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Etimologia: Derivada do grego – OIKONOMIA, “Oikos” > casa, “nomein” > gerenciar

(administração de uma casa, lar).

Economia I – Dr. Fernando Araújo – Paula Braz (prática)


Curta definição: Estudo das decisões individuais e coletivas tomadas em ambiente de
escassez. Intercâmbio entre interesses jurídicos e comerciais, onde a sociedade atual é
marcada pelo culto ao dinheiro (materialismo).

De forma geral, a economia tem por função, sanar problemas de escassez de bens e recursos
diante a necessidade humana. A escassez é gradual e relativa, de forma que sua intensidade
esta diretamente ligada com a demanda. A saciedade, mesmo em ambientes de abundância
de recursos, se torna inalcançável, devido ao facto de que muitas de nossas necessidades são
recorrentes, como alimentar-se ou ter o que vestir . Dessa forma, por mais que os recursos
sejam limitados, sempre haverá uma escassez como o tempo , ou energia. Deve haver um
equilíbrio entre eficiência e prioridade.

Conceitos Introdutórios:
Microeconomia: Estudo das escolhas humana, individuais e coletivas, feitas por razões de
escassez de bens e/ou recursos, a fim de solucioná-las de forma justa.; relações económicas
cotidianas, baseadas no desejo individual. Soluciona problemas a longo prazo.

Macroeconomia: Estudo de situações/problemas de curto prazo, podendo gerar pressões


inflacionistas ou deflacionistas, desemprego e estagnação, além de destaques no Direito
Internacional. Soluciona problemas a curto prazo.

Principal Fundamento: Adam Smith (Riqueza das Nações, 1776)


Ideologia: Através da divisão de trabalho proporcionada pela Revolução Industrial e o avanço
social, um indivíduo se especializa em uma determinada função para entrar no mercado de
trabalho a fim de trocar seu tempo por dinheiro. Esse dinheiro ganho será trocado por outro
bem ou recurso necessário para a sobrevivência desse indivíduo, enquanto o trabalho gerado
irá servir às necessidades de um outro sujeito.

Em outras palavras,

Agentes económicos promovem seus próprios interesses a fim de lucrarem para si, porém ao
longo do percurso, frequentemente promovem o interesse da sociedade intencionalmente .
Ademais, acreditava que a troca de bens e recursos entre nações é fundamental para o
crescimento do bem-estar/satisfação publica.

Mão Invisível: Relação harmónica entre os desejos individualistas de agentes do mercado e


consumidor. Em outras palavras, a Mão Invisível é a interferência natural que o mercado
exerce na economia, sem a interferência do Estado na taxação de preços e produção, que por
sua vez, se regulam sozinhas de acordo com a procura/necessidade.
Linha de Raciocínio:

1. Todo e qualquer individuo é dotado de necessidades, tanto biológicas, quanto


primarias. Essas necessidades como comer, beber, vestir-se, adquirir bens materiais,
etc, são ilimitadas enquanto o individuo viver, porém, os bens em questão não. Dessa
forma, enquanto o desejo é ilimitado, os recursos e bens são limitados (escassos ).
2. Devido ao fato de bens e recursos serem escassos, a importância da economia esta em
administrar tais recursos a fim de satisfazer as necessidades humanas sem prejudicar o
outro, tratando-os de forma igual.
3. Com a existência da necessidade (procura), há quem se apresente para sanar o
problema (oferta) a fim de saciar suas próprias necessidades, e não por boa vontade.
Ambos posicionamentos são diretamente proporcionais, e criam uma relação de
mercado, onde quanto maior for a demanda de determinado bem, maior será sua
produção e disponibilidade no mercado. Serão ainda inversamente proporcionais onde
quanto maior a disponibilidade (oferta) de um bem, menor será seu valor de mercado.
4. O aumento da oferta, oferece a possibilidade da Escolha Racional, isto é, a decisão em
adquirir determinado bem, baseado em um conjunto de preferências (gostos) e
restrições (tempo ou dinheiro).

Aprofundamento em Microeconomia: A Racionalidade


A Economia pressupõe que o comportamento dos indivíduos seja racional, ou seja, o
comportamento racional dos indivíduos exige que estes atuem coerentemente de acordo com
a sua ordem de preferências. Agir economicamente é agir racionalmente.

