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FACULDADE DE ENGENHARIA SÃO PAULO

PROJETO DE PESQUISA

AUTOMAÇÃO PREDIAL - CONTROLE DE

PROCESSOS E GERENCIAMENTO DE ENERGIA

AUTORES:

José Roberto de Souza Oliveira - 10.604


Jailson Pereira da Silva - 15.309
Eduardo André Silva Orrico - 15.325
Alexandre Vieira de Freitas - 15.462
Marcos de Vasconcelos Barbosa - 15.463

SÃO PAULO

2006
FACULDADE DE ENGENHARIA SÃO PAULO

PROJETO DE PESQUISA

AUTOMAÇÃO PREDIAL - CONTROLE DE

PROCESSOS E GERENCIAMENTO DE ENERGIA

AUTORES:

José Roberto de Souza Oliveira - 10.604


Jailson Pereira da Silva - 15.309
Eduardo André Silva Orrico - 15.325
Alexandre Vieira de Freitas - 15.462
Marcos de Vasconcelos Barbosa - 15.463

ORIENTADOR: PROF. DOUTOR SÉRGIO SHIMURA


PROJETO DE PESQUISA APRESENTADO AO PROGRAMA DE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC DA FACULDADE DE
ENGENHARIA SÃO PAULO.

SÃO PAULO

2006
Índice Geral

 Índice de Figuras ................................................................................................. I


 Índice de Tabelas ............................................................................................... II
 Índice de Siglas ................................................................................................. III
 Resumo ............................................................................................................ IV
 Abstract ............................................................................................................. V
1 Introdução .......................................................................................................... 1
2 Definindo o que é Edifício Inteligente ................................................................. 3
2.1 Conceituando Edifícios Inteligentes ........................................................... 4
2.2 Automação Predial ..................................................................................... 4
3 A Arquitetura de um Sistema de Automação Predial ......................................... 6
3.1 Controladores Lógicos Programáveis - CLP’s............................................ 7
3.1.1 Descrição ........................................................................................ 7
3.1.2 Diagrama de Blocos e Explicação das Partes Constituintes ........... 8
3.2 Protocolos de Comunicação .................................................................... 13
3.2.1 Protocolos de Comunicação na Automação Predial...................... 15
3.2.2 Protocolos de Comunicação Proprietários .................................... 17
3.2.3 Protocolos de Comunicação Abertos ............................................ 18
3.3 Softwares de Supervisão e Controle Predial ............................................ 24
4 Lógica de Controle de Processos .................................................................... 30
4.1 Introdução à Lógica de Controle .............................................................. 30
4.1.1 Análise s de Controle em Malha Fechada ..................................... 32
4.1.2 Análise s de Controle em Malha Aberta ........................................ 32
4.1.3 Análises de Controle em Malha Fechada Versus Aberta .............. 33
4.1.4 Controle Básico e Controlador Automático Industrial .................... 35
4.1.5 Controle Proporcional .................................................................... 35
4.1.6 Ação de Controle Integral .............................................................. 36
4.1.7 Ação de Controle Proporcional e Integral ...................................... 36
4.1.8 Ação de Controle Proporcional e Derivativa .................................. 37
4.1.9 Controle PID .................................................................................. 38
4.1.10 Controle PID e Processos a Controlar........................................... 38
5 Gerenciamento e Controle Energético ............................................................. 39
5.1 A Energia Elétrica e Suas Características................................................ 41
5.1.1 Fator de Potência .......................................................................... 41
5.1.2 Harmônicas ................................................................................... 47
5.1.3 Conceito de Consumo e Demanda................................................ 52
5.2 Planejamento Tarifário e Redução de Custos .......................................... 53
5.2.1 Classificação dos Consumidores................................................... 54
5.2.2 Modalidades Tarifárias e Tarifação ............................................... 55
5.2.3 Convencional (Resolução ANEEL no. 456) ................................... 55
5.2.4 Horo-Sazonal - THS (Resolução ANEEL no. 456) ........................ 56
5.3 Sistemas de Gerenciamento Energético .................................................. 61
5.4 Controle de Consumo e Demanda ........................................................... 62
6 Automação Predial Aplicada á Eficiência Energética ....................................... 63
6.1 Sistemas de Iluminação ........................................................................... 63
6.1.1 Otimizando a Operação dos Sistemas de Iluminação Existentes . 63
6.1.2 Utilização de Lâmpadas mais Eficientes ....................................... 64
6.1.3 Cuidado com Luminárias e Difusores ............................................ 66
6.1.4 Avaliação dos Reatores Utilizados ................................................ 67
6.1.5 Manutenção dos Sistemas de Iluminação ..................................... 68
6.1.6 Dispositivos para Automação e Controle de Iluminação ............... 69
6.2 Sistemas de Ar-Condicionado .................................................................. 72
6.2.1 Tipos de Sistemas de Condicionamento Ambiental ...................... 73
6.2.2 Comparativo de Consumo e Eficiência.......................................... 74
6.3 Cogeração de Energia ............................................................................. 75
7 Diretrizes para Estudo de Viabilidade e Implantação em Projeto de
Automação Predial em Edifícios Existentes ..................................................... 77
7.1 Dimensionamento dos Processos Existentes .......................................... 78
7.2 Análise de Rendimento e Custos de Operação ....................................... 79
7.3 Análise da Capacidade de Economia Energética .................................... 80
8 Projeto de um Sistema de Automação Predial - Estudo de Caso .................... 83
8.1 Definindo o Objetivo do Projeto................................................................ 83
8.2 Interação Com os Demais Projetos.......................................................... 86
8.2.1 Sistema de Ar Condicionado ......................................................... 86
8.2.2 Sistema de Ventilação e Exaustão ................................................ 87
8.2.3 Sistema de Iluminação .................................................................. 88
8.2.4 Instalação Elétrica Geral ............................................................... 88
8.2.5 Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio.................................. 90
8.2.6 Sistema de Combate a Incêndio ................................................... 91
8.3 Definindo os Processos de Controle e Supervisão .................................. 92
8.4 Descrição dos Processos de Controle ................................................... 102
8.4.1 Processo 00001-AC: CAG........................................................... 102
8.4.2 Processo 00002-AC: Fancoils ..................................................... 105
8.4.3 Processo 00003-AC: VAV's ......................................................... 108
8.4.4 Processo 00004-EL: Quadros de Iluminação .............................. 109
8.4.5 Processo 00005-EL: Sistema de Recalque de Água ................... 109
8.4.6 Processo 00006-EL: Sistema de Bombeamento de Esgoto ........ 110
8.4.7 Processo 00007-EL: Sistema de Águas Pluviais ......................... 111
8.4.8 Processo 00008-EL: Sistema de Exaustão de Banheiros ........... 111
8.4.9 Processo 00009-EL: Sistema de Exaustão de Garagens............ 112
8.4.10 Processo 00010-EL: Sistema de Pressurização de Escadas ...... 113
8.4.11 Processo 00011-EL: Sistema de Combate a Incêndio ................ 114
8.4.12 Processo 00012-EL: Disjuntores de Média Tensão .................... 114
8.4.13 Processo 00013-EL: Gerenciamento Energético ........................ 115
8.4.14 Processo 00014-EL: Geradores de Energia ................................ 116
8.5 Estudo de Cargas e Economia Estimada ............................................... 117
9 Conclusão ...................................................................................................... 126
10 Bibliografia Básica .......................................................................................... 127
10.1 Livros, Revistas e Teses ........................................................................ 127
10.2 Sites de Internet ..................................................................................... 128
I

 Índice de Figuras

Figura 1: Arquitetura dos Sistemