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individuos desmemcnriados que desaprendem atos e mo- A aprendizagem ideativa é tâo importante e neces-
vimentcs, como, por exemple, tocar piano ou escrever. sâria quanto qualquer das outras duas (motora e afe-
Mas se a memoria é "condiçâo" para a aprendi- tiva). O ùnico êrro é fazê-Ia fiiialidade dominante da
zagem motora, ela é, ao mesmo tempo, subordinada escola, deixando quase de lado as outras duas. Nao
condenamos o intelectualisnio da escola: condenamos
aos proprios prlnciplos dessa aprendizagem motora. Na
apenas o seu excesso, em prejuizo da aprendizagem
realldade, para memorizar é precise apenas format motora e afetiva.
conexoes nervosas, tal como acontece para adquirir-
mos qualquer rejlexo.
A aprendizagem intélectualista é imprescindiyel na
vida humana; basta lembrar a propria definiçâo do
Aprende-se a guardar algo de memoria da mesma g um animal Tacional. Êle sô se diferencia
forma que se aprende a andar ou a tocar tambor. A dos outres animais porque tem raciocinio, isto é, idéias,
memorizaçâo é run fenômeno tâo mecânico quanto conceitos, juizos.
êsses. Além disso, hâ uma série enorine de cousas, que
Por tal motive é que insistimos sempre em dizer nâo podem ser adqulridas senâo pela aprendizagem idea
que, do ponto de vista pedagôgico, decorar nào é apren- tiva, como por exemplo, assuntos de Matematica, de
der. Inûmeras provas têm sido feitas pelos psicôlogos, Filosoiia, de Histôria, etc.
mostrando que o individuo decora "rios da Europa" ou
"regras de civilidade" ou "verbes irregulares" da mesma 204 1) VERBALISMO. — Infelizmente o ensino
forma e com a mesma inconsciência com que decora intelectualista corre sempre o grave perigo de se redu-
"silabas sem sentido", isto é, mecânicamente! zir a erisino verbalista: é que o aluno, de acordo com
Fazer uma criança repetir dez vêzes uma frase a "lei do mener esfôrço", em vez de aprender ideias,
como "U77i menino hem educado deve respeitav limlta-se a aprender palavras.
mestre", ou rezar, mecânicamente "Padre Nosso que es Nâo tendo, muitas vêzes, nenhum intéressé em
tais nos céus... é, do ponto de vista psicolôgico, a compreender o que o professor diz (porque nâo houve
mesraa cousa que fazê-la repetir, com perfeiçâo, as sila uma motivaçào que os despertasse), os alunos se limi-
bas raur-fro-ten-pil-laf-oro-hac-razi. — Que valor tem tam a decorar as palavras que o mestre transmite, ou
essas decoraçôes? Nenhum! que copiam em seus cadernos, ou que lêem nos livres.
A decoraçâo é, pois, imia consequência muito co-
mum, e dificilmente evitâvel, da aprendizagem idea
§ 2 0 4 ) A P R E N D I Z A G E M I D E AT I VA
tiva ou intelectualista. iÉ a deturpaçâo do ensino in
O segundo tipo de aprendizagem é o da aprendi- telectualista .
O verbalismo reduz o ensino a "palavras, palavras,
^^Snifica adquirir idéias, informaçôes, nada senào palavras", na expressâo tâo celebrada de
tnai nn " .. É a aprendlzagcm intelec- SHAKESPEARE. Sâo palavras que o professor fala, o
p p i p r i p îaa escola
celencia, ^ ^ desenvolve.
a p r e n d i z aCom
g e m efeito
q u e 90
, pou
o r95^ aluno escuta, grava e répété com muito acêrto: mas
ministrado nas escolaS nâo as intégra na sua consciência, nào as incorpora à
tra^cionais
o cerebro doéalmtelectualista:
mio de coiAecim tem
entopor obietivo
s! idéLs encbet
e conceitos.
345
PSICOLOGIA EDUCACIONAL
344 AFRO DO AMARAL FONTOURA
intelectualista: ensinar idéias, informaçôes, conheci- Para qne "inatruçâo moral e civica"?
mentos, conceitos. No entanto, nunca o mundo preci- ^
sou tanto como hoje que a escola desenvolva a apren- . É por êsse motivo que sempre nos lemos manifestado con
afetiva. Vivemos num mundo em crise, e tra a volta ao curriculo da matéria denominada antigamente
^ sobretudo de valores morals (visto que no de "INSTRUÇAO MORAL E CIVICA": nâo adianta fazer o aluno
aprender, durante um ano inteiro, o que é moral, o que é carâ-
o ml?" '^P'^eciinentos e técnicas o mundo atingiu ter, "deveres do bom cidadâo", etc., se a criança continua a agir
na vida diâria exataniente como antes de aprender essas de
-™lde 'lue se poderia sonhar finiçôes. O que adianta é desenvolver, dia por dia, durante
satélites artificlli?™"^^' super-sônicos, foguetes e o curso inteiro, da 1.^ à 5.® série, atitudes, comportamentos mo
rais, sociais, religiosos e estéticos no aluno o que nâo se pode
fazer com aulas, em dias e horas marcadbs com sabatinas e
a tôda escola e, principalmente, ■exames, mas sim através da orientaçào diâria de suas ativida-
uma consclE'^oml desenvolver nas crianças •des, a todos os mementos.
Mas fique bpm p? naqueles sentimentos.
transmltir conhecimentos
^^menios d^M
de Moral (definiçôes, concei"
348 AFRO DO AMARAL FONTOURA. 349
PSICOLOGIA EDUCACIONAL
mulos e à motivaçâo fomecidos pelo professor. Nao
existe aprendlzagem passiva: o aluno Imovel na car- liar de acôrdo com a idade, a capacidade, e adianta
mento da turma.
teira escutando o que o professor fala, nao aprende,
apenas guarda o que escutou. A aprendlzagem so co- . Diz GATES: ''aquUo que se
meça no momento exato em que a criança reage, fala, modo pelo quai se aprende*'. Hifprpntp'3
faz, executa. Aprender é saher jazer. "Aprender é um mo conhecimento adqulrido por dois alun
processo ativo: aprendemos as reaçôes que praticamos". pode ter expressâo muito diversa para cada um.^s^^
■ 206.2) APRENDIZAGEM EXIGE ATENÇÀO. —
gundo o método com que foi aprendidm E p •
alunos aprendem o mesmo ponto rnptndo antieo
O professor deve chamar a atençâo do aluno para a Cisco"; mas o primeiro aprende
visao global da cousa a ser aprendida, mas posterior- de decorar todos os nomes dos ^ secundo
mente précisa chamar essa atençâo também sobre os da margem direita e da margem
detalhes da mesma.. Existem numerosos objetos^ de aprende pelo a influência do rio
nosso conhecimento diârio, cujos detalhes, apesar desse cia social e economica dos imnortân-
convivio diârio, nos sâo desconhecidos. O pslcôlogo
americano MYERS fêz uma experiência entre ^^estu-
dantes, perguntando-lhes esta cousa simpHssima: "cotno
sào os algarismos do sen relôgio?" (do relôgio que dlferente, segundo o metodo adotado.
aluno consulta pelo menos dez vêzes por dia!).
gando especialmente 200 rapazes e moças a respeito 0 206.4)
algarismo 4, se era escrito com IV ou com IIII, veri^ dizagem ^ aliamente ^^^-iaturas humanas
cou MYERS que 170 alunos, no total de 200 erraram - ç a s i n d i v i ^ a z s é r e a g i r. O r a , d i a n t e
a resposta! Perguntou depois o mestre americano ao entre si. % ^ada individuo tem um R dife-
alunos como era representado o algarismo 6 em
relôgios. Do total de 200, nada menos de 190 erraram^
pois afirmaram que o 6 era representado por VI, quau de maneira diferente.
do, na realidade, aquêle algarismo nem sequer Nâo aorendemos apenas o que nos ensmam; apren-
representado nos mostradores! (Muitas vêzes o 6 é sub demos isso modificado pela nossa personaUdade, pelo
tituido pelo ponteiro que marca segundos, outras vez
por um desenho ou simbolo.) nosso psiquismo. Conhecer é, em parte, interpretar.
Nosso psiquismo nâo funciona de maneira nenhuma
206.3) IMPORTÂNCIA DO MÉTODO. — como uma mâqulna fotogrâfica (embora o aparelho da
prmcipio fundamental é o da importância do método visâo humana seja semelhante a ela). Nos nao vemos
na aprendlzagem. Muitas vêzes os alunos (a clause apenas aquilo que esta ali: vemos também aquilo que
queremos ver. Por isso é que em face do mesmo
aprendem determinado assunto siiU' do mesmo episôdio, cada individuo tem uma compr
plesmente porque o professor nâo sabe explicar, naO ensâo diferente.
tem rnétodo. E nao hâ um método ûnico, sempre
para todo ensino. Ao contrârio, o método tem que va-
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 351
350 AFRO DO AMARAL FONTOURA
tiva^ isto é, dos valores morais, sociais, religiosoi, poli- § 209) EXERCfCIOS E EXPERIÊNCIAS
ticos, civicos, estéticos, etc.
8. Nao adianta, porém, ensinar conceitos de mo Experiência 1
ral, regras de moral: o que adianta é dar a nossos Para verificaçâo da aprendizagem apreciativa ou afe-
alunos atitudes morais, aproveitar todos os dias e cada . tiva, fazer a seguinte experiência:
momento para desenvolver nêles os valores acima cita- Tomar dois grupos de alunos da mesma série; ao gru-
po "A" serâo dadas aulas de Moral, sobre comportamen-
dos. De nada vale dar aula de Moral se nâo fazemos to na escola, na rua, no lar, etc., incluindo principios de
nossos alunos agirem moralmente. honestidade, respeito, dignidade, e c. Ao grupo "B" nâo
•serâo dadas aulas sobre ésses assuntos mas a caaa mo
9. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS. — O professor mento que se apresentar, sera dito à criança: "nâo faça
nâo deve pretender que todos os alunos aprendam isso, porque..." (explicar as razôes).
Ao grupo "A" nâo se intervirà, fora da aula, nas suas
exatamente a mesma cousa, visto que as criaturas hu- atitudes; ao grupo "B" sô se intervirà nos momentos
manas têm suas diferenças individuais. Por mellior que oportunos.
seja 0 mestre, uns alunos aprendem mais, outros menos, Ao fim de certo prazo (um a très meses) vcrificar os
resultados de um e outro grupo, comparativamente.
uns aprendem de um jeito, outros de jeito diferente...
