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Módulo 1 ...........................532
Módulo 2 ...........................534
Módulo 3 ...........................536
Resolução dos
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Exercícios Extras ............538

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Módulo 1 Veja Exercícios Propostos na página 406.

Do mito ao logos: origens da filosofia


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. UPE 02. Enem C1-H4
Considere o texto a seguir. Texto I
A filosofia, retomando as questões postas pelo Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemen-
mito, é uma explicação racional da origem e da or- to originário de tudo o que existe, existiu e existirá,
dem do mundo. A origem e a ordem do mundo são, e que outras coisas provêm de sua descendência.
doravante, naturais. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao
CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia. passo que os ventos são ar condensado. As nuvens
São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 32. formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais
condensadas, transformam-se em água. A água,
No tocante a esse assunto, é correto afirmar que quando mais condensada, transforma-se em terra,
a. os primeiros filósofos pretenderam explicar apenas a e, quando condensada ao máximo possível, trans-
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origem das coisas e da ordem do mundo, sem valori- forma-se em pedras.


zar as causas das mudanças e das repetições. BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de
b. o nascimento da filosofia aparece solidário ao pensa- Janeiro: PUC-Rio, 2006. Adaptado.
mento sobrenatural, com a tendência para as limitações
da experiência imediata no âmbito da fantasia mítica. Texto II
c. a gênese do pensar filosófico se preocupa com as Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu:
explicações preestabelecidas, ou seja, a ausência de “Deus, como criador de todas as coisas, está no prin-
investigar e responder aos problemas da natureza. cípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de con-
d. a dimensão racional é tomada como critério de verda- teúdo se nos apresentam, em face desta concepção,
de, sobrepondo-se às limitações da experiência ime- as especulações contraditórias dos filósofos, para os
diata e da fantasia mítica. quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro
e. a gênese do pensamento filosófico quer ser explica- elementos, como ensinam os jônios, ou dos átomos,
FILOSOFIA 181

ção puramente sentimental da particularidade que é como julga Demócrito. Na verdade, dão impressão
seu objeto, ou seja, o que vale em filosofia é o argu- de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.
mento racional baseado apenas nos sentidos. GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã.
São Paulo: Vozes, 1991. Adaptado.
Resolução
A filosofia surge como a busca pelo conhecimento racio- Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolve-
nal e profundo da realidade. Suas explicações excluem, por- ram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma
tanto, o recurso a supostos seres divinos e pretendem ir além explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego
do nível das aparências. antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua
Alternativa correta: D fundamentação teorias que
a. eram baseadas nas ciências da natureza.
b. refutavam as teorias de filósofos da religião.
c. tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
d. postulavam um princípio originário para o mundo.
ATIVIDADES

e. defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.


Resolução
A leitura dos textos conduz à constatação de que os
diferentes pensadores citados possuem em comum a pos-
tulação de um princípio originário do mundo – o ar, no caso
do pré-socrático Anaxímenes, e Deus, na filosofia cristã de
Basílio Magno.
Alternativa correta: D
Habilidade
Comparar textos filosóficos que tratem de um mesmo as-
sunto, mas sob perspectivas distintas.
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LIVRO DO PROFESSOR
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. UPE A leitura do texto permite constatar que
Sobre o conhecimento mitológico, atente ao texto a seguir. a. os filósofos pré-socráticos não realizam nenhuma
Para os gregos, mito é um discurso pronuncia- afirmação específica sobre o ser humano.
do ou proferido para ouvintes que recebem como b. as cosmologias pré-socráticas procuram identificar no
verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que próprio cosmos o seu princípio.
narra; é uma narrativa feita em público, baseada, c. as problematizações dos primeiros filósofos os con-
portanto, na autoridade e confiabilidade da pessoa duzem à proximidade com o ceticismo.
do narrador. d. os discursos filosóficos expressam absoluta ruptura

