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PRÁTICA 10.
AÇÚCARES
QUÍMICA EXPERIMENTAL
Outubro – 2011
Recife/PE
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QUÍMICA EXPERIMENTAL – Prática 10 – Açúcares
1. OBJETIVOS
1.1. Objetivos gerais
2. REVISÃO DE FUNDAMENTOS
2.1. Carboidratos (Açúcares)
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QUÍMICA EXPERIMENTAL – Prática 10 – Açúcares
À medida que os fótons da luz solar são capturados pela clorofila, a energia
se torna disponível para o vegetal em uma forma química, que pode ser usada para
executar as reações que reduzem o dióxido de carbono a carboidratos e oxidam a
água a oxigênio.
Os carboidratos agem como um reservatório químico principal para a
energia solar. Sua energia é liberada quando os animais ou os vegetais
metabolizam os carboidratos a dióxido de carbono e água.
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QUÍMICA EXPERIMENTAL – Prática 10 – Açúcares
Figura 3 – Estruturas de uma (a) aldose; (b) cetose; (c) aldotetrose; e (d) cetopentose.
A palavra açúcar faz com que pensamos em doce. Todos os açúcares são
doces, mas diferem no grau de doçura que percebemos quando os testamos. A
sacarose é aproximadamente seis vezes mais doce que a lactose, ligeiramente mais
doce que a glicose, mas tem apenas metade da doçura da frutose. Os dissacarídeos
podem reagir com a água (hidrolisados) na presença de um catalisador ácido para
formar os monossacarídeos. Quando a sacarose é hidrolisada, a mistura de glicose
e frutose que se forma, chamada açúcar invertido, é mais doce que o sabor da
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QUÍMICA EXPERIMENTAL – Prática 10 – Açúcares
sacarose original. A calda doce presente nas frutas em latas e nas guloseimas é, em
grande parte, formada da hidrólise da sacarose adicionada.
Os carboidratos constituem ¾ do peso seco de todas as plantas terrestres e
marinhas e estão presentes nos grãos, verduras, hortaliças, frutas e outras partes
de plantas consumidas pelo homem. O homem consome o amido e a sacarose, e as
plantas que os produzem são as mais cultivadas.
Nas tabelas de composição de alimentos, o conteúdo de carboidratos tem
sido dado como carboidratos totais pela diferença, isto é, a percentagem de água,
proteína, gordura e cinza subtraída de 100.
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reduzido a hidróxido cuproso que por aquecimento passa a óxido cuproso de cor
vermelha.
Os monossacarídeos e alguns dissacarídeos possuem em suas estruturas
grupos aldeídos livres ou em potencial. Assim, no teste de Benedict, os íons
cúpricos estabilizados em solução por agentes complexantes (azul) são reduzidos a
quente pelos grupos carbonilas das aldoses e cetoses, formando um precipitado de
óxido cuproso. A coloração final e/ou do precipitado dependerá apenas da
concentração do carboidrato presente na solução.
Colocando-se hidróxido de cobre II, Cu(OH)2 , de cor azul, em meio alcalino,
forma-se uma suspensão que, sob aquecimento, se precipita como óxido de cobre
II, CuO de cor preta. Mas se compostos redutores forem acrescentados à
suspensão, o Cu(OH)2 é reduzido a Cu2O, que se precipita e cuja cor se situa entre o
amarelo e o vermelho. As reações abaixo mostram o que ocorre com o Cu(OH)2 na
presença e na ausência de agentes redutores, em meio alcalino e a quente.
Assim, na ausência de composto redutor temos a seguinte reação:
Como não é prático utilizar uma suspensão de Cu2+, e também para evitar
que o CuO (preto) mascare o resultado da reação, acrescenta-se ao meio da reação
um composto orgânico solubilizador que, em meio alcalino adequado, reage com
os íons metálicos, formando um complexo iônico solúvel. Este complexo se dissocia
em grau suficiente para que haja, no meio da reação, íons metálicos disponíveis
para se reduzirem. Os testes de carboidratos redutores são positivos para
compostos com grupamento –OH glicosídico livre, mas negativos para polímeros
de cadeias longas. Assim, amido não dá reação positiva, a não ser após a sua
hidrólise, e a reação é tanto mais positiva quanto maior a extensão da hidrólise.