Experiência II
1 0 . M U L E TA S . — To d o s o s r e c u r s o s r a z o a v e i s ,
que possam facilitar a aprendizagem, poderao ser usa- Para verificar como prestamos pouca atençâo aos fa-
tos que rodeiam ncssa vida diâria, fazer um teste com os
dos, desde que nao viciem o aluno, isto é, sejam rati- alunos, perguntando-Ihes cousas dêsse genero:
rados em tempo oportuno. !• Seu relôgio tem os nûmeros marcados em alga-
rismos arâbicos ou romanos?
5 2 0 8 ) T O P I C O S PA B A D E B AT E 2. Como é marcado o numéro 6?
3. Quantos alunos hâ na turma de voces?
1. Enumerar os très tipos de aprendizagem dizendo 4. Quai é 0 quadro que esta na parede do lado di-
reito de nossa sala de aula?
de que consta cada um dêles, 5. No caminho da escola para casa, na rua taî,
2. Explicar o "principio do mergulhamento", daH" quantas farmâcias vocês encontram? A venda é
do exemples. antes ou depois da padaria? (O professor inteli-
3. Deve-se ou nâo apresentar ao aluno textes erra- gente saberâ inventar outras perguntas, que se
adaptem ao caso de cada escola.)
dos para êle os corrigir? Por que?
For que razao o ensino intelectualista tendo Experiência III
sempre a degenerar no verbalisme? Ouais os re* O professor apresentarâ aos alunos uma gravura com
vârias cousas (paisagem ou cena), durante um minuto,
* eCloses
n s i n apara
r o evitar
a l u nesse
o aperigo?
ter sentiinentos? depois farâ perguntas a respeito: quantas pessoas existem*
na cena? Como esta vestido o homem? De que côr é a
procéder para esse fim? casa? O cachorro esta perto do cave.îo? etc.. etc. (Para
provar que cada aluno aprende de uni jeito diferente.)
ter moral ^ e de Civisme fazem o alunO
nuè?^ Wa I cidadâo? Sim ou nâo? Pof
Quais? outres processos de consegui-^® PBlCOÏOBla Bduoftcloixal — *3
E54 AFRO DO AMARAL FONTOtJRA CAPÎTULO XIX
§ 210) LEITURAS C O M P L E M E N TA R E S
Aferiçâo da Aprendizagem
1 . A G U AY O , A . M . ■pcdagof:*ia Cientifica";
Editera Nacional; Sao Paulo, 1936.
Flcha-resumo (conclusao) :
Ficha-rcsumo (continuaçâo) :
§ §
222) P E R F I L I N D I V I D U A L D O A LT J N O :
215) SOLUÇAO IDEAL; AS PRO VAS MISTAS: Ê 0 que mostra o progresse do aluno mês a mês
(grâfico de marcha).
A melhor soluçâo é organizarmos provas em parte
• objetivas e em parte subjetivas.
223) ESCALAS DE AFERIÇAO:
Sâo uma espécie de metro, em escala crescente,
216) OS VA R I O S TIPOS DE TESTE; onde o prôprio aluno mede a perfeiçâo de seu tra-
1 . Te s t e d e N i v e l M e n t a l ; 2 . D e e s c o l a r i d a d e ; 3 . D e balho. O "termômetro de letras".
NÔTULAS — N.o 64
Ensino e aprendizagem
§ 212) O ÊRRO DO EXAME grau, uma nota. No fim do ano bastarâ apurar ess^
notas mensais, para verificar se o aluno esta ou n
Ainda existe em muitos lugares o sistema de veri- apto a ser promovido.
ficar 0 aproveitamento escolar unia so vez no ano, pelo
e x a m e d o fi m d o a n o . Em conclusâo.
Mas o exame é um processo completamente errado O exame, com suas caracteristicas atuais, de PJ®
de aferiçâo da aprendlzagem, pelas razôes seguintes: va de fogo" do fim do ano, deve ser extinto, e P^ssa
a ser uma atividade diària do professor. Em
1. O exame é um bilhete de loteria, que pode sair haver um exame por ano, deveriam existir 300 e
premiado ou bi'anco. Se sal branco, o aluno estudou por ano, como tarefa de rotina e sem o aparato nem
todos OS pontes marcados menos um, e cat justamente 0 jôgo de sorte do exame atual.
êsse que êle nào sabe...
2. Nos poucos mementos de um exame nao se
pode verificar o que o aluno sabe e nao sabe. Fazem-se
perguntas fragmentârias, uma daqul, outra dacolâ,
1§213)OMALDASPROVASSUBJETV
IAS
nào podendo o aluno encadear idéias, raciocinar: Verificado que a aferiçâo da
cisa ser uma tarefa de rotina diària, perg
tern que ter tudo "na pontlnha da lingua", isto é, deverà ser feita essa aferiçâo? , nmva- sub-
bem decorado.
Existem dois processes, dois tipos de pmva. su
3. Verificado que o aluno nao sabe, o professor jetivas e objetivas. ^^0 tem a
dlz "o senhor estâ reprovado, tern que repetir o ano". Prova subjetiva é aquela em ^ «ssunto pe-
Ora, teria sido muito mats simples, mais lôgico, mais hberdade de escrever o que quiser sob ^ quiser.
juste, que durante todo ano, dia por dia, mes por mês, "iido, e o professor llberdade de coriig q^g
o mestre verificasse se o aluno estava apren^endo. E Na prova objetiva, ao contrario, ^ x. g q pro-
se nao estivesse, o professor teria tempo e recursos responder exclusivamente o que se P ^^«gstas.
fessor sô pode corriglr em Estados Unidos
^ra descobrir asadequados.
os remédies causas da Onâo-aprendizagem e dar-
exame anual é como se N u m e r o s a s e x p e r i e n c i a s v, s o n o d e s e r
tem demonstrado que a prova sub]
deixasse o paciente sem assistência durante hem julgada: cada professor julga . gj^ dias
^^?®^te no fim do ano, examinâ-lo o rente, e. o pior é que um mesmo em
levar
ievar um
umanomuito
para ser
mal!
curada!"
Agora, sua doença vai diverses dâ notas diferentes à sen-
A experiência mais famosa no r^pometria, de
p o i s ■ ^ P ^ ^ ^ d i z a g e m e s c o l a r d e v e s e r, tido, foi realizada com uma prpY.^ Estados Uni-
ïomeç^ o Vroîessor, devendo êste le- nm aluno qualquer do cursp medio, nrofessôres;
dos. Essa prova foi dada a corrigir notas QO®
esta: 2 ' pois bem, êsses 114 mestres deram a p nâgiua se-
variaram de 28 até 92!!! (vide figura na p
4. No fim de mrio r...^ guinte).
mestre t®^a
r a daprendlzagem
uzirâ doe aluno
s t a por um°
ÏSICX)LOGIA EDUCACIONAL 8 6 3
^ 6 2 AFRO DO AMARAL FONTOURA
^Seletividade.
em questôes — Permitem
fâceis, médias uma
e diflceis, graduaçâo»
verificadas me-
"■"S co„. „.d. ,ue é M»». ' P»«V,r3
Objetiva apresenta também graves defeitos, emre
diante um trabalho estatistico. quais podemos citar:
, ^Joualdade de aplicaçào. — Podem ser apU- , I) Sâo de organizaçdo rnwîm ^^^^^{^acassado re-
numero de experiências com tes^s j^^dos. Exi-
milhôes de sujeitos, com dondamente porque êles de Pesquisa^,
mesmas condiçôes de aplicaçào, gem uma repartiçâo J especializados.
pïaçâo dos resultate^ e com- ou Serviço) corn técnicos alimente P ela
^tes de experimentada,
ter sido se fazer uma apergunta, nu^ ge
fim de que ^ deo
cadol^nium^turm?^!
cados numa turma pela—
suatestes nunca
professera, sâoimapU-
o que pede uluno pode responder, se a pergun
366 AFRO DO AMARAL FONTOURA PSICOLOGIA EDUCACIONAL
367
b) organlzaç&o ou
7. Teste de resposta alternada: mesmo — oposto
juigamento Ex.: bonito — feio Mesmo — Oposto
m. Empnrelhamento ou correspondôncla grande — pequeno Mesmo — Oposto
I V. Identlflcaçfio ou reconhcclmeiito feliz — venturoso Mesmo — Oposto
V. R e o r d e n a ç & o o u r e o r g a n l z a ç & o
VI. Correç&o
(Êste teste tambéni se chama de sinonimo-
L antônimo. )
1. Amazonas
9. Teste de mûUipla escolha: ( 5 ) Fortaleza
2 . ( ) Sào Paulo'^
3 . Maranhâo ( ) Rio de Janeiro
(Voce deve fazer uma cruz diante dos très itens
4 . Piaul ( ) Porto AZegre
que completam de modo certo a frase abaixo. 5 . Cearâ
Lembre-se que so pode marcar très itens.) ( ) Belém
6 . Rio Grande do Norte. ( ) Curitiba
7 . etc., etc ( ) etc.
Ex. : O Brasil, cortado pelo Equador e pelo tropico
de Capriccrnio, 12. Teste de identificaçâo ou reconhecimento:
-) tem a maior porçâo na zona glacial É muito usado em geografia: dâ-se ao aluno um
-) tem a maior porçâo na zona torrida mapa mudo, com determinados pontos nume-
-) tem o norte mais quente que o sul rados, para que êle, na margem, repita os nu
-) tem o sul mais quente que o norte méros, colocando diante de cada um o nome
-) tem reglôes mais frias ao sul da cidade ou acidente flsico que êles repre-
-) tem regioes mais frias ao norte s e n t a m .
-) tem o norte mais frio que o sul.
13. Teste de organizaçâo:
10. Teste de melhor razao ou melhor resposta:
É muito usado em Histôria: dâ-se ao aîimo uma
Ex.: A fumaça sobe porque: série de fatos histôricos para que êle os coloque
em ordem cronolôgica acertada.
(—) sal com força do fogao
(- gosta das nuvens
é mais leve do que o ar. Ex.: ( ) Invasâo holandesa em Pemambuco.
(- -)
( ) Invasâo francesa no Rio de Janeiro.
Ex. : As îlorestas devem ser conservadas porquet ( ) insurreiçâo pemambucana.
( ) Invasâo holandesa na Bahla.
