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INSTITUTO DE QUÍMICA
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
Boyle usou um tubo longo de vidro moldado em forma de J, com o lado menor
lacrado, no qual verteu mercúrio, prendendo ar no lado menor do tubo. Quanto mais
mercúrio ele adicionava, mais o gás era comprimido, conforme representado na Fig. 1.
Ele concluiu que o volume de uma quantidade fixa de gás (o ar neste caso) diminui quando
a pressão sobre ele aumenta.
Figura 1 - (a) Aparato utilizado por Boyle na execução dos experimentos; (b) Variação
no volume de gás mediante adição de mais líquido no tubo aberto.
Este trabalho é hoje conhecido com a Lei de Boyle. Essa Lei diz que, sob
temperatura constante (condições isotermas), o produto da pressão (P) e do volume (V)
de uma massa gasosa é constante, sendo, portanto, inversamente proporcionais. Qualquer
aumento de pressão produz uma diminuição de volume e qualquer aumento de volume
produz uma diminuição de pressão.
Na Fig. 2 a) se encontra representada a variação da pressão de uma amostra de gás
quando o volume se altera. Cada curva é chamada de isoterma (termo geral para um
gráfico que mostra a variação de uma propriedade à temperatura constante). De acordo
com a Lei de Boyle as isotermas dos gases são hipérboles. Outra representação gráfica,
com a pressão contra o inverso do volume na qual se obtêm uma linha reta, aparece na
Fig. 2 b).
Figura 2 - a) A lei de Boyle resume o efeito da pressão sobre o volume de uma quantidade
fixa de gás, em temperatura constante. Quando a pressão da amostra de gás aumenta, o
volume diminui; b) Em um gráfico da pressão contra o inverso do volume, obtém-se uma
linha reta.
a) b)
PV = a (para n e T constantes)
a 1 P
h Hg atm Equação 1
gh
Hg gás Hg g
As variáveis são as duas alturas enquanto que os demais termos são constantes. Assim,
lançando hHg em função de 1/hgás deve-se obter uma reta cuja tangente é a/(Hg g) e cuja
intersecção é Patm/(Hg g).
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
Barômetro
Termômetro
Manômetro
Régua
3.2 METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
0,265 3,77 0
0,10
0,05
Y = -0,70104 + 0,18894 X
0,00 r = 0,98844
-0,05
Parâmetros Valor
Densidade do Mercúrio (23 °C) 13, 5389 g.cm-3
Gravidade em Uberlândia* 9,79 m.s-2
*O valor da gravidade em Uberlândia é fornecido pelo Instituto de Geografia da
Universidade Federal de Uberlândia (IGUFU) e repassado pela professora.
Conversões de unidades:
𝑃
Como 𝑎 = −0,70104 𝑚 e 𝑎 = − 𝑔𝜌𝑎𝑡𝑚 :
𝐻𝑔
𝑃𝑎𝑡𝑚
𝑔=−
𝑎𝜌𝐻𝑔
91500 Kg/m. s 2
𝑔=−
(−0,70104𝑚) ∙ 13538, 9 Kg/m3
𝒈 = 𝟗, 𝟔𝟒 𝒎 ∙ 𝒔−𝟐
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
Alguns dos processos em que ocorre a variação das condições de um sistema podem
ocorrer em condições ditas como sendo ideais, como:
ΔU = W = -PextΔV Equação 1
𝑄𝑣 𝜕𝐸
𝐶𝑣 = lim = ( )𝑣 Equação 3
ΔT→0 ΔT 𝜕𝑇
𝑄𝑝 𝜕𝐻
𝐶𝑝 = lim = ( )𝑝 Equação 4
ΔT→0 ΔT 𝜕𝑇
As mesmas podem ser expressas em termos da quantidade de matéria, resultando
nas capacidades caloríficas molares a volume e a pressão constantes, equações 5 e 6
respectivamente.
𝐶𝑣
𝐶𝑣, 𝑚 = ( 𝑛 ) Equação 5
𝐶𝑝
𝐶𝑝, 𝑚 = ( 𝑛 ) Equação 6
2. OBJETIVOS
Determinar a razão entre as capacidades caloríficas molares de um gás e verificar
se o gás utilizado tem o comportamento mais próximo de um gás monoatômico ou
diatômico.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
Bomba a vácuo
Colunas de água
Mangueiras
Manômetro
Barômetro
3.2 METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
U = -pdv Equação 8
A variável pressão (p) pode ser dada por p = n R T / n (equação dos gases ideais),
em que n, R, T representam número de mol, constante universal dos gases e temperatura,
respectivamente. A variável U também pode ser dada pelo produto nCv,mDt. Assim,
obtém-se a equação 9:
− 𝑛𝑅𝑇𝑑𝑣
𝑛 𝐶𝑣, 𝑚 𝑑𝑇 = ∫ Equação 9
𝑣
𝑃2 𝑣2 𝑣2
𝐶𝑣, 𝑚 𝑙𝑛 + 𝐶𝑣, 𝑚 𝑙𝑛 = −𝑅 ln Equação 10
𝑃1 𝑣1 𝑣1
Por fim, utilizando a equação 10, sabendo-se que Cp, m = Cv, m + R e substituindo
v2/v1 por P1/P3 em que T1 e T2 são iguais, a equação a qual permite calcular a razão
entre as capacidades caloríficas molares do gás é dada pela equação 11:
𝐶𝑝, 𝑚 𝑃1 𝑃1
= ln ÷ ln Equação 11
𝐶𝑣, 𝑚 𝑃2 𝑃3
Tabela 1- Valores das diferenças na coluna de água e valores de pressão (mmHg) a 25°C,
em que ρ H2O = 0,997 g.cm-3 e ρHg = 13,534 g.cm-3
1,365 − 1,40
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = | | 𝑥 100% = 2,5%
1,40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APARICIO, R. Primeira Lei da termodinâmica- Entalpia/Calorimetria, 2009.
Disponível em http://www.labec.iqm.unicamp.br/cursos/QG107/aula4_4x.pdf>.
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
Equação 1
Equação 2
Λm = κcorr /c Equação 4
De acordo com essa lei, que é válida apenas para soluções infinitamente diluídas,
ajustando-se os pontos experimentais em um gráfico da condutividade molar versus a raiz
quadrada da concentração, determina-se pelo coeficiente linear o valor da condutividade
a diluição infinita, e a partir do coeficiente angular o valor da constante E. A lei de
Kohlrausch, também afirma que em diluição infinita, a dissociação do eletrólito é
completa e, portanto, cada íon liberado contribui para a condutividade do eletrólito; ou
seja, é a soma algébrica da condutividade a diluição infinita dos seus constituintes iônicos.
Com o aumento da concentração da solução, a lei torna-se inaplicável por causa do
aumento nas interações entre os íons, bem como outros motivos.
