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____________________________Empreitada de Construção do Centro Automóvel/ Centro de Lavagem Automóvel/ Posto de Abastecimento_
CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS
1 Generalidades ..........................................................................................................................................................................6
1.1 Regulamentos e Normas..................................................................................................................................................6
1.2 Fornecimento de elementos do projecto.........................................................................................................................6
1.3 Pessoal do Empreiteiro.....................................................................................................................................................6
1.4 Sobrecargas excessivas.....................................................................................................................................................6
2 Componentes-Generalidades ...................................................................................................................................................6
3 Ligantes.......................................................................................................................................................................................6
3.1 Exigências a respeitar.......................................................................................................................................................6
3.2 Rejeição de ligantes...........................................................................................................................................................7
4 Inertes .........................................................................................................................................................................................7
4.1 Origem dos fornecimentos................................................................................................................................................7
4.2 Ensaios dos inertes...........................................................................................................................................................7
4.3 Granulometrías...................................................................................................................................................................7
4.4 Dimensões máximas..........................................................................................................................................................8
4.5 Armazenagem e protecção dos inertes............................................................................................................................8
4.6 Encargos..............................................................................................................................................................................8
5 Armaduras...................................................................................................................................................................................8
5.1 Lista de ferros....................................................................................................................................................................8
5.2 Montagem das armaduras.................................................................................................................................................8
5.3 Recobrimento das armaduras...........................................................................................................................................9
5.4 Armazenagem dos varões.................................................................................................................................................9
5.5 Ligações por soldadura.....................................................................................................................................................9
5.6 Alteração de armaduras.....................................................................................................................................................9
6 Água de amassadura .................................................................................................................................................................9
7 Composição dos Betões.............................................................................................................................................................9
7.1 Estudos de laboratório.......................................................................................................................................................9
7.2 Resultados dos estudos...................................................................................................................................................10
7.3 Aditivos.............................................................................................................................................................................10
7.4 Betões sem estudos de composição...............................................................................................................................10
7.5 Betão ciclópico................................................................................................................................................................10
8 Fabrico.......................................................................................................................................................................................11
8.1 Coeficiente de estaleiro..................................................................................................................................................11
8.2 Especificações de fabrico...............................................................................................................................................11
8.3 Boletim de fabrico...........................................................................................................................................................11
8.4 Humidade dos inertes......................................................................................................................................................11
8.5 Betão pronto.....................................................................................................................................................................12
9 Cofragens e escoramentos......................................................................................................................................................12
9.1 Segurança dos escoramentos..........................................................................................................................................12
9.2 Rigidez das cofragens e escoramentos.........................................................................................................................12
9.3 Contra-flechas..................................................................................................................................................................12
9.4 Cuidados a ter antes das betonagens.............................................................................................................................12
9.5 Descofragem....................................................................................................................................................................13
9.6 Estanquicidade das cofragens........................................................................................................................................13
10 Betonagem..............................................................................................................................................................................13
10.1 Transporte do betão.......................................................................................................................................................13
10.2 Plano de betonagem......................................................................................................................................................14
10.3 Preparação das betonagens...........................................................................................................................................14
10.4 Consistência do betão...................................................................................................................................................14
10.5 Betonagens.....................................................................................................................................................................15
10.6 Compactação do betão..................................................................................................................................................15
10.7 Altura de queda do betão..............................................................................................................................................15
10.8 Temperatura do betão fresco........................................................................................................................................15
10.9 Interrupções da betonagem..........................................................................................................................................16
10.10 Circulação do pessoal sobre a superfície de betão................................................................................................16
11 Cura do Betão........................................................................................................................................................................16
12 Betonagem em tempo frio.....................................................................................................................................................16
12.1 Registo da temperatura.................................................................................................................................................16
12.2 Temperatura da betonagem..........................................................................................................................................17
12.3 Aquecimento da amassadura........................................................................................................................................17
12.4 Utilização de aditivos...................................................................................................................................................17
12.5 Cuidados a ter durante a cura do betão......................................................................................................................18
13 Juntas de dilatação, retracção e betonagem.......................................................................................................................18
13.1 Juntas de dilatação.......................................................................................................................................................18
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1 GENERALIDADES
Os trabalhos com o fabrico, transporte, colocação, compactação, cura e todas as operações relacionadas
com obras em betão ou betão armado serão executados de acordo com os regulamentos e normas
portuguesas aplicáveis, como seja a nova norma de produto NP EN 206-1:2007, que veio rever a Norma
Europeia ENV 206, passando as matérias relacionadas com a colocação e cura de betão nas estruturas a
integrar uma norma de execução específica: a ENV 13670-1, a qual contempla materiais relacionados com
a colocação das armaduras, de aço corrente ou de pré-esforço e os elementos pré-fabricados em betão,
temos também o Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP) e o Regulamento
de Betões de Ligantes Hidráulicos (RBLH) e com o estipulado nesta especificação, obedecendo-se ainda
ao que no Caderno de Encargos (CE) seja imposto.
O pessoal do Empreiteiro, incluindo capatazes e encarregados, deverá ter experiência do tipo de trabalhos
a executar. O Empreiteiro será obrigado a despedir imediatamente qualquer empregado que a Fiscalização
considere responsável por qualquer desobediência a esta especificação.
Não serão colocadas em nenhuma parte da estrutura, sem autorização por escrito da Fiscalização, cargas
que excedam a carga do projecto; se essa autorização for concedida, todas as vigas ou outras partes da
estrutura sujeitas a cargas superiores à carga de projecto deverão ser escoradas de forma tal que a
Fiscalização dê o seu acordo, sendo da conta do Empreiteiro os encargos respectivos.
2 COMPONENTES-GENERALIDADES
a) Todos os materiais utilizados na execução dos trabalhos descritos nestas especificações ou nos
desenhos aprovados para execução, deverão ser sujeitos à aprovação da Fiscalização,
apresentando o Empreiteiro, para o efeito, sempre que lhe sejam requeridas, as amostras
consideradas necessárias pela Fiscalização àquela aprovação.
b) Qualquer material rejeitado deverá ser retirado do local imediatamente e substituído, a expensas
do Empreiteiro, por materiais que sejam aprovados pela Fiscalização.
c) As amostras serão recolhidas de forma a representarem correctamente os materiais a controlar,
tendo em atenção as instruções existentes em normas ou especificações oficiais ou, na falta
destas, as instruções fornecidas pela Fiscalização.
