#pensandosobreserhumano_DIA4
Uma máxima do futebol: “é mais fácil mudar o
técnico do que mudar o time inteiro”. A questão
não é que o time não tenha problemas ou que
vários jogadores, ou até mesmo que o time
inteiro seja muito fraco. O que realmente importa
é que a pessoa que aceita/assume um cargo de
liderança, ela aceita/assume, sobretudo, o ônus
da função. Sim, o ônus!
Sempre estamos acostumados a pensar nos
bônus de um cargo (o status, o salário, os
benefícios, as vantagens, o aumento do poder
aquisitivo etc.), porém a verdadeira razão da
existência de um cargo é a capacidade do gestor
em lidar com o ônus (o trabalho, a responsabili-
dade, a capacidade de lidar com as incertezas, o
risco etc.). Nenhuma empresa cria um cargo
apenas para que o funcionário ganhe um salário
maior.
Ok, concordo até que em algumas empresas,
especialmente públicas e familiares, há aqueles
casos de favorecimentos, nepotismo, proteção a
amigo/parente, desvios de função (corrupção),
mas há de convir que nenhum desses casos pode
ser considerado como exemplo de eficiência
organizacional ou de excelência no desempenho.
São aberrações que, infelizmente, ainda existem
e que até realçam a importância dos papéis de
autoridade e de responsabilidade do gestor.
Voltando às colocações iniciais, destituir toda
uma equipe pode ser inviável, daí a vulnerabili-
dade do papel de gestor. A ideia com esses
comentários não é para que se desista de uma
gerência, mas pela consciência de que estar em
posição de gestão é para os “fortes”, para quem
gosta de correr riscos. Até pular de paraquedas,
fazer rapel ou bung jump é menos arriscado do
que gerenciar uma equipe. Durante as aulas
vamos discutir mais sobre essa minha colocação.
E você? Concorda com o que foi dito aqui?
CONTANDO HISTÓRIAS
Essa é a história de um mestre que sempre
respondia a qualquer pergunta de seus
discípulos com outra pergunta. Certo dia,
irritado com o comportamento do mestre,
um dos discípulos imaginou uma forma de
fazer com o que mestre não tivesse outra
saída que não a de, enfim, dar uma resposta
“de verdade”.
Se aproximou do mestre e perguntou, com
uma ponta de sarcasmo: “ó grande mestre!
Por que toda vez que alguém lhe faz uma
pergunta o senhor sempre responde com
outra pergunta?”.
O mestre ficou alguns minutos em silêncio,
e quando o discípulo já se sentia vitorioso
com sua capacidade de superar o mestre,
ele disse com voz calma: “e por que não?”
EXERCÍCIO PRÁTICO #4
1. Retome as respostas dadas por você no
exercício prático #1
2. O exercício que vou propor agora é de
autoavaliação e de autoconhecimento.
Não será nem necessário expor as
respostas em sala.
3.Exercício: em relação às respostas dadas,
quando você faz parte do problema? Ainda
em relação a elas, quando você faz parte
da solução? E ainda, quando você, mesmo
sem causar os problemas, não faz nada
para solucioná-los?