Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

UNIDADE ACADÊMICA DE PASSOS


GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS- BACHARELADO

ANÁLISE DOS MACRO E MICRO NUTRIENTES DA PLANTA EQUISETUM SP.


DESIDRATADA E EM INFUSÃO

MARCELA DE FARIA SOUZA


RAFAELA SILVA ROSA

ORIENTADOR: MARCELO SANTOS

PASSOS-MG
2018
RESUMO
Equisetum é um gênero de cerca de 30 espécies nos quais possuem em comum características
como caule verde e oco na forma de hastes,que podem ser férteis ou inférteis e apresentam
porte pequeno. São normalmente encontradas em áreas brejosas e argilosas. Conhecidas
popularmente como cavalinha, são muito usadas na medicina popular como planta medicinal
na forma de chá. O emprego de plantas para cura de patologias vem de uma prática milenar.
À cavalinha são atribuídas ações diurética, antiedematosa, anti-inflamatória e
remineralizante. Essas ações são graças ao seu constituinte químico rico em sais minerais
entre eles o silício. Porém o uso excessivo ou por tempo prolongado pode provocar cefaleia,
tenesmo, perda do apetite e, irritação gástrica e no sistema urinário, devido à presença de
nicotina. Para avaliação de macro e nutrientes do chá da planta foi usado o método de
Standard. Foram utilizadas duas amostras de chá, uma de forma usual e outra na forma mais
concentrada já que poderia não obter resultados nesse método se a concentração dos
nutrientes fossem muito baixas. Já na planta desidratada foi usado o método de análise foliar
de acordo com o Programa Interlaboratorial de Análise de Tecido Vegetal (PIATV). No chá
foram identificados os macronutrientes presentes como fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca),
magnésio (Mg) e silício (S). Já na análise foliar foi possível identificar os macronutrientes e
micronutrientes sendo eles: o macronutriente mais abundante é o potássio (K) com 24,9 g/kg.
E o micronutriente mais abundante é o foi o cobre (Cu) com 408,80 mg/kg.

Palavras-chave: Plantas medicinais. Equisetum sp. Cavalinha. Nutrientes. Desidratada.


Infusão.
Sumário

1- Introdução ........................................................................................................................................... 1
2-Justificativa ........................................................................................................................................... 4
3- Objetivo ............................................................................................................................................... 4
3.1- Objetivo geral ................................................................................................................................... 4
3.2- Objetivos específicos ....................................................................................................................... 4
4 - Materiais e Métodos ........................................................................................................................... 5
5- Resultado e Discussão ....................................................................................................................... 7
6- Conclusão ........................................................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................ 9
1

ANÁLISE DOS MACRO E MICRO NUTRIENTES DA PLANTA EQUISETUM SP.


DESIDRATADA E EM INFUSÃO

1- Introdução

Equisetum sp. é o único gênero representante da família Equisetaceae e possui cerca de 30


espécies. São, em sua maioria, plantas pequenas que raramente atingem um metro de altura.
Equisetum giganteum L. e Equisetum martii Milde são nativas do solo brasileiro. Equisetum
arvense L. foi trazida ao Brasil para ser cultivada com fins medicinais (MELLO; BUDEL).
São uniformemente distribuídas no mundo e acredita-se que sua datação fóssil seja anterior
a deriva dos continentes e isso explicaria a sua alta adaptação a diferentes climas (MELLO;
BUDEL).
Espécies de Equisetum são conhecidas no Brasil como cavalinha, são subarbustos ereto,
perene, rizomatoso, haste de cor verde, oca e monopodial.
A haste fértil tem no ápice uma espiga oblonga e escura que possui uma grande quantidade
de esporos.
A droga vegetal está constituída pelas partes aéreas, principalmente pelos ramos estéreis
dessecados. Estes apresentam córtex, parênquima, xilema, estômatos e grânulos de sílica
(EMEA, 2008 ; SANDHU,et al. 2010, apud CARNEIRO, 2012 ).
Os caules são de dois tipos: esporíferos (férteis) e estéreis. Os caules esporíferos são simples
e de coloração avermelhada, com bainhas castanhas, frouxas e apresentando uma espiga
oblonga que desaparece no verão; na sua extremidade terminal e nas ramificações, observa-
se uma estrutura de reprodução denominada de estróbilo, onde se dá a produção de esporos.
Os caules estéreis são de coloração verde, sulcados, ocos, com ramos delgados que se inserem
dois a dois no caule. Esses ramos, simples e de tom verde claros, têm 4 ângulos, ásperos e
articulados. O rizoma é profundo e atinge até 2 metros de profundidade ( JERMY, 1998; ALVES,
2009, apud CARNEIRO, 2012 ).
São plantas comumente encontradas em áreas brejosas ou argilosas.
Quanto aos constituintes químicos, esta planta é rica em minerais, destacando-se pelo
conteúdo em silício, ácido gálico, resinas, sais de potássio, tiaminas, luteolina, saponinas,
compostos inorgânicos (Ca, Mg, Na, F, Mn, Si, S, P, Cl e K), triglicerídios, óleos, flavonóides
(isoquercetina, equisetrina, canferol, galutenina, fitosterol), triglicerídeos (ácido oléico,
2