3 LIGANTES
Os ligantes a utilizar nas diferentes partes da obra serão os definidos no CE. Quando nestas condições
nada for dito, o ligante a utilizar em toda a obra será o cimento portland normal, cujos fornecimentos e
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recepção deverão respeitar o especificado nos Decretos nº 40870 e 41127 e na Portaria nº 18189,
respectivamente de 22/11/56 e 5/1/61.
A Fiscalização poderá exigir certificados dos ensaios feitos pelos fabricantes.
O armazenamento dos ligantes deve ser feito de acordo com o perfeito cumprimento do especificado no
RBLH.
O Empreiteiro poderá propor, a expensas suas, a utilização de ligantes especiais, para facilitar a execução
dos trabalhos, mas deve obter a aprovação por escrito da Fiscalização, antes de os utilizar na obra.
Qualquer ligante que tenha sido afectado desfavoravelmente por danos ou outras causas ou que se tenha
comportado desfavoravelmente nos ensaios, deverá ser imediatamente posto em embalagens marcadas pela
Fiscalização e retiradas do local, não podendo ser usado em qualquer trabalho relacionado com esta
Empreitada.
4 INERTES
a) Os inertes deverão ser obtidos apenas em origens aprovadas e preparadas para fornecerem
materiais com características adequadas ao fabrico dos tipos de betões especificados no CE,
definidos no RBLH, e ainda nas quantidades exigidas pelos trabalhos.
b) As areias deverão ser naturais e retiradas de local limpo e lavado, de forma a serem respeitados
os limites de limpeza definidos pelo RBLH.
c) Os restantes inertes poderão ser de origem natural ou então ser obtidos por britagem de material
a aprovar pela Fiscalização. Em qualquer dos casos, eles deverão respeitar os limites de limpeza
definidos pelo RBLH.
c) As propriedades físicas dos inertes deverão ser tais que a retracção por secagem de cubos
preparados de acordo com a especificação L.N.E.C. - E 255 não exceda 0,03%; se assim o
entender, a Fiscalização poderá exigir a realização deste ensaio.
d) Para obras estanques à água, os inertes deverão ter uma absorção, medida segundo a
especificação L.N.E.C. - E23, não superior a 2%; a exigência deste ensaio no CE pode ser
anulada pela Fiscalização, face a características dos inertes utilizados pelo Empreiteiro.
4.3 GRANULOMETRÍAS
Para este efeito, pode o Empreiteiro recorrer à sua própria aparelhagem de ensaio, o que tornará possível
uma rápida decisão acerca da conservação ou não da composição estabelecida pelo laboratório e incluída
no boletim de fabrico.
De facto, como o RBLH estipula, quando o módulo de finura de qualquer das parcelas de inertes se
afastar em mais de 20% dos valores especificados no relatório do laboratório, a Fiscalização deve exigir a
correcção da composição do betão inicialmente estabelecida.
As dimensões máximas dos inertes, caso nada seja dito a este respeito no CE, serão em princípio as
seguintes:
a) Peças em betão armado, de dimensões correntes, densidade de armadura não elevada e vibração
não difícil (em geral, lajes e vigas): D < 38 mm.
De acordo com o RBLH, os inertes de proveniência e categoria diferentes devem ser armazenados
separadamente. Os montes respectivos devem estar sobre betonilhas devidamente drenadas, de forma que
se possam criar as condições de armazenamento que possibilitem a uniformização do estado de humidade
superficial dos inertes, de acordo com o especificado no RBLH.
4.6 ENCARGOS
Todos os encargos relacionados com os ensaios de recepção e verificação das características dos inertes
utilizados ao longo dos trabalhos, incluindo, sem limitação, recolha, embalagem, transporte, encargos
laboratoriais, etc., decorrerão por conta do Empreiteiro.
5 ARMADURAS
Compete ao Empreiteiro fazer as listas de ferros, referenciando devidamente cada ferro, com a posição
por ele ocupada nos desenhos de betão armado do projecto. Os comprimentos dos ferros, feitos a partir
destes desenhos, deverão respeitar o especificado no REBAP, quanto a comprimentos de amarração,
ganchos, dobras, etc..
O Empreiteiro deve montar as armaduras em estrito acordo com os desenhos do projecto; os varões devem
ser atados com arame de calibre 16. Todas as pontas dos varões devem ser viradas para o interior do betão
e colocadas de tal modo que sejam respeitados sempre os recobrimentos indicados.
O Empreiteiro deve utilizar calços aprovados para suportar as armaduras e para as manter em posição de
modo a que os recobrimentos das armaduras sejam os especificados.
O Empreiteiro deve assegurar-se de que as armaduras são mantidas na posição correcta durante a
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betonagem. As pontas salientes das cofragens, dos varões destinados às emendas com outros varões,
devem ser mantidas adequadamente nas suas posições correctas, por meio de dispositivos apropriados e a
aprovar pela Fiscalização. Antes de iniciar qualquer betonagem, o Empreiteiro avisará a Fiscalização com
a antecedência necessária, a fim de que a colocação das armaduras possa ser devidamente fiscalizada.
As armaduras não poderão ser ligadas por soldadura, a menos que isso seja autorizado pela Fiscalização.
Os varões endurecidos a frio, devem ser sempre dobrados também a frio.
Quaisquer alterações ou substituições de varões ou classes dos aços indicados nos desenhos de construção
deverão ser mencionados no livro da obra e devidamente rubricadas pela Fiscalização.
6 ÁGUA DE AMASSADURA
a) Quando a água utilizada na amassadura do betão não for água potável, para a utilização da qual o
RBLH não põe qualquer reserva, o Empreiteiro deverá proceder à análise da água que se propõe
empregar, de forma a garantir-se o estipulado naquele regulamento relativamente às impurezas
existentes e quantidades de iões CI.
b) O Empreiteiro deve instalar as tubagens necessárias ao transporte da água para qualquer local
dos trabalhos onde a mesma seja necessária, para qualquer operação relacionada com a
execução da obra.
a) Compete ao Empreiteiro mandar elaborar os estudos das composições dos betões, de acordo
com os tipos, classes e qualidades definidas no CE para as diferentes partes da obra, fornecendo
todas as amostras necessárias à realização daqueles estudos, que lhe sejam requeridos pelo
laboratório.
Na encomenda destes estudos deverão ser incluídas todas as características a determinar, para
além das que basicamente caracterizem o tipo e classe dos betões, mencionados no CE, bem
como quaisquer limitações impostas.
b) O Empreiteiro deverá fornecer ao laboratório todos os dados que habilitem este a elaborar as
composições dos betões, tais como:
laboratório, para aprovação dos mesmos e, bem assim, dos relatórios elaborados pelo
laboratório.