FILOSOFIA 181
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia, 1996, p. 28. em relação às narrativas míticas.
e. as explicações dos pré-socráticos conciliam a natura-
Sobre esse aspecto do conhecimento mitológico, é cor- lidade e a supranaturalidade.
reto afirmar que
a. a função do mito é obscura e o discurso a ele referen- 05. Vunesp
te, pronunciado pela autoridade, está fundado na rea- O pensamento mítico consiste em uma forma
lidade e não explica a existência. pela qual um povo explica aspectos essenciais da
b. o mito retrata um tipo de compreensão não significati- realidade em que vive: a origem do mundo, o fun-
va, possibilitando ao homem viver e lutar contra tudo cionamento da natureza e as origens desse povo,
o que lhe é contraditório. bem como seus valores básicos. As lendas e narra-
c. na narrativa mitológica, proferida para os ouvintes, tivas míticas não são produto de um autor ou auto-
está presente o puro delírio da fantasia e a confiabili- res, mas parte da tradição cultural e folclórica de um
dade na pessoa do narrador. povo. Sua origem cronológica é indeterminada e sua
d. a narrativa do mito é baseada na lógica da abstração forma de transmissão é basicamente oral. O mito

ATIVIDADES
e deixa, à margem, o desejo de dominação do mundo. é, portanto, essencialmente fruto de uma tradição
e. o mito revela alguma coisa que é aceita sem contesta- cultural e não da elaboração de um determinado in-
ção nem questionamento. Trata-se, portanto, de uma divíduo. O mito não se justifica, não se fundamenta,
primeira narrativa que atribui sentido ao mundo. portanto nem se presta ao questionamento, à crítica
ou à correção. Um dos elementos centrais do pensa-
04. Enem C1-H4 mento mítico e de sua forma de explicar a realidade
Enquanto o mito se definia como uma narrativa é o apelo ao sobrenatural, ao mistério, ao sagrado, à
que contava a série das ações ordenadoras do rei ou magia. As causas dos fenômenos naturais são expli-
deus, a explicação racional passou a se apresentar cadas por uma realidade exterior ao mundo humano
como a solução de um problema. Segundo o logos, e natural, superior, misteriosa, divina, a qual só os
a explicação da origem dos fenômenos naturais res- sacerdotes, os magos, os iniciados são capazes de
ponde às indagações postas pelo próprio pensamen- interpretar, ainda que apenas parcialmente.
to. Uma nova atitude mental então se afirmou: nela, MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia.
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toda a explicação acerca da ordem do Universo re- Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. Adaptado.
sulta de perguntas que são formuladas pelo pensa-
mento à natureza. Com base no texto, explique como o pensamento filosófi-
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MACIEL JÚNIOR, Auterives. Pré-socráticos: a invenção co característico da Grécia Clássica diferenciou-se do pensa-
da razão. São Paulo: Odysseus, 2003. p. 36. mento mítico.
Módulo 2 Veja Exercícios Propostos na página 411.

Temas de filosofia: conhecimento


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. Unimontes-MG 02. Enem C1-H2
A razão enfrenta problemas sérios quanto à sua intenção É o caráter radical do que se procura que exige a
de ser um conhecimento universal e necessário de uma rea- radicalização do próprio processo de busca. Se todo
lidade em permanente mutação. O racionalismo (inatismo) o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza
e o empirismo no início do século XVII ofereceram respostas que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma
diferentes para essa pretensão da ciência de ser um conheci- gerada pela própria dúvida, e não será seguramente
mento objetivo da realidade, nos termos a seguir. nenhuma daquelas que foram anteriormente varri-
a. O racionalismo se opõe ao empirismo ao sustentar das por essa mesma dúvida.
que não existem ideias inatas e que o principal critério SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade.
da verdade é a observação. São Paulo: Moderna, 2001. Adaptado.
b. O ceticismo oferece uma alternativa ao racionalismo e
LIVRO DO PROFESSOR

ao empirismo ao considerar que somente a razão po- Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida
derá alcançar a verdade, seja ela inata ou não. radical da filosofia cartesiana tem caráter propositivo por con-
c. O racionalismo sustenta que as verdades são inatas tribuir para o(a)
e que o critério da verdade é a evidência, enquanto o a. a dissolução do saber científico.
empirismo aceita a tese de que a razão e a verdade b. recuperação dos antigos juízos.
são adquiridas. c. exaltação do pensamento clássico.
d. O racionalismo e o empirismo defendem que as ideias d. surgimento do conhecimento inabalável.
são inatas e que o critério da verdade é a experiência e. fortalecimento dos preconceitos religiosos.
sensível, testemunhadas pelos sentidos próprios do
Resolução
ser humano.
O ceticismo metódico de Descartes tem como meta a
Resolução condução do pensamento a conhecimentos seguros.
Para o racionalismo, o conhecimento está originariamen-
FILOSOFIA 181

Alternativa correta: D
te presente na mente e a evidência racional é o critério de Habilidade
verdade. Para o empirismo, o conhecimento, racionalmente Analisar os discursos acerca do conhecimento.
elaborado, inicia-se necessariamente pelas informações re-
colhidas pelos nossos sentidos.
Alternativa correta: C
ATIVIDADES
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EXERCÍCIOS EXTRAS
03. UEM-PR 05. UEM-PR
O pragmatismo opõe-se ao intelectualismo e a [...] “dogmatismo” é uma atitude filosófica ca-
todas as formas de pensamento da totalidade, bus- racterizada pela ausência da crítica em relação
cando dar atenção aos fatos observáveis e às suas ao que podemos conhecer através da razão. Em

LIVRO DO PROFESSOR
consequências. É um método de esclarecimento das filosofia, o dogmatismo corresponde ao intuito
diferenças significativas entre ideias, que se assenta de apresentar verdades últimas sobre as questões
na antecipação das consequências futuras que essas mais essenciais ao homem, tais como a imortalida-
ideias possam ter. de da alma, a origem do mundo (incluindo nisto o
ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3. tema da liberdade) e a existência de Deus, sem, to-
ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005. p. 118. davia, indagar-se preliminarmente se, de fato, po-
demos avançar enunciados teórico-especulativos
Com base no excerto citado e nos seus conhecimentos sobre esses objetos. É isto o que a crítica cuida de
sobre o pragmatismo, assinale o que for correto. examinar, ao instituir o que está ao nosso alcance
01. Segundo o pragmatismo, o concretamente expe- conhecer. Ao fim deste exame, Kant conclui pela
rienciável é indispensável para julgar a pertinência ilegitimidade dos enunciados dogmáticos acerca
das ideias. do que se encontra para além da experiência, isto

FILOSOFIA 181
02. O pragmatismo requer o conhecimento de verda- é, o suprassensível. A resposta negativa de Kant
des inatas. representa o fim da metafísica tradicional: ao con-
04. Princípios da teoria evolucionista, que considera a trário do que haviam pretendido os filósofos dog-
continuidade de um ser vivo ligada à capacidade de máticos, não há como fornecer, com base apenas
adaptação ao mundo, estão em conformidade com na razão, um conhecimento de matiz teórico sobre
o pragmatismo. a alma, a liberdade e Deus. Por outro lado, isso não
08. Ao criticar o intelectualismo, o pragmatismo preten- significa que a razão não possa pensar tais “obje-
de liberar a metafísica de conceitos vagos e dar lugar tos”. Ao contrário, Kant [...] mostra que esses te-
a uma filosofia purificada, científica e realista. mas são imprescindíveis para nossa razão em sua
16. Segundo o pragmatismo, o significado de uma ideia dimensão prática e moral.
não é dado por si mesmo, mas em seu valor de uso e FIGUEIREDO, V. Kant e a liberdade de pensar publicamente.
nas suas consequências. In: MARÇAL, J. (Org.). Antologia de textos filosóficos.
Curitiba: SEED, 2009. p. 402.