esteárico, lenoléico e linolênico), alcalóides (metosapiridina, nicotina, palustrina,


palustrinina), vitamina C e taninos (BERTALOT et al. 2010, apud GUIMARÃES et al. 2015).
São plantas amplamente utilizadas pelo alto teor de minerais, principalmente silício, e
metabólitos secundários, a exemplo de saponinas, flavonoides, taninos e alcaloides, que agem
em sinergismo provocando ações benéficas na manutenção do metabolismo e tratando
diversas patologias (MELLO; BUDEL).
A utilização de plantas para fins medicinais é uma prática milenar, pois os vegetais possuem
em sua composição estruturas químicas com importantes atividades farmacológicas
(ALVES,2015).

A planta Equisetum sp. apresenta efeito protetor sobre os tecidos e existem compostos
presentes nesta planta que exercem a função de agentes antioxidantes (FERREIRA, 2001).

Tendo em vista a pratica milenar de utilização de plantas para fins medicinais a fiscalização
sobre esses produtos é inadequada comprometendo a qualidade dos mesmos. Deste modo,
o controle de qualidade é indispensável, pois a falta de qualidade pode influenciar na ação
terapêutica da planta ou até mesmo intensificar os efeitos indesejáveis da mesma. A
qualidade do fitoterápico tem importância significativa para o funcionamento de sua função
(PEREIRA, 2016).

Esse meio de tratar patologias é uma herança dos povos primitivos que através de
observações e experimentos passaram para gerações seguintes seus conhecimentos e
fazendo disso uma cultura popular.

A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de doenças, é
uma das mais antigas formas de prática medicinal da
humanidade. No início da década de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou
que 65-80% da população dos países em desenvolvimento dependiam das plantas medicinais
como única forma de acesso aos cuidados básicos de saúde (JUNIOR; PINTO, 2005).
Espécies de Equisetum são amplamente utilizadas na medicina caseira de longa data em toda
a América do Sul, inclusive Brasil, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, sendo
praticamente desconhecida no Nordeste. As hastes estéreis são usadas na forma de chá como
adstringentes, diuréticas e estípticas, sendo empregadas também para o tratamento da
gonorréia, diarréia e infecções dos rins, bexiga e, na forma de tintura em uso interno e externo
3

para estimular a consolidação de fraturas ósseas. As hastes férteis não são utilizadas (LORENZI;
MATOS, 2008).

Equisetum sp. conhecida popularmente como cavalinha é empregada também como


diurética, antiedematosa, anti-inflamatória e remineralizante (BLUMENTHAL et al., 1998;
BHMA, 1996; FRANCO, 2001). Na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a E.
arvense encontra-se indicada para “edemas (inchaços) por retenção de líquidos”, sob a forma
de infusões(chá) e decocções (BRASIL, 2010, apud CARNEIRO, 2012).

O gênero Equisetum faz parte das etnoespécies com maior VUR (valor de uso relatado), e
encontra-se na listagem do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas, liberada
pelo Ministério da Saúde do Brasil, para estudos de validação de farmacologia clínica
(SOUZA; DIAS; GUILHERME;COELHO,2016).