Os relatórios de estudos das composições feitas em laboratório devem conter as seguintes indicações:
7.3 ADITIVOS
Para betões sem estudo prévio da sua composição ou que não sejam recepcionados com base em ensaios
de verificação, a dosagem de cimento é superior ou igual a 300 Kg/m3, sendo o betão sempre considerado
da classe B15.
O betão ciclópico será obtido a partir de um betão com uma dosagem mínima de 250 Kg de cimento, se
outra não for especificada no CE, e uma percentagem de blocos não superior a 30% do volume total; as
dimensões dos blocos serão as adequadas a este volume, de forma que eles fiquem sempre totalmente
envolvidos pelo betão em massa.
8 FA B R I C O
b) Pode concluir-se do que na alínea anterior se diz, que o Empreiteiro se deve rodear de todos os
cuidados necessários ao compromisso que toma quando indica o grau de qualidade do fabrico
que se propõe executar. De facto, a dosagem do ligante depende do valor indicado e daí,
também, a eventual economia no fabrico do betão.
Face ao que se diz na alínea anterior e referindo o especificado no RBLH, artº 23º, apenas se especifica
mais o seguinte:
b) Cada betoneira deve indicar a capacidade estimada e o número de rotações por minuto a que
deve funcionar.
c) Terminada uma amassadura, todo o conteúdo do tambor deve ser descarregado, mantendo-se
sempre o interior do tambor livre de betão endurecido. Pelo menos uma vez em cada sete dias
de trabalho, a precisão dos dispositivos de medida deve ser controlada.
Por cada fabrico, isto é, pelo conjunto de amassaduras de um mesmo betão, referente a um determinado
estudo de composição definida pelo laboratório, deve existir um boletim de fabrico, como estipula o
RBLH, que apresenta exemplos de modelos a adoptar para estes boletins.
O preenchimento deste boletim deve preceder sempre o início de um fabrico e ser apresentado à
Fiscalização para aprovação.
A composição definida em laboratório refere-se sempre a inertes secos, impondo o RBLH, de forma
taxativa para as qualidades de fabrico 1 e 2, a determinação do teor de humidade total dos inertes. O
Empreiteiro deverá, por isso, munir-se da aparelhagem necessária à determinação em estaleiro desta
humidade.
O Empreiteiro pode utilizar betão pronto, desde que obtenha a prévia autorização da Fiscalização,
submetendo à sua aprovação os respectivos boletins de encomenda, elaborados de acordo com o
estipulado no RBLH, artº 36º.
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Por sua vez, toda e qualquer entrega de betão na obra deve ser acompanhada de uma guia de remessa,
correspondente a cada veículo, devendo o modelo desta guia ser apresentado à Fiscalização, para
aprovação, antes de se proceder a qualquer entrega de betão na obra.
Na guia de remessa devem constar todos os elementos especificados no RBLH, artº 36º, competindo ao
Empreiteiro tomar a seu cargo as medidas necessárias ao exacto cumprimento destas especificações.
Igualmente deverá mandar registar no livro da obra as guias de remessa dos betões utilizados nas
diferentes partes da obra.
9 COFRAGENS E ESCORAMENTOS
O Empreiteiro será considerado inteiramente responsável pela segurança e eficácia das cofragens e dos
escoramentos. As escoras devem apoiar-se em locais suficientemente robustos que garantam a segurança
necessária. Todos as cofragens serão cuidadosamente limpas e reparadas, caso necessário, antes de serem
de novo utilizadas.
As faces interiores das cofragens das vigas deverão ser construídas de tal modo que as escoras possam
ficar em posição, mesmo que se removam as faces laterais das cofragens da viga e as cofragens das lajes
contíguas. Durante os prazos mínimos de desmoldagem e descimbramento, definidos na alínea 9.06, não
será permitido reforçar o escoramento das vigas ou lajes.
As cofragens e os escoramentos deverão ter a resistência e rigidez adequadas para suportar, sem
deformação superior a 3 mm, os pesos e impulsos de betão fresco, tendo em atenção os efeitos da
compactação. As cofragens deverão ser suficientemente estanques para impedir a saída da pasta e ser
convenientemente escoradas e contraventadas de forma a manterem-se na posição correcta.
Mediante prévia aprovação da Fiscalização, pode o Empreiteiro aplicar na cofragem produtos que
facilitem a desmoldagem.
9.3 CONTRA-FLECHAS
As cofragens das vigas e lajes deverão ter uma contra-flecha de 1/350 dos vãos; as partes em consola
deverão ter uma contra-flecha de 1/250 do vão.
A tolerância na montagem das cofragens será de 5 mm em cota e alinhamento, devendo, nas cotas a
respeitar, atender-se às deformações dos moldes e cilbres.
Antes da colocação do betão, as cofragens deverão ser limpas de todos os detritos e, especialmente, das
pontas cortadas aos arames de amarração dos varões.
O óleo ou qualquer outro produto de desmoldagem, se aplicado, não deve contactar com as armaduras.
As cofragens em madeira deverão ser abundantemente molhadas; antes da aplicação do betão toda a água
em excesso deve ser removida.
9.5 DESCOFRAGEM
b) A retirada das cofragens de acordo com a tabela acima representada não isentará o Empreiteiro
da responsabilidade por qualquer prejuízo causado aos trabalhos. Este terá sempre em atenção
as cargas que o prosseguimento do trabalho possa originar.
c) As cofragens e escoras não devem ser retiradas antes do betão adquirir suficiente resistência
para suportar com segurança as cargas que eventualmente venha a suportar, devendo esta
retirada ser levada a efeito sem choque ou oscilações transmitidas às estruturas. Em tempo frio
devem adoptar-se períodos maiores; o tempo durante o qual a temperatura média esteja abaixo
de 2° C deve ser totalmente desprezado. Para cimentos diferentes do CNP deve obter-se a
aprovação da Fiscalização para os tempos mínimos de desmoldagem.
O Empreiteiro deverá submeter à apreciação da Fiscalização as disposições que pensa adoptar para evitar
a perda de pasta pela base das paredes e pilares, quando procede ao arranque destes elementos a partir de
superfícies já betonadas. Recomenda-se, em especial, que destas superfícies sejam deixados "arranques"
de betão, com a exacta secção das paredes e pilares, aos quais as cofragens sejam apertadas.