 A racionalidade garante ao sujeito económico um critério estável, a partir do qual


decide a sua ação perante cada situação. Na medida em que o sujeito aja
racionalmente, suas ações serão previsíveis, possibilitando assim, estudar as suas
consequências.

Marginalismo – Avanço teórico no fim do sec. XIX. Consiste em tomar pequenas decisões,
pequenos impulsos que resultam em pequenas respostas, sendo mais efetivo do que tomar
grandes decisões de tudo ou nada. Esse raciocínio é puramente realista e pragmático.

 Nossas necessidades não são em todo “tudo ou nada”, tomamos pequenas decisões
diariamente a fim de satisfazer desejos gradualmente.
 A cada passo (escolha) que fazemos, paramos para analisar qual o próximo passo mais
urgente/importante. Fazemos uma gestão de recursos constantemente.

Análise económica da racionalidade:


 Otimização de Recursos: escolha de conduta que apresenta a máxima diferença entre
benefícios e custos
o Custo de Oportunidade: Todos os benefícios que deixamos de receber por
sacrificarmos as opções que tinham de ser preteridas em favor da conduta que
escolhemos.
 Maximização de Meios: Analisar os recursos disponíveis e tentar, racionalmente,
adequá-los à um objetivo onde haverá maior eficiência.
Otimização (George Stigler): Baseada em um raciocínio marginal, concentrando-se
especialmente nos custos e vantagens de mais uma opção, mais um bem, mais um fator
positivo, libertando-se de uma análise minuciosa de todos os custos e meios disponíveis, já que
nem sempre estão explícitos no mercado, requisitando assim muito tempo e esforço, em
outras palavras, agir de forma irracional.

Escola Neoclássica: É essencialmente racionalista, pressupondo que as decisões básicas de um


agente económico derivam de ponderações atribuídas à sua racionalidade, e que é essa
racionalidade que facilita a produção de resultados maximizadores do bem-estar social.
Acreditavam na racionalidade perfeita, ou seja, que o agente económico detinha toda a
informação do mercado (Homo económico).

Neoinstitucionalistas: É humanamente impossível deter toda a informação no mercado


(racionalidade perfeita) sobre um produto específico. A informação possui um custo associado,
como o tempo (procurar saber como encontrar, valores no mercado, distâncias).

Racionalidade limitada / Ignorância racional (Herbert Simon): Capacidade de limitar


nossas escolhas ao que nos convém no momento, ou seja, temos o controle de deixar uma
necessidade momentaneamente de lado em prol de outra mais imediata.

 Substitui o objetivo da maximização pelo da satisfação, a exigência do “ótimo” pelo


“suficiente”.

Ex.: Ao acordar atrasado para uma prova e por necessidade biológica, com fome, temos a
oportunidade de escolher entre sair imediatamente, ou saciar a fome primeiro, e então sim,
sair.

Atalhos Heurísticos: Atalhos mentais que usamos para simplificar problemas. Esquematizar e
padronizar dados de uma certa informação e decisão, “antecipação aproximativa”.

 Rotina: Processo natural de minimizar gastos de energia e tempo, porém pode induzir
ao erro.
 Atenção: Capacidade de desenvolver estratégias e solucionar problemas específicos,
novos, fora da rotina, porém requer mais tempo e esforço.

Prioridade - Eficiência vs. Justiça:


Decisões a tomar enquanto gestor económico (big trade-off):

Eficiência (objetivo quantitativo): A prioridade do uso eficiente de recursos significa que o


emprego de meios é avaliado com o propósito de maximizar, ou seja, obter a maior
capacidade de rendimento possível, independente da necessidade.

 O uso eficiente de recursos resulta na produção de bens e serviços para um maior


número de pessoas. Isso significa que o aumento quantitativo dos meios avança em
direção à otimização das finalidades.
Justiça (objetivo qualitativo): Prioridade dada à forma como o rendimento é repartido de
forma igual, independente da dimensão total do rendimento.

 Entretanto, a distribuição justa de um resultado ineficiente pode ser injusta por não
satisfazer ninguém.

As perguntas básicas da decisão económica:


A complexidade do processo económico resulta no conjunto de questões a seguir:

1. O que produzir e quanto?


2. Como produzir?
3. Para quem produzir?
4. Quem decide e por que processo?
5. Como confiar?

1º O que produzir e quanto?

2º Como produzir

3º Para quem produzir?

4º Quem decide e por que processo?

5º Como confiar?

Custo de Oportunidade e Preço Relativo:


Por mais racionais que sejamos ao efetuar escolhas, haverá sempre um custo de oportunidade
em cada decisão que tomamos.

 O Custo de oportunidade (Tradeoff) é a escolha que deixamos de fazer ao optar por


aquilo que seria nossa primeira opção, o mais vantajoso segundo nosso instinto, ou
seja, será igual à renúncia de um benefício em troca de outro. Esse custo é espelhado
no preço relativo (PR), formado pelo mecanismo de oferta e procura.

PR = Preço A / Preço B

Sendo: Preço A – Vantagem Líquida (a melhor opção).

Preço B – Custo de Oportunidade (aquilo que deixamos de fazer ou adquirir).

Ex. 1: Preço Relativo


Bem A: 1kg = 6 e Bem B: 1kg = 3

Para obter 1kg do bem A, o Custo de Oportunidade (CO) será 2kg do Bem B. (6/3=2)

Para obter 1kg do bem B, o CO será 0,5 do Bem B. (3/6=0,5)

Ou ainda,

Ex. 2: Orçamento

Uma mesada de 400€ que pode ser aplicado em:

Livros – 1 livro = 40€ e Almoço – 1 almoço = 10€

Para obter 1 livro, o CO será 4 almoços (40/10 = 1 livro equivale à 4 almoços).

Para obter 1 almoço, o CO será 0,25 de livro (10/40 = 1 almoço equivale à 0,25 livro).

Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP)


A FPP consiste na representação de uma curva gráfica, apresentando as várias combinações de
produto que podem ser feitas, de acordo com os fatores de produção (recursos como capital,
mão de obra ou matéria) e tecnologias disponíveis. Em outras palavras, apresenta as
alternativas de produção da sociedade, de acordo com os recursos empregados.

Raciocínio Marginalista:
Marginalismo: Avanço teórico no fim do séc. XIX. Consiste em tomar pequenas decisões,
pequenos impulsos que resultam em pequenas respostas, sendo mais efetivo do que tomar
grandes decisões de tudo ou nada. Esse raciocínio é puramente realista e pragmático.

 Nossas necessidades não são em todo “tudo ou nada”, tomamos pequenas decisões
diariamente a fim de satisfazer desejos gradualmente.
 A cada passo (escolha) que fazemos, paramos para analisar qual o próximo passo mais
urgente/importante. Fazemos uma gestão de recursos constantemente.

Custo Marginal: O valor da mais valiosa alternativa que foi abdicada por uma melhor
alternativa de produzir ou de obter um bem.

Benefício Marginal: Valor do bem ou serviço que se optou.

Dessa forma, quanto maior o custo dos fatores variáveis, maior será o custo marginal e menor
o benefício que esses fatores proporcionam.

Dessa forma o Raciocínio Marginalista consiste em:

 Optar por produzir ou adquirir mais um bem ou serviço desde que esse
benefício não ultrapasse o limite disponível.
 Optar por produzir ou adquirir menos quando o custo exceder o limite.
 Optar por não produzir ou adquirir mais nem menos quando os fatores de
produção forem iguais.

Custo de transação: Custos implícitos que pesam na decisão de um individuo.

Conceito de utilidade e a 1ª Lei de Gossen:


Utilidade é a valorização subjetiva de um bem ou necessidade.

Utilidade Marginal: A utilidade da última dose.

1ª Lei de Gossen / Utilidade Marginal Decrescente – A utilidade de uma nova dose de um bem
tende a ser inferior às doses passadas no que diz respeito a satisfação.

 Entretanto, o ponto de saciedade pode não chegar a ocorrer devido à fatores


variáveis, como a escassez de recursos.

A Vantagem das Trocas


Indivíduos se colocam em posição de complementaridade de necessidades e buscam sempre
lucrar mais.

Teoria dos Jogos

 Jogo de soma nula/zero: Consiste no ganho do “vencedor” ser a soma do prejuízo dos
envolvidos, em que o valor total de ganhos e o valor total das perdas se anulam.

(Linha de pensamento é inviável para que a economia funcione)

 Jogo de soma positiva: Consiste no ganho de todos envolvidos na relação, sendo que
nenhuma das partes implica em prejudicar a outra, contribuindo para um resultado
crescente.
Mercado de produtos e Mercado de Fatores
Mercado de Produtos: bens e serviços, o produto final da atividade económica (output).