Esse táxon é amplamente utilizado em todo mundo e conhecido por suas propriedades
medicinais. Entretanto, há poucos trabalhos que comprovem sua ação, ocorrendo
informações contraditórias, principalmente no campo da toxicologia e em estudos
agronômicos (MELLO; BUDEL).

A Equisetum sp. é contraindicada na gravidez a na lactação, bem como para crianças menores
de 12 anos, por falta de estudos de específicos (EMEA,2008; PEREZ, et al., 2006). Inferências
farmacológicas sugerem que a droga poderia causar uma deficiência da vitamina B1 (tiamina),
pela presença da enzima tiaminase entre os seus constituintes químicos (ANVISA: SES/RJ,
2010, apud CARNEIRO,2012). Relaçoes farmacológicas indicam que essa planta não deve ser
utilizada por pessoas com insuficiência renal e cardíaca, pois o seu efeito diurético pode
provocar perda de potássio, o que afeta de modo especial os portadores de insuficiência
cardíaca tratados com digitálicos ou qualquer outra medicação que possa diminuir as
concentrações do potássio sérico (ANVISA,2010; PEREZ,et al 2006, apud CARNEIRO, 2012).
Não é recomendado o uso de Equisetum em portadores de úlcera gastroduodenal ativa, por
considerar que a presença de taninos e de sais e ácidos de silício, entre os constituintes
químicos, poderia irritar a mucosa gástrica (LUENGO, 2010 apud CARNEIRO,2012). Segundo
a ANVISA, casos raros de alergia podem ocorrer em pacientes sensíveis aos constituintes
químicos da Equisetum sp. e seu uso em excesso pode provocar cefaleia, tenesmo, perda do
4

apetite e, no caso de altas doses, irritação gástrica e no sistema urinário, devido à presença
de nicotina .

Apesar da sua longa tradição e de várias pesquisas in vitro e in vivo, os produtos à base de
Equisetum sp. ainda não preenchem os requisitos para uso médico ,com base em eficácia
comprovada e nível de segurança aceitável. Apesar disso, pelo seu uso milenar e quase
cosmopolita, e com base nas pesquisas existentes, a Equisetum sp. pode ser classificada como
um remédio de uso tradicional e popular, cujos usos devem ser regulamentados e cujas
pesquisas necessitam ser incentivadas para melhores esclarecimentos (CARNEIRO, 2012) .

2-Justificativa

Embora várias espécies já sejam usadas em fármacos, ainda existe a possibilidade de se


encontrar novas estruturas com uso importante na área da saúde. O tratamento com plantas
medicinais é descrito há séculos como parte da medicina tradicional e o interesse em relação
aos produtos fitoterápicos é crescente nos dias atuais (CARNEIRO, 2012). O amplo emprego
dessa planta nas práticas caseiras da medicina popular e na indústria de fitoterápicos, é
motivo suficiente para sua escolha como tema de estudos químicos, farmacológicos e clínicos,
inclusive teses, visando completar sua validação como medicamento eficaz e seguro (LORENZI;
MATOS, 2008). O presente estudo visa contribuir com dados de micro e macro nutrientes
presentes na Equisetum sp.

3- Objetivo

3.1- Objetivo geral

Analisar e quantificar os macro e micro nutrientes encontrados na Equisetum arvense .

3.2- Objetivos específicos

Especificar os valores de nutrientes encontrados na Equisetum arvense. na forma desidratada.


5

Analisar os valores de nutrientes encontrados no chá (infusão) contendo a Equisetum arvense.


em uma porção concentrada e uma usada de forma habitual.

4 - Materiais e Métodos

Foram adquiridas mudas de Equisetum arvesense em uma floricultura no município de São


Sebastião do Paraíso- MG .