(—) aumentam o suprimento do oxigênio
(—) constltuem excelentes lugares para 14. Teste de borreçâo de frases;
caçadag
(—) fazem decrescer as inundaçoes Ex.: corrija as frases abaixo, escrevendo a frase
1 ' protegem os passariniios. certa ao lado:
11. Teste de emparelhamento ou correspondência: 1. Eu Ihe vi ontem
2. A gente fomos ao cinema
^ Parêntesis, na coluna à direita, 3. Conto consigo hoje para darmos um
à ^ cada item da coluna passeio
estâ feita ^ primeira marcaçâo ja
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 373
Além dos testes classificados no quadro anterior, Aplicada a prova e apurados os resultados, devem
êstes sèr tàbulados, isto é, distribuidos através dos di-
muitos outros tipos podem ser organizados. Exemples:
versos valores.
(verbo ir) 7 5 7 X 5 = 35
6 7 6 X 7 = 42
Se Pedro em casa, eu daria o 5 4 5 X 4 = 20
4' 3 4 X 3 = 12 MODA: 6
(verbo estar) 3 2 3X2= 6
teu recado.
2 0 2 x 0 = 0
(Na Dâerina seoruinte apre-
1 1 1 X 1 = 1
sentamo"? o HISTOGRAMA
0 0
g 218) ESTALONAMENTO DA PROVA correspondente a esta ta-
bulaçâo).
TO TA L . . 195
para tirarmos a média da turma prlmelramente temos Tomemos a 2 a série, cuja tabulaçâo de provas foi
que multiplicar cada valor peia sua Irequência: é o apiesentada no paragrafo anterior. Sobre o eixo hori
que flzemos na 3.^ coluna da tabulaçâo aclma. zontal marcamos os valor es ou graus que uma nrova
pode receber: de zero a 10. Sôbrf o eix^o veSl
8 22«) PERFIL DA TURJVIA
cainos as frequencias, de zero até o numéro que cor-
zesponda à freqiiência da moûa. No caso em aprêço a
O bom professor, que realmente se intéressa pelo moda foi, como vimos, o grau 6, que teve a freqiiência
de 7. Entâo, podemos projetar o eixo vertical até 10,
aproveitamento da sua turma, précisa conhecer perma-
nentemente a situaçào pedagôgica da mesma. Para isso que é 0 numéro redondo mais proximo de 7.
deve ter sempre présenté, diante de seus oUios, o perfU Preparado o desenho do grafico, basta levantar as
colunas verticals correspondentes a cada grau: a altura
da turma, ou seja, a representaçâo grâfica dos resul-
de cada coluna sera dada pela freqiiência, isto é, pelo
tados da ultima prova. numéro de alunos que obtiveram aquêle grau. Tudo
O perfil da turma ou "grâfico da tunna" é apre-
pronto, teremos o que se chama um grafico em harras
sentado através de um histograma ou poligono de fre- ou colunas.
qiiências, conforme vemos abaixo: Se preferirmos, também podemos transformar o
poliffono de frequências ou histograma acima numa
curva. Bastarâ, para tanto, traçar luna linha curva,
partindo do ponto zero, que passara pela extremidade
superior de cada barra. Ti'açada a curva apagareî^
as barras, para ficar um desenho mais flegante. (No
grafico acima, a curva esta traçada pela hnha pon
A teada.)
\
v .
§ 231) PERFIL DA TUKMA COM A SITCAÇAO INDIVIDUAL
N
**<w. O grafico da Fig. 18, do tipo histograma ou poli
gono de freqiiências, nos mostra «
/ valor pedagogico da turma: se se trata de um
boa, média ou fraca. Mas nada a
0 situaçào de cada aluno da turma. O ideal, POitanto,
VALOREM OU GRAUS OU NOTAS
possuir o mestre um histograma onde figure
<ios alunos da turma, com o seu nome e a su
FIGURA 18
•caçâo, isto é, o seu adiantamento.
PBRFlij DA. TVRMA Para se obter tal grafico, depois de ^.tribuid
Hiatograma correspondant* a » v •. notas às crianças, levanta-se uma coluna
Turma da valor médio 1 ^ apreae^Uada no I'espondente a cada grau, escrevendo-se em baixo o
da par 7 aiunoa a nota um normal: a nota aeis foi aloançO'
vor 1 aluno e a nota dee por t alu-no».
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 377
3 7 6 AFRO DO AMARAL FONTOURA
/ s
U AT E M .
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A I AT E M .
9 -
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'CONHEC. y f e -
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Z - D - D « t « » o a c Q
3 -
ORAFICO 00 ALUNO JGAO SALGAOO ;
FIGURA 20 2 -
GRAFICO DE MARCHA
Ferfil individual, com as notas alcançada^ mêa a mia 1-
cm cada matéria.
H à J
Conhecimentos Gérais, Na sua ficha o aluno poder» ■P®r/i| individual, de utn mds, ou do fitn de afw>.
380 AFRO DO AMARAL FONTOURA
Outro sistema muito aconselhâvel de verificaçâo da aDlicflriflJ® conveniente tabular os resultados das provas
aprendizagem é o da escala de aferiçâo; a exemplo dos n i o d ea a media
p da
à suac turma
o n l i e(conforme
ça s e§m219).
pre a
grâficos acima referidos, tem a vantagem de ser uma
medida visual, que o prôprio aluno pode usar.
A escala de aferiçâo mais usada é a de escrita, antada atrasada à mais adl-
também conhecida pelo nome pitoresco de termômetro Perfis da tu, m pendurados na parede os
de letras: o aluno faz seu trabalho escrito de Lingua- como mostrarnno''"™ ^ situaçao individual, exatamente
gem e, em seguida, se dirige para a parede, onde esta
pendurado o "termômetro de letras". A propria cri- veitamento
mento hnuf
bom,amarelo e vermelho
ou regular (alunos de apro-
ou déficiente).
ança coloca a pâgina do seu caderno ao lado do ter 7
mômetro e verifica quai a espécie de letra de que êle suaq ensinar seus alunos a faze-
mais se aproxima; entâo darâ ao seu trabalho a nota
fe aproveitamento f—n corn os grâficos
correspondente a essa espécie, pois as letras estâo clas-
sificadas de zero a 10, desde os garranchos mais incom- terêsse e além^^c desperta o maior in-
preensiveis (nota zero) até a letra mais certa e' firme ^ e, ae
l m dsi so, serve como poderoso estm
i uo
l
(nota 10). inoentivo^parf aferiçâo de letras é um grande
escrita '=apricharem e melhorarem
§ 224) APLICAÇOES PEDAGÔGICAS
DO PRESENTE CAPITULO
§ 227) LEITURAS C O M P L E M E N TA R E S
Pslcologla Educaclonal —
CAPfTULO XX
A Personalidade
Ficha-resumo:
231. DESPERSONALIZAÇAO :
Ficha-resumo (conclusâo):
§ 2 2 8 ) P S I C O L O G I A D I F E R E N C I A L — C O N C E I TO E O B J E TO
232. FERSONALIDADE MORAL, SOCIAL E
PRAGMATICA: Como foi dito no capitudo I dêste livro, a Psicologia
2 3 3 . O R I E N TA Ç A O P E D A G Ô G I C A : Educacional comprende très diferentes partes: a Psico
logia Genética, ou Evolutiva, ou da Criança; a Psicologia
— Como devo agir na minha escola. da Aprendizagem, e, finalmente, a Psicologia Diferencial,
de que nos vamos agora ocupar.
234. EXERClOIOS E EXPERIÊNCIAS. Psicologia Diferencial é o estudo das diferenças in-
235. TÔPICOS PA R A D E B AT E . dividuais, dos traços e caractères que distinguem os ho-
mens entre si. Até entào, no terreno da Psicologia Gérai,
2 3 6 . L E I T U R A S C O M P L E M E N TA R E S . estudamos os traços psicolôgicos que comuns a todos
os Individuos; formulâmes regras aplicâveis a todos os
alunos, de um mesmo grupo, isto é, na mesma fase da
vida, como por exemple, na terceira mfância (7 a 12
anos). Agora, vamos verificar que mesmo dentro de um
grupo por mais homogêneo que seja os individuos dife-
rem enta-e si. E diferem tanto que embora possamos dizer
que "todos os homens sâo iguais", também podemos atir-
mar que "todos os homens sâo diferentes entre si .
Do ponto de vlsta psicolôgico, as criaturas se dife-
renciam pela inteligência, pelo temperamento. pelo ca-
râter e p&a personalidade. Nas paginas que se seguem,
estUdûremOS dot^lli^damcntc cada lun dessGs assunto.s.
S 229) ^pNOlîlTO PE l'EltWONATiTDADE
A naiavra personaMade vem do latim persona, que
significava "a mâxara de teatro". Como se saue, os sto
res de teatro da antiguidade, naturalmente por deficien-
cia de caracterizaçâo, usavam mascaras diferentes. se-
gundo o papel que representavam, isto é. conforme u
pessoa" que encarnavam: o homem bom, o mau, o sa-
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 391
390 AFRO DO AMARAL FONTOURA
do trabalho, da luta pel^ vida, tante quanto através das É muito intéressante notar-sp mm
mulheres nao sentiam tal necessidade
relaçoes socials, da posiçâo, das realizaçôes, da riqueza, viver dentro do lar, tomando confe da
do conceito em que a pessoa é tida.
Em outras palavras: ao eu se vai adicionando o meu\
dos empregados e dos filhos. Hoje no entantn
as Tmnhas cousas passam a fazer parte de mim, incor-
des setores da nossa sociedade iâ se îîn+o ®?,S:ran-
sexo feminino essa ansia de ser aloupm ^t no
poram-se à minha personalidade. Com a mesma segu- sonalidade prôpria. sua per-
rança que digo minha perna ou men pensamento, digo
minha roupa ou minha biblioteca. A personalidade se
230.4) PERSONALIDADE E LUTA Fcoa
vai, assim, alargando à medida que possuimos mais cou de personalidade, de querer dominar Hp'r,s
sas, como Igualmente cresce e se alarga à medida que idéia de perder, de ficar para t^7l' ^
adquirimos mais amigos, mais relaçoes, mais prestigio lutas e rivalidades, 'de
social. tos e crm
i es que enchem o mundo. Exsi tem. sto aïS"
turas que lutam por urn ideal purissimo, subUme mL
230.3) NECESSIDADE DE AFIRMAÇÂO. — A avi- sao poucas. A maiona luta pela necessidade de afirma-
dez e a força com que as criaturas lutam por consegulr çao da sua personalidade. seja no emprêgo. na polffica
acumular bens, propriedades, fortunas, nao é apenas no clube, na associacao religiosa ou de classe.. ^ '
pelo confôrto material que essas cousas proporcionam,
mas também pelo 'prestigio que elas nos dâo, fazendo 230.5) A PERSONALIDADE E AS HONRARIAS.
assim crescer nossa personalidade. Riqueza e prestigio Em bem da verdade digamos que nem todos os ho
social aumentam a personalidade (vide NÔTULA nP 65, mens lutam para enriquecer, para juntar dinheiro ape
abaixo). Existe, pois, uma inexorâvel necessidade de nas. Muitos lutam por uma distinçâo, por uma honraria,
afirmaçào nas criaturas humanas. E quanto mais forte para ganhar prestigio social, para aparecer, brilhar. Hâ
é a personalidade do individuo, mais êle quer ser, so- homens ricos que gastam uma fortuna para se elegerem
bressalr-se, afirmar-se, dominar, tornar-se admirado. deputados, pela hom*a e prestigio que o cargo Ihes con
Hâ, enfim, nas criaturas humanas, uma necessidade cede. Existem atletas que colocam tôdas as suas forças
de afirmar-se, de ser alguém, de diferenciar-se do todo, flsicas na conquista de uma vitoria, que, as vêzes, Ihes
da massa amorfa dos homens, do rebanho humano. proporciona uma medalha de latâo e muitas vêzes nem
isso... (vide NÔTULA n.o 66, abaixo).