Mercado de Fatores: mercado de mão de obra, recursos naturais (input).

Fluxo circular de produtos e fatores (azul)

Contra-fluxo de pagamentos (preto)

A intervenção do Estado
Estado Dirigista – O Estado substitui o individuo em sua decisão económica.

Estado Intervencionista – Pode intervir na economia com maior ou menor grau.

A intervenção estadual no mercado pode surgir de 3 razões:

 Ineficiência
 Justiça
 Ignorância das leis económicas

1. Ineficiência: Falha de mercado

A falha de mercado pode ser atribuída a:

a. Externalidade: Efeitos colaterais na produção de um bem ou serviço, ou seja,


indiretamente prejudica outros agentes económicos, mercados ou o bem-
estar coletivo. Perturba a coincidência entre eficiência de mercado e bem-
estar social.

Resolução de externalidade privatísticos de Ronald Coase: As externalidades


podem ser resolvidas de forma privada, um acordo entre os afetados. (nem
sempre a externalidade tem peso, ou prejudicam o suficiente para requerer
a presença do Estado. Porém, o Estado pode intervir para ajudar os
particulares a chegarem em consenso (ex.: Protocolo de Kyoto).

Soluções públicas de Arthur Cecil Pigou: A intervenção do Estado é feita por


sua autoridade, impõe uma determinada norma, solução, a fim de corrigir a
falha.

 Externalidade negativa: Agente causador tem um benefício, porém, o


prejuízo social é maior que o benefício do agente.
o Solução: Estado impõe coimas, impostos, obrigações para com o
meio ambiente. Estado aumenta os custos do agente causador a
fim de equilibrar o prejuízo social.
o Internalização da externalidade – O Estado insere o agente que
estava lucrando individualmente de volta ao mercado.

Sobreprodução = prejuízo social

 Externalidade positiva: Terceiros estão sendo beneficiados pela produção


ou serviço de um agente, porém, o mesmo não dispõe de meios para
reclamar desses terceiros um retorno financeiro por esses benefícios, ou
seja, encontra-se em prejuízo.
o Solução: O Estado age em auxílio ao agente em prejuízo,
subsidiação, benefício fiscal.

Subprodução = prejuízo individual

Conceitos:

Bens públicos: Não são de uso exclusivo / Não há rivalidade do uso

Bens privados: São de uso exclusivo do dono / Rivalidade do uso

Recursos públicos: Não são de uso exclusivo / Há rivalidade do uso (ex. uso de estradas)

b. Assimetria informativa: Diferenciação da quantidade de informação de


agentes económicos.
i. Seleção adversa: situações que ocorrem antes do contrato (ex ante).
1. Privilegia os vendedores, os compradores não pode diferenciar
um produto antes da compra.

Solução: Estado intervém para equiparar ambos os lados do contrato.


Sinalização por parte do Estado em indicar as condições do bem a fim de
auxiliar o comprador em sua escolha.

ii. Risco moral: Situações que ocorrem durante um contrato duradouro


(como contrato de trabalho).

Solução: Estado intervém com uma fiscalização


c. Poder de Mercado: Um agente ou um grupo de agentes económicos que
centralizam o poder do mercado. Exploração dos mecanismos de preço em
proveito próprio, criando o monopólio e consequentemente, uma
concorrência imperfeita.

Nesse caso, a intervenção do Estado consiste em desmembrar essa


concentração de poder, evitando assim, o desequilíbrio do mercado.

Concorrência imperfeita:

Monopólio – Apenas um agente detém o poder do mercado da


oferta, e o controla ao seu benefício.

Oligopólio – Um grupo de agentes económicos detém o poder


do mercado da oferta

Concorrência monopolística

2. Justiça Social:
a. O rendimento de cada agente económico deveria ser proporcional ao seu
trabalho e habilidade aplicado na produção de um bem ou serviço. Entretanto,
isso pode não ocorrer devido a diversos fatores, como os monopólios, que
geram exclusão de muitos agentes económicos menores dos mercados. O
Estado deve assegurar justiça e segurança nas trocas, promovendo assim,
eficiência no mercado mesmo quando o mesmo falhar.

Soluções: Os impostos são uma ferramenta de distribuição de riqueza,


taxar os mais ricos e investir nos mais necessitados.

