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Construção de sentido

André Henriques Fernandes Oliveira


Contexto
Espacial Político Cultural

Temporal Texto Estético

Ideológico Religioso Social


Conotação e denotação
Relações de sentido
Campo semântico
Piada
Não faltam piadas sobre hipotéticos extraterrenos e suas reações
às esquisitices humanas. Tipo “o que não diria um marciano se
chegasse aqui e…” Como já se sabe que Marte é um imenso terreno
baldio onde não cresce nada, o proverbial homenzinho verde teria
que vir de mais longe, mas sua estranheza com a Terra não seria
menor. Imagine, por exemplo, um visitante do espaço olhando um
mapa do Brasil e depois sendo informado de que um dos principais
problemas do país é a falta de terras. Nosso homenzinho teria toda
razão para rolar pelo chão gargalhando por todas as bocas.

Verissimo, Luis Fernando. Novas comédias da vida pública; a versão dos afogados. Porto
Alegre: L&PM, 1997. p. 115. (Fragmento).
Sinonímia e antonímia
Hiperonímia e hiponímia
Intertextualidade

Canção do Exílio - Murilo Mendes

Minha terra tem macieiras da Califórnia


onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Canção do Exílio - Gonçalves
Dias
Minha terra tem palmeiras, Minha terra tem primores,
Onde canta o Sabiá; Que tais não encontro eu cá;
As aves, que aqui gorjeiam, Em cismar sozinho, à noite
Não gorjeiam como lá. Mais prazer eu encontro lá;
Nosso céu tem mais estrelas, Minha terra tem palmeiras,
Nossas várzeas têm mais flores, Onde canta o Sabiá.
Nossos bosques têm mais vida, Não permita Deus que eu morra,
Nossa vida mais amores. Sem que eu volte para lá;
Em cismar, sozinho, à noite, Sem que disfrute os primores
Mais prazer eu encontro lá; Que não encontro por cá;
Minha terra tem palmeiras, Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá. Onde canta o Sabiá.
Hino Nacional - Francisco Manuel (1822) e
Joaquim Osório Duque Estrada (1909)
Ouviram do Ipiranga as margens E o teu futuro espelha essa grandeza. Ó Pátria amada,
plácidas Idolatrada,
De um povo heroico o brado Terra adorada Salve! Salve!
retumbante, Entre outras mil
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, És tu, Brasil, Brasil, de amor eterno seja símbolo
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Ó Pátria amada! O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
Se o penhor dessa igualdade Dos filhos deste solo - Paz no futuro e glória no passado.
Conseguimos conquistar com braço És mãe gentil,
forte, Pátria amada, Mas se ergues da justiça a clava forte,
Em teu seio, ó Liberdade, Brasil! Verás que um filho teu não foge à luta,
Desafia o nosso peito a própria morte! Nem teme, quem te adora, a própria
Deitado eternamente em berço morte.
Ó Pátria amada, esplêndido,
Idolatrada, Ao som do mar e à luz do céu Terra adorada
Salve! Salve! profundo, Entre outras mil
Fulguras, ó Brasil, florão da América, És tu, Brasil,
Brasil, um sonho intenso, um raio Iluminado ao sol do Novo Mundo! Ó Pátria amada!
vívido,
De amor e de esperança à terra desce, Do que a terra mais garrida Dos filhos deste solo
Se em teu formoso céu, risonho e Teus risonhos, lindos campos têm mais És mãe gentil,
límpido, flores, Pátria amada,
A imagem do Cruzeiro resplandece. "Nossos bosques têm mais vida", Brasil!
"Nossa vida" no teu seio "mais
Gigante pela própria natureza, amores". (*)
És belo, és forte, impávido colosso,
Curiosidade...
Espera o Brasil que todos cumprais com o vosso dever
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Gravai com Buril nos pátrios anais o vosso poder
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante

Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz


Cumpri o dever na guerra e na paz
À sombra da lei, à brisa gentil
O lábaro erguei do belo Brasil,
Eia! sus, oh, sus!
Canção do Exílio - Murilo Mendes

Minha terra tem macieiras da Califórnia


onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade


e ouvir um sabiá com certidão de idade!

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