10 BETONAGEM
a) Os processos a utilizar para o transporte dos diferentes tipos de betões, desde a saída das
betoneiras até ao local da sua aplicação, deverão ser submetidos pelo Empreiteiro à aprovação
da Fiscalização.
Não será permitida qualquer espécie de transporte que provoque na massa de betão transportada
segregação, assentamento dos inertes mais grossos, secura excessiva, exagerada exposição à
chuva ou qualquer outro efeito que prejudique a sua boa qualidade, o mesmo se dizendo quanto
aos processos de baldeação. Para cada ano deve adoptar-se a consistência mais conveniente,
dentro dos limites indicados na alínea 10.04.
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Todas as superfícies sobre ou contra as quais vier a ser colocado o betão deverão ser convenientemente
preparadas, conforme a natureza delas, para o receber.
No caso de betonagens contra superfície de terra, esta deve ser lisa, sem fragmentos e sem raízes à vista.
Na altura do começo da betonagem o terreno deve estar ligeiramente húmido, mas não demasiado.
O Empreiteiro não poderá iniciar qualquer betonagem sem que a Fiscalização considere como
convenientemente preparadas as superfícies que vão receber o betão, incluindo as dos moldes e
armaduras, para o que o Empreiteiro a deverá avisar com a antecedência necessária.
Para que o betão tenha uma consistência que de certo modo se adapte às condições impostas pelas
diversas partes da obra, indicam-se a seguir valores máximos dos abaixamentos (slumps) a respeitar:
Esses valores são, como se disse, valores máximos; em todos os casos, a consistência do betão será
sempre a mais baixa possível, compatível com a trabalhabilidade exigida pelos vários condicionamentos
impostos; atender-se-á aos valores que eventualmente sejam especificados no CE ou em qualquer alínea
desta especificação.
10.5 BETONAGENS
Tanto quanto possível as vigas e lajes devem ser betonadas simultaneamente; de modo algum deverá
passar mais de 1 hora entre o fim da betonagem de uma viga e o início da betonagem da laje, a menos que
se obtenha a aprovação da Fiscalização. Caso seja necessário interromper por qualquer razão uma
betonagem de paredes, a junta de construção respectiva deve ficar sensivelmente nivelada; de modo algum
será permitido que o betão endureça segundo uma junta com uma inclinação próxima da do talude natural
do betão. Em vigas e lajes as juntas de construção são sempre verticais.
a) A compactação do betão fresco deve ser feita por camadas, à custa, sempre que possível, de
pervibração; a espessura das camadas dependerá das características do equipamento de
vibração, sendo normalmente inferior a 0,50m nas peças de betão armado e a 0,30 m nos betões
em massa.
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As agulhas dos vibradores deverão, normalmente, atravessar toda a espessura da camada, de forma a
penetrarem na camada inferior de betão fresco de forma a revibrá-la, misturando intimamente as duas
camadas e garantindo assim a necessária homogeneidade.
b) Os vibradores a utilizar serão de preferência do tipo de alta frequência, de forma que a sua
energia seja transmitida à pasta ligante. Não são de aceitar, em princípio, frequências inferiores
a 3.600 rotações por minuto.
De qualquer modo, o Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização as
características dos vibradores que se propõe adoptar.
c) Devem ser respeitadas as indicações incluídas no RBLH, quanto à forma como a penetração e
retirada da agulha devem ser feitas, não sendo de admitir qualquer reentrância apreciável na
superfície do betão. Serão de evitar também os contactos da agulha com as armaduras e moldes,
recorrendo-se, nas zonas fortemente armadas, à ajuda de meios manuais que facilitem a
penetração do betão.
Os afastamentos entre as penetrações do vibrador devem ser inferiores ao seu raio de acção, de
forma a obter-se uma superfície com aspecto uniforme, criada pelos refluimentos da água e
partículas mais finas da argamassa do betão.
d) Nos casos em que as armaduras das vigas possam prejudicar a colocação do betão dos pilares,
estes devem ser betonados até ao nível da face inferior da viga antes de a armadura desta ser
montada.
e) Para além do que o RBLH estipula, o intervalo que decorre entre a adição da água de
amassadura e o fim da compactação não deve exceder 30 minutos, para o betão fabricado no
local da obra. Com CPN, para cimento de presa rápida este intervalo deve ser reduzido a 20
minutos.
Para além do que sobre este assunto esteja eventualmente dito no CE, na colocação do betão em obra não
será permitida, em princípio, uma queda vertical livre superior a 1,5 m; só mediante justificação aceitável,
que tenha em atenção as condições especiais de determinada betonagem e os cuidados postos no estudo da
composição do betão, poderão ser aceites alturas superiores àquelas.
O Empreiteiro deve fornecer aparelhagem apropriada à medição das temperaturas do betão fresco, de
forma que possa ser respeitado o que o RBLH estipula quanto às temperaturas extremas a que o betão
pode ser colocado em obra.
Sempre que as condições do ambiente sejam tais que possam originar temperaturas no betão fresco
próximas dos valores perigosos, o Empreiteiro deverá adoptar as medidas apropriadas que impeçam o
desrespeito do estipulado, dando conhecimento delas à Fiscalização.
Não serão permitidas interrupções de qualquer betonagem por período superior a 30 minutos, sendo no
entanto permitido reduzir o ritmo de fabrico e colocação de betão durante períodos correspondentes às
refeições do pessoal, tomando-as este por turnos, desde que se tomem as providências necessárias que
evitem o início da presa superficial do betão.
No caso de interrupção por período de tempo superior àquele, suspender-se-á a betonagem, só podendo
esta ser retomada a partir de 14 horas depois do início da interrupção, considerando-se a retoma do
trabalho, para efeitos de tratamento da superfície, da sua lavagem e colocação de argamassa de ligação,
como se se tratasse de uma nova betonagem.
Com chuva não deverá iniciar-se qualquer betonagem a céu aberto.
Se o começo da chuva se verificar com betonagens em curso, estas poderão continuar desde que não haja
o risco de deslavamento do betão e este não tenha começado a presa.
Caso contrário, o trabalho deverá ser suspenso e retomado depois nas seguintes condições: para períodos
de chuva inferiores a 30 minutos, a betonagem prosseguirá imediatamente, extraindo-se a água empoçada
por meio de seringas apropriadas; para um período superior àquele valor, a betonagem será interrompida e
adoptar-se-ão os critérios indicados no início desta alínea.