04. Enem C1-H2

ATIVIDADES
É palpável que o ceticismo radical ou absoluto Com base na afirmação apresentada, assinale o que
é autodestruidor. Ele afirma que o conhecimento é for correto.
impossível. Com isso, porém, ele expressa um co- 01. A impossibilidade de conhecimento sobre objetos
nhecimento. Consequentemente, trata o conheci- suprassensíveis não anula a importância desses ob-
mento como sendo, de fato, possível, mas, ao mes- jetos para o desempenho da religião e do comporta-
mo tempo, afirma que ele é impossível. O ceticismo mento moral.
padece, assim, de autocontradição. 02. O dogmatismo é decorrente da atitude pseudofilosó-
HESSEN, Johannes. Teoria do conhecimento. São fica que consiste em confundir, na ordem do conhe-
Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 33. cimento, objetos sensíveis e suprassensíves.
04. Os objetos da razão, quando não pertencem à expe-
Essas observações de Johannes Hessen sobre o ceticis- riência sensível, estão comprometidos com o impe-
mo conduzem à conclusão de que esse autor rativo categórico e não podem ser conhecidos.
a. atribui limites imanentes à postura filosófica cética. 08. A metafísica tradicional desejava conhecer a exis-
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b. recusa todas as formas de pensamento cético. tência de Deus, a imortalidade da alma e a finalidade
c. descarta a importância do ceticismo para a filosofia. do mundo.
d. classifica o ceticismo em inferioridade diante 16. Kant se apresenta como o pai da metafísica tra-
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do dogmatismo. dicional, pois confunde conhecimento racional


e. reduz o discurso cético ao pessimismo moral. e empírico.
Módulo 3 Veja Exercícios Propostos na página 415.

Temas de filosofia: ética e política


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. UPE 02. Enem C5-H23
Referente à dimensão ética, coloque V nas afirmativas A ética precisa ser compreendida como um em-
verdadeiras e F nas falsas. preendimento coletivo a ser constantemente reto-
( ) A ética ou filosofia moral se fundamenta nas ideias mado e rediscutido, porque é produto da relação
de bem e virtude. social e interpessoal. A ética supõe ainda que cada
( ) A ética é entendida como disciplina filosófica, como grupo social se organize sentindo-se responsável
ciência crítico-normativa que indaga, no plano teoréti- por todos e que crie condições para o exercício de
co, a essência, origem, finalidade e linguagem éticas. um pensar e agir autônomos. A relação entre ética e
( ) Questão fundamental na obrigatoriedade e no estudo política é também uma questão de educação e luta
da ética é a que se resume nesta pergunta: de onde pela soberania dos povos. É necessária uma ética
vem a força obrigatória dos preceitos morais? renovada, que se construa a partir da natureza dos
LIVRO DO PROFESSOR

( ) Ética é a disciplina filosófica que se preocupa em valores sociais para organizar também uma nova
refletir sobre os sistemas morais elaborados pelos prática política.
homens, buscando apenas compreender as normas, CORDI et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007. Adaptado.
sem levar em consideração as interdições próprias
de cada sistema moral. O século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos
( ) A ética é um estudo assistemático das diversas morais. problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos
Nesse sentido, explicita os seus pressupostos, ou seja, ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e
as concepções sobre o ser humano e a existência hu- a partir do texto, a ética pode ser
mana que sustentam uma determinada moral. a. compreendida como instrumento de garantia da cida-
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. dania, porque através dela os cidadãos passam a pen-
a. V – V – V – V – V sar e agir de acordo com valores coletivos.
b. V – F – V – F – V b. mecanismo de criação de direitos humanos, porque é
FILOSOFIA 181

c. V – V – V – F – F da natureza do homem ser ético e virtuoso.