Equação 6
A constante de dissociação ácida, Ka (mol cm-3), de um ácido fraco é definida pela da lei
da diluição de Ostwald, conforme mostra a equação 7:
Equação 7
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
14 balões volumétricos de 100 ml
Solução de ácido acético 1 mol/L
Solução de ácido clorídrico 1 mol/L
Água deionizada
2 Becker de 50 ml
Pipetas graduadas de 1, 5, 10, 25 ml
Condutivímetro
Papel toalha
3.2 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
m = °m – K.c1/2
Solução 1 2 3 4 5 6 7
Concentração/ mol L-1 0,001 0,005 0,01 0,05 0,1 0,5 1,0
Concentração/ mol.cm-3 1,0x10-6 5,0x10-6 1,0x10-5 5,0x10-5 1,0x10-4 5,0x10-4 1,0x10-3
c1/2 x 10-3 1,0 2,24 3,16 7,07 10,0 22,4 31,6
Condutividade do
Eletrólito 0,095 0,243 0,538 2,55 5,08 25,17 39,22
K x 10-3 / S.cm-1
Temperatura T / °C 22,9 23,4 22,9 23,0 23,0 22,9 22,6
Condutividade Molar
m/ S mol-1 cm2 95,5 48,6 53,79 51,0 50,8 50,34 39,22
90
80
-2
m / S.mol cm
70
-1 60
50
40
30
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030
1/2 1/2 -3/2
c / mol . cm
No gráfico ainda se observa alguns pontos que fazem com que o comportamento
não seja “tão semelhante” ao esperado, isso se deve ao fato de que o experimento é
realizado com soluções diluídas a partir de uma solução HCl 1 M preparada previamente
por um operador diferente (técnico do laboratório). É possível citar ainda como fonte de
erros a qualidade dos reagentes com os quais as soluções são preparadas encontravam-se
fora do prazo de validade, ou seja, apresentam qualidade e grau de pureza duvidosas, além
disso, a água deionizada apresentava condutividade além do limite esperado.
Equação 9
de onde segue:
Equação 10
Equação 11
Equação 9.1
Solução 1 2 3 4 5 6 7
Concentração/ mol L-1 0,001 0,005 0,01 0,05 0,1 0,5 1,0
Concentração/ mol.cm-3 1,0x10-6 5,0x10-6 1,0x10-5 5,0x10-5 1,0x10-4 5,0x10-4 1,0x10-3
Condutividade do
Eletrólito 64,8 97,55 138,9 326,9 470,3 1025 1358
K x10-6 / S.cm-1
Temperatura T / °C 22,6 22,4 22,6 22,4 22,5 22,6 22,6
Condutividade Molar
m/ S mol-1 cm2 64,8 19,51 13,89 6,538 4,703 2,05 1,358
1/m /
S-1 mol cm-2 0,0154 0,0512 0,0720 0,1530 0,2126 0,4878 0,7364
0,8
B
Data4B
2
Cond. Molar / S . mol. cm
0,6
-1
0,4
-1
0,2
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14
-4 -1
Cond. Molar x Conc.. 10 / S.cm
A equação de reta obtida a partir da linearização dos pontos do gráfico é:
Y = -0,016 + 529,015X
r = 0,9959
De acordo com o observado é possível afirmar que nesse caso há uma relação linear
entre o inverso da Condutividade Molar (1/m) e a m x conc para os dados experimentais
coletados, podendo afirmar que o ácido acético segue a Lei de Ostwald.
Ka = α² . c/ (1 – α)
1,24x10-8 = α² . (1,0x10-3)/(1 – α)
α = 0,35 %
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter; PAULA, Físico-Química. Vol. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2008, Cap. 21,
189.
CHANG, R. Físico Química para ciências químicas e biológicas, v.1, 3 ed. São Paulo:
McGrawHil, 2010, p. 250
PRÁTICA 4
DETERMINAÇÃO DE VOLUMES PARCIAIS MOLARES
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
Eq. 1
vid
Vid VA x A VB xB Eq. 2
nA nB
Eq. 3
A Eq. 2, entretanto, perde validade quando misturas reais estão envolvidas (ex.:
etanol-água). Para estes casos os volumes reais da mistura (Vr e ) desviam dos valores
ideais devido ao volume de contração que ocorre na mistura. Assim, os volumes Vr e V̅r
da mistura real podem ser calculados se os volumes ideais dos componentes A e B puros
são trocados pelos volumes parciais molares VA e VB onde:
Eq. 4
Eq. 5
O volume parcial molar de uma substância é o coeficiente angular da curva do
volume total da mistura contra a composição.
Eq. 6
Embora seja considerado as duas integrações como dependentes, como V é uma
função de estado, o resultado final na Eq. 6 é válido, independente de como a solução é
preparada na realidade.
Caso sejam conhecidos o volume real médio da mistura pode ser calculado pela
equação abaixo:
Eq. 7
A diferença entre os volumes molares real ideal define a variação média de volume
molar de mistura ( M V ). O volume molar médio da mistura ( M V ) é uma medida
intensiva do desvio do comportamento ideal da mistura (volume de excesso), podendo
ser representado pela seguinte equação:
Eq. 8
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
Álcool etílico absoluto PA;
Água destilada;
Micropipeta
2 pipetas graduadas de 10 ml
2 béqueres de 250 ml
9 frascos de vidro com tampa cap. 100 ml
1 Picnômetro de 10 ml
Pêra de borracha
Balança
Papel toalha
Termômetro de vidro escala de 10° a 110°
3.2 METODOLOGIA
1 1,420 30,630
2 2,974 29,447
3 4,752 27,968
4 6,966 26,321
5 9,705 24,194
6 12,653 21,724
7 16,964 18,386
8 22,198 14,187
9 29,437 8,369
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
ρ = m/vreal
vreal = ρ . m Eq. 9
vreal = .
vreal = 27,933 cm-3= 27,933mL
Parte 2 – Preparação das misturas água/álcool e Determinação das Frações
Molares Parciais
As massas de álcool, água e da mistura total utilizadas para preparar as soluções
álcool/água encontram-se apresentadas na Tabela 2.
Sabendo-se que a massa molar de cada componente é: MH2O = 18,02 g.mol-1 e MEtOH
= 46,08 g.mol-1, calcula-se o número de mols para cada um dos componentes da mistura,
por meio da Equação 10, e também o número de mols total de cada mistura. Esses valores
estão apresentados na Tabela 3.
1 0,105986 0,894014
2 0,205254 0,794746
3 0,302888 0,697112
4 0,403617 0,596383
5 0,506361 0,493639
6 0,5983 0,4017
7 0,702329 0,297671
8 0,800047 0,199953
9 0,899946 0,100054
Parte 3 – Determinação dos Volumes Molares Parciais
Após a pesagem e preparo de cada uma das soluções coloque-as no picnômetro
previamente calibrado e calcula-se a densidade de cada solução, de acordo com a Equação
12, e também o volume real de cada mistura a partir do volume real do picnômetro obtido
na Parte 1 dessa sessão, de acordo com a Equação 13. Esses dados de densidade e volume
real para cada uma das misturas estão apresentados na Tabela 5.
Além disso, a variação do volume molar (volume molar médio) é uma medida
intensiva do desvio do comportamento ideal da mistura, podendo ser representado pela
Equação 8 ou de forma mais simplificada pela equação 15:
Eq. 14
Os valores para tais volumes calculados por meio das equações acima mencionadas
estão apresentados na Tabela 6.
Tabela 6 – Dados de volume real médio, volume molar ideal e variação do volume
molar
Frasco Vreal médio/ mL Videal / mL ΔmV / mL
Comentários:
Com relação a contração de volume quando realizadas as misturas de água e etanol
vale salientar alguns pontos:
No etanol puro, a interação intermolecular só tem a possibilidade de formarem um
tipo de par potencial, que é o par potencial etanol-etanol. Além das interações
intermoleculares, o etanol puro apresenta um determinado grau de
empacotamento das moléculas e uma determinada entropia, sendo esses três
parâmetros de análise dependentes da temperatura e da pressão sobre o sistema.
Os tipos de interações intermoleculares existentes nesse sistema são diversos e o
importante é que essas interações ocorrem com tal intensidade de modo a conferir,
juntamente com o empacotamento e a entropia, propriedades características ao
etanol, como sua densidade, por exemplo.
Na água pura vale o mesmo raciocínio feito na análise do sistema contendo etanol
puro.
