Ensaio de Dureza
• Uma propriedade mecânica que pode ser considerada importante é a dureza, que é
uma medida da resistência de um material à deformação plástica localizada (por
exemplo, uma pequena penetração ou um risco);
• Esta escala foi criada em 1812 pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs. A
Escala de Mohs quantifica a resistência que um determinado mineral
referente ao risco. O diamante risca o vidro, portanto, este é mais duro que o
vidro. Por exemplo, o gesso (2) risca o talco (1), mas não risca o quartzo (7).
Portanto, esta é uma escala apenas qualitativa, onde o diamante é o
material mais duro (dureza Mohs diamante = 10);
Dureza Brinell
• É um dos tipos de dureza mais utilizado na área de engenharia
sendo simbolizada por HB. Consiste em comprimir lentamente
uma esfera de aço ou tungstênio de diâmetro (D = 2R) sobre uma
superfície plana, polida e limpa de um metal através de uma
carga P, durante um tempo t;
• O ensaio Brinell é usado especialmente para avaliação de dureza de metais ferrosos não
temperados e não ferrosos. Usando-se esferas de aço temperado só é possível medir
dureza até 500 HB, pois durezas maiores danificariam a esfera.
𝜎 = 3,6𝐻𝐵
• A localização de uma impressão Brinell deve ser tal que mantenha um
afastamento das bordas do corpo de prova de no mínimo 2,5d. A espessura
do corpo de prova, para ser ensaiado deve ser no mínimo igual a 10d para
evitar em ambos os casos, degenerações laterais e de profundidade,
falseando o resultado;
• A distância entre duas impressões Brinell deve ser no mínimo igual a 5d.
Superfícies não planas não são propícias para o ensaio Brinell, pois acarreta
erro na leitura do diâmetro d. A impressão Brinell abrange uma área de
contato maior que os outros tipos de dureza; ela é a única utilizada e aceita
para metais que tenham uma estrutura interna não uniforme, como o caso
dos ferros fundidos cinzentos.
Dureza Rockwell
• Proposto pelas indústrias Rockwell, dos Estados Unidos, por volta de 1922,
atualmente é o método mais utilizado internacionalmente;
2. Maior exatidão e isenção de erros, visto que não exige leitura do diâmetro
da impressão;
• A carga pode variar de 49 a 980 N (5 a 100 kgf) para ensaios com carga normal;
1,96 a 49 N para ensaios com carga pequena; e 1,96 a 0,0098 N para ensaios com
microcarga;
• As escalas A e D são as mais utilizadas. A escala M usa uma mola de pouca força e foi
desenvolvida para permitir o teste de pequenas peças como anéis. Como os materiais
respondem de forma diferente às diferentes escalas, não há correlação entre escalas.
Dureza Janka
• A dureza Janka (fH) é uma variação do método Brinell, usada em geral para
madeiras. A dureza Janka é definida pela força necessária para penetrar, até
a metade do diâmetro, uma esfera de aço de diâmetro 11,28 mm (área de
contato da penetração de 1 cm2);
• O carregamento deve ser monotônico e crescente aplicado até que a esfera
penetre a uma profundidade igual ao seu raio (5,64 mm), em um período de
pelo menos um minuto (1 mm a cada 10 segundos). A Dureza Janka é dada
pela equação:
𝑓𝐻 = 𝐹𝑚𝑎𝑥/𝐴𝑠𝑑
• Observações:
a semi-comprimento da trinca
⍴e raio de curvatura da trinca na extremidade
σ0 tensão nominal
• A mecânica da fratura permite a quantificação das relações entre as
propriedades dos materiais, o nível de tensão, a presença de defeitos
geradores de trincas e os mecanismos de propagação de trincas;
• A primeira teoria equacionada para o estudo de trincas, foi a Teoria de
Griffth, em 1920, voltada apenas para materiais frágeis.
• Define-se fator tensão crítica, aquele valor da tensão para o qual a trinca
começa se propagar