou um dos
especialistas presentes à conferência.

“Que utilidade tem um imenso deserto, por natureza deserto, onde a única coisa visível é
poeira, e cujo único papel aparente é servir de cenário para fotógrafos e produtores de filmes
quando desejam ilustrar a suposta paisagem de um planeta inóspito?”

“As nações envolvidas no consórcio pagariam ao país dono do deserto uma espécie de taxa
de permanência ou alocação da área, e todos sairiam ganhando. Primeiro as nações
inquilinas, que se livrariam dos seus problemas, assim como a nação hospedeira, que
finalmente poderia obter algum lucro com aquele espaço sem nenhuma utilidade...”, foi a
conclusão do seu convincente argumento.

Era sem dúvida uma ideia criativa e tentadora, sustentada pela mais aguda lógica e perfeita
demais para ser ignorada, por isso todos, deixando de lado as vaidades pessoais,
especialmente aqueles que já saíram de casa sonhando em ter suas próprias soluções
aprovadas e consagradas, por falta de melhor alternativa no momento, concordaram com o
projeto.

O problema era que, o acúmulo de lixo nas grandes cidades, mesmo depois das maciças
campanhas de reciclagem e de reutilização de todos os tipos de resíduos, tornara-se uma
calamidade. Afinal de contas, uma hiper-população produzindo toneladas de lixo todos os
dias não era uma coisa tão simples de resolver.

E ainda havia o lixo do lixo, a sobra dos resíduos inservíveis, já reciclados à exaustão, razão
pela qual, verdadeiras cidades foram criadas apenas para abrigar lixo. Ocorre que o lixo
ocupava áreas maiores que as grandes metrópoles, um espaço precioso que poderia ser
usado, por exemplo, para a construção de novas cidades, repletas de potenciais compradores
de bugigangas.
No entanto, a principal causa pela qual o lixo tornara-se o principal problema do mundo
moderno, era que ninguém ou nenhuma sociedade poderia viver sem fabricar “produtos” ou
“bens de consumo”, que depois de usados iriam se transformar em entulho. Visivelmente,
aquele ciclo perpétuo de fabricar, vender e depois descartar bugigangas, era o único motivo
coerente que justificava a existência humana sobre o planeta. Imagine, pensavam todos, um
mundo onde ninguém fabrica e ninguém compra, seja lá o que for? Seria o pior pesadelo
dentro da cadeia existencial do homem; uma quebra ou violação do sagrado direito de
evoluir.

Desse modo, a ideia de centralizar todos os lixos do mundo em um só lugar foi tão bem
recebida. O deserto era o local perfeito. Tratava-se de uma área enorme, suficiente para
muito lixo, o que daria grande liberdade para os fabricantes e compradores de exercitarem
ao máximo um dos seus impulsos existenciais favoritos, ou seja, produzir lixo à vontade.

Seria então criado um governo central para administrar a nova Nação, e cada grande cidade
produtora de lixo se encarregaria de transportar para o novo destino todos os seus resíduos.
Isso sem dúvida seria a solução para muitos problemas, e certamente que criaria uma nova
economia globalizada, esta, baseada inteiramente no lixo.

Fábricas de reprocessamento, usinas de energia, produtos recicláveis de todos os tipos, e


tantas outras, tudo derivado do lixo. Era sem dúvida de um potencial econômico
avassalador, a perder de vista em resultados financeiros, mesmo pelos mais competentes e
sonhadores calculistas.

Como a estrutura da organização foi concebida é outra história, mas a coisa acabou
finalmente sendo feita. E prosperou, e o deserto logo se tornaria um espaço dos mais
cobiçados, dos mais caros e valorizados do mundo, a ponto das grandes nações patrocinarem
a degradação dos seus próprios ambientes, apenas com a intenção de também criar seus
próprios desertos regionais.

E a grande “Nação lixão”, que recebeu o apelido de Província dos Empreendimentos


Ambientais, logo se tornou próspera, populosa, com muitas indústrias. Tanto que o lixo,
outra vez, em pouco tempo, se tornaria um grande problema. Mas, dessa vez, não porque era
um incômodo, e sim porquê, com o aumento da demanda pela matéria prima “lixo”, o tal
insumo se tornaria uma mercadoria valiosa demais, um ativo nobre, comercializado nas
bolsas de valores e sujeito a grandes especulações.

Tudo então era feito de lixo, até o próprio lixo. Assim criaram-se organizações para
classificar o lixo de acordo com sua qualidade. E havia o lixo mais resistente à degradação,
também conhecido como lixo modificado geneticamente, e assim por diante.

Então, surgiu um problema que ninguém, em seu juízo perfeito, jamais poderia supor que
um dia ocorreria. Com a crescente demanda por cada vez mais lixo, começa a faltar lixo no
mundo. E logo, preocupados com o problema, as grandes nações passam a promover
campanhas maciças para que as pessoas produzam mais lixo. E como nem isso resolve o
problema, as indústrias passam a fabricar, não objetos e produtos que um dia se tornarão
lixo, mas o próprio lixo.

E das linhas de produção, o lixo agora é produzido em massa, com estilo e designs
diferenciados. E novas campanhas incentivando empresas e pessoas a produzirem mais e
mais degradação ambiental, ações que se reverterão depois na produção de mais lixo, são
lançadas diariamente.

Assim, poluir e sujar o meio ambiente torna-se uma qualidade desejável; um fator que dá
status e pedigree diferenciados às nações. E em meio a tanto lixo, comprar, não mais um
produto que um dia pela obsolescência calculada se tornaria lixo, e sim o lixo manufaturado
pelas grandes indústrias, se tornou uma necessidade humana; uma disciplina formal
transformada em doutrina dentro de qualquer pedagogia; um estilo de vida e fator de status
social conjugado como da mais elevada fidalguia.

vE em pouco tempo, produzir lixo se tornaria um gesto nobre, algo capaz de conferir ao
cidadão comum o cobiçado título de “Degradador Honorário da Humanidade”, um prêmio
equivalente ao antigo Nobel da Paz; uma honraria capaz de notabilizar o cidadão nos livros
de história; uma qualificação que logo se tornaria o novo objetivo de vida, a religião, a razão
existencial desse reciclado homem.

Moral da História:
Progresso material sem o respectivo progresso consciencial não passa de retrocesso
integral...

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