Ao se acrescentar água no etanol, a dinâmica de ambas as substâncias puras
transforma-se na dinâmica de sua mistura, não mais homogênea no tipo de
moléculas. Nessa mistura, além da existência dos pares potenciais água-água e
etanol-etanol, um novo tipo de par potencial surge, o par potencial água-etanol. A
intensidade par potencial água-etanol é maior que dos pares água-água e etanol-
etanol. O surgimento de uma interação intermolecular mais intensa contribui para
a contração do sistema que ocorre juntamente com uma mudança no grau
empacotamento das moléculas. Deve-se salientar também, que há um aumento na
entropia do sistema quando comparado às substâncias puras, surgindo, por
exemplo, a entropia de mistura. Colocando-se numa "balança" os três parâmetros
comentados, e analisando-os antes e após mistura, conclui-se que os volumes não
são ADITIVOS, e que neste caso há uma contração do sistema.
Além disso, vale salientar que essas mudanças nas interações intermoleculares
podem ser observadas experimentalmente, pois, ao se misturar água e etanol há
um aumento de temperatura do sistema, informando ao experimentador que
energia é liberada (processo exotérmico), em outras palavras, as interações que se
formaram, são mais intensas do que as que existiam antes.
Água 18,073
Etanol 58,277
Dessa forma, a partir dos valores de volume molares das substâncias puras e dos
volumes molares médios (ΔmV) é possível determinar os volumes molares parciais de
água e etanol para cada composição de mistura preparada. Para se determinar o
coeficiente diferencial dΔmV/dxi da equação 15, plota-se um gráfico do volume parcial
médio (ΔmV) em função da fração molar para cada componente conforme apresentado na
Figura 1.
Conforme será observado o comportamento observado é referente ao de uma
curva de equação polinomial, na qual se aplicando a derivada em relação à variável X
(fração molar) torna-se possível substituir o valor da derivada na equação 15 e se
encontrar o valor teórico para o volume molar parcial para cada componente, a equação
da curva corresponde a uma equação binomial, com forma genérica semelhante as
equações quadráticas e apresentadas na Equação 16.
y = ax² + bx + c Eq. 16
-1
Volume Parcial Molar Médio / cm³.mol
0,0
-0,2
-0,4
-0,6
-0,8
-1,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Fração Molar de Etanol XEtOH
1 4,042281433 14,55792
2 3,20221672 15,23781
3 2,375983598 15,88938
4 1,523548401 16,46386
5 0,654066019 16,92526
6 -0,123974324 17,27937
7 -1,004331633 17,5232
8 -1,831275616 17,69755
9 -2,676685828 17,95576
Tabela 9 - Valores das derivadas e teóricos para o volume parcial molar do etanol de
acordo com a equação obtida.
Frasco dΔmV/dxetanol Vetanol / mL
1 4,042281433 57,94735
2 3,20221672 57,32949
3 2,375983598 57,03005
4 1,523548401 56,96154
5 0,654066019 57,12094
6 -0,123974324 57,50774
7 -1,004331633 58,13361
8 -1,831275616 59,00049
9 -2,676685828 60,30082
59,5 17,0
-1
Água
(VH O) / cm³.mol
(VEtOH) / cm³.mol
59,0
2
16,5
58,5
16,0
58,0
15,5
-1
Etanol
57,5
15,0
57,0
14,5
56,5
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Fração Molar de Etanol , XEtOH
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, P.; PAULA, J. Físico-Química. Vol. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2008, Cap. 5, 131
e 132.
Capítulo 5 – Misturas Simples. Disponível em:
<http://www.dep.uminho.pt/mcpaiva/pdfs/CPII/0607F08.pdf>.
CHANG, R.; Fisíco-química, para ciências químicas e biológicas. v.3. p.56. 3ª ed.
LIDE, D. R. Handbook of Chemistry and Physics. 74. ed. CRC Press, P. F5 e F7. 1998.
PRÁTICA 5
DETERMINAÇÃO DO CALOR DE NEUTRALIZAÇÃO.
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
H=U + PV Eq. 1
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
Ácido clorídrico 1 mol/L
Hidróxido de sódio 1 mol/L
Água destilada à temperatura ambiente
Água destilada gelada
Frasco de Dewar
Pipeta volumétrica de 50 mililitros
Proveta de 50 mililitros
Termopar
Béquer de 250 mililitros
Densímetros
3.2 METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
T1 23,4 22,9
T2 9,0 13,0
Tf 20,7 20,9
ρ = m/v
m = ρ.v
1ª Medida
m = 0,1496 Kg m = 0,0499 Kg
m = 149,6 g m = 49,9 g
2ª Medida
m = 0,1496 Kg m = 0,0499 Kg
m = 149,6 g m = 49,9 g
O calor produzido na reação é igual ao calor necessário para aumentar a temperatura
da solução e do calorímetro (considerando-se o calorímetro perfeitamente adiabático),
assim:
q reação = q solução + q calorímetro
Onde q é o calor específico dado por:
q = m.c (tf - ti)
Especificando-se cada termo se obtém a seguinte relação de temperatura, massa
e calor específico em relação à água:
1ª Medida
mH2O,q . cH2O .(Tf-T1) + mH2O,f . cH2O (Tf-T2) + Ccal (Tf-T1) = 0
(149,6g).(4,184 J.g-1.°C-1).(20,7°C-23,4°C) + 49,9g.(4,184 J.g-1.°C-1).(20,7°C -
9,0°C) + Ccal (20,7°C – 23,4°C) = 0
753,12 J = 2,7.Ccal
Ccal = 278,93 J.°C-1
2ª Medida
mH2O,q . cH2O .(Tf-T1) + mH2O,f . cH2O (Tf-T2) + Ccal (Tf-T1) = 0
(149,6g).(4,184 J.g-1.°C-1).(20,9°C-22,9°C) + 49,9g.(4,184 J.g-1.°C-1).(20,9°C -
13,0°C) + Ccal (20,9°C – 22,9°C) = 0
397,48 J = 2,0.Ccal
Ccal = 198,74 J.°C-1
Tf 25,8 25,8
Para a reação de neutralização vale se observar que o calor cedido é igual ao calor
absorvido, de modo que:
q cedido + q absorvido= 0
qneut.+ mNaOH . CNaOH . (Tf-T1,NaOH) + MHCl . CHCl . (Tf-Ti,HCl) + Ccal . (Tf-Ti,NaOH) = 0
Vale considerar aqui que como as soluções utilizadas eram diluídas, considerou-se
que o valor do calor específico para o NaOH e HCl eram correspondentes ao da água,
então calculou-se:
1ª Medida
qneut. + 156,75 g.(4,184 J.g-1.°C-1).(25,8°C – 23,1°C) + 50,85g.(4,184 J.g-1.°C-1).
(25,8°C – 21,3°C) + 278,93 J.°C-1.(25,8°C - 23,1°C) = 0
qneut.= -3,48x10³ J
2ª Medida
qneut. + 156,75 g.(4,184 J.g-1.°C-1).(25,8°C – 22,9°C) + 50,85g.(4,184 J.g-1.°C-1).
(25,8°C – 21,2°C) + 278,93 J.°C-1.(25,8°C - 22,9°C) = 0
qneut.= -3,69x10³ J
O valor para a entalpia de neutralização é o valor molar do calor q de reação Sendo
assim, fez-se necessário o cálculo do reagente limitante da reação por meio da
estequiometria da mesma de forma que o valor de q pudesse ser dividido pelo número de
mols encontrando-se, consequentemente, o valor da entalpia.