3. Ignorância das leis económicas: desconhecimento dos requisitos e implicações da


atitude intervencionista, ou seja, o Estado intervém sem saber por completo as leis
económicas do mercado e consequentemente, agravando ainda mais o problema.

Walfare economics – foca nas falhas do mercado e justifica a intervenção do Estado.

Public choice – Associada a políticas publicas, estuda os fracassos do Estado ao intervir no


mercado. Justificações: falhas de informação e conflito de interesses.

Causalidade - Ao trabalhar em conjunto, depositamos confiança em outras indivíduos,


assumindo riscos económicos. Não confiamos 100% em outras pessoas, mas sabemos que
todos estão sob a mesma regra, então pretendemos confiar.

Divisão do trabalho
 Desenvolvida por Adam Smith, a divisão do trabalho nada mais é do que a
complementaridade do trabalho na produção de um bem ou serviço. Ou seja, cada
indivíduo se especializa em uma determinada função, que por sua vez, vai satisfazer
um interesse daquele que o paga pelo seu tempo ou bem produzido. Dessa forma, a
partir de nossos interesses, satisfazemos interesses alheios a fim de satisfazer os
nossos.

Ex.: Um sujeito decide virar padeiro e vender pães àqueles que necessitam de pães.
Consequentemente, o padeiro pode satisfazer suas próprias necessidades (como compras no
mercado, aluguel, despesas, etc) a partir da satisfação da necessidade alheia (pães vendidos).

 Troca Internacional: Ainda em Adam Smith, a divisão do trabalho proporcionava um


grande benefício no comércio entre nações. Um país que possui um excesso na
produção de um determinado bem pode utilizar desses recursos para conseguir
outro bem que carecem.

Conceito de Vantagem
Vantagens Absolutas: o comércio é focado para fornecer as necessidades do mercado
internacional. Vantagem obtida através do excesso da produção (além do que suas
necessidades requerem) de um bem, esse excesso pode ser usado para obter outros bens e
serviços não produzidos.

O preço é regulado pela – Matéria prima, Mão de obra e Investimento

Vantagens Comparativas: Antes de se voltar ao palco internacional, as nações devem analisar


a partir do custo de oportunidade qual produção trará o maior benefício. Vantagens obtida ao
libertar-se de tarefas em que seja menos apto a fim de concentrar-se em uma atividade que
seja mais produtiva, deixando as demais com outros agente económicos.

Fontes de vantagens:

 Dotações naturais / herdadas: Vantagens fornecidas devido à geografia ou


ecossistema da região.
 Dotações adquiridas: Vantagens obtidas a partir de investimentos em uma
especialização. Capital humano, learning by doing
Forças do mercado: Oferta, Procura e Mercado de Concorrência
Conceitos Introdutórios:

 Mercado – Grupo de compradores e vendedores de um bem ou serviço particular.


 Oferta – Indivíduo que se dirige ao mercado a fim de prestar um serviço ou oferecer
um bem avaliado no seu devido custo. Entretanto, esse valor pode também ser
influenciado por outros fatores, como a disponibilidade da oferta e da procura, ou
inflação.
 Procura – Indivíduo que se dirige ao mercado para satisfazer uma necessidade com a
aquisição de um bem ou serviço. O valor que esse indivíduo atribui ao bem ou serviço
é regulado pela utilidade do mesmo. Não obstante, esse valor pode também pode ser
influenciado por outros fatores, como seu orçamento ou a disponibilidade da oferta.

 Preço de equilíbrio – Ou ainda, cruz marshallina, é o ponto de encontro entre a curva


da oferta e a curva da procura. Esse ponto, representa o limite que o consumidor está
disposto a pagar por determinado bem, e o limite que o vendedor pode chegar para
que não tenha prejuízo em sua venda.

 Bens complementares – um bem que deve ser consumido com outro bem. Isto
significa que, se os bens A e B forem complementares, um aumento no consumo do
bem A resulta num aumento do consumo do bem B.

 Bens sucedâneos:  é um bem que possa ser consumido em substituição a outro.

 Bens normais: costumam ser mais caros, melhor qualidade; bens de luxo.
 Bens inferiores: bens de baixo preço, menor qualidade.

 Efeito Rendimento: O efeito rendimento atua como uma restrição ao consumidor


quanto ao seu poder de compra, limita seu consumo; um orçamento, obrigando-o a
racionalizar seus gastos.
 Efeito de Substituição: Substitui um bem por outro conforme o aumento ou redução
de poder aquisitivo.

