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Sabe-se que nossos governantes sempre foram muito displicentes, ou melhor,

“gananciosos” quando se trata de usar o dinheiro público, como se não pertencesse a


ninguém, e a Administração Pública não possuísse princípios amplamente reconhecidos
e oficialmente aceitos, os quais cita-se a, Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade, valores que sempre estiveram em nosso ordenamento jurídico e que a partir
de 1998, passaram a fazer parte do artigo 37 da Constituição Federal. Inclusive, o
princípio da eficiência, que compõe esse grupo de valores, foi inserido
permanentemente com a Reforma Administrativa pela Emenda Constitucional 19.

Deste modo, ao elencar as muitas informações para o presente estudo, e diante de tantas
experiências vivenciadas das más administrações e as muitas corrupções do nosso
quadro político, percebe-se que a LRF ao ter sua aplicabilidade efetiva, contribui como
indispensável ferramenta para todo gestor público que visa o zelo e o cuidado com a
coisa pública, no entanto, a LRF foi criada para ser obedecida, respeitando-se e
aplicando-se na forma como foi instituida, a fim de se obter uma maior eficácia nos
procedimentos que regem uma boa e honesta administração pública.

Verifica-se, portanto, que a LRF surgiu pela grande necessidade de se ter gestores
públicos comprometidos, probos e eficientes, imbuidos em planejar um orçamento
pautado pela obediência, à objetividade e à imparcialidade.

     É bastante significativa a influência da Lei nº. 101/2000 na tomada de decisão dos
gestores, pois através de seus mecanismos disciplinadores, o administrador é obrigado a
seguir uma linha de trabalho coerente com a situação financeira apresentada, não sendo
permitido os excessos que possam vir a prejudicar o andamento dos serviços dispostos à
sociedade, resultando em uma aplicação correta dos recursos públicos e em um plano de
governo equilibrado, prevenindo, sobretudo, os fatos relacionados aos desvios de verbas
para fins diversos como muito acontecia anteriormente.

Dessa forma, fica evidente a importância das novas regras estabelecidas pela LRF uma
importante ferramente gerencial para que o Administrador público possa alcançar um
ajuste fiscal nas contas públicas e para direcioná-los a trabalhar com mais
responsabilidade e transparência durante seu mandato, planejando seus atos e evitando o
descontrole que antes era comum a sociedade vivenciar dentro da política do país.

A LRF promove delimitações que são impostas para que os administradores reflitam
antes de executarem atos irresponsáveis que resultem no aumento da dívida pública do
país, sendo essas limitações fortalecidas pela aplicação das sanções que são destinadas
ao gestor que descumprir a norma.

Para corresponder a tais diretrizes, que apontam para a realidade do bem comum à
sociedade, é imprescindível que o administrador atue segundo um conjunto de regras
claras, com indiscutível conduta ética e, em grande parte, com bom senso.

Para que a lei torne-se efetiva, é preciso garantir a responsabilização concreta e ágil de
seus transgressores, sob pena de cair em descrédito.

Nesse aspecto, faz-se necessário a participação mais ativa da população, para que haja
um estreitamento da distância entre governo e sociedade, respaldando a ação
governamental, seja para cobrança dos tributos, seja para o direcionamento e a aplicação
dos recursos públicos em investimentos e manutenção das cidades.

É portanto, notório que após entrar em vigor em maio de 2000, a LRF mudou o quadro
político do país, os gestores passaram a cumprir as regras estabelecidas, temendo a
aplicação das penalidades cabíveis.

Planejar estrategicamente os gastos públicos é um dos alicerces da LRF; o planejamento


gera condições que favorecem o cumprimento dos muitos dispositivos definidos na lei.

Logo, entende-se que já houveram significativas mudanças na administração pública,


mas que sem dúvida há muito que se mudar, porém com as muitas alternativas
existentes, muito pode ser feito.

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