Resumidamente escreve-se a reação de neutralização entre HCl e NaOH em
solução aquosa diluída da seguinte forma:
Conforme calculado acima utilizou-se 156,75g de NaOH sendo possível concluir que:
HCl é o Reagente Limitante e NaOH é o Reagente em Excesso. Desse modo calculou-
se o número de mols de ácido, utilizando sua concentração levando-se em consideração
o fator de correção obtido pelo técnico por meio de procedimento adequado antes da
execução do presente experimento:
Creal = C x Fc
Creal = 1,000 x 1,030
Creal = 1,030 mol.L-1
Desse modo é possível estabelecer as seguintes relações a fim de calclular o
número de mols de HCl:
1,030 mol HCl 1000 mL solução
Y 50 mL solução
Y = 0,0515 mol HCl
1ª Medida
ΔH°neut = qneut/n° mols
ΔH°neut = (-3,48x10³ J)/0,0515
2ª Medida
ΔH°neut = qneut/n° mols
ΔH°neut = (-3,69x10³ J)/0,0515
É possível observar que o erro experimental está acima do limite desejável de modo
que as possíveis fontes de erro estão associadas à utilização inadequada do calorímetro,
como por exemplo, a indevida vedação antes e após a adição dos reagentes, a necessidade
de rapidez durante a adição dos mesmos para que não se alterasse a temperatura de
estabilização do sistema e também a própria limitação do aparato experimental
(calorímetro) utilizado que não se encontrava nas condições ideais de uso.
Mais detalhadamente: a Lei Zero da Termodinâmica afirma que dois corpos em
contato durante certo tempo atingem o equilíbrio térmico. No entanto, isso apenas ocorre
de o sistema se encontrar termicamente isolado das vizinhanças, ou seja, é necessário que
o experimento seja realizado num adiabaticamente. Embora o calorímetro utilizado na
execução de tal procedimento se tratar de um bom isolante térmico é possível que tenha
ocorrido trocas de calor entre ele e o meio externo, e não somente com a água do seu
interior. Essa troca pode ter ocorrido devido a imperfeições intrínsecas do aparelho e
notadamente devido a falhas ao utilizá-lo. Sendo assim, aos valores obtidos não se
encontram contabilizadas essas trocas térmicas ocorridas entre o calorímetro e o meio
externo.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIDE, D. R. Handbook of Chemistry and Physics. 74. ed. CRC Press, P. F5 e F7. 1998.
PRÁTICA 6
DETERMINAÇÃO DO ABAIXAMENTO DO PONTO DE CONGELAMENTO.
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
Propriedades coligativas, são propriedades das substâncias puras que são modificadas
quando se adiciona um soluto não volátil as mesmas. Essas propriedades, portanto, não
são explicadas pela natureza da substância, mas sim pela quantidade de suas moléculas,
partículas ou átomos. No entanto, tais propriedades incluem o abaixamento da pressão de
vapor, elevação do ponto de ebulição, abaixamento do ponto de congelamento e pressão
osmótica.
As propriedades coligativas compartilham a mesma origem: o abaixamento do
potencial químico µ do solvente líquido devido à adição do soluto (não volátil). A redução
do potencial químico é consequência da variação da entropia, uma vez que essa redução
ocorre mesmo quando a solução é ideal, na qual o ∆Hmistura = 0. Na ausência de soluto, o
solvente líquido puro apresenta uma entropia que reflete a desordem de suas moléculas e
a sua pressão de vapor reflete a tendência da solução em assumir uma entropia maior
(liquido → vapor). Quando o soluto é adicionado, há uma contribuição extra para a
entropia do líquido, uma vez que a entropia do líquido puro é maior do que a entropia do
líquido em solução, devido a menor tendência para passar para a fase vapor.
Para que um líquido mude do estado líquido para o sólido é necessário que a
pressão máxima de vapor na fase líquida seja igual à da fase sólida, desse modo se um
líquido puro está sendo resfriado e está se aproximando do seu ponto de congelamento e
nesse momento adiciona-se soluto à solução, as moléculas desse irão interagir e a pressão
de vapor do líquido irá abaixar, interrompendo a solidificação. Para conseguir solidifica-
la torna-se necessário diminuir ainda mais a temperatura. Quanto mais soluto conter a
solução, menor será seu ponto de solidificação, ou seja, essa depende apenas da
quantidade das espécies envolvidas. Matematicamente, esse abaixamento do ponto de
congelamento pode ser calculado pela seguinte expressão:
∆tc = Kc . C . i Eq. 1
Em que:
i = 1 + α(q-1) Eq. 2
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
* Proveta de 50 ml
* Sal de cozinha
* Gelo picado
* Hidroquinona
* Sacarose
* Termostato
* Bastão de metal
* Ampolas de vidro
* Etanol
* Água destilada
* Recipiente de metal cilíndrico
3.2 METODOLOGIA
Repita o procedimento por quatro vezes adicionando-se no tubo interno 601 e 903 mg
de cloreto de sódio dissolvidos em 15,00 ml de água destilada e 602 mg de sacarose e 601
mg de hidroquinona também dissolvidos em 15 ml de água destilada obtendo-se e
anotando-se as leituras das diferentes temperaturas para cada uma das soluções
preparadas em intervalos de um minuto.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
0 15
1 5
2 1
3 -1
4 -1
5 -1
6 -1
7 -1
8 -1
0 21
1 9
2 6
3 0
4 -3
5 -5
6 -4
7 -4
8 -4
0 15
1 7
2 2
3 -2
4 -4
5 -6
6 -5
7 -5
8 -5
0 18,0
1 9,0
2 3,0
3 0,8
4 -0,1
5 0,0
6 0,0
7 0,0
8 -0,1
9 -0,6
0 20,0
1 9,0
2 3,1
3 -0,2
4 -0,1
5 -0,2
6 -0,2
7 -0,2
8 -0,2
9 -0,2
Tabela 7 - Dados da variação de temperatura em função do tempo para solução
contendo 601 mg de hidroquinona.
Tempo (t) / min Temperatura / °C
0 18,5
1 7,0
2 2,5
3 -0,4
4 -0,6
5 -0,6
6 -0,6
7 -0,6
8 -0,6
9 -0,6
14
Solvente Puro (Água Destilada)
12
Temperatura / °C
10
-2
0 2 4 6 8
Tempo t / min
A partir da análise do gráfico acima se observa que para o solvente puro a temperatura
decresce de maneira aproximadamente linear até que o equilíbrio seja atingido indicando
que essa é a temperatura de congelamento da água (região linear do gráfico). Nesse caso
considerou-se, então, que a temperatura de equilíbrio do solvente puro como sendo – 1°C.
Desse modo é possível observar que os resultados obtidos se encontram em concordância
com o esperado para solventes puros, ou seja, apresenta comportamento semelhante
apresenta na Figura 3.
Figura 2 – Curva de resfriamento esquemática para solventes puros.
10
-5
0 2 4 6 8
Tempo t / min
15
Temperatura / °C
10
0 2 4 6 8
Tempo t / min
20 Solução Sacarose
Solução Hidroquinona
15
Temperatura / °C
10
0 2 4
Tempo t / min 6 8
Sais MX 2
Sais MX2 3
Não Eletrolíticas 1
MM = 49,78 g.mol-1
Sabendo-se que o valor real da massa molar do cloreto de sódio é 58,44 g. mol-1,
calcula-se o erro percentual relativo:
Erro (%) = Valor Verdadeiro – Valor Experimental x 100
Valor Verdadeiro
MM = 56,09 g.mol-1
Sabendo-se que o valor real da massa molar do cloreto de sódio é 58,44 g. mol-1,
calcula-se o erro percentual relativo:
Erro (%) = Valor Verdadeiro – Valor Experimental x 100
Valor Verdadeiro
MM = 373,99 g.mol-1
Sabendo-se que o valor real da massa molar da sacarose é 342,30 g. mol-1, calcula-
se o erro percentual relativo:
Erro (%) = Valor Verdadeiro – Valor Experimental x 100
Valor Verdadeiro
MM = 124,45 g.mol-1
Sabendo-se que o valor real da massa molar da hidroquinona é 110,11 g. mol -1,
calcula-se o erro percentual relativo:
Erro (%) = Valor Verdadeiro – Valor Experimental x 100
Valor Verdadeiro
Os erros obtidos para as massas molares encontradas são razoáveis, sendo que para a
solução de NaCl 601 mg e para a solução de hidroquinona os erros são acima do limite
aceitável (10 %). Era esperado um erro maior para a solução de NaCl 901 mg quando
comparado com a solução NaCl 601 mg já que solução de 900 mg de NaCl a maior
concentração de uma solução promove uma maior interação entre os íons que ficam mais
próximos e mais solvatados, no entanto, isso não é observado. De forma geral, os erros
podem ser atribuídos ao manuseio dos instrumentos durante o experimento, a uma
possível observação equivocada no termômetro, a fatores tais como temperatura e pressão
no dia do experimento, no entanto, com relação aos erros associados aos dados obtidos
pelo grupo 1 se devem principalmente a falta de precisão do termômetro utilizado nas
medições (o mesmo era graduado apenas de 1 °C em 1 °C).