Lei da Oferta: Quanto maior for o preço de um bem, maior será a oferta; quanto menor o
preço de um bem, menor será sua oferta. A oferta acompanha a variação dos preços.

 Fatores que influenciam o preço da oferta e sua curva:


a. Preço dos insumos, bens relacionados na produção de um outro bem ou
serviço.
b. Progresso tecnológico
c. Expectativas de produtores quanto à evolução do mercado
d. Custo de produção.
e. Quantidade de produtores disponíveis.

Lucro: o lucro ocorrerá quando os custos envolventes na produção de um bem ou


serviço forem menores que o preço do bem ou serviço vendido em questão. Dessa forma,
quanto maior o preço, maior a possibilidade desses custos serem cobertos e assim, gerar o
lucro.

* A reta nunca começará no zero pois dessa forma não haveria lucro.

Lei da Procura: Quanto maior for o preço de um bem, menor será sua procura, assim como
menor for seu preço, maior a procura.

Exceções contrárias à lei da procura:

 Bens Veblen – Bens comprados apenas por serem caros, e não por serem
propriamente útil.

 Bens Giffen – a quantidade de venda sobe conforme o preço sobe.

Fatores que influenciam o preço e a curva da oferta:

 A renda disponível (efeito rendimento e efeito substituição)


 Preço dos bens complementares e sucedâneos.
 Gostos, fatores subjetivos.
 Expectativas, o consumidor tem a expectativa de uma diminuição ou aumento dos
preços, como na Black Friday, ou ainda, aumento ou diminuição da renda disponível.
 Publicidade, interferência nos gostos pessoais devido à uma publicidade.
Mercado de concorrência: perfeito e imperfeito

 Perfeito:
o Atomicidade: Tanto agentes da oferta como agentes da procura estão
presentes em quantidades suficientes no mercado para que não o
sobrecarregue, permitindo a ambos chegarem a um consenso quanto ao preço
do bem. Nenhum um agente controle o preço e a quantidade.
o Liberdade: Agentes são livres para entrar e sair do mercado.
o Fluidez: Transparência do mercado quanto aos preços e informações de cada
bem, a fim de não deixar brechas para enganar consumidores. Consumidores
tem total conhecimento dos preços e informações de um bem ou serviço.
 Imperfeito:
o Atomicidade: A oferta é feita exclusivamente por um ou muito poucos
agentes; a procura por apenas um ou poucos consumidores.
o Liberdade: Agentes são livres para entrar e sair do mercado.
o Fluidez: Mercado sacrifica a fluidez, atribuindo a cada vendedor diferenciar
seu produto dos demais; concorrência monopolística.

Cruzamento da Procura e Oferta – Cruz Marshalliana

Ocorrendo apenas em mercados de concorrência perfeita, é o cruzamento entre a curva da


procura e a curva da oferta é denominado ponto de equilíbrio, isto é, o encontro dos
interesses dos vendedores e dos consumidores com relação ao preço de um bem.
Elasticidade
A Elasticidade é a amplitude com que uma variável reage com base em outras variáveis.

Efeito King -

Elasticidade preço da procura: Sensibilidade da oferta e procura a alteração de preço.


Elasticidade rendimento: Sensibilidade/amplitude com que consumidores reagem a
alteração de seu rendimento.
Elasticidade cruzada: A quantidade procurada de um bem não só mostra a sensibilidade a
alterações do preço do próprio bem, mas também a alterações dos preços de certos produtos
que estão estritamente relacionados com ele:
- Bens substitutos (ex. coca-cola / Pepsi)
- Bens complementares (ex. café-açúcar/ carro-combustível)
Elasticidade da Oferta: diz-nos como respondem os mercados a alterações do rendimento
ou de qualquer fator que desloque a curva da procura.
Paradoxo dos valores – De acordo com a Riqueza das Nações de Adam Smith, todo bem é
dotado de um valor troca, sendo este ponderado pelo trabalho exercido para se produzir esse
bem e por sua escassez, e o valor de uso, ponderado pela utilidade desse bem. No paradoxo, é
analisado a água, um bem fundamental para nossa subsistência, ou seja, um alto valor de uso,
porém com um baixíssimo valor de troca, quanto comparado ao diamante, um mineral de
pouca utilidade, porém possui um altíssimo valor de troca agregado.

