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Aluno: Cassiano Leonardo Abichacra Dos Santos

Matrícula: 2018.0336.1808

DIREITO PROCESSUAL PENAL I

A respeito da imunidade formal, seus efeitos têm relação na regulação do processo-crime


especificamente quanto aos dois pontos seguintes:
- A restrição da prisão como espécie de prisão cautelar, sendo possível unicamente a
prisão em flagrante se, e somente se, o crime for inafiançável e desde que haja
autorização da respectiva casa do congresso nacional pelo voto da maioria de seus
membros;
- A restrição do próprio processo-crime pelo exercício de um juízo político da respectiva
casa do congresso nacional pelo voto da maioria do partido político com representação
requerente.
A imunidade formal não exclui o crime, mas apenas impõe a observância das
prerrogativas constitucionais acima, visando à proteção da função pública eletiva em si,
nunca à pessoa que ocupa o mandato.
Aos deputados estaduais também haverá a possibilidade de as respectivas assembleias
legislativas resolverem sobre a prisão em flagrante, bem como a possibilidade de
sustarem o andamento da ação penal até decisão final

O Colegiado entendeu que a leitura da Constituição da República revela que, sob os


ângulos literal e sistemático, os deputados estaduais têm direito às imunidades formal e
material e à inviolabilidade conferidas pelo constituinte aos congressistas, no que
estendidas, expressamente, pelo § 1º do art. 27 da CF.
Asseverou que o dispositivo não abre campo a controvérsias semânticas em torno de
quais imunidades são abrangidas pela norma extensora. A referência no plural, de cunho
genérico, evidencia haver-se conferido a parlamentares estaduais proteção sob os
campos material e formal.

A grande questão do julgado acima, em verdade, refletiu a fixação de entendimento


firmado não apenas para confirmar a possibilidade de reprodução, nos Estados, das
normas previstas no art. 53, §§ 2º e 3º, da CF/88, mas também de lhes dar a mesma
interpretação e extensão.
Desde a expedição do diploma, não cabe falar-se em prisão preventiva ou, ainda,
qualquer medida cautelar diversa da prisão que implique a impossibilidade o afastamento
do exercício do mandato pelo parlamentar, seja ele componente do Legislativo Federal ou
Estadual, sem que haja, para tanto, ratificação de decisões judiciais nesse sentido pela
respectiva Casa no prazo de 24 horas.
Qualquer ato emanado do Poder Judiciário que houver aplicado medida cautelar que
impossibilite direta ou indiretamente o exercício regular do mandato legislativo deve ser
submetido ao controle político da Casa Legislativa respectiva, nos termos do art. 53, § 2º,
da CF.

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