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Durante a betonagem e até 12 horas após a sua conclusão não será permitido transitar sobre as armaduras,
ou abalá-las por qualquer forma; neste período de 12 horas apenas poderá transitar sobre o betão o pessoal
que proceder ao tratamento das superfícies e, mesmo esse, só na medida do indispensável e com o
máximo cuidado.
11 CURA DO BETÃO
b) Serão de conta do Empreiteiro as precauções a tomar para que a temperatura do betão fabricado
com CPN se mantenha sempre superior a 4° C, durante um período de, pelo menos, 96 horas
após a betonagem. A temperatura mínima e o período para qualquer outro tipo de betão deverão
ser decididos pela Fiscalização.
Nenhum betão deve ser colocado em obra quando a temperatura do ar for inferior a 1° C no termómetro
de subida ou a 3° C no termómetro de descida, a não ser que se tomem as seguintes precauções:
d) Estas precauções, que se aplicam tanto ao betão feito no local da obra como ao betão pronto,
serão exclusivamente da conta do Empreiteiro.
e) O Empreiteiro deve apresentar por escrito à Fiscalização, as providências que se propõe adoptar
para cumprimento das especificações acima referidas, a fim de obter a respectiva aprovação
antes de se iniciarem as betonagens. Qualquer aprovação dada pela Fiscalização não isentará o
Empreiteiro da responsabilidade de garantir que as especificações sejam respeitadas.
f) Se a temperatura em qualquer ponto do betão descer abaixo de 4° C durante o período
especificado, a Fiscalização pode exigir que todo o betão atingido seja retirado e substituído
por conta do Empreiteiro. A Fiscalização pode, contudo, se assim o entender, aceitar esse betão
desde que sejam satisfatórios os resultados dos ensaios feitos com o esclerómetro schmidt
levados a cabo à custa do Empreiteiro, depois da temperatura na obra ter subido acima de 0° C.
g) Chama-se a atenção do Empreiteiro para o facto de que as precauções realmente necessárias
variarão de acordo com a temperatura do ar a que se deseja betonar, com a exposição e
dimensões da obra e com as variações da temperatura do ar que se seguem à colocação do
betão, e as providências a adoptar devem indicar as condições de temperatura em que se propõe
operar.
a) O Empreiteiro pode propor a utilização de cimento e/ou aditivos especiais, caso em que as
especificações anteriores se aplicarão à excepção do período durante o qual a temperatura do
betão deve ser mantida superior a 4° C que será, no caso do cimento de presa rápida, de 24
horas, e para quaisquer outros materiais este período terá de ser fixado de acordo com a
Fiscalização.
Chama-se a atenção do Empreiteiro para os artigos respeitantes à cura do betão e retirada das cofragens e
para o RBLH, 5ª parte, artigo 33º.
13 J U N TA S D E D I L ATA Ç Ã O , R E T R A C Ç Ã O E B E T O N A G E M
a) As juntas de dilatação devem ser executadas de acordo com os desenhos de execução e/ou com
o que no CE se especifique; qualquer alteração proposta pelo Empreiteiro deve ser previamente
aprovada pela Fiscalização.
b) As juntas situadas em zonas não enterradas, serão normalmente preenchidas por placas de
frigotermo, com a espessura de 2 cm.
c) As faces destas juntas em contacto com o ambiente exterior serão convenientemente vedadas
com mastiques de reconhecida qualidade ou perfis especiais em zinco, alumínio ou PVC, de
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CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS
a) As juntas de retracção são normalmente executadas nas betonilhas dos pavimentos assentes
sobre aterros e nas paredes ou muros enterrados ou não. Elas destinam-se a concentrar a
fendilhação originada pela retracção de endurecimento do betão, em secções escolhidas e
preparadas para as ocultar, e a refazer a perda de estanquicidade resultante daquela fendilhação.
b) As juntas serão executadas de acordo com os desenhos de construção respectivos, respeitando-
se ainda o que for especificado no CE, em especial o referente ao espaçamento entre juntas.
c) Nas paredes e muros submetidos a pressão de água exterior, serão aplicadas barras de vedação
em neoprene, centradas na espessura da junta.
d) As juntas de retracção das betonilhas, não submetidas a pressão de água exterior, reduzem-se
apenas à abertura de rasgos, abertos segundo uma malha quadrada de dimensões à roda dos 5,0
a 6,0 m de lado, por meio da serra circular, no prazo máximo de 4 horas após a colocação do
betão.
As dimensões destes rasgos serão normalmente de 10x5 mm; o seu preenchimento será definido
no CE. Dever-se-á ainda interromper, nestas juntas, a armadura de fendilhação normalmente
existente (em geral malhasol).
a) Sempre que sejam especificadas juntas de retracção em paredes e muros, estas juntas serão
simultaneamente, quando necessário, juntas de betonagem; nas betonilhas deve procurar-se
fazer também corresponder, sempre que possível, estes dois tipos de juntas.
b) De acordo com o RBLH, as faces de betão formando juntas de betonagem devem ser tornadas
rugosas, de modo que os inertes grossos do betão fiquem a descoberto até uma profundidade de
6mm. Esta operação deverá ser feita ainda com o betão não endurecido, aspergindo com água a
superfície e removendo a pasta em excesso por meio de ligeira escovadela.
c) Antes da colocação de novo betão, a superfície da junta deve ser abundantemente lavada, de
forma a removerem-se todas as partículas soltas e também o excesso de água, pois a superfície
deve encontrar-se apenas humedecida, quando da colocação do betão.
d) Sobre a superfície tratada deve ser aplicada uma camada de 2cm de argamassa ao traço 1/3, com
a mesma razão a/c do betão a colocar.
e) As posições das juntas de construção terão de merecer a prévia autorização escrita da
Fiscalização.
14 ACABAMENTO DO BETÃO
Imediatamente após a retirada dos moldes, todas as rebarbas, chochos, bolsas e furos deixados por
ligações dos moldes e outros defeitos devem ser eliminados. Os defeitos superficiais que não sejam mais
fundos do que o recobrimento da armadura devem ser eliminados com argamassa de cimento e areia ao
traço de 1:2. O cimento utilizado deverá ser igual ao que foi utilizado na betonagem da peça em questão.
Todas as superfícies de betão deverão ser inspeccionadas pela Fiscalização antes de se realizar qualquer
reparação.
Quaisquer buracos profundos ou chochos extensos devem ser comunicados à Fiscalização que deverá
inspeccioná-los antes de se realizar a respectiva reparação.