A determinação de açúcares redutores é essencial para o controle de
qualidade de alimentos. Tendo em vista que os carboidratos estão presentes em
grande parte dos alimentos. Os açúcares redutores são mais reativos que os
açúcares não redutores e podem alterar as características físico-químicas dos
alimentos mais rapidamente. Um exemplo é a batata frita que fica mais escura
quando o teor de açúcar redutor é alto.
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QUÍMICA EXPERIMENTAL – Prática 10 – Açúcares
Onde,
n20D é o índice de refração da solução a 20 oC e no comprimento da raia D da luz de
sódio; e, 1,3330 é o índice de refração da água destilada a 20 oC.
O índice de refração de uma solução de sacarose é uma medida de teor de
sacarose e o seu conceito é estendido para indicar sólidos solúveis ou Brix em
soluções impuras este procedimento é denominado Brix refratométrico.
A escala Brix é calibrada pelo número de gramas de açúcar contidos em 100
g de solução. As escalas em percentagem de Brix apresentam as concentrações
percentuais dos sólidos solúveis contidos em uma amostra (solução com água). Os
sólidos solúveis contidos em uma solução é o total de todos os sólidos dissolvidos
na água, começando com açúcar, sais, proteínas, ácidos, etc. Para produtos que
necessitam ser diluídos como massas cozidas e méis, existem o erro devido à
contração de volume, de modo que para diferentes relações de diluição encontram-
se resultados diferentes.
O instrumento empregado para a determinação do índice de refração ou
diretamente Brix é chamado de refratômetro. O refratômetro é um instrumento
simples que pode ser usado para medir concentrações de soluções aquosas,
consumindo apenas umas poucas gotas da solução. Sua aplicação estende-se pelas
áreas de alimentos, agricultura, química e em indústrias de manufaturados.
Existem refratômetros para diversas finalidades, como refratômetros de
campo, de laboratório e industrial, sendo todos baseados no mesmo princípio. O
refratômetro de laboratório admite vários modelos, como o tipo Abbe (fig. 6),
sendo o mais utilizado o de precisão da BAUSCH & LOMB, o de imersão e os
refratômetros automáticos digitais (Anacon, Schmidt & Haensch). Atualmente
estão bastante difundidos os refratômetros do tipo ABBE com leitura digital.
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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O comportamento do aluno no laboratório é um fator determinante para a
sua segurança e para o desenvolvimento eficiente de seus experimentos. Durante a
realização do procedimento experimental, o aluno deverá fazer observações dos
fenômenos que ocorrem durante os experimentos e anotar.
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3.4. Descrição
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Observação: Até três tubos podem ser inseridos no bloco em uma única vez, tendo-
se certeza de que estão colocados corretamente.
Observação: colocar a amostra entre os prismas, e a rotação deve ser feita até que o
raio crítico esteja centrado no “X” do visor, como mostra a figura abaixo:
a) b)
Figura 8 – a) raio crítico centrado no do visor de maneira errada; b) raio crítico centrado no do
visor de maneira certa.
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(a) (b)
Figura 9 – (a) Componentes do refratômetro Abbe; (b) limpeza com éter de petróleo em algodão
nos primas.
4. PÓS-LABORATÓRIO
4.1. Ao final de cada prática o aluno deverá lavar e guardar as vidrarias,
substâncias químicas e os equipamentos eletro-eletrônicos nos locais indicados
pelo professor, monitor ou pelo técnico do laboratório.
4.2. Ao final de cada prática o aluno deverá limpar os locais onde realizou os
experimentos, mantendo o ambiente de trabalho limpo diminuindo o risco de
algum acidente para quem for trabalhar no local futuramente.
4.3. Realizar o relatório da prática e entregar ao professor na data combinada.
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BROWN, T.L., LEMAY, H.E.; BURSTEN, B.E. Química: Ciência Central, 7ª ed. Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1997.
LEITE, FLÁVIO. Práticas de química analítica, 2ª ed. Átomo Editora, Campinas, SP,
2006.
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