Para análise do chá:

_ Metodologia de acordo com: Standard Methods For The Examination Of Water And
Wastewater (APHA)
Foram feitas duas amostras para análise do chá, para o chá usual a planta foi lavada e cortada
em pequenos fragmentos; os fragmentos foram transferidos para um frasco pequeno e
pesados na balança 13 gramas (duas colheres de sopa) de Equisetum arvense (cavalinha) .
Após isto foi fervido 500 ml de agua, após entrar em ebulição, o fogo foio desligado e
acrescentado juntamente a agua 13 gramas de cavalinha previamente cortadas ;deixaremos
a mistura em infusão por cerca de 30 minutos; feito isto o chá foi coado e 100 ml dessa
amostra foi transferida para o frasco previamente identificado como chá usual . Logo após foi
feito o chá mais concentrado que seguia os mesmos passos do usual porém com medidas
diferente de cavalinha: a planta foi lavada e cortada em pequenos fragmentos; os fragmentos
foram transferidos para um frasco pequeno e pesados na balança 22 gramas (quatro colheres
de sopa) de Equisetum arvense (cavalinha). Após isto, fervemos 500 ml de água, desligamos o
fogo e acrescentamos juntamente à água 22 gramas de cavalinha previamente cortadas;
deixamos a mistura em infusão por cerca de 30 minutos; feito isto o chá foi coado e 100 ml do
mesmo foi transferido para o frasco previamente identificado como chá concentrado. Os
frascos contendo os dois tipos de chá foram levados juntamente com a outra porção de
Equisetum arvense que foi utilizada para análise foliar para o laboratório e análise de solos e
foliar situado no município de passos-mg coordenado pelo professor eng.quiímico/agrônomo
Fernando Spadon que nos auxiliou nas análises tanto do chá quanto foliar .
6

A análise de fósforo total no chá foi realizada seguindo o método físico de análise espectrofotométrica.
Os metais Cu, Fe, Mn e Zn e Ca e Mg, foram detectados por espectrofotometria de Absorção Atômica,
segundo APHA . A análise de potássio (K), será realizada pelo método físico de fotometria de chama.

Para análise foliar:

_ Metodologia de acordo com o Programa Interlaboratorial de Análise de Tecido Vegetal


(PIATV)

Para analise foliar da planta Equisetum arvense desidratada foi utilizada a metodologia de
acordo com a PIATV onde foram necessários os passos de lavagem, secagem, moagem,
armazenamento, preparo dos extratos e observação. Para lavagem da planta foi necessário
agita-las por alguns segundos em água, depois foi passado em água com detergente e em
seguida foram enxaguadas com água destilada, em porções sucessivas, para remover todo o
detergente, e logo depois foram colocadas em papel absorvente para retirada do excesso de
água . Para secagem as amostras foram colocadas em sacos de papel perfurados e postas a
secar em estufa com circulação forçada de ar, com temperatura variando de 65 a 70 C° por 24
horas. Para o passo de moagem foi utilizado o moinho de aço inoxidável, para evitar a
contaminação da amostra principalmente por ferro, zinco e cobre, e logo em seguida a
amostra foi passada em peneiras de 1 mm . A amostra triturada foi armazenada em frascos
de vidro com tampa plástica ou sacos de papel amanteigado, que foram devidamente
identificados . Logo após estes passos, foi feita a extração dos elementos de compostos
orgânicos e para isso foram preparados extratos com misturas de ácidos, sais e catalisadores
(reagentes digestores) que foram essenciais para o sucesso da analise foliar . Para mistura
digestora em um becker com capacidade para 1.000 ml foram adicionados na seguinte ordem:
175 ml de água destilada; 5,47 g de Na2SeO3.5H2O ; 21,39 g de Na2SO4 ; 4,0 g de CuSO4.5H2O
e 200 ml de H2SO4 concentrado. Foram misturarados muito bem os quatro primeiros reativos
para depois acrescentar cuidadosamente o ácido sulfúrico. A função dos reativos é que o
H2SO4 em presença de agentes catalisadores (CuSO4.5H2O e Na2SeO3) e de sais usados
tiveram a finalidade de elevar o ponto de ebulição do ácido, como o Na2SO4, foi oxidado a
matéria orgânica, transformando o nitrogênio para a forma de sulfato de
amônio:(NH4)2SO4.Para a marcha analítica (digestão sulfúrica ) foi passada 100 mg de
7