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Caso se descubra que esta prescrição não foi respeitada, a Fiscalização reserva-se o direito de exigir que o
respectivo elemento de betão seja demolido e reconstruído à custa do Empreiteiro.
a) As betonilhas sobre aterros, salvo indicação em contrário do CE devem ser acabadas de forma
monolítica. A superfície do betão deve receber a inclinação especificada no projecto e ser em
seguida alisada e calcada com uma régua de modo a trazer as partículas finas de areia e cimento
à superfície, deixando esta plana e com a inclinação correcta.
Logo que a superfície tenha secado o suficiente, ela deve ser alisada à talocha ou à colher,
conforme o tipo de acabamento pretendido no CE; este tratamento superficial pode aliás ser
executado à custa de talochas mecânicas, desde que o tipo de máquina proposto possa merecer a
aprovação da Fiscalização. Ao longo das paredes e esquinas ou outras obstruções, deverá
utilizar-se a colher manual.
b) O acabamento monolítico das betonilhas sobre aterro pode também ser obtido à custa de um
tratamento de vácuo e compressão, aplicado após a regularização do massame por meio das
réguas e das marcas de nivelamento.
Imediatamente após o tratamento de vácuo, pode ser feita a regularização de superfície da
betonilha à custa de talochas mecânicas, sempre que possível, com o acabamento especificado
no CE.
15 B E T Ã O E S TA N Q U E
a) As paredes deverão ser construídas em panos verticais tão altos quanto possível, desde que
sejam tomadas as medidas necessárias à eliminação da segregação dos inertes e ao conveniente
escoramento dos moldes.
b) Deverão ser instaladas barras de vedação em todas as juntas de construção das paredes,
incluindo as suas eventuais juntas horizontais de arranque. Se não for praticável a betonagem
dos panos de parede em toda a sua altura, numa mesma betonagem, dever-se-á instalar aquela
barra na respectiva junta horizontal de construção.
c) As juntas de construção das paredes e lajes deverão ser desencontradas.
Os ensoleiramentos impermeáveis deverão ser betonados por zonas de áreas máximas a definir nos
desenhos ou no CE. Não se deverão betonar zonas adjacentes senão depois de se deixarem passar 7 dias.
As juntas de construção respectivas serão protegidas por barras de vedação inferior, definidas no CE.
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a) As barras de vedação em neoprene serão do tipo e largura definidos no CE. Todas estas barras
terão comprimento contínuo, fazendo-se a união dos dois topos de acordo com as instruções do
fabricante destas barras. Estas barras terão uma secção a aprovar pela Fiscalização.
b) A barra de vedação das paredes deve ser localizada de forma centrada na junta de construção,
por meios apropriados que a mantenham firmemente em posição durante a betonagem, ficando
embebida nas duas betonagens em partes iguais.
c) As barras de vedação exterior, sob juntas de soleira, devem ser deitadas sobre a camada de
betão subjacente e centradas longitudinalmente em relação às juntas.
d) As barras de vedação exteriores em juntas de muros de suporte devem ser presas à cofragem
exterior, de acordo com as instruções a fornecer pelo fabricante.
e) Deverá ser prestada especial atenção na colocação e compactação do betão que envolve as
barras de vedação, de forma a eliminarem-se possíveis circuitos de infiltração e a não se
causarem danos às barras.
a) Os reservatórios de betão armado destinados a conter água ou outros líquidos deverão ser
ensaiados antes de ser aplicado qualquer revestimento, impermeabilizante ou não, a fim de se
avaliar a estanquicidade do trabalho realizado.
b) Uma vez terminada a obra de betão, e antes de serem executados quaisquer aterros laterais, os
reservatórios serão cheios de água até aos níveis indicados pela Fiscalização. O Empreiteiro
deverá instalar o eventual escoramento temporário das paredes que for considerado necessário,
atendendo para o efeito, ao projecto de estruturas, a fim de o definir da forma mais conveniente.
c) Os reservatórios serão considerados como aceitáveis, se o nível da água não descer mais de 2,5
cm em 2 horas, com exclusão das eventuais perdas de água através das ligações das tubagens e
válvulas.
Todos os defeitos detectados durante o ensaio deverão ser reparados a expensas do Empreiteiro.
a) O Empreiteiro deverá incluir na obra de betão, à medida que ela prossegue e com a precisão
requerida nos desenhos, todas as tubagens e canalizações, chumbadouros e quaisquer outros
elementos previstos no projecto, não podendo proceder à abertura de quaisquer roços ou
aberturas, depois da betonagem, sem que para o efeito obtenha a devida autorização escrita da
Fiscalização.
b) Se os desenhos ou o CE assim o definirem, o Empreiteiro obriga-se a deixar abertos em 1ª fase
de betonagem os furos e aberturas previstos no projecto; igualmente se obriga, pelo contrário, a
fazer a abertura de furos no betão endurecido, quando tal estiver previsto no projecto.
c) O Empreiteiro deve proteger adequadamente todos os elementos fixados contra quaisquer danos
e impedir que os mesmos sejam deteriorados com argamassa ou outros produtos, antes de serem
utilizados para o fim a que se destinam.
d) O Empreiteiro deverá evitar que os furos e cavidades deixados nos elementos betonados se
encham de elementos estranhos e, bem assim, deve impedir que em tempo frio neles se acumule
água que eventualmente possa congelar e causar destruições locais até que aqueles furos e
cavidades tenham a utilização a que se destinam.
e) Serão fornecidos ao Empreiteiro desenhos que o habilitem a definir a posição dos diversos
elementos que devem ser embebidos ou chumbados ao betão, sendo o Empreiteiro o único
responsável pela precisa e correcta localização dos referidos elementos.
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CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS
17 FISCALIZAÇÃO E RECEPÇÃO
De acordo com o RBLH, todas as operações relativas ao estudo, fabrico e aplicação do betão devem ser
acompanhadas de cuidadosa verificação por parte do Empreiteiro, que terá a seu cargo o registo no livro
da obra dos seguintes elementos:
A recolha das amostras deverá respeitar o estipulado nas normas e especificações aplicáveis, ou ao
especificado no CE.
A quantidade de amostras a recolher, em relação aos diferentes tipos de ensaios a realizar, deverá
respeitar, se nada em contrário for especificado no CE, as quantidades mínimas indicadas pelo RBLH nos
comentários ao artº 39º.
a) Compete à Fiscalização fazer respeitar pelo Empreiteiro todas as disposições impostas pelo
RBLH e aquilo que, como complemento, ficar estipulado nesta especificação.
