UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PERÍODO LETIVO: 2020.3 – ERE

DATA: 28/02/2021

CAPÍTULO 6: CAMPOS MAGNÉTICOS NA

MATÉRIA

Jhonnes Amaral Soares Toledo

Sumário
MAGNETIZAÇÃO...........................................................................................................................3
CAMPO DE UM OBJETO MAGNETIZADO......................................................................................6
O CAMPO AUXILIAR H .................................................................................................................7
MATERIAIS LINEARES E NÃO LINEARES........................................................................................8
MAGNETIZAÇÃO

A fonte de campo magnético são as cargas em movimento (correntes). Podemos por exemplo
ter as seguintes fontes de campo magnético:
 Movimento orbital:

Momento magnético:
m=I ⃗
⃗ A

A : Area
⃗

 Spin:

Microscopicamente na matéria não magnetizada os momentos de dipolo estão orientados de

maneira aleatória.

A maneira com que o material responde a um campo magnético externo vai caracterizar o tipo
de material. Sendo assim, temos:
 Paramagnéticos: Alinhamento dos dipolos devido ao spin eletrônico (spin
desalinhado). O alinhamento ao campo magnético externo é fraco.
 Ferromagnéticos: Interação com o campo externo é forte. O magnetismo persiste
mesmo depois de desligar o campo externo.
 Diamagnéticos: Alinhamento de dipolos magnéticos originados pelo movimento
m contrário ao campo.
orbital. ⃗

TORQUE E FORÇAS NO DIPOLO MGNÉTICO

 N =⃗r x ⃗
Pela definição de torque: ⃗ F

F=
Sabemos que a força é dada por: ⃗ ∫ Id ⃗l x ⃗B =IbB
Já substituindo a expressão da força no cálculo do torque, vemos que o torque tem a seguinte
cara:
N =mB sin θ i^
⃗

A expressão acima tem a cara de um produto vetorial, logo o torque:

N =⃗
⃗ mx⃗
B

OBS: A expressão acima é serve para calcular o torque de qualquer dipolo magnético.

Não há força sobre um dipolo magnético se ele estiver num campo magnético uniforme, pois:
F =∫ Id ⃗l x ⃗
⃗ B =I (∮ d l⃗ ) x ⃗
B =0

Campos não uniformes podem gerar forças em momentos de dipolo, por exemplo, para uma
m em um campo ⃗
espira infinitesimal com momento de dipolo ⃗ B, a força é:
F =⃗
⃗ ∇ (⃗
m.⃗
B)
DIAMAGNÉTISMO OU EFEITOS DE UM CAMPO MAGNÉTICO SOBRE ÓRBITAS ATÔMICAS

A corrente orbital é dada por:

e e ev
I= = =
T 2 πR 2 πR
v

Onde: e é a carga
T é o período
v é a velocidade
R é o raio

Agora, vamos analisar dois casos:

B:
Antes de ligar ⃗

Antes de ligar o campo externo, temos duas forças: A força elétrica e a força centrípeta.

1 e ² mv ²
=
4 π ε0 R ² R

B:
Depois de ligar ⃗

Após ligar o campo externo, aparecerá a força magnética. Assim, teremos três forças: A força
elétrica, força magnética e a força centrípeta.

1 e² mv ' ²
+ev ' B=
4 π ε0 R ² R

Onde v ' indica que a velocidade mudou.

Já indo direto pro resultado (basta substituir uma equação na outra), teremos a variação de v ,
dada por:
 eRB
∆ v=
2m

m:
Teremos também a variação do momento magnético ⃗

e² R²B ^
∆⃗
m= (− k)
4m

L é o momento angular orbital e está apontado para cima .

OBS: ⃗
m é o momento magnético e está apontado para baixo .
⃗

Conclusão: O aumento do momento magnético ocorreu ao contrário ao campo aplicado.

CAMPO DE UM OBJETO MAGNETIZADO

Temos que:

∑ ⃗mi =⃗mtotal
Para um material não magnetizado:

mtotal=0
A rigor, ⃗

Para um material magnetizado:

Existe uma tendencia de alinhamento, mesmo não estando completamente alinhados.