d. F – V – F – V – V c. meio para resolver os conflitos sociais no cenário da
e. F – F – F – V – V globalização, pois, a partir do entendimento do que é
efetivamente a ética, a política internacional se realiza.
Resolução
d. parâmetro para assegurar o exercício político priman-
A ética define-se como o estudo sistemático da moral, do pelos interesses e ação privada dos cidadãos.
problematizando seus fundamentos e suas finalidades, sen- e. aceitação de valores universais implícitos numa so-
do que noções como bem e virtude são centrais nessa área ciedade que busca dimensionar sua vinculação a ou-
de investigações filosóficas. Assim, são verdadeiras as três tras sociedades.
primeiras afirmações e são falsas as duas últimas.
Alternativa correta: C Resolução
O texto-base da questão articula ética e política sob o
prisma da construção da cidadania, em face dos problemas
sociais do mundo contemporâneo
ATIVIDADES

Alternativa correta: A
Habilidade
Analisar a importância dos valores éticos na estruturação
política das sociedades.
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LIVRO DO PROFESSOR
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. UPE d. de que a ética pertence à política.
A ética ou a moral é que vem estabelecendo re- e. de que a realidade moral é reprodução imperfeita
gras de conduta para a humanidade. Não se pode das ideias.

FILOSOFIA 181
imaginar a vida social sem a presença de modelos
morais ou éticos. 05. UPE
Antônio Paim, 1992. A história da ética, como disciplina filosófica, é
mais limitada, no tempo e no material tratado, que
Sobre isso, é correto afirmar que a história das ideias morais da humanidade. Esta úl-
a. a esfera da moral singulariza a reflexão e a distinção tima história compreende o estudo de todas as nor-
entre o bem e o mal. mas que regulam o comportamento humano desde
b. a esfera da ética está à margem dos problemas morais. os tempos pré-históricos até nossos dias.
c. a vida social está alheia aos problemas morais e o ato VITA, Luís Washington. Introdução à filosofia, 1964, p. 143.
moral prescinde dos valores.
d. a moral é o conjunto de normas e regras de condutas Sobre esse assunto, coloque V nas afirmativas verdadei-
consideradas inválidas para se viver melhor. ras e F nas falsas.
e. a ética é a ciência da moral, que não deixa à margem os ( ) A ética é uma ciência prática e, portanto, sem ri-
problemas morais. A ética é uma reflexão sobre a moral. gor teórico.

ATIVIDADES
( ) A ética ou filosofia moral é a parte da estética que se
04. Enem C5-H23 ocupa da reflexão a respeito das noções e dos princí-
[...] O bem humano tem que ser a finalidade da pios que fundamentam a vida humana.
ciência política, pois ainda que seja o caso de o ( ) Uma das definições mais corriqueiras da ética ou
bem ser idêntico para o indivíduo e para o Esta- moral é aquela que se refere ao estudo da atividade
do, o bem do Estado é visivelmente um bem maior, humana com relação aos seus fins imediatos, que é
tanto para ser alcançado como para ser preser- a realização plena da humanidade.
vado. Assegurar o bem de um indivíduo é apenas ( ) A história da moral serve de objeto de reflexão para a
melhor do que nada; porém, assegurar o bem de ética, ou seja, a ética parte da diversidade de morais
uma nação ou de um Estado é uma realização mais no tempo, com os seus respectivos valores, princí-
nobre e mais divina. pios e normas.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Bauru: Edipro, 2007. p. 38-39. ( ) A filosofia moral se ocupa da conduta humana sob
o aspecto segundo o qual pode ser julgada certa ou
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Nesse texto, o filósofo Aristóteles refere-se diretamente errada, virtuosa ou viciosa, boa ou má.
à sua concepção Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a. de que a sociedade política é produto de um contrato. a. F – F – F – V – V d. V – V – F – F – F
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b. de que moral e política têm base metafísica. b. F – F – V – V – V e. F – V – F – F – V