NÔTULAS — N.o 65
do nosso patrimônio vital da no«Q ÏT parte Sentimo-nos muito felizes quando eaiihamos
forma, para muitas pesso^ avidn?? personalidade. Da mesma uma medalha. urn tltulo novo porQue tudo ^
dinheiro, ter que entr^a^^umL ^iQ^ezas, perder quando nos concedem uma ii,e os homens m
d o s , s i g n i f i c a p e r d e r parte
u m a da
n asua
r f e personalidade.
^ automôvel possui- uumenta nossa personalidade. Els P
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 395
394 AFRO DO AMARAL FONTOURA
2 3 0 . 6 ) VA L O R R E L AT I V O D A S C O U S A S .
num egoismo ferez, mas ao contrârio, se dirija para
"sêde de personalidade" faz com que as criaturas corram ideais mais elevados, de solidariedade humana, de amor
fo rte me n te a tra s d a s co u sa s; ma s é i n te re ssa n ti ssi mo ao proximo e de amor de Deus.
notar que tais cousas nao apresentam o mesmo valor
230.8) DUPLA PERSONALIDADE. — Précisâmes,
para tôdas as pessoas. A maiorla luta desesperadamente
enfim, notar que a personalidade, embora seja una e
para conseguir dinheiro, mas nâo pelo prazer de juntar unica, comporta as vezes variaçôes, quebras, decaldas.
dinheiro e sim pelo confôrto, importância e prestigio so Em grau reduzido, tôda criatura tem, de vez em quando,
cial que 0 dinheiro proporciona aos seus felizes possui- 0 desejo de fazer cousas diferentes, de "sair de si mesma .
dores. Isso é normal. Mas hâ pessoas em que êsse desejo de * ser
Mas para outras criaturas, de natureza sentimental, diferente" é tâo intense que cria uma dupla personali
a personalidade cresce na medida em que possuem mais dade-. o individuo é um em casa e outro na rua; ou e um
a m o r, m a i s a m i z a d e s . P a r e n t e s e a m i g o s v a l e m , p a r a no emprêgo e outro no clube; ou é um de dia e ou ro
elas, mais do que dinheiro. Para um campeao de xadrez, de noite...
perder uma partida représenta uma diminuiçâo da sua Essa dupla personalidade pode chegai a ex remos
personalidade, o mesmo acontecendo com politico que terriveis, como veremos no paragrafo seguinte.
perde uma eleiçâo, ou com o bom aluno, quando tira uma
nota baixa... Nem esqueçamos aquelas senhoras e mo-
ças da "alta roda" que se sentem diminuldas na sua per § 231) DESPERSONALTZAÇAO
sonalidade, se sâo obrigadas a ir a duas testas seguidas
com o mesmo vestido... Chama-se despersonalizaçâo a perda
do eu, isto é, 0 enfraquecimento ou
230.7) FÔRÇAS CONSTRUTORAS DO BEM. — O da personalidade, que pode ser momenta ,
papel da religiao, da educaçâo, da moral, da sociedade, rio ou permanente.
da civilizaçâo, enfim, é orientar as criaturas. Orienta-las
para que essa "sêde de personalidade" nao se concentre
231.1) O SONHO. — O caso
personalizaçâo é o sonho: durante " nutros
tanto por uma simples eleiçâo no clube esportivo; ficam zan- momentâneamente de na realida-
gados quando nâo sâo chamados para "participarem da mesa", lugares, fazemos cousas que jamais ^ ^ expressâo
numa conferência; ou, pelo menos, querem "sentar na 1.^ fila". • • de. Muitas vêzes (mas nao sempie) o , para o
ardorosamente para "ser o pri- de desejos nâo realizados a.
p^ïa dïïrS?rl'^':°^ ^ fundo do nosso mconsciente. Em conseguimos.
"vencSVm^ c?ncS<;o criaturas desejam tanto que desejarlamos ser na realidaue e
Prêmio" (pdr mais
atençâo" pelo seu novo sociediade" "chamar a
trato no jornal" ou "ouvij^,, conhecidas", "ter seu re-
231.2) Outroscasosmomentaneos^^d^^jj ou
faz com que o indlviduo 4 ® radio". É que tudo isso bzaçâo ocorrem com o ôpio»
mais personalidade... sinta maior, mais Importante, com anestesia, ou intoxicaçâo pelo alcool, opi ,
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 397
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f itiostra que, lijuRtaixLciiio social, ber ajustado, porlaiito, 6 auaptaf-oo as m
mfca, fiaïcd. asS sltuaçâo: conhecemos qui- Junçôes do meip, , cgr
TôSenamoa ^ conliecemos sôbre o liomem- Mas. como seiiipre, "in medhim nio dGVGlBj)^
vofim corn n VGlociaude dp ° rabvlca loBUotee que Uçsajustados, possulndo uma Injunçao
personalidade tao am
nem
ficiais, aubmarinos ano Quliometros por hora, luas arti- dao nos curvemos a nenhuma do uielo g
gulho... e no entanto ri5n mundo num sô mej-
antecedêncla o que acon<-opo?i^®®^® prever corn 15 minutes de ^evemos, inversamcnte. curvar «ossa personalida^
t'Ceiû conslgo mesmo... qualquer preconceito social, por
PSICOLOGIA EDUCACIONAL
402 AFRO DO AMARAL FONTOURA 403
lidade prôprla. E um dos principios fundamentals da Test"); III) WECHSLER ou Prova de Bellevue; IV)
RORSCHACH ou Prova das Manchas de Tinta* V)
Educaçâo Renovada é o do resyeito à personalidade da BEHN-RORSCHACH ou Prova "BERG", semelhante à
criança. Juntando êsses dois principios, a conclusao a anterior; VI) Prova de RAVEN ou das "Matrizes Pro-
tirar é que o mestre nao deve querer que todos os seus
alunos procedam da mesma maneira, gostem das mes- gressivas"; VII) P. M. K. ou Psicodiagnôstico Mioci-
nético, de MIRA Y LOPEZ.
mas matérias, saibam fazer os mesmos exercicios com
a mesma habilidade. Um menino sera melhor numa
I) KENT-ROSANOFF consiste numa série de cem
cousa, em Matemâtica, por exempio, outro darâ mais palavras-estlmulo, às quais o paciente deverâ respon-
para Linguagem. Um aluno sera mais dôcil, outro der com a primeira palavra ou pensamento que Ihe
mais rebelde. Um atenderâ ao carinhoso chamamento o c o r r a ,
da professera, outro precisara de mais energla. E nao
hâ por que preferir êste e censurar aquêle. II) TAT consiste numa série de 15 estampas para
o paciente interprétai*; apresenta-se o quadro e per-
II) A segunda conclusao a tirar é que desde cedo gunta-se: "o que é que você esta vendo ai?"
0 mestre deve multipUcar as ocasioes para o desabro-
char da personalidade do aluno. Em vez de obrigar
tôdas as crianças a fazerem as mesmas cousas pelos II) WECHSLER é um longo conjunto de provas,
mesmos processos, deve dar uma certa (note-se bem: incluindo: 1) Informaçâo, 2) Compreensâo verbal, 3)
uma certa, e nao total) liberdade para os alunos faze Raciocinio aritmético, 4) Memôria de numéros simples,
rem as cousas crlando seus proprios caminhos. 5) Verificaçâo de semelhantes, 6) Observaçao, 7 Com
preensâo visual, 7) Raciocinio prâtico (quebra-cabeças),
III) O desenvolvimento da personalidade Tïioral, 8) Construçâo com cubos, 9) Substituiçâo de nùmeros
da social e da pragmdtica devem constituir preocupaçao por sinais.
constante da escola. As crianças devem ser levadas 3-
saber querer e a lutar pelas cousas que querem alcan- IV) RORSCHACH consiste em apresentar ao pa
çar. isso enrijece a personalidade. Naturalmente ^ ciente 10 quadros, cada quai contendo uma mancha
desenvolvimento da personalidade moral devera estar de tinta, solicitando-se-lhe que interprète o que vê em
em primeiro piano, embora o das duas outras cada mancha.
também seja muito importante.
V) BERO — Do mesmo gênero que o anterior,
apresenta outras 10 manchas de tinta, para serem in-
§ 234) EXERCICIOS E EXPERIÊNCIAS terpretadas pelo paciente.
^ estudo gérai da personalidade sâo VI) RAVEN ou "Teste das Matrizes Progressivas"
—■ É uma interessantissima prova em que o paciente
tes dife?ençâ-los dos tas- deverâ escolher dentre vârios fragmentes de desenho,
Hâ numerncr^T • aspecto do psiquismo.
ressantissimos: i) atualmente, inte- quai o que serve para completar um desenho prèvia-
ï^ente apresentado.
vvras.
r a si) -MURRA
I I ) Y ou
o uTATd("Themati
as 1c 0 Appercepti
0 p a loan-
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 405
404 AFRO DO AMARAL FONTOURA
correntes, primeiro com a mâo direita e depois com a 3. Estâ sempre disposto a ajudar seus vizinhos e os
mâo esquerda. O mais intéressante é que o paciente outros parentes, que nfio moram com você?
deverâ fazer todos êsses traços sem ver o papel. 4. Estâ sempre disposto a ajudar seus colegas de tra-
balho, mesmo que isso slgnlflque algtim trabalho ex-
traordinârio?