Podemos definir a densidade de dipolo magnético ou vetor de polarização, que é o momento

magnético por unidade de volume como sendo:

d⃗
m
d⃗
m =⃗
M dτ ou ⃗
M=
dτ

O potencial vetor é dado por:

μ0 ( r⃗ −⃗r ' )
A(⃗r )=
⃗ ∭ dτ ' ⃗
Mx
4π ¿ r⃗ − ⃗
r ' ∨³
Sabemos que:

r⃗ −⃗r ' 1
=∇ '
¿ ⃗r −⃗r ∨³ ¿ ⃗r −⃗r '∨¿ ¿

Logo, podemos escrever o potencial vetor da seguinte forma,

 μ0 1
A(⃗r )=
⃗ ∭ dτ ' ∇ ' ¿
4π ¿ ⃗r −r⃗'∨¿
Usando a identidade,
⃗ A )=f ⃗
∇ x (f ⃗ ∇ x⃗ A x⃗
A−⃗ ∇f
E remanejando, obtemos o potencial vetor da seguinte forma:

μ0 ⃗
∇x⃗ M μ0 M xd ⃗a
⃗
A(⃗r )=
⃗ ∭ dτ ' ∇ ' + ∯ ¿¿
4π ¿ ⃗r −r⃗'∨¿ 4 π ¿ ⃗r − ⃗
r '∨¿

Definindo:

Densidade volumétrica de corrente de magnetização:

⃗J B =⃗
∇x⃗
M

Densidade superficial de corrente de magnetização:

K B= ⃗
⃗ M x n^

Podemos então escrever o potencial vetor:

μ0 ⃗J B μ0 K B da
⃗
A(⃗r )=
⃗ ∭ dτ ' ∇ ' + ∯ ¿¿
4π ¿ ⃗r −r⃗'∨¿ 4 π ¿ ⃗r − ⃗
r '∨¿

O CAMPO AUXILIAR ⃗
H
Temos que:
⃗
∇ .⃗
B=0
⃗
∇x⃗
B =μ0 ⃗J =μ 0 ⃗J F + μ0 ⃗J B

J F é a corrente livre
Onde: ⃗
⃗J B é a corrente ligada

J B =⃗
Como ⃗ ∇x⃗
M , podemos escrever:
⃗ B =μ0 ⃗J =μ 0 ⃗J F + μ0 ⃗
∇x⃗ ∇x⃗
M

Temos então que:

⃗ B
⃗
∇ x ( −⃗M )=⃗J F
μ0

H:
Definindo o vetor auxiliar ⃗
 B
⃗
H =( −⃗
⃗ M)
μ0

Temos também:

B=μ0 ( ⃗
⃗ H +⃗
M)

Isso nos diz que as fontes de campo magnético são a magnetização e as correntes livres.

H , na forma diferencia e integral, respectivamente:

Temos então a lei de ampere para ⃗
⃗
∇x⃗
H = ⃗J F

∮ ⃗H . d l⃗ =I
MATERIAIS LINEARES E NÃO LINEARES
Materiais lineares são materiais cujo a magnetização responde linearmente ao campo externo,
gerado por uma corrente de fios e baterias.

Quanto maior a intensidade da corrente, maior a magnetização. É um comportamento linear.

M responde ao ⃗
Como ⃗ H , temos:
M= χB ⃗
⃗ H

Onde χ B é a susceptibilidade magnética.

χ B >0: materiais paramagnéticos χ B <0: materiais diamagnéticos

Sabemos que:

B=μ0 ( ⃗
⃗ H +⃗
M )=μ0 ⃗
H + μ0 χ B ⃗
H

B=μ0 (1+ χ B ) ⃗
⃗ H
B=μ ⃗
⃗ H
Onde:

μ=μ 0 (1+ χ B )
μ é a permeabilidade magnética do material.

Até agora foi apresentado materiais do tipo para magnético diamagnético um outro tipo
existente é ferromagnético. E para receber essa classificação é preciso que ocorra na presença
de um campo magnético externo o alinhamento dos spins e esse alinhamento só acontece
abaixo da temperatura de Curie pois se a temperatura for maior objeto perde as propriedades
ferromagnéticos. Além disso esses tipos de materiais permanecem magnetizados mesmo após
a retirada do campo externo.
Histerese magnética é a tendência que os materiais ferromagnéticos apresentam para
conservar a magnetização adquirida por eles mediante a aplicação de um campo magnético
externo. Temos abaixo uma figura mostrando uma histerese magnética.