c. de que a democracia é a forma superior de governo. c. V – F – F – V – V
Resolução dos Exercícios Extras
FILOSOFIA 181 04. A
Ao atribuir uma contradição lógica ao ceticismo abso-
Módulo 1 luto, Johannes Hessen recusa sua plausibilidade. Dessa
03. E forma, o ceticismo tem limites para esse autor, sendo que
O mito consiste em narrativas que conferem sentido ao apenas as modalidades parciais de ceticismo seriam logica-
mundo a partir da crença na ação ordenadora de forças su- mente admissíveis.
pranaturais. A credibilidade dos relatos mitológicos reside na Habilidade
autoridade da tradição cultural e recusa a crítica racional. Analisar os discursos acerca do conhecimento.

04. B 05. 11 (01 + 02 + 08)


O texto-base da questão contém a observação de que a Kant define como dogmáticas as filosofias que não exa-
filosofia pré-socrática, diferentemente do pensamento míti- minam os próprios limites da razão e conclui que os temas
co, procura conhecer racionalmente a natureza a partir de si clássicos da metafísica – mundo, imortalidade da alma, Deus –,
mesma. Observamos que o conteúdo da alternativa a não é ainda que constituam questões relevantes, não são objetos
correto porque, apesar de a filosofia pré-socrática não situar do conhecimento humano. Desse modo, são verdadeiras as
LIVRO DO PROFESSOR

o ser humano no núcleo temático de suas especulações, a asserções 01, 02 e 08, e é incorreta a afirmação 16. Também
humanidade recebe eventual atenção específica nos primei- é falsa a afirmação 04, que confunde as considerações de
ros tempos da filosofia – o atomista Demócrito é um exemplo Kant sobre a metafísica clássica com seu conceito ético de
nesse sentido. imperativo categórico.
Habilidade
Distinguir verdade, mito e razão com base no pensamen- Módulo 3
to filosófico. 03. E
A ética é uma reflexão filosófica sistemática sobre os
05. O mito e a filosofia grega versam sobre temas comuns, temas morais. Observamos que a alternativa a, em uma pri-
entretanto, enquanto o mito se ampara na ancestralidade, na meira leitura, pode ser equivocadamente assumida como
supranaturalidade e no mistério, a atividade filosófica carac- verdadeira, entretanto a ética e a moral concebem bem e
teriza-se pela busca de conhecimentos racionalmente justi- mal em suas acepções amplas e fundamentais, e não de
ficados e, consequentemente, expostos ao exame racional. forma singularizada.
RESOLUÇÃO

Além disso, a filosofia aspira à coerência discursiva e à elimi-


nação dos mistérios. Dessa forma, a aceitação de um discur- 04. D
so filosófico não repousa na autoridade cultural e depende, O texto retrata a tese aristotélica de pertencimento da éti-
isto sim, da qualidade do argumento e de suas evidências ca à política, remetendo-nos à sua conceituação do ser huma-
racionalmente demonstráveis. no como ser naturalmente social, cuja vida virtuosa se realiza
na sociedade política.
Módulo 2 Habilidade
03. 29 (01 + 04 + 08 + 16) Analisar a importância dos valores éticos na estruturação
O pragmatismo subordina a verdade àquilo que é útil à política das sociedades.
vida dos seres humanos e das sociedades. Sendo assim, tal
concepção remete à noção de verdade como correspondên- 05. A
cia e é incompatível com a tese racionalista ou inatista do co- As três primeiras afirmações são falsas, pois a ética ca-
nhecimento. Assim, apenas a afirmação 02 é falsa. racteriza-se pelo rigor teórico, não pertence à estética e não
se circunscreve aos fins imediatos das atividades humanas.
As duas últimas asserções referem-se corretamente à ética.
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PV-EMI-16-XX

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