amostra das folhas moídas para o tubo de digestão; em seguida foi acrescentado 7 ml da
mistura digestora e levada para o microdigestor e foi submetida a temperatura de 350 C ° de
30 em 30 minutos ate atingir a temperatura adequada e completar a digestão, que foi
caracterizada por um líquido incolor ou esverdeado. Logo após, o extrato foi guardado para
determinação do teor de Nitrogênio-N. Para determinação dos elementos ( Fósforo -P;
Potássio -K; Cálcio -Ca; Magnésio -Mg; Enxofre -S; Cobre -Cu; Ferro – Fe; Manganês – Mn;
Zinco -Zn; Alumínio – Al; Sódio –Na ) foi feita a digestão nítrico-perclórica que foi determinada
através dos seguintes procedimentos : foi passado 500 mg de material seco e moído para
tubo de digestão; foi adicionado 6 ml de uma mistura de HNO3 e HClO4 ; foi levado para o
bloco digestor onde foi aumentado gradativamente a temperatura até atingir 160 C° e
deixado nessa temperatura até o volume ser reduzido à metade (cerca de 40 minutos). Logo
após foi aumentado a temperatura para 210 C ° e deixado nesta temperatura até obter fumos
brancos de HClO4 e o extrato apresentar-se incolor (cerca de 20 minutos); o extrato já frio foi
transferido para o balão volumétrico de 50 ml com porções de água deionizada até completar
o balão. Para determinação do Boro-B foi feita a digestão por via seca (incineração) que teve
os seguintes passos: foi transferido e incinerado 200 mg da amostra em forno elétrico a 550
C° até obtenção de cinza branca; após o extrato estar frio foi adicionado 10 ml de HCL 0,1 N,
para dissolver toda a cinza e em seguida o resíduo foi deixado em repouso . Para determinação
de Cloro-Cl foio feita extração por agitação (aquosa): foram pesados 100 mg de matéria seca
em erlenmeyer e adicionados 25 ml de água destilada, o erlenmeyer foi fechado e agitado por
10 minutos; após isto foi retirado 10 ml desse extrato e foi pipetado em capsulas de porcelana.
Feito estes procedimentos, a amostra foi analisada e os elementos quantificados através do
espectrofotômetro.

5- Resultado e Discussão

Na análise do chá, foram feitas duas amostras, uma mais concentrada e outra usual. A mais
concentrada foi utilizada caso não fosse possível analisar a quantidade de nutrientes
presentes no chá usual pela concentração ser baixa.
8

Nas duas amostras foi possível analisar somente os macronutrientes. Onde na forma usual, os
valores foram de fósforo (P) 0,047 g/kg, potássio (K) 0,41 g/kg, cálcio (Ca) 0,037 g/kg,
magnésio (Mg) 0,010 g/kg e silício (S) 0,0026 g/kg.

Macronutrientes g/kg

N P K Ca Mg S
Chá concentrado 22g
4 colheres em 500ml de água 0,0061 0,59 0,056 0,015 0,0268

Chá usual 13g


2 colheres em 500ml de água 0,0047 0,41 0,037 0,01 0,0026

Já na análise da planta na forma desidratada foram observados valores para macro e


micronutrientes sendo eles o macronutriente mais abundante é o potássio (K) com 24,9 g/kg
seguido pelo cálcio (Ca) que apresentou o valor de 18,28 g/kg. O silício (S) foi o macronutriente
que apresentou o menor valor, sendo ele 2,71 g/kg.

O micronutriente que apresentou o valor mais elevado foi o cobre (Cu), 408,80 mg/kg, em
seguida o ferro (Fe) com 370,80 mg/kg. O micronutriente menos abundante foi o boro (B)
com valor de 17,75 mg/kg.

Macronutrientes g/kg

N P K Ca Mg S

13,35 1,84 24,9 18,28 3,08 2,71

Micronutrientes mg/kg

B Cu Fe Mn Zn

17,75 408,8 370,8 93 219,7

De acordo com MELLO; BUDEL, Espécies de Equisetum são constituídas de: sais de potássio,
magnésio, cálcio, fósforo, sódio, flúor e alumínio, apresentando mais de 10% dos constituintes
9

inorgânicos. São encontrados compostos solúveis a base de silício, Si(OH)4 ou Si(OH)3O- que
estão presentes no caule da erva e representam de 10 à 15% dos constituintes totais.