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
PRÁTICA 7
ISOTERMA DE ADSORÇÃO.
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
Adsorção é um fenômeno que ocorre na interface entre duas substâncias, podendo ser
entre um sólido e um líquido, um sólido e um gás ou um líquido e um gás. É
caracterizada pelo aumento da concentração da substância líquida, gasosa ou em
solução na superfície da fase condensada (sólido ou líquido). A fase condensada é
chamada de adsorvente, e adsorve partículas da segunda substância ou solução em seus
poros; a substância ou solução que tem suas partículas adsorvidas na superfície da fase
condensada é chamada de adsorbato. A quantidade de adsorvato adsorvida na superfície
depende da sua natureza e concentração (ou pressão), da natureza do adsorvente e da
temperatura.
A adsorção em solução consiste em uma massa conhecida de sólido adsorvente sendo
agitada num volume conhecido de solução, a uma dada temperatura, até que a velocidade
de adsorção de novas moléculas seja igual a velocidade de dessorção das moléculas
adsorvidas, ou seja, até que não haja mais variação na concentração da solução
sobrenadante. Essa concentração pode ser expressa por uma variedade de métodos e os
dados experimentais são expressos usualmente em termos de isoterma aparente de
adsorção, na qual se representa graficamente a quantidade de soluto adsorvida numa dada
temperatura por unidade de massa de adsorvente contra a concentração de equilíbrio.
Os átomos e as moléculas podem ligar-se de duas formas a uma superfície sólida, isto
é, a adsorção pode ser física ou química. Na adsorção química (conhecida também como
quimissorção), átomos ou moléculas unem-se à superfície do adsorvente por ligações
químicas (geralmente covalentes), levando a formação de um composto químico de
superfície, ou complexo de adsorção. Neste caso, o calor de adsorção é da mesma
ordem de grandeza dos calores de reação. Nesse tipo de adsorção, os átomos ou
moléculas são ligados a superfície do sólido, havendo a possibilidade de o adsorvente e o
adsorvato não se separarem.
A adsorção física (também chamada de fisissorção) é não-específica e rápida, ocorre
por meio de interações fracas, como as interações de van der Waals (forças dipolo-dipolo
e forças de polarização, envolvendo dipolos induzidos) entre o adsorvato e adsorvente,
podemos melhor defini-la como sendo aquela que ocorre quando as forças
intermoleculares de atração das moléculas na fase fluida e da superfície sólida são
maiores que as forças atrativas entre as moléculas do próprio fluido. O calor de adsorção
é pequeno e da mesma ordem de grandeza dos calores de condensação. Nesse tipo de
adsorção, não há ligações sendo formadas ou quebradas, de modo que o processo é
reversível.
Na adsorção física podem formar-se camadas moleculares sobrepostas, enquanto que
na adsorção química se forma uma única camada molecular adsorvida (monocamada).
Dentre os fatores que influenciam o processo de adsorção, estão: os tipos de estrutura dos
poros (ultramicropóros, supermicropóros, mesoporos e macroporos); as propriedades do
adsorvente e os grupos funcionais que desempenham papel importante no mecanismo e
na capacidade de adsorção; a temperatura; a solubilidade do soluto; o pH do meio;
agitação e tempo de contato.
Há na literatura um número expressivo de trabalhos relacionados aos diversos
materiais adsorventes (que possuem propriedades adsortivas), tais como as argilas,
zeólitas, nanoadsorventes magnéticos e o uso de carvão ativado. O carvão ativado é um
dos materiais mais utilizados no processo de adsorção, por apresentar intensa porosidade
interna e em muitos casos, podendo ser preparado utilizando-se bioadsorventes
preparados a partir de biomassas, tais como cascas de frutas, derivados de lixo, do bagaço
da cana, etc.
Vários fatores podem influenciar na intensidade de adsorção de um composto, esta
pode ser afetada pelas características do carvão (distribuição e volume dos poros, área
superficial) e condições operacionais (vazão, tempo de contato, pH, temperatura, pressão,
concentração do adsorvente).
A quantidade de substância adsorvida na superfície decresce com o aumento da
temperatura, já que todos os processos de adsorção são exotérmicos. A uma temperatura
constante a quantidade adsorvida aumenta com a concentração do adsorbato (em solução
ou na fase gasosa), e a relação entre a quantidade adsorvida (x) e a concentração (c) é
conhecida como a isoterma de adsorção, sendo as mais utilizadas no estudo da adsorção
as isotermas de Langmuir, Freundlich e Brunauer, Emmett, Teller (BET).
Somente a concentrações muito baixas é que x é proporcional a concentração.
Geralmente a quantidade adsorvida aumenta menos do que proporcionalmente à
concentração, devido à saturação gradual da superfície.
Diversos pesquisadores propõem, a partir de dados experimentais, expressões
matemáticas que se ajustam a diferentes curvas isotérmicas em condições experimentais
definidas. No entanto, os modelos usualmente aplicados ao ajuste são os modelos de
Isoterma de Freundlich, que melhor se aplica a fenômenos de adsorção que ocorrem com
formação de multicamadas e a Isoterma de Langmuir, na qual os sítios do adsorvente são
todos equivalentes e considera-se que as moléculas adsorvidas não interagem umas com
as outras nem saltam de um sítio para outro e a adsorção completa-se quando todos os
sítios forem ocupados, correspondendo a uma monocamada de adsorbato.
A isoterma de Langmuir pode ser descrita pela Eq. 1:
Equação 1
Onde:
m = a massa do sólido (adsorvente);
a = constante que está relacionada com a área do sólido, sendo uma medida da capacidade
de adsorção do adsorvente para um dado adsorbato;
b = constante que está relacionada com a entalpia de adsorção;
x – quantidade adsorvida;
c - concentração do adsorbato.
Sistemas que são descritos pela Isoterma de Freundlich, são descritos pela Eq. 2:
Equação 2
O expoente 1/n é adimensional, tem valor entre 0,1 e 1,0 e está relacionado com a
intensidade da adsorção.
A Eq. 2 também pode ser escrita de forma a fornecer a equação de uma reta, de acordo
com a equação abaixo:
Equação3
É importante se conhecer as isotermas de adsorção, pois elas nos dão condições para
avaliar a capacidade de retenção de adsorbatos por um carvão ativado, fornecem
informações importantes sobre o mecanismo de adsorção e mostram a relação de
equilíbrio entre a concentração na fase fluida e a concentração nas partículas adsorventes
em uma determinada temperatura.