O Empreiteiro deverá dar seguimento imediato a todas as recomendações que, a este respeito,
forem escritas no livro da obra pela Fiscalização. Em especial, merecerá a maior atenção do
Empreiteiro tudo o que lhe for referido acerca de:
- Condições de armazenamento dos materiais.
- Alteração das características dos inertes, em relação às que servirem de base ao
estudo da composição do betão em curso de fabrico; necessidade de controle dos
módulos de finura das diferentes categorias de inertes.
- Planos de betonagem, meios necessários à execução e localização de juntas de
betonagem.
- Rigor posto no cumprimento da composição especificada, em especial no que se
refere ao teor de humidade dos inertes.
- Correcções a fazer nas operações de transporte, colocação, espalhamento,
compactação e cura do betão.
b) Atendendo à importância do controle da variação de fabrico, a fazer através do cálculo do
desvio padrão ou do coeficiente de variação do estaleiro, o Empreiteiro deverá apresentar à
Fiscalização, através do livro da obra, os valores que obteve, a partir dos ensaios que
sucessivamente foram sendo realizados durante o fabrico do betão caracterizado por
determinada composição. Aqueles valores devem ser acompanhados da identificação dos
ensaios que foram utilizados.
18 B E T Ã O A PA R E N T E
18.1 GENERALIDADES
acabamento pretendido.
b) Como característica fundamental de um bom betão aparente, deve referir-se a constância de cor,
a ausência de defeitos superficiais e a sua perfeita estanquicidade.
Compreende-se, por isso, que as exigências a impôr quanto a certas particularidades da
execução do betão aparente sejam mais apertadas do que as indicadas para os outros betões.
A execução dos moldes terá em atenção o aspecto que o CE especifica. Assim, podem utilizar-se moldes
de madeira, revestidos ou não por placas de material prensado, com juntas macheadas aparentes ou não,
com maior ou menor aparência da estrutura da madeira.
É sempre de exigir, no entanto, que os moldes apresentem uma boa estanquicidade, a espessura das
pranchas seja uniforme (podendo-se recorrer ao aplainamento de ambas as faces) e sejam suficientemente
robustos para não sofrerem deformações apreciáveis, mesmo atendendo a uma maior potência de vibração.
A utilização de produtos de descofragem é de recomendar, desde que a sua aplicação seja feita de forma
uniforme, não originando absorções desiguais.
Se se exigir o disfarce das juntas das pranchas, pode recorrer-se a massas de vedação apropriadas, ou a
espuma de borracha adesiva, produtos sempre a aprovar pela Fiscalização.
As pranchas serão sempre de madeira de 1ª escolha, bem seca e isenta de nós e de zonas resinosas que
alterem apreciavelmente a densidade média da madeira.
A ligação entre painéis verticais deve merecer estudo cuidado e ser aprovada pela Fiscalização.
Se assim o for exigido, as cabeças dos pregos serão embebidas e disfarçadas com os produtos acima
referidos.
As arestas vivas devem ser quebradas por pequenas réguas triangulares, aplicadas nos cantos dos moldes,
sempre que no CE nada seja dito em contrário.
Como muitas vezes o betão aparente é utilizado em palas e painéis de reduzida espessura, sugere-se que
os dois painéis do molde sejam ligados entre si por meio de tirantes de aço metidos dentro de tubos de
plástico duro, o que permite o escoramento simultâneo dos dois painéis e uma descofragem fácil. Uma vez
retirados os tirantes, os furos deixados pelos tubos serão cheios de argamassa apropriada, à base de
resinas epoxy.
18.4 BETONAGEM
Para além do já especificado para os betões correntes, devem referir-se, para a execução de um betão
aparente, as seguintes recomendações:
a) Para trabalhos cujo volume e importância o justifiquem, devem executar-se amostras
suficientemente representativas, em que o tipo de cofragem e as características de vibração
possam ser apreciadas pela Fiscalização.
b) A altura de queda do betão ao ser colocado deve ser, tanto quanto possível, constante,
utilizando-se para o efeito os meios apropriados. Atendendo a que a consistência de um betão
aparente é sempre elevada, podem admitir-se alturas de queda até 3,0 m, desde que exista a
possibilidade de se poder fazer uma vibração potente, à custa, inclusivé, de aberturas feitas nos
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a) Os acabamentos superficiais deverão ser feitos de acordo com o especificado no CE. Refere-se
em especial a retirada das rebarbas deixadas pelas juntas dos moldes.
b) As juntas de construção são sempre zonas que podem originar defeitos aparentes, devendo,
sempre que possível, procurar-se disfarçá-las à custa de reentrâncias, o que deverá ser sempre
submetido à apreciação da Fiscalização.
c) Não são de admitir quaisquer retoques ou enchimentos de defeitos pois estas operações só iriam
agravar o mal existente.
d) A limpeza da superfície do betão aparente pode ser feita com água simples ou acrescentada com
qualquer detergente.
e) A aplicação de hidrófugos superficiais, à base de silicones, torna a superfície do betão
impermeável à água, impedindo que a sujidade se entranhe nos poros de betão. Pode também
recorrer-se à aplicação de resinas sintéticas transparentes, o que permitirá uma lavagem muito
fácil da superfície do betão.
Como guia na escolha da composição a adoptar, indica-se a seguir um exemplo de dosagem já utilizada
com bons resultados e que fornece um betão com características da classe B25:
Admite-se, no entanto, que face às exigências da obra, as CE possam impor um betão de classe superior.
19 C R I T É R I O S D E M ED I Ç Ã O PA R A PA G A M E N TO
Os custos unitários da oferta, definidos por volumes unitários de tipos de obra, incluem todos os
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materiais, tarefas e equipamentos necessários ao completo e perfeito acabamento dos trabalhos de betão
em massa e betão armado.
Aqueles custos devem por isso ser aceites como tal compensação dos encargos inerentes aos moldes,
armaduras, betões, ensaios, verificações, escoramentos, acabamentos e tudo o mais que seja necessário ao
cumprimento integral de todas as especificações incluídas no CE.
Estão também incluídos nestes custos as aberturas a fazer nos pavimentos, impostas pela instalação dos
equipamentos inerentes ao perfeito funcionamento das redes de águas e esgotos.
