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Questão 4:

Nos anos de 1960 se iniciou uma ruptura epistemológica nas ciências humanas, a qual
modificou a abordagem das formas de se escrever história. Antes dessa grande mudança na
historiografia, o que predominava era uma história “tradicional”, produzida por intelectuais
autodidatas vinculados à instituições de ensino tradicionais, como sociedades e institutos
históricos. Ainda antes dos anos 60 as duas principais posturas históricas eram o positivismo e
o historicismo.

Essa transição pragmática, ocasionou no aparecimento de uma nova corrente de pensamento


que se denominou de “pós-estruturalismo”. As relações de exploração e dominação já não se
encontravam mais nas estruturas institucionalizadas, na política ou na economia e,
principalmente, nas distintas relações de poder que os seres humanos exercem uns sobre os
outros.

A ampliação dos objetos de investigação, também foi um ponto importante nessa transição.
Com isso, surgiram novas questões de estudo as quais incidem diretamente no cotidiano de
homens e mulheres. Entre essas novas investigações, estão a história urbana, a história social
do trabalho, o grande crescimento da história das mulheres. Ainda com a entrada desses novos
objetos, ampliaram-se também os sujeitos. Escravos, índios, mulheres, população rural,
começaram a ser evidenciados na história. Isso levou a uma sofisticação metodológica ao
requerer novos tipos de tratamentos a novos tipos de fonte.

O movimento historiográfico dos Annales também contribuiu nessa sofisticação da história.


Esse movimento deu espaço para uma nova história ao invés da política tradicional. Uma
nova história fundada na formulação de problemas; uma história que tem como parâmetro
teórico geral conceber a sociedade em sua totalidade, a história global; uma história
eminentemente econômica e social.

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