Ceteris Paribus: Não há alteração.

Vieses cognitivos – pequenos deslises cognitivos de um individuo. Não são erros irracionais,
porem criam pequenos distúrbios marginais, que também são objetos de estudo da economia.

Soarez Martines – estudo da economia

Análise económica – Fernando Araújo

Dissertação de Mestrado – Paula Braz Machado

Intervenção do Estado – Fixação administrativa de preços e Impostos


O controle preços pelo Estado tem por função equilibrar o mercado para atender a nec
essidade de todos e permitir que acedam a determinado produto, ou evitar o prejuízo dos
agentes económicos, dependendo do ponto de equilíbrio de compra e venda.

A intervenção visa equilibrar a justiça e a eficiência do mercado.

 Preço Máximo: Consiste em estabelecer um preço máximo para um determinado bem


ou serviço.
o Acima do ponto de equilíbrio: Nada acontece, visto que o próprio mercado,
isto é, a oferta e a procura, se encontram no ponto de equilíbrio do preço de
um bem.
o Abaixo do ponto de equilíbrio: Escassez, gera alta na procura pelo facto do
preço estar abaixo do normal e baixa na oferta, visto que os produtores não
lucraram com a venda.
 Preço Mínimo: Consiste em estabelecer um preço mínimo para um determinado bem
ou serviço.
o Acima do ponto de equilíbrio: Excesso, o aumento do preço de um bem,
segunda a lei da procura, resultará na diminuição da procura pelo mesmo,
causando um excesso de oferta no mercado.
o Abaixo do ponto de equilíbrio: Nada acontece, visto que o próprio mercado,
isto é, a oferta e a procura, se encontram no ponto de equilíbrio do preço de
um bem.
Teoria do consumidor

Teorias do bem-estar – quanto mais trocas, melhor será o bem-estar, o benefício geral.

Triângulos de Harberger

Curva de Laffer – pág. 64

O aumento do imposto tem um limite suportado pelo mercado.

Ao exceder o limite, a receita irá diminuir, levando a criação de mercados paralelos.

Eficiência de Pareto: pág.63 sebenta

Kaldor-Hicks

Curva da Indiferença

Taxa marginal de substituição

Teoria do produtor

Custo total = custo fixo + custo variável

Custo unitário

Custo médio =

Podem existir custos médio variáveis e custos médios fixos.

Investimentos:

Investimentos reais: Património imobiliário

Investimentos financeiros: bancários, seguros

Investimentos de famílias

Depósitos bancárias: Intermediação bancária (menor risco)

Compra de bens: ouro, património imobiliário (maior risco)

Ações: participações no capital de uma empresa.


Monopólio
 Modelo de mercado de Concorrência Imperfeita.
 Há no mercado um único vendedor, ou há um ou poucos vendedores com um
esmagador poder de mercado sobre os concorrentes.
 Aquele que possui o poder de monopólio poderá condicionar os preços no mercado,
“price maker”.

Barreiras de entrada no mercado:

 O monopolista possui acesso exclusivo a um certa matéria-prima, ou qualquer outro


recurso.
 O produtor dispõe de informação exclusiva, privilegiada, a mais que os outros
produtores.
 Monopólio natural, situações em que o mercado, naturalmente, se torna mais
eficiente com a presença de um único produtor do que com a presença de vários.
o Exemplo: empresas de distribuição de energia elétrica.
 O Estado concede ao agente económico exclusividade ou limita os demais
concorrentes, a fim de ambos ganharem com isso, valoriza o interesse privado e
público.
 Estratégia dissuasora.
o O produtor eleva sua produção e diminui os preços a fim de ameaçar, afastar
ou enfraquecer a concorrência.

Desvantagens do monopólio:

 Sacrifício da atomicidade do mercado, o monopolista atua sozinho ou tem grande


influência no mercado, afastando assim a concorrência e obrigando aos
remanescentes agirem de acordo com o monopolista.
 O poder do monopólio em condicionar os preços pode ser prejudicial ao consumidor
caso sua produção seja um bem essencial (gasolina).

Vantagens do monopólio

 A falta de espaço no mercado para os menores produtores leva aos mesmos inovarem,
a fim de concorrer contra o monopolista.
 A presença do monopólio pode levar a queda dos preços de um bem, visto que o
produtor monopolista investirá em largas produções de um bem, sendo mais efetivo
do que um conjunto de vários produtores.

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