Os critérios adoptados nas medições das diferentes partes da obra foram os seguintes:
Os custos unitários da oferta incluem todos os materiais, mão de obra, andaimes e equipamentos
necessários à perfeita execução dos trabalhos.
b) Barrotes e ripas de cobertura: área inclinada compreendida entre faces anexas dos apoios (vigas, cintas
e paredes).
c) Outros elementos: por unidade, se outro critério não for indicado nas CE.
20 IMPERMEABILIZAÇÕES
20.1 GENERALIDADES
a) Qualidade do material
Qualquer que seja o processo adoptado para a impermeabilização das diferentes partes da
construção indicadas no projecto, o material empregado não deverá conter matérias susceptíveis
de serem alteradas em contacto com os outros materiais empregados na construção, com o ar e
as intempéries, devendo manter as suas propriedades de coesão, plasticidade e ductilidade.
b) Modo de execução
Nenhum trabalho de impermeabilização deverá efectuar-se em tempo de chuva ou de humidade,
devendo a superfície a impermeabilizar encontrar-se perfeitamente seca e limpa na ocasião de
aplicação do produto (ver excepção). O acabamento da camada impermeável deverá ser
executado logo após a sua aplicação.
O acabamento da camada impermeável deverá ser executado logo após a sua aplicação.
A camada impermeável deverá apresentar-se com a forma de uma superfície contínua, com o
mesmo grau de impermeabilização de 100% em todos os seus pontos.
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Deverão tomar-se as precauções necessárias para que todas as ligações com trabalho já feito
saiam perfeitas e não constituam pontos fracos da camada impermeável.
As amarrações dos tubos de descarga das águas pluviais, tubos de ventilação, etc., deverão ser
feitas de modo a assegurar-se a perfeita impermeabilização dessas amarrações, empregando o
Empreiteiro o processo mais adequado a cada caso, devendo o respectivo processo ser
submetido à apreciação da Fiscalização.
No caso da impermeabilização por várias camadas, as juntas de cada uma devem fazer-se de
modo a que nunca se sobreponham. As sobreposições para emendas numa mesma camada, terão
no mínimo o afastamento de 8 cm.
A impermeabilização das juntas de dilatação deve fazer-se tomando todas as disposições para
que as variações de largura da junta não provoquem a rotura da camada protectora
impermeável, devendo o sistema adoptado ser submetido à apreciação da Fiscalização, caso o
mesmo não esteja incluído no projecto.
a) Generalidades
A impermeabilização destes elementos destina-se a impedir o aparecimento de humidade nas
superfícies interiores das paredes e pavimentos, à custa de uma camada estanque,
suficientemente deformável para poder acompanhar as deformações e fissurações das estruturas,
sem perda da sua estanquicidade.
Qualquer que seja o tipo de impermeabilização adoptado, a sua execução deverá ser feita com a
melhor técnica, e seguindo sempre as indicações dos fornecedores dos produtos aplicados.
De acordo com o especificado no CE, o Empreiteiro fará a aplicação de qualquer um ou mais
dos tipos de impermeabilização a seguir indicados.
b) Impermeabilização tipo A, à base de emulsões betuminosas da Shell
Estas impermeabilizações aplicam-se geralmente sobre superfícies limpas e hidrofugadas (betão
ou esboço de impermeabilização), sendo a sua função a de colmatar qualquer fendilhação ou
poros existentes na superfície a impermeabilizar. Podem ser agrupados, por ordem de eficiência
(e de custo também) nos tipos seguintes:
Tipo A1: aplicação de duas demãos de emissão betuminosa tipo 5 (Flintkote), à razão de um
gasto total mínimo de 2 Kg/m2, formando uma camada seca com a espessura de 6mm (eventual
existência de reboco de protecção, definido no CE).
Tipo A2: aplicação, à colher da emulsão tipo 7, em camada de 2mm de espessura, sobre uma
demão seca de emulsão tipo 5 (sem reboco de protecção).
Tipo A3: aplicação igual a A1, protegida por uma camada de reboco betuminoso, acabada à
talocha, com 4 a 6mm de espessura, ao traço seguinte: cimento - 1 volume; emulsão tipo 3 - 2
volumes; areia fina - 3 volumes; areia "cabeça de formiga" - 3 volumes.
c) Impermeabilização tipo B, à base de camadas ou telas elásticas
Neste tipo de impermeabilização, caracterizado pela sua elasticidade, a superfície de apoio não
necessita de possuir estanquicidade especial, pois a camada ou tela realiza, por si só, a
impermeabilização requerida.
Os tipos a considerar estão identificados com os diferentes produtos e técnicas existentes no
nosso mercado, sendo de referir os seguintes:
1) Sistema tipo mack, caracterizado por a camada estanque ser obtida por
projecção das emulsões de betume ou alcatrão, enriquecida por matérias
sintéticas.
Uma das vantagens deste sistema é a sua fácil aplicação em superfícies não
planas, ou irregulares, não exigindo um grau de secagem elevado das
superfícies de aplicação.
A composição e a espessura da camada ou camadas a aplicar serão as
especificadas no CE.
2) Processo Membrana Butylesso (Renel) ou produto equivalente. Este tipo
caracteriza-se pela sua grande resistência às pressões elevadas da água e
pela sua grande elasticidade, que permite aplicar a membrana sobre as
juntas de dilatação da estrutura sem o recurso a cuidados especiais
relacionados com a estanquicidade destas juntas.
A espessura a adoptar e o tipo de protecção a aplicar devem ser definidos
nas Condições Especiais.
d) Impermeabilização tipo C, à base de tintas betuminosas, tipo Inertol F, ou produto equivalente
É de aplicar este tipo de protecção, em substituição do tipo A1, quando se pretende proteger,
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Pretende-se evitar, com esta impermeabilização, que por capilaridade a humidade penetre no interior das
estruturas e alvenarias e apareça no interior das habitações.
Para evitar isto, torna-se necessário revestir, por pintura, as superfícies das sapatas, dos pilares e das
paredes em contacto com o solo, com um produto ou emulsão betuminosa que elimine a capilaridade
superficial daqueles elementos, de acordo com o especificado no CE.
Se este revestimento não puder ser executado, caso das paredes de caves não acessíveis durante a
construção pelo lado exterior (por falta de espaço) e em que a impermeabilização é feita sobre a face
interior, ter-se-á de recorrer à utilização de cortinas transversais que cortem a capilaridade interior das
paredes, tais como pinturas de emulsões betuminosas, simples ou associadas a telas, cartões asfálticos ou
quaisquer outros produtos especificados no CE. Festas contínuas devem estar localizadas, de preferência,
acima do nível do solo exterio
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