A adsorção é apresentada como uma alternativa importante e economicamente viável
em muitos casos e tem grandes aplicações tecnológicas. Alguns adsorventes são
utilizados em larga escala em processos de secagem, como catalisadores (catálise
heterogênea), purificação de gases e líquidos, controladores de poluição (como
componentes de catalisadores em veículos), etc. Muitas drogas são adsorvidas
seletivamente, e assim sua atividade no organismo se deve à adsorção que sofrem nos
diversos tecidos. Matérias corantes que seriam perdidos em águas de despejo podem ser
recuperadas pela adsorção do carvão e o próprio processo de tintura é muitas vezes um
procedimento de adsorção de corante na fibra.
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
Pipeta volumétrica de 5 e 10 ml
Pipeta graduada de 10 ml
Balão volumétrico de 250 ml
5 balões volumétricos de 100 ml
3 Erlenmeyers de 125 ml
Solução de NaOH 0,5 mol/L (FC= 0,92)
3.2 METODOLOGIA
PARTE 1
Repita a padronização e calcule a concentração pela média dos dois valores obtidos.
Prepare (com o restante da solução padronizada) volumes de 100 mL de soluções de ácido
acético nas concentrações 2,0; 0,70; 0,25; 0,10; 0,050 M. Ademais, pese seis amostras de
2 g de carvão ativo que são transferidos para sete frascos com rolhas (o carvão tem que
ser pesado rapidamente para impedir a adsorção de impurezas da atmosfera). Transfira
100 mL das soluções de ácido acético preparadas para cada um dos frascos que contém
carvão ativo, numerando-os de 1 a 5 e deixe o sistema em repouso durante uma semana.
PARTE 2
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
1 : 1
1ª medida - v1 = 11,20 mL
C = n/v
nOH- = C.v
nOH- = (0,895 mol.L-1) x (11,20.10-3 L)
nOH- = 0,010024 mol
2ª medida - v2 = 11,15 mL
C = n/v
nOH- = C.v
nOH- = (0,895 mol.L-1) x (11,15.10-3 L)
nOH- = 0,009979 mol
nOH- = nH+
nH+ = 0,0100015 mol
Dessa forma, de posse do número de mols da H+ consumidos na reação e
sabendo-se que é pipetada uma alíquota de 5,00 mL para a titulação calcula-se a
concentração da solução de HAc:
C = n/v
C = (0,0100015 mol)/(5,00x10-3 mL)
C = 2,0003 mol.L-1
x (g) – massa de ácido acético inicial (M(A)i) – massa de ácido acético final (M(A)f)
(quantidade adsorvida);
Eq. 1
Eq. 2
B
50 Data1B
40
c.(x/m) / mol.L-1
30
-1
20
10
-1,04 B
Data3B
-1,12
log (x/m) / u.a.
-1,20
-1,28
-1,36
-1,44
-1,6 -1,2 -0,8 -0,4 0,0 0,4
log c / u.a.
De acordo com o que é possível observar após a execução dessa etapa e da análise
dos gráficos, é possível afirmar que o gráfico que apresentou comportamento mais linear,
ou seja, mais próximo ao de uma reta, é a isoterma construída em função dos parâmetros
de Langmuir, com coeficiente de linearidade (r) consideravelmente próximo a 1 (r =
0,98257), enquanto que para o gráfico plotado em função dos parãmetro s de Freundlich
obteve-se uma coportamento gráfico bem distante da linearidade (r = - 0,35401). Sendo
assim, é possível concluir que a adosorção ocorrida no presente experimento é química.
log K = -1,2777
k = 0,053
K corresponde à constante de adsorção
n-1 = -0,0655
n = -15,27
O termo n é adimensional, tem valor menor do que um, e está relacionado com a
intensidade da adsorção. É possível observar discrepância enorme, posteriormente
discutida, entre o valor calculado e o teórico (valor entre 0 e 1,0).
Além disso, o resultado obtido experimentalmente não se encontra de acordo com
as informações obtidas da literatura para esse tipo de adsorção.
. Primeiramente anota-se as seguintes informações obtidas a partir da realização
do procedimento: o ácido acético (H3CCOOH) é uma dentre as diversas substâncias
químicas capazes de agir como adsorvato frente ao carvão ativado, isso porque seu caráter
polar conferido pelo grupo carboxila e pela pequena cadeia carbônica permite uma
interação com o carvão, sendo este último um bom adsorvente. Em solução de ácido
acético contendo carvão ativado, é possível perceber a adesão desse ácido, à medida que
a quantidade de ácido acético livre no meio diminui.
O carvão ativado é classificado como um adsorvente hidrofóbico. Os ácidos
carboxílicos têm em suas moléculas pelo menos dois grupos funcionais, o grupo alquila
e o grupo carboxila, de forma que o grupo alquila está orientado perpendicularmente à
superfície do adsorvente não polar e o grupo carboxila em direção à solução; o contrário
pode ser aplicado aos adsorventes polares.
O adsorvente (carvão) é utilizado em pó o que possibilita que seja maior a
superfície de contato entre as moléculas em solução e a superfície adsorvente visto que
no processo de adsorção ocorre uma acumulação de moléculas sobre a superfície do
adsorvente de modo que o equilíbrio é atingido mais rápida e eficientemente.
Dentre as vantagens de se utilizar o carvão ativado, como agente adsorvente no
experimento, estão:
O carvão ativado apresenta a possibilidade de recuperar o produto puro e
reutilizá-lo;
Alta eficiência de remoção em baixa concentração inicial;
Reduzido custo de energia;
É facilmente separado do líquido tratado o que permite uma fácil e flexível
operação do processo.
5. CONCLUSÃO
NIE, H.L., et al. Adsorption mechanism of Cu2+ from aqueous solution by chitosan-
coated magnetic nanoparticles modified with -ketoglutaric acid. Colloids and
SurfacesB: Biointerfaces, v. 74, p. 244-252, 2009.
Remoção de Cálcio (II) em solução aquosa por meio de carvões ativados submetidos
a tratamentos superficiais. João Pessoa, 2009. Tese. Universidade Federal da Paraíba.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXecAK/relatorio-fis-quim>.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE QUÍMICA
PRÁTICA 8
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
O peróxido de hidrogênio, conhecido popularmente como água oxigenada, é um
líquido incolor a temperatura ambiente, cuja fórmula molecular é H2O2. Ele possui
diversas aplicações entre elas: agricultura, desinfecção de alimentos, mineração e
metalurgia, plastificantes e polímeros, produtos de uso pessoal e cosméticos, sabões e
detergentes.
Eq. 5
Esta expressão nos mostra que a meia-vida (t1/2) de uma reação de 1ª ordem não
depende da concentração inicial, ou seja, o tempo para a concentração inicial de um
reagente reduzir.
Como a reação de decomposição do peróxido de hidrogênio acontece muito
lentamente em condições normais, catalisadores podem ser adicionados a fim de se
acelerar esse processo. Como já mencionado anteriormente catalisadores são, por
definição, substâncias que aceleram a reação pela diminuição da energia de ativação, mas
não são consumidos, fazendo parte apenas de compostos intermediários. Portanto um
catalisador aumenta a velocidade da reação, sem ser consumido na mesma. Em uma
mesma temperatura, uma fração maior de moléculas de reagente pode cruzar a barreira
de energia mais baixa da trajetória catalisada e se transformar em produtos, como pode
ser visualizado no gráfico abaixo:
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1.MATERIAIS UTILIZADOS
- 1 Pipeta volumétrica de 10 mL
- 1 Pipeta volumétrica de 25 mL
- 4 Béqueres de 50 mL
- 1 Bureta de 100 mL
- PbO
- PbO2
- MnO2
3.2 METODOLOGIA
Monta-se o esquema experimental, substituindo o reator por um balão de 250 mL
e o banho por uma manta de aquecimento.
- Após aproximadamente 4 minutos, aqueça o sistema reacional para que todo o peróxido
se decomponha.