Nas análises tanto da planta desidratada quanto do chá foram possíveis observar os
constituintes citados acima, porém as variações de um para o outro podem ser influenciadas
pela espécie escolhida que pode apresentar valores para mais ou menos em cada elemento.

6- Conclusão

Concluiu-se que o chá da Equisetum sp. é muito usado e a ela são atribuídas várias funções
em tratamentos de patologia. Porém vale ressaltar que poucos estudos comprovam
realmente sua eficácia. Nas análises foram encontradas quantidades significativas de sais
minerais que podem ajudar no combate de patologias mas não substituindo drogas (fármacos)
que possam combater patologias em geral pois as quantidades de sais minerais são
significativas mas não suficientes para o combate de infecções entre outros, visto que seu uso
em excesso pode ter ação diurética .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Camilla Filippi dos Santos. Composição Fitoquímica e atividade biológica do extrato
bruto e frações da Equisetum hyemale.2015.78f. Dissertação de mestrado – Universidade
Federal de Santa Maria, Brasil, 2015. Pdf. Disponível em: <http://
http://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/6035/ALVES%2c%20CAMILLA%20FILIPPI%20
DOS%20SANTOS.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 26 Abril de 2018 ás 18:56.

CARNEIRO, Danilo Maciel. Avaliação da atividade diurética e segurança do uso da Equisetum


arvense l. (cavalinha) em humanos saudáveis. Disponivel em : <
http://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/4264/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-
10

%20Danilo%20Maciel%20Carneiro%20-%202012.pdf >. Acesso em: 23 Abril de 2018 às


13:02.

FERREIRA, Valquíria Barbosa Nantes. Estudo químico e avaliação do potencial antioxidante


da Equisetum arvense e da Marsypianthes chamaedrys. Florianopolis,2001. Disponível em:
< https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/81465/254623.pdf?sequence=1>
. Acesso em: 23 Abril de 2018 Às 12:32.

GUIMARÃES, SS ; MAZARO, SM ; FREDDO, ÁR ; WAGNER JÚNIOR, A. Potencial de


preparados de cavalinha (Equisetum sp.) na síntese de metabólitos de defesa em
cotilédones de soja (Glycine max L.) e o efeito sobre o crescimento de Rhizoctonia solani
Kuhn, in vitro.
Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.17, n.1, p.143-149, 2015. Pdf. Disponível em: <http://
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-
05722015000100143&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 23 Abril de 2018 às 20:15.

JUNIOR, Valdir F. Veiga; PINTO, Angelo C. Plantas Medicinais: Cura segura? Quim. Nova, Vol.
28, No. 3, 519-528, 2005. Pdf. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010040422005000300026&script=sci_abstract&tlng
=pt> Acesso em: 26 Abril de 2018 às 21:40.

LORENZI, Harri; MATOS, F. J. Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas. 2. Ed.
Nova Odessa,SP: Instituto Plantarum, 2008.

MELLO, Melissa; BUDEL, Jane Monfron. Equisetum l. (Equisetaceae) : Uma revisão. Cadernos da
Escola de Saúde, Curitiba, 9: 1-15 ISSN 1984-7041. Pdf.
Disponível em:
<http://http://www.gege.agrarias.ufpr.br/plantastoxicas/arquivos/equisetum%20giganteum
.pdf> Acesso em: 23 Abril de 2018 às 19:32.

PEREIRA, A. P. Controle de qualidade de amostras de cavalinha (Equisetum arvense L.)


comercializadas em Palmas – TO. 2016. 42 f. Monografia (Graduação em Farmácia). Centro
Universitário Luterano de Palmas, Palmas – TO, 2016. Pdf. Disonível em: < http://ulbra-
to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/272> . Acesso em: 26 Abril de 2018 às
19:50.

SOUZA, L.F.; DIAS, R. F.;GUILHERME, F. A. G.; COELHO,C. P. Plantas medicinais referenciadas


por raizeiros no município de jataí, estado de goiás. Rev. bras. plantas med, botucatu , v.
vol.18 , n. no.2 , p.111-222, abril./jun. 2016. Pdf. Disponível em:<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
05722016000200451&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em: 25 Abril de 2018 às 17:48
11

Você também pode gostar