(Todos êsses psicodiagnôsticos acima enumerados
vêm detalhadamente publicados na obra "MANUAL DE 5. Responde com boa vontade e solicitude às informa-
çôes que Ihe pedem na rua?
TESTES", do mesmo autor dêste livre, o volume 10.° des- 6. Procura fazer o seu trabalho sempre da melhor ma-
ta mesma coieçâo A ESCOLA VIVA da "Biblioteca Didâ- nelra posslvel, sem vlver se lastlmando?
tica Brasileira".) 7. AJuda tanto quanto pode os Inferlores, os pobres,
aquêles qve precisam de você?
8 Nfio descarrega em cima dos inferlores os recalques
TESTE DE PERSONALIDADE P R AT I C A provenientes de Injustlças que acaso você sofreu por
parte de setis superiores?
Aqul estâ uma intéressante prova para voce medir a sua 9 Sabe o que quer na vida, tem um ideal de vida e
personaiidade prâtica (vide § 232.3). Leia atentamente as per- um piano mais ou mènes traçado para alcançâ-lo?
guntas feitas e, em seguida, coloque a nota que voce merece, em 10. Procura encarar a vida com bons olhos, sem pesslmls-
cada um dos 16 itens, na coluna à direita. Em cada item voce mo. mas com sense de realldade?
deverâ dar uma nota de 0 a 3. Exemple; — "Voce é um amig®
prestimoso de seus vizinhos?" Se voce nâo toma conhecimento 11. Ê capaz de lutar por alguma causa boa, que nfio
Ihe ofereça nenhuma recompensa senfio a satlafa-
da existência de seus vizinhos, coloque a nota 0; se mal os cum- çfio de colaborar para o bem?
primenta, coloque 1; se sô os visita em caso de morte, coloque 2;
se estâ sempre disposto a ajudâ-los, mesmo sem que êles peçam, 12. Sabe enfrentar as dlficuldades com finlmo forte? ..
coloque a nota 3. Depois, é sô somar as notas e ver quantos 13 Sabe reconhecer os seus defeltos e nfio flca zangado
ponws alcançou. A criatura que tivesse uma personaiidade quando os apontam. procurando corrlgf-los?
^ perfeita, ideal, deveria alcançar, evidentemente, 48 pou- 14. Sabe perder e encarar a derrota com serenldade, sem
suidor^S realidade, considera-se pof* flcar se descsperando e chorando, mas, ao coutrârlo,
70%dos
70% dos aïr °citados,
atrlbutos Indivlduo
ou sejaque consegue
um total atinglr
de 33 pmitos. com disposiçfio de "salr para outra"?
15. Sabe desculpar as fraquezas dos que o rodelam, e
perdoar os que o ofendem, sem guardar rancor? ..
16. Sabe economlzar dlnhelro para formar um patrlmô-
nlo para as ocaslôes dlficels?
Percentagem % SOMA
406 AFRO DO AMARAL FONTOURA CAPfTULO XXI
§ 2 3 5 ) T Ô P I C O S PA R A D E B AT E A înteligência
1. Dar o conceilo de Psicologia Diferencial e di-
zer 0 que compreende ela.
2. Dar os varios conceitos de personalidade, no
sentido; a) Psicologico; b) Moral; c) Pralico
oil pragmatico; d) Social; e) Juridico.
3. 0 conceilo de personalidade, em cada individuo,
se forma de fora para dentro. Explicar isso. Flcha-resumo:
I^alUv^T' f ; Psychology
y ' -Appleton; New York, 1927.of Per-
408 AFRO DO AMARAL FONTOXJRA
Ficha-resumo (conclusao):
2 4 2 ) T E O R I A S S O B R E A N AT U R E Z A D A I N T E U G Ê N C I A
A palavra inteligência é pronunciada por tôda gente
muitas vêzes ao dia: "Fulano tem muita inteligência"
a) teoria anâtomo-fislolôgica; — "Voeê nem parece inteligente!" Mas se perguntarmos
b) teoria neuro-fisiolôgica; 0 que é Inteligência, ninguém responderâ...
c) natureza da capacidade mental (teorias de Stern
— Spearman e liiorndike). Ou, entâo, se dirâ que inteligência significa "viva-
cidade de espirito", ou "talento", ou "brilho", o que
243) FILOSOFIA DA INTCELIGÊNCIA pouco adianta. Hâ também quem confunda inteligência
— Intellgência é a faculdade de conhecer a essên- com "cultura" ou com "preparo", ou "conhecimentos".
cia das cousas. O conhecimento sensivel e o co- Ora, é precisamente o contrario: inteligência é
nhecimento intelectivèl. aquilo que permite ao individuo resolver problemas
mesmo quando nâo possul "preparo" ou "conheci-
244) APLICAÇOES PEDAGÔGICAS DO mentos".
PRESENTE CAPiTULO
A proposito, 0 psicôlogo BALLARD lembra a velha
2 4 5 ) T Ô P I C O S PA R A D E B AT E histôria do rei e do abade.
yondeu: "ora, se é so por isso nào se aflija mais! Deixe 3. STERN: "Inteligência é a capacidade de adap-
par minha conta que amanhâ eu respondo ao rei..."
tar o pensamento, de um modo consciente, às novas
No dia seguinte, o criado se disfarçou hàbilmente exigências do meio, ou melhor, é a adaptabilidade garai
de abode e foi responder ao monarca. Êste fêz a pri- aos novos problemas e côndiçôes de vida."
meira pergunta: — "quanto valho eu?" "E o criado 4. THORNDIKE: "Inteligência é a capacidade de
logo respondeu: "Vossa Majestade vale 29 dinheiros, resolver problemas. "
pois é justo que valha menos 1 dinheiro que Jésus 4- 5. TERMAN: "Inteligência é a capacidade de pen-
Cristo". Veio a segunda pergunta: — "quantos cestos sar em têrmos abstratos."
de terra tem o mundo?" E logo o criado: "conforme o ^ 6. GATES: "Inteligência é um complexo de ca-
tamanho do cesto: se o cesto fôr do tamanho do mundo, pacidades inatas, constitucionais: capacidade de apren-
êste médira um cesto; se tiver a metade do\ tamanho der, de generalizar e demonstrar sagacidade no racio-
do mundo, êste médira dois cestos, se..— "Bern, cinio e resoluçâo de pi'oblemas."
bem, disse o rei, vamos à terceira pergunta: em que 7. WOODROW: "Inteligência é a capacidade de
estou eu pensando neste momento?" — "Vossa Majes adquirir reaçôes, capacidade para aprender."
tade estd pensa7ido que fala com o abade, mas saiba 8. BINET; "Julgar bem, compreender bem, racio-
Vossa Majestade que esta falando com o criado de sua cinar bem, eis o que liâ de essencial na inteligência.
teverendissima.. 9. COLVIN: "Inteligência é a capacidade de
aprender a ajustar-se ao meio."
Eis ai: o abade era um honiem muito preparado, 10. WARREN: "Inteligência é a capacidade de
muito erudito, mas pouco inteligente. O criado era uni adquirir e aperfeiçoar, pela experiência individual, novas
sujeito sem nenhuma instruçào, seih prépare, nias formas de resposta." ,
niuito inteligente... -t- 11. AGRAMONTE: "Inteligência é a capacidaae
de improvisai-, de adquirir e de aperfeiçoar novos mo-
do3 de reaçâo, que permitam ao sujeito adaptar-se,
vez melhor, a situaçôes problemâticas para as qu
riipp^î inteligência nâo se confunde corn "eru- carece de reaçôes jâ feîtas ou habituais.
"preparo",
defimçoes tem que é ela,
sido propostas. entâo?
Vejamo-las; Numerosas
§ 238) SEUS CARACTERES
inteligência vem de intelU-
f e r + ^ ^ 3 e r e , q u e s i g n i fi c a Quatro sâo os caractères jâ reconhecidos unive
dento das cS®?' ^ a facufdade de aler salmente para a inteligência:
mo, de ver aquilo out no seu inti 238.1) É uma capacidade: a "de
2. Definioan ^ nao vêem...
faculdade pela aufi — "Inteligência e a mecanismo jâ pronto, mas sim a vossibihdaae^^
em si mesmas. ou a fawîS®® ° mos algo. AGRAMONTE diz: "a capacidade
uma cousa nem uma qualidade, mas
atingir a essência das cousÏÏ " ^ procuraino
413
412 AFRO DO AMARAL FONTOURA PSICOLOGIA EDUCACIONAL
maior'ou menor do individuo, mais ou menos anâloga No ato reflexo ou no instintivo, o individuo é levado
ao que em Quimica se chama Valencia " a agir independentemente de si mesmo. A açâo é ma-,
quinal, é automâtica. No ato habituai a conduta ja
238.2) É inata: a inteligência nasce com o indi- se estereotipou, mercê da repetiçâo, do treinamento.
O habita torna a conduta igualmente automatica.
viduo; nao pode ser adquirida, de fora para dentro.
Pois bem, a conduta inteligente se diferencia d^
238.3) Nâo se desenvolve: a quantidade de inte anterlcïres porque nesta bâ sempre uma
ligência de um individuo é constante, nâo pode ser au- individuo inteligente é aquêle que
mentada pelo ensino, embora o treinamento possa aper- nhos a seguir, vârias atitudes a tomar, sabe escolher
feiçoâ-la, burilâ-la, tal como a lapidaçâo aperfeiçoa a pe- a que melhor se adapta âo fim em vista,.
dra preciosa, embora nâo a aumente. o ato inteligente supôe, a®®™' ?ta"ao
uma previsâo, um descortinio mental, q p
238.4) Cresce até a adolescência: a inteligência é sujeito ver o que ali nâo esta.
como o sistema nervoso — vai crescendo com a idade A conduta inteligente signifier "compar^^^^
da criança. A primeira vista parece que esta afirma- descobrir e valorizar". » (AGRA-
çào esta em contradiçâo com a anterior. Mas tal nâo cemir, sugerir, opinar, criticar •„ * ^aseia na
acontece. O individuo jâ nasce com uma determinada MONTE). Enfim, ^ i'onduta mteUg^nte^^
capacidade de altura, digamos um metro e setenta cen compreensào prévia dos fins a at g ^
timetres. Êle nâo passarâ dessa altura, mas nâo nascs melhores meios e na soluçao mais P
com essa altura. Assim é a inteligência: embora cada tada dos problemas.
pessoa jâ nasça com determinada capacidade de inte
ligência, tal capacidade sô atinge sua plenitude com o
fim da adolescência. § 240) TIPOS DE INTELIGÊNCIA
Diyergem os autores a respeito da idade em que , Durante Inte-
liT?™ o mâximo da sua capacidade: se
ines- ° crescimento mental
^ TERMAN cessa
êsse limite é aos aos 14
16 anos. ;.î.nS.",ïïàS.'