- Repita os passos anteriores para o catalisador mais eficiente, variando-se a massa deste
para o dobro da massa inicial, mantendo-se 3 mL de H2O2.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
Os dados obtidos a partir das medições dos volumes de O2 produzidos nas reações
de decomposição do H2O2 utilizando-se os catalisadores: PbO2, PbO e MnO2,
respectivamente.
Tempo /s V / cm3
10 14
20 18
30 18,6
40 19,4
50 19,8
60 20
70 20,2
80 20,4
90 20,8
100 20,8
110 20,8
120 20,8
130 20,8
140 20,8
150 20,8
Eq. 6
Eq. 7
Aplicando o logaritmo nepteriano nos dois lados da igualdade e valendo-se das
propriedades do logaritmo a Eq. 7 pode ser reescrita da seguinte forma:
ln[A] = ln[A]o – kt Eq. 8
Para sistemas gasosos tem-se que V∞ corresponde ao volume de nivelamento da
coluna e VT ao volume final da coluna, sendo a diferença destes correspondentes à
variação do volume do líquido na coluna de nivelamento e, portanto, ao volume de
oxigênio produzido na decomposição do peróxido de hidrogênio.
Observa-se que a equação 3 refere-se à uma equação de reta do tipo: y = a.x + b,
dessa forma, construindo-se um gráfico de ln(V∞-VT) em função do tempo, obtém-se uma
reta cujo o coeficiente angular é igual a constante de velocidade da reação procedida com
um dado catalisador.
Além disso, outro parâmetro de interesse cinético que pode ser obtido também a
partir desse experimento é o tempo de meia vida, que trata-se do tempo gasto para que a
concentração da espécie reagente na reação caia a metade, ou seja, [A]0 = [A]/2, obtendo-
se a Equação 8.
Eq. 9
Então a equação 9 pode ser escrita conforme já descrito na Equação 4, citada no item 1,
a qual é abaixo desenvolvida :
ln(0,5) = - k. t1/2
- ln(0,5) =k. t1/2
ln(2,0) = k. t1/2
Eq. 10
Com base na construção de gráficos do ln(V∞ - Vt) contra o tempo medido, utilizando
a equação da reta fornecida, através do coeficiente de linearidade da mesma é possível
determinar qual dos catalisadores utilizados é o mais seletivo. De acordo com as
informações contidas na Tabela 1, construiu-se o gráfico de ln(V∞-Vt) em função do
tempo de reação para os três catalisadores utilizados, apresentados na Figuras 5, 6 e 7.
22
21
Y = 19,16111 - 0,06367X
20 r = -0,83845
19
ln (Vinf - V0)
18
17
16
15
14
0 20 40 60 80 100
tempo / min
35
30 Y = 31,64588 - 0,05168X
r = -0,96898
ln (Vinf - V0)
25
20
15
Y = 30,06667 - 1,15X
25 r = -0,97043
ln (Vinf - V0)
20
15
10
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
tempo / min
Depois de realizar os cálculos para cada catalisador escolheu-se o mais eficiente. Para
a escolha deste, analisaram-se as constantes de velocidade e o tempo de meia-vida de
cada reação de decomposição com o seu respectivo catalisador, sendo que, o catalisador
que apresentou maior constante de velocidade e o menor tempo de meia vida é
considerado o catalisador mais eficiente, o qual neste experimento é o Dióxido de
Manganês, como mostrado a tabela 2, conforme previsto pela teoria.
t/s V / cm³
2 1
4 1,6
6 2
8 2,6
10 3
12 3,6
14 4,2
16 4,6
18 5,2
20 5,8
22 6,2
24 6,4
26 7
28 7,4
30 7,8
32 8
34 8,4
36 8,6
38 9
40 9,2
42 9,4
44 9,6
46 9,8
48 10
O gráfico referente aos dados experimentais para a reação de decomposição de 1,5 mL de H2O2
30% (m/m) catalisada com dióxido de manganês encontra-se na figura 6.
18
Y = 17,52681 - 0,19974X
16 r = - 0,98808
ln (Vinf - V0)
14
12
10
8
0 10 20 30 40 50
tempo / s
ln (Vinf - V0)
25
20
15
0 10 20 30 40 50
tempo / s
5 CONCLUSÃO
Conclui-se com este experimento que a reação de decomposição do peróxido de
hidrogênio apresenta cinética de primeira ordem visto que a plotagem dos dados
apresentou a linearidade esperada. Observa-se que a reação de decomposição catalítica
do peróxido de hidrogênio apresenta maior eficiência na presença do catalisador dióxido
de manganês, nas condições iniciais com 3,0 mL de H2O2 30% e 0,038g de MnO2. Neste
experimento, verifica-se também que a mudança na concentração do peróxido provoca
uma mudança na constante de velocidade da reação e por consequência no tempo de meia
vida, o mesmo é observado para a mudança na massa do catalisador utilizado. Os desvios
da teoria podem ser relacionados a erros experimentais de observação por parte do
manipulador dos instrumentos e também à dificuldade de manutenção de temperatura e
pressão. Apesar dos erros encontrados pode-se concluir que o experimento é bem
realizado e seus objetivos alcançados.
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
PRÁTICA 9
DIAGRAMA BINÁRIO LÍQUIDO-VAPOR
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
Os diagramas de fases são mapas que contêm as pressões e temperaturas onde cada
uma das fases de uma substância seja mais estável. Uma fase representa uma forma da
matéria a qual seja homogênea em relação à composição química e ao estado físico. Estes
diagramas são considerados como as mais compactas formas de se exibirem as mudanças
de estado físico de uma substância ou uma mistura e sua composição. Entretanto, os
equilíbrios de fases de sistemas compostos por duas espécies são mais complexos, pois é
acrescentada uma variável. Assim nesse caso, tem-se como variáveis a pressão, a
temperatura e a composição da mistura, e por isso seria necessário o tratamento de
sistemas envolvendo gráficos tridimensionais.
Neste sentido, todos os diagramas de fases podem ser discutidos em termos de uma
relação geral, a regra das fases, deduzida pela primeira vez por J.W.Gibbs. A regra das
fases é a equação que determina o número de ariáveis independentes do sistema,
estabelece o aspecto geral do diagrama de fases e expressa a relação genérica entre os
graus de liberdade (F) de um sistema, o número de fases (P) e o número de componentes
(C) no equilíbrio para qualquer sistema.
Equação 1
Lembrando que grau de liberdade (F) é o número de variáveis de estado intensivas
que podem ser variadas independentemente, sem perturbar o número de fases em
equilíbrio.
As misturas não ideais formam azeótropos, esse nome é dado a uma mistura de
líquidos composta por um ou mais componentes que em condições específicas entram em
ebulição em uma mesma temperatura, é considerado como uma substância pura (apesar
de não ser), pois a constituição da fase gasosa da mistura é igual à composição da fase
líquida, haja vista o fato de a mistura possuir ponto de ebulição fixo e constante, o que
faz com que haja a ebulição da mistura como um todo e não como componentes em
separado.
Há algumas classificações de azeótropos, baseando-se nos valores de ponto de
ebulição:
Para misturas com ponto de ebulição maiores do que os das substâncias que as
compõem classificam-se como: azeótropo de máximo.
Para misturas com ponto de ebulição menores do que os das substâncias que o
compõem: azeótropo de mínimo.
Isto se deve por desvios da lei de Raoult que ocorrem por causa das fortes forças de
atração entre as moléculas do composto. No desvio negativo, as atrações entre moléculas
diferentes são mais fracas do que nas iguais, e no positivo, a força de atração das
moléculas dos componentes são mais fortes do que entre moléculas idênticas
São representados pelos seguintes gráficos:
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
- Sistema de destilação.
- Clorofórmio PA.
- Acetona PA.
- Béquer de vidro de 250 mL.
- Funil de vidro.
- Duas provetas de 50 mL
3.2 METODOLOGIA
69,0 0
69,0 15,0
69,0 22,0
69,0 37,5
69,0 60,0
65,0 0
65,0 5,0
65,0 12,5
65,0 20,0
65,0 32,5
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
De acordo com os valores de índice de refração obtidos para cada amostra denotou-
se a respectiva composição das misturas, dados apresentados na Tabela 6 e 7, de acordo
com o observado na Tabela 5.
Tabela 5 – Índice de Refração da mistura acetona-clorofórmio
59 Destilado
Resíduo
58
Temperatura / °C
57
56
55
30 40 50 60 70 80 90 100
Fração Molar de Clorofórmio / %
64,7 − 58
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 (%) = × 100
64,7
O erro indica certa discrepância do dado experimental em relação ao teórico, isso está
relacionado com os erros associados a execução do procedimento e demais variáveis
envolvidas no mesmo, dentre os quais cita-se: os valores tabelados são medidos ao nível
do mar, no caso de Uberlândia onde se realizou o experimento, ocorre uma variação desse
valor devido à diferença de pressão e temperatura, o que ocasiona uma queda na
temperatura real de ebulição para a mistura, este fator pode justificar parte do erro
encontrado, impurezas presentes nos reagentes, na leitura do índice de refração ou erro
na leitura do termômetro.
5. CONCLUSÃO
PRÁTICA 10
UBERLÂNDIA – MG
1. INTRODUÇÃO
Para a determinação da ordem de uma reação ou sua lei de velocidade, pode-se utilizar
a mudança de coloração da reação do cristal de violeta com o hidróxido de sódio. Para
acompanhar a reação utiliza-se um equipamento denominado espectrofotômetro, em que
se verifica a mudança da coloração da mistura que é um dos indicativos de que uma
determinada reação está se processando.
d cristal
dt
k 2 OH cristal
m n
Equação [1]
d cristal
k cristal
n
dt
Equação [2]
Sendo a concentração de OH-, englobada na nova constante
𝑘 = 𝑘2 [𝑂𝐻 − ]𝑚 K
Equação [3]
A seguir, tem-se uma tabela que ilustra a ordem de reação e suas equações
correspondentes:
Equação [4]
2. OBJETIVOS
Os objetivos experimento são determinar a Lei de Velocidade da reação do cristal
violeta com o hidróxido de sódio e determinar a ordem de reação em relação aos
reagentes.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
- Espectrofotômetro.
3.2. METODOLOGIA
Primeiramente, prepare uma solução de cristal violeta tomando-se 10 mL da
solução 0,030 g/L e diluindo a mesma para 100 ml. Meça a absorbância da solução
preparada em λ = 590 nm e calcule a constante espectroscópica Kespec..
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
[EXEMPLO]
0.030 g 1000 mL
x 10 mL
x = 0,0003 g
0.030 g 1000 mL
x 10 mL
x = 0,0003 g
x _________ 4 mL
x = 0,0004 g
Inicialmente foi realizada a medida do valor de absorbância para o A0, sendo que o valor
encontrado foi de 0,667, em λ = 590 nm.
4 0,505 4 0,556
8 0,433 8 0,473
12 0,383 12 0,410
16 0,332 16 0,354
20 0,292 20 0,310
24 0,258 24 0,271
28 0,231 28 0,242
32 0,206 32 0,217
36 0,185 36 0,204
A = ε d [cristal]
A = ε d [cristal]
Para n = 0
[cristal] – [cristal]O = - Kt
[cristal] = [cristal]O – Kt
Para n =1
ln [cristal] – ln [cristal]O = - Kt
ln [cristal] = ln [cristal]O – Kt
Para n = 2
1 1
= 𝐾𝑡 +
[𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙] [𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙]𝑂
A = ε d [cristal]
𝐴
[𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙] =
εd
Com os dois conjuntos de dados absorbância-tempo obtidos (tabela 02), tornou-se
possível, com a aplicação da lei de Lambert-Beer, testar a validade de cada valor de n
proposto no roteiro do experimento.
0,60
0,008 M 0,50
0,55
y = 0,553 - 0,001081 x 0,016 M
0,45 y = 0,457 - 0,011 x
0,50 r = 0,941
0,40 r = 0,8644
0,45
Absorbância
0,35
Absorbância
0,40
0,30
0,35 0,25
0,30 0,20
0,25 0,15
0,20 0,10
0,05
0,15
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40
t / min t / min
a) b)
Figura 2 – Gráfico de ln At em função do tempo com n = 1 para: a) primeira medição; b)
segunda medição.
0,016 M
-0,6 -0,6 y = -0,626 - 0,048 x
0,008 M
r = 0,9713
y = - 0,502 - 0,031 x -0,8
-0,8 r = 0,9893
-1,0
-1,2
-1,0
-1,4
lnA
-1,6
-1,2
lnA
-1,8
-1,4 -2,0
-2,2
-1,6 -2,4
-2,6
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40
t / min
t / min
a) b)
0,008 M
y = 1,2915 + 0,1006 x 0,016 M
5,0 r = 0,99565 10 y = 0,7253 + 0,2434 x
r = 0,99471
9
4,5
8
4,0
7
3,5 6
1/A
5
3,0
1/A
4
2,5
3
2,0 2
1,5 1
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40
t / min
t / min
a) b)
Para n = 2
1 1
= 𝐾𝑡 +
At A𝑂
0,2434
0,016𝑚 = 0,1006x (𝑜, 𝑜𝑜8)𝑚
2𝑚 = 2,4195
m x ln2 = ln 2,4195
0,8836
m= 0,693
m = 1,27
Pela equação 5:
0,1006 = K x 0,0081,27
0,1006
k = 2,1723𝑥10−3
k = 46,31 dm3mol-1min-1
Pela equação 6:
0,2434 = K x 0,0161,27
0,2434
k=
5,2388𝑥10−3
k = 46,46 dm3mol-1min-1
v = k[cristal]n.[OH-]m
onde a soma de n mais m representa a ordem global da reação, portanto como m é igual
a 1,27 e a reação é de segunda ordem, temos que n é igual a 0,73.
A = ε d [cristal]
𝐴
[𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙] =
εd
Por fim, ainda com o intuito de validar os resultados, verificou-se a soma das ordens
de reação m e n que foi aproximadamente igual à molecularidade da reação do cristal-
violeta com o hidróxido de sódio (molecularidade 2):
m+n=1+1=2
Durante o experimento em questão pode ter ocorrido alguns erros de leitura como:
alterações durante a diluição dos corantes, visto que qualquer quantidade acima ou abaixo
pode afeitar no resultado; restos de outras soluções também podem afetar a leitura da
solução, e o tempo de reação pode ter passado alguns minutos a mais ou a menos por falta
de atenção do operador.
5. CONCLUSÃO
A abordagem do tema estudado é de grande importância, uma vez que a técnica
fotocalorimetrica é bastante utilizada na indústria, principalmente na indústria têxtil,
tintas e tratamento de efluentes, as quais alguns de nós teremos bastante contato no futuro.
Os objetivos propostos devem ser alcançados, uma vez que após analisados os dados
pudemos obtém-se a linearidade do gráfico de ln [A] versus o tempo (min), indicando que
a ordem da reação é de segunda ordem, além de determinarmos a ordem parcial (n e m)
de cada reagente.
Além disso, vale colocar que alguns erros de leitura podem ocorrer durante a execução
do presente experimento fazendo com que os ados se desviassem em parte do esperado.
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
CHANG, R. Físico Química para ciências químicas e biológicas, v.1, 3 ed. São Paulo:
McGrawHil, 2010, p.445