"SKSu..: . =««■". »
O escritor... oacifico que hâ vârios
a i n t eaSpode
f a ainda
2 2desenvolver-se.
ou 23 anos Hoje jâ se tornou que descobre uma
tipos de inteligência: o cien inteligente como o
nova fôrmula fisico-quimica, vâlvulas,
§ 239) CONDUTA INTELIGENTE técnico de râdio, que uma emprêsa, que con-
Como se saVip >« a z .
ou o chefe de propaganda de superioridade
duta. O individim'rwîâ "^^rios niveis de açâo, de con- segue convencer todo o publico sooie
ou por instinto ou *1® ®?"^Plesmente por reflexo, do seu produto... ^ gô em quanti-
inteligência. Coxao finalmente, Em suma, a inteligência varia
outras citadas? *^guir a conduta inteligente da® dade mas também em qualidade.
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 415
414 AFRO DO AMARAL FONTOURA
(Vide figura 22 na pagina seguinte.) Para STERN a inteUgêiicîa é uma sô, global, adaptando-se a cada
caso especial qtie sttrge. Para SPEARUAN hâ «mo certa quantidado
de inteligência global, tnas, acima delà, a inteligência se especializa
242.3.2) Teoria Ufatorial de SPEARMAN. — neste ou naquele sentido, ncste ou naquele campo de atividade :
acôrdo com SPEARMAN, a inteligência é formada poi" matemâtica — irabalhos — linguas — jogos, etc. Finaîmente para
dois fatôres: uma capacidade geral (G) e uma série de THORNDIKE nâo hâ uma inteligência global: hâ "inteligências"
capacidades especificas (SI, S2, S3, etc.). as quais per- especializadas para cada campo, em cada individuo.
com OS produtos brasileiros; outro exemplo: uma viagem 3. GATES, A. I. — "Psicologia para Estudanles de
pela Histôrla do Brasil, etc. Educaçâo"; 2 volumes; Saraiva; Sâo Paulo,
1939.
Em resumo; para desenvolver a inteligência dos alu-
nos, o professor nao deve dizer simplesmente "isso é 4. TERMAN, L. M. — "The Intelligence of School
assim", mas, ao contrario, apresentar aos alunos o pro- Children"; New York, 1919.
blema: — "Como é Isso?" — "For que isso é assim?"
— "Poderia ser diferente?"
5. VAISSIÈRE, De La ~ "Psicologia Pedagôgi-
ca"; Livraria do Globo, Porto Alegre, 1937.
§ 245) TÔPICOS PA R A D E B AT E
2.
teClh^LnAceP";i^'Aris.^BgOS
ÈDE "D • T T -
vraria Alves; Rio; Criança"; l-»'
CAPÎTULO XXII
A Medida da Inteligência
Ficha-resumo:
§§
2 4 8 ) O T E S T E D E B I N E T- S B V Ï O N
— A "escala métrica de inteligência" avalia: me-
tndria — imaginaçâo ~ ateiiçâo ~ poder de
compreensâo — sentimento estético — capaclda-
de de Julgamento
2 ) Te s t e s c o l e t i v o s
1. Teste Alfa-Beta do exército americano
2. Teste de Goodenough
3 . Te s t e d e D e a r b o r n
4 . Te s t e d e B a l l a r d
426 AFRO DO AMARAL FONTOURA
Ficha-resumo (conclusâo):
I M 10X12 120
Q. I. = = 0,80, ou,
§ 251) IDADE MENTAL E Q. I. (quociente intelectual)
I C 12x12 + 5 11 9
NÔTULAS — N.o 71
§ 252) INTELIGÊNCIAS INFERIOBES E SUPERIORES
Oligofrênicos na escola
252.1) IDIOTAS — Os indivîduos que apresen- Muitas vêzes os pais matriculam filhos imbecis na escola e
tam um Q-I. abaixo de 25 sâo classificados como idio^ os professores os aceitam. Resultado: o menino ficarâ 4 ou 5
anos na 1 a sene, sem aprender a 1er, caiisando grande confusâo
defeitos de visâo ou de audiçâo, ou ^ de 4 ou 5 outros, até o pai desistir Crianoa^
dirpitn- nunca podem articular as palavras
® balbucio ou tartamudeio; 'f ?-
semire têm faua ® s ?.s;
reito. Qualquer qhp „ • ' sabendo abotoar-se ^
v^uaiquer que seja sua idade, mesmo corn 10, 20,
438 AFRO DO AMARAL FONTOURA PSICOLOGIA EDUCACIONAL 439
§ 2 5 3 ) O Q . I . E M FA C E D A V I D A P R AT I C A
ÎI fSACERDOTrS
253.1) O Q.I. E AS PROFISSÔES — Até que
iN6fnHE/ao$ ponto existe correlaçâo entre o Q.I. e a vida prâtica?
MfC/5NiC05 Em outras palavras: sera que os individuos de Q.I.
FSTEMo^.OAfcSil i alto sào, de fato, os que ocupam os empregos mais im
C 0 t 1 T / > Ô t L l ^ TA S
portantes, as profissôes mais complexas?
A experiência foi feita no exército americano, veri-
1! -jj OFICIAIS.^ ficando os psicôlogos que os individuos de Q.I. baixo
j £tAQUIV/dTA^ eram, realmente, os que desempenhavam na sociedade
'v éuAaoA-uuRos
as profissôes inferiores. Inversamente todos aquêles que
FOTO^QAfbsî ocupavam profissôes altas, possuiam Q.I. elevado. Eis
os resultados:
Ena resumo; num grupo de 30.000 homens do exér
WPS cito americano, os soldados obtiveram em média o Q.
H -E^COlTuRAâlO^ I. de 73, os cabos, 95; os sargentos, 107 e os oficiais
T C L E & R AT l S - r ^ 139 (GATES).
/ i ù ^ t c o ^
ELETRICI^T^S
Num estudo empreendido pela Universidade^ de
Ohio, a gradaçâo de Q.I. deu o resultado segumte.
MeCAniCo«»
Q.I.
POLl'CtA 11 2
, V^TTmiMARfO,^ . Veterinârios
/AUliLIAOCS OSCOHSfUlO Dentistas :L
PA O C ^ i o p s Farmacêuticos
PEPOftaoA '
C A f t P i H Te i a o s Engenheiros
P i M To a r s
H O TO I U 4 TA 5 Advogados ^^2
AUXILIABW OCftCtABICAl Médicos
T&AAiuHAOoaEi BV3nAf«
TRAeAufAoo(U3 osiAçûh
/iiMEiao& . Como .e vê. todos os ^dividuos
A L I ^ A l AT ff S dtingir profissôes universitârias ap
bem superior. y ^ de tôdas essas
FIGURA 24
As conclusôes que podemos
estatisticas sâo as seguintes; jai^ente tôdas as
a)_ Embora moralmente
mesmo valor,e (ji^idem
, dûvlda
emque.
O Ç./. £ AS PR0FI8S0ES
Nos Eatados Unidos foi apïicado o teste de inteîigêncla cm indi- profissoes tenham o infe-
iHduos do tôdaa as proflsaôes e verificou-se a pcrfeita correJaçâo: do ponto de vlsta Psj=°^°Sioo, ete mdividuos de
homens de baixo Q. I. ooupavam profiasôea modeatas: ti'abaïha- nores e superiores. Essas ultimas exig
dores braçais (Q.I. de 45 até 64). nomens de alto Q.I. detinham nivel intelectual bem elevado.
a s m a i s a l t a s p r o f i s s ô e a : e n g e a i h e i r o a ( Q . I . d e m a i s d e 11 6 ) .
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 443
442 AFRO DO AMARAL FONTOURA
A bola no campo.
5 . Te s t e p a r a 1 0 a n o s : q u a i o a b s u r d e d e s t a
frase: "para ir de minha casa à igreja devo subir sem-
pre a ladeira, e para vir da igreja à minha casa tam- 2 5 4 . 2 ) Te s t e d o L a b i r i n t o d e F o r t e u s
bém devo subir sempre a ladeira".
oossuinrin^vr^v,""
possumdo vasUhas deexatamente
7 e 5 Utros. Diz8erlitres
comod'âgua-
procéder- (O aluno deve percorrer o inteligente de-
Ponto S com a ponta do com um ou dois
^erâ acertar o caminho para > segunda
1 . Laranja
2. Jaqueta
2 5 4 . 3 ) Te s t e d c G o d d a r d - S c g u i i i 3. C a c h o i To
1.
5 .
6 .
7 . Madeira
A O 8 .
9.
10.
11.
0[=]<=> 12.
2 5 4 . 5 ) Te s t e d o E x c r c i t o N o r t e - A m e r i c a n o
( " A r m y M e n t a l Te s t s " )
5. o o O
5. Se o toque de recolher é de noite faça uma cruz no pri-
meiro circulo; se nao é, trace uma linha por baixo da pa-
lavra "nao" (10 segundos).
FIGURA 28
7. ABCDEFGHIJKLMNOP
FIGURA 29 7. Risque a letra que esta imediatamente depols do F e trace
^ i-A no quadrj uma linha por baixo da segunda letra depois de I. (lo
3. Escreva o algarismo 1 no espaço que eS^^spaco que segundos).
nao no triangulo e faça um^ nd i
triangulo e no quadrado (Iq segundd^
9. 84 - 79 - 56 - 87 - 68 - 25 - 82 - 47 - 27 - 31
64-93-71-41-52-99
9. Risque todos os nûmeros que lorem malores de 60 e meno-
FIGURA 30
4 .
res que 60 (15.segundos)..
Faça
n o
3 n L-o
3 o e s p aespaço
ç o m , l P ? que
Q u a d re^tâ
a d o e f a r a ! i « e tiéP po Fslcoiosla Educacional - 29
quadrado. (10
451
450 AFRO DO AMARAL FONTOURA PSICOLOGIA EDUCACIONAL
10.
11 . y - r - 7 - /
" 7 ^
/ V / / /
m b-A\ 8
0 /
/ /
/
/
/
FIGURA 31 s /
/
{ . u
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:7i / - / /
/ /
/
12. 123456789
1
/
/ ,/i /
HJ
/ / / / / /
/ /
/
2 5 4 . 7 ) Te s t e b e t a & 71
1
pos comp5e-se também de 8
S
escrever naS ° exSminando, nao tem q^e
sibilidade ^de
aP^esentar todos.executar
anrp^ ^penas daremosordens.
aqui alguns
Na dêies- n o . 3 2 — C u b O B p a r a c o n t a r.
Subteste II _ «ad»
grupo ou monte ^ quantos cubos ha em ^
32 TUL pâgina sèguin^'^J^'
y^^nte e respostas^ no
e meio.
fim do
1
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 453
4 5 2 AFRO DO AMARAL FONTOURA
NÔTULAS — N « 73
L 9 4 ^ C St z r
I . H a
I )
I I ) 4 9 £ 3 ?- c fT ? 9 g- r ?■ c
k.
Você tern uma vasilha de 7 litres e uma de 5 litres. Enche
a de 5 litres, despeja na de 7. Enche outra vez a de 5 e des'
pe]a na de 7; pode despejar apenas mais 2, para compîétar a
n sobraram 3 litros na de 5. Despeja a vasilha de
q rToî? J ®"r7 OS 3 litros que sobraram na vasilha de 9 3 S 4 A ST ? A C V ? 4
S-.
%+5.5 ^litres
3 lur?.®
= 8.Qconforme
novamente a de 5, ficando asslm, com
fora pedido.
H I )
c. ti <9 S" À 1- S- a 6 9 3 f 1 8
de 9. Enche pela te?c&rav^%'^ï'^^ a de 4 e despeja na
çoube mais 1 litre. Entâa 4 e despeja na de 9. So
Joga fora a âgua da 3 litros na vasilha de 4-
ela. W enche novament^ a ® ® ^ Pia. 33 — Côdlgo griflco.
j r. a
U.O-i « '**
a
§ 2 5 7 ) L E I T U R A S C O M P L E M E N TA R E S
2. BINET & SIMON — "Testes para a Medida do 258) PSICOLOGIA GERAE E INDIVIDUAL:
Desenvolvimento da Inteligencia"; Edilora Me- — A Psicologia gérai estuda os fatos psîquicos Iso-
Ihoramentos; Sao Paulo, 1929. lados.
Ficha-resumo (conclusâo):
§§
§ 260)
CONCEITO DE TEMPERAMENTO
pilBllil
vida^veïe/devido aos nos^o^âr^- ^ ^emperamen-
"lusculfr respiratôHo f sistemas da
certas proporçne'^'"^?®''"®"^" slgnifica "mistura em tetnas nî Conforme
"las, assim séria anrefinmi
naturLa ê^stro-intestinal,
dêsses sis-
finir o temperampAt^® oonstltulçâo. Podemos de natureza de nosso temperamento.
como sendo a maneira particu»^
464 AFRO DO AMARAL FONTOURA PSICOLOQIA EDUCACIONAL 465
Pslcologia Educacional — 30
PSICOLOGIA EDUCACIONAL
466 AFRO DO AMARAL FONTOURA 467
santropos, insoclâveis, inacessivels à paixao; reagem par mais ou meuce para todos. de grande afelc&o, mas para pe-
I V. n t R I TA B n . T D A O E
V. A D A P TA B I L I D A D E
VI. E X PA N S I B I L I D A D E
Vn. LOQUACIDADE
Reallsta, prâtlco. objctlvo. Ideallsta. sonbador, subjetlvo. Outro moderno psicôlogo, CHARLES GUST A V
Apreclador da natureza, e do dado a elocubraçôes. Apreclador TTTNG de BasUéia, na Suîça, estabeleceu uma classifica-
llvros do descrlç&o da natureza
e de viagens.
de llvros
tasia tas.
do lendas e contos fan
pâo œi due considéra apenas dois temperamentos : o ex-
trovertido e o introvertido.
TEMPEBAMENTO EXTROVERTIDO. — Como
XII. ESPiRlTO DE AVA L I S E 'ndica é 0 daqueles individuos que vivem mais
u para fora". Sâo comunicativos e gostam
Propenso à generaUdade, à
Bintese.
Propenso
t a l b e .
& mlnûcla, ao de-
HP conversa. Sâo risonhos e bem dispostos. Têm
HP pm
facilidaae fâzer relaçôes,
largos. em qualquer
Estâo sempre lugar onde
dispostos a che-
ser-
Xni. AT I T U D E EXTERIOR
nutros Gostam de andar em grupo, amam as
Francos, abertos, acompanbam
a palavra com gestos que tradu-
Reservados, tlmldos,
quaee sem gcstlculaç&o ou a tern
falam
Ïtas e as recepçôes. Preocupam-se corn o que os outros
zem sou pensamento. moderada. S&o arlstocrâtlcos nas pensam de si.
manelras. Guardam uma fl s l o - TËMPEBAMENTO INTROVERTIDO. — Como
° vfr^r^P indica, é oindividuos
daqueles que vivem mais "voltados
nomla imlforme.
dentro". Sâo pouco comunicativos e
NÔTULAS — N ® 75
Te m p e r a m e n t o e êxito .»
O Carâter
Ficha-rcsumo:
§ §
2 6 3 ) C O N C E I T O D E C A R AT E R :
— É a forma gérai de reaçâo do indlviduo.
— É 0 conjunto de todos os dados que distinguem
um individuo de outro.
1) Classlficaçâo de TEOPRASTO
2) Idem de RIBOT
3) Idem de ADLER.
Ficha-resumo (conclusâo) :
§ 2 6 3 ) C O N C E I T O D E C A R AT E R
§§
Etimolôgicamente, carâter significa "cousa gravada"
2 6 7 ) T E M P E R A M E N TO E C A R AT E R R A C I A I S : (do grego charasso = eu grave). É, pois, a marca, o
0 cunho prôprio, o distintivo. "A escolha do têrmo foi
1) Raça prêta: é sobretudo emocional e vive do muito feliz, lembra GEENEN: assim como o cunho dâ
prescrite; valor às moedas, mais do que o metal de que sâo feitas,
2) Raça branca: é sobretudo intelectual e vive do
assim também do carâter depende o valor do individuo
futuro;
3) Raça amarela: é sobretudo volitiva e vive vol- humano. Tal como o cunho faz conhecer a moeda, as
tada para o passado. sim o carâter é o retrato moral da pessoa. Como o relê-
vo da moeda pode estar em maior ou menor realce, assim
268) APLICAÇOES PEDAGÔGICAS DO PRESENTE hâ caractères apagados e caractères bem pronunciados.
CAPiTULO
Como 0 use gasta o cunho das moedas, pela fricçâo con
1) Educaçâo do caràter: a escola précisa ocupar-se tinua, assim a convlvência social tende ao nivelamento
da educaçâo do carâter de seus alunos. dos caractères."
2) Temperamento e Educaçâo: o mestre précisa Eis algumas das principals definiçôes de carâter:
conhecer bem o aluno, para tratâ-lo segundo
sua natureza. 1 — "É a forma gérai de reaçâo do individuo em
face do meio."
269) EXERCICIOS E EXPERIÊNCIAS 2 — "É o conjunto de dados, de elementos que dis-
tinguem um individuo de todos os outros."
270) T6PIC0S PARA DEBATE 3 — "Sâo as marcas prôprias de um ser."
271) LEITURAS COMPLEMENTARES. 4 — LALANDE: "É o conjunto das maneiras habi
tuais de sentir e de reagir que distinguem um
individuo de outro."
to. Em têrmos gérais, podemos dizer que "o tempera- caractères, apresentando sua obra "Os Caractères", no
mento é inato e o carater é adquirido; o temperamento ano 319 A. C. TEGFRASTO enumera e descreve numero-
depende da constituiçào orgânica do individuo, 0 carater sos caractères, entre os quais o irônico, o lisonjeiro, o rûs-
depende das influências do meio, da edticaçào, etc. ^ tico, o falador, o oratorio, o abjeto, o gozador, o boateiro,
Em outras palavras: — carater é forma de açao; o calorento, o egoista, o bufâo, o intempestive, o apressa-
do, 0 cacete, o dispersive, o nobre, o ostentador, etc.
temperamento é a causa dessa açao, ou melhor, é um
dos fatôres que levam o individuo a agir de determinada
forma, v 265.2) CLASSIFICAÇAO DE RIBOT. — THEODU-
Diz DWELSHAUVERS: — "O temperamento é o LE RIBOT (1839/1916), sem dùvida nenliuma o maior
fundo biolôgico que serve de base à formacâo do carater". vulto da Psicologia francesa em fins do século passade
Ao que se acrescenta a palavra de KRETSCHMER: — e principios dêste, soube dar a esta ciência seu aspecto
novo: prâtico e experimental. RIBOT preliminarmente
"Quando nos referimos a alegre, irritdvel, môvel, rîgido, exclu! da classificaçao dos caractères o elemento inteli-
teimoso, pensamos no temperamento: todos êsses quali- gênçia, pois como demonstra, as faculdades intelectuais
ficatiyos exprimem propriedades elementares — colorido nada têm a ver com o carâter. Tanto assim que podem
psiquico, intervençâo do sistema nervoso na vida psiqui- existir criaturas muito inteligentes com ou sem carâter,
ca, grau, ritmo. Ao contrârio, nos qualificatives e, inversarmente, pessoas de muito carâter com muita
gracejador, correto, intrigante, desconfiado, sem escrupu- inteligência ou sem inteligência nenhuma. A seguir, con
los, vemos que tais propriedades nao decorrem natural- sidéra dois elementbs fundamentais como base de classi
mente de tal ou tal particularidade biolôgica fundamen- ficaçao dos caractères: a unidade, isto é, a coerência das
. tal, mas rçsultam da mistura de muitas particularidades tendências, e a estdbïlidade, isto é, a continuidade, a coe
dêste gênerb, bem como de reaçôes reciprocas entre elas rência das tendência no tempo. RIBOT sépara assim dois
e 0 ambiente". grupos de caractères: os que nâo têm unidade nem es-
tabilidade {os anormals), e os que possuem aquêles dois
Ouçamos, enfim, a palavra do filosofo argentino IN- elementos. Os anormais se subdividem em amorfos l
GENIEROS: — "O temperamento é o conjunto das ten- instaveis. Individuos amorfos sâo aquêles que nâo nos
dências congênitas, anteriores à experiência individual. suem forma propria de carâter. Individuos
E a predisposiçâo inicial para sentir e reagir de uma
maneira determinada à influência das inumerâveis cau
or que sucessivamente se mostram inertes e explosives
sas fisicas e sociais que atuam sôbre o individuo. O cara "sao incertos e desproporcionados nas suas reaçôL alim
ter e o resuitado da variacâo do temperamento, media do da mesma maneira em circunstâncias diferS » di-
te a experiência pessoal em cada momento da sua evo- ferentemente em circunstâncias idênticas". ® ^
uçao e que se manifesta pela conduta". Os caractères normals compreendem 3 grupos- os
sensitivos, os ativos e os apâticos. e û.
§ 265) CLASSIFICAÇAO DOS CARACTERES a) CARACTERES SENSITIVOS. — Sâo aquêles
O sentimento. Sâo muito impresûo-
naveis e tem mais vida interior que exterior. Compreen-
LES, o primeiro filôsofo a propor uma classificaçao d
i
460 AFRO DO AMARAL FONTOURA PSICOLOGIA EDUCACIONAL 481
sua forma pura, o apâtico tem por cunho prôprio a inér- (falta de senti- "
mento de colo- b) O timldo sexual ("com-
cia, a indiferença." tlvldade) plcxo de Amlei").
(C) f
d) CARACTERES MISTOS. — É possivel conside- Os alegres
rar ainda um quarto grupo de caractères, formado pela Tlpoe c o n j u n t i. 1 "
vns ( p r c s c n ç aa ! b) Os compasslvos
mistura dos dois primeiros, caso em que teremos os "sen- do
de
sentimento
coletividode) e ) Os gencrosos
sitivos-ativos".
r a) Os dlgnos (a vergonha)
Os espfrltos de mando
'^os todos os grandes artistas, tais como Miguel Angelo H. Segundo a
(o dominlo).
ri? ADLER
e ouiNu (nascido
e, como em 1870),
êste, discipulo companheiro
de FREUD, formulou l f ) Os agourentos.
carater? Quais os fatôres que intervêm na formaçâo de se modificou por influência dos novos fatôres fisicos, de
um carâter — É o que vamos ver ràpidamente. saùde e de alimentaçâo.
dmduo que se sai bem numa açâo qualquer, jâ com essa para quando tirarmos uma sorte grande na loteria...
Os brancos sâo sobretudo intélectuais: vivem mais da
vitoria adquire mais energias e confiança em sL para ten-
tar uma segunda emprêsa. Ao contrario, aquêle que inteligência, do raciocinio, da ciência e da técnica que
as demais raças.
foi mal sucedido uma, duas, très vêzes, acaba por se tor-
nar medroso, desanimado, pessimista. c) RAÇA AMARELA — Os amarelos vivem no
É claro que os homens excepcionais nao se deixam passade. Tôda sua vida psiquica gira em redor do culto
abater pelos acontecimentos, nem se influenciar por dos antepassados. Suas tradiçôes têm uma fôrça ina-
balâvel, "Para êles, os espiritos dos mortos continuam
quaisquer opinloes. Mas, para tanto, é necessârio pos- a dirigir e tomar conta dos vivos. Êsse apêgo ao pas
sulr uma força de vontade, uma fé profunda fora do
sade Ihes tira grande parte da atividade, porque nâo
c o m u m .
compreendem a necessidade de "progredir" que tanto
domina os brancos... Prudência, cautela, calma, dis-
§ 2 6 7 ) T E M P E R A M E N T O E C A R AT E R R A C I A I S
simulaçâo de seus pensamentos — sâo outras tantas
ivias nao sao sOmente os mdividuos que -se aisun- qualidades de carâter dos amarelos, cuja vontade é,
assim, mais desenvolvida que nas outras raças.
guem entre si pelos seus dotes de temperamento e cara-
ter. Também as raças humanas, os povos e os grupos I 268) APUCAÇOES PEDAÇÔGICAS DO
regionais menores possuem carater e temperamento pro- PRESENTE CAPtTULO
prios. Els, a respeito, os caractères diferenciais aponta-
dos por GEENEN: 268.1) EDUCAÇAO DO CARATER — Pelo que
acabamos de ver, é decisiva a influência da educaçào
a) RAÇA PRETA. — Tem sua vida psfquica vol- sobre o carâter. Aliâs^ em um de s_eus sentidos mais
tada para o présenta. Essa atividade psiquica é singu- usados, educaçào significa adaptaçâo; de forma que
larmente restrita. A vida moral e afetiva é môvel e su tcdas as pessoas que influem sobre a criança (os pais,
perficial. As .suas emoçôes sao vivas, porém de curta du- os conhecidos, as empregadas, os amiguinhos), mesmo
raçào. Os fenômenos volitivos ou ativos da raça negra sem querer, a estâo educando; para o bem ou para
se caracterizam pela abundância de reflexos e impulses 0 mal. . . ,
momentâneos, sem que intervenha uma vontade forte v Mas, dentro de um conceito m^ ngoroso, educar
conduta do negro é explosiva e caôtica. significa desenvolver as boas tendências da criança,
b) RAÇA BRANCA. — G branco se preocupa con- tornâ-la uma pessoa boa e forte, ^sposta e capaz.
Nesse sentido, como vemos, educar significa quase dar
InJi. O futuro. Sua ambiçâo reclama carâter. . 7 j • j-
to Pdesejam-se triunfos
e materne suscita futures.
o desejo O sentimen-
de uma sorte me- Ora por todos os motives, a parte moral do mdi-
viduo vie muito mais do que a sua parte intelectual.
tbtios. A fé religicsa espera uma recom- De nada adianta a uma pessoa ter vastes conhecimen-
e x o e r i ê n c i apaSsado
d n O spara
b r amelhorar
n c o s uot i porvir.
l i z a m Ha
a tofi se nâo tem a fôrça de vontade necessana para usa-
Î03 em beneficio de si mesma e da sua coletividade.
S l i a samanhâ,
P P para " E spara
tem o s a um
daqui s e ano.
m-
486 AFRO DO AMARAL FONT013RA PSICOLOGIA EDUCACIONAL 487
Isso nâo significa que o mestre deva cuidar de Cada aluno é diferente
cada aluno separadamente, um a um (o que séria des- Nâo podemos tratar da forma igual cousas que sâo diferen-
truir o valor social da escola, a funçâo socializadora tes. Por exemplo: pretender cortar madeira com uma tesoura,
a escola) mas sim que o professor précisa conhecer porque a madeira é diferente do papel. Nem tratar igualmente
um cachorro e um sapo... Isso é tâo intuitivo que parece até
aluno, para melhor poder agir tolice ficarmos dando exemp'os... Pois bem: as criaturas hu-
miP cso podemos tratar de forma igiLal cousas manas sâo muito mais diferentes entre si que os objetos inani-
NÔTULA n.o 76, adiante). mados ou os animais, porque além de tcrem naturezas diversas
(diferenças de raça, de sexo, de idade, de constitulçâo, de sis-
c o r n a s l i d a m p o r d e v e r d e o fi c i o tema nervoso, de glândulas) ainda apresentam diferenças de
admlnistradores (professôres — médicos — temperamento, de meio social, de carâter. E no entanto, certes
professôres pretendiam a monstruosidade de tratar todos gj
quanto é ImportantP — PoUticos) sabem
carâter dos indiviâ^L ° temperamento e o nos da mesma forma, como se os men'nos fôssem pedras ou p
daços de pau ou automates sentadinhos n^ suas alidad®
Ihor poder agir sobre et tratam, a fim de m©- norando tais professôres que cada aluno é uma pes
polîticos, dos chefes t ® ° grande segrêdo dos diferente! ! !
homens: é saber manejam os
B c D E
1
PARAN6IC0 PEKVERSO M I T O M A - CICLOTIMICO HIPER-EMO-
NfACO T I V O
SOMA .... SOMA ... SOMA ... SOMA ... SOMA ...
— Importante: observer bem a expressao do queslto pedido; por exemple: "falta de do-
minio" — se o leltor se domina multo bem em face das sltuaçôes novas ou desagradâvels,
tern zero neste quesito.
— Be a pessoa alcano.ar 1.5 pontes em um a dessa colunas, sen temperamepto terâ atln-
gldo um extreme Ja perigoso e digno de cuidados.
mummmmwhéié l i M
O 3 S-S-rt-tJ 55 3
3 o
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490 PSICOLOGIA EDUCACIONAL 491
AFRO DO AMARAL FONTOtJRA
5. Teste de carâter — Prova de JUNE DOWNEY, feita, assim, em "situaçao real", e o carater do indivi
duo podera ser examinado. Infelizmente tais testes sao
para verificar a força de vontade, ou seja, o poder
de inibiçâo motora: pede-se ao paciente que escreva, o dificeis de ser aplicados.
mais devagar que possa, a expressâo "United States of
America". A Dra. DOWNEY oncontrou pessoas com
§ 2 7 0 ) T Ô P I C O S PA R A D E B AT E
tanta paclência e dominio sobre si que levaram 45 mi
nutes para escrever essas quatre paiavras, sem parar!
1) Qual a diferciiça cuire temperaniento e carâter?
6. Teste de cardter — Muitos autores propoem,
como teste para avaliaçâo do carater, provas de mûl- 2) Quais os fatôres que concorrem na formaçâo do
carâter?
tipla escolha, do tipo seguinte: da-se ao individu© a
frase abaixo e pede-se que êle escolha a resposta mais 3) Moslre algunias diferenças de temperamento e
adequada, na sua opiniâo: carâter entre as raças prêta, branca e amarela.
4) Cilar quatre caracleristicos do temperamento es-
TESTE DE C A R AT E R
quizottmico ou introvertido.
5) Cilar quatre caracteristicos do temperamento
Se voce encontrasse uma carteira cheia do dinheiro cicloUmico ou exlroverlido.
na rua, o que faria?
I) PSICOLOGIA EDUCACIONAL
38
17) THORNDIKE, Edward Lee — Educational Psychology; Brie MONTESSORI, Maria — A Criança; Portugâlla Editôra;
fer Course; Columbia University; New York, 1927. Lisboa, sem data.
39
18) VAISSIERE, De La — Psicologia Pedagogica; trad, brasilel- MURCHTNSON, Cari — Handbook of Child Psychology;
ra; Editera Globo; Porto Alegre, 1937. Clark University; Worcester; 1930.
40
RABELO, Silvio — Psicologia da Infancla; Editôra Nacio-
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4 9 6 AFRO DO AMARAL FONTOURA
( B I B L I O T E C A D TO AT I C A B R A S I L E I R A — SÉRIE I
A E S C O L A V I VA — V O L . 1 . ° )
At
Sociologia Educaclonal.
Prof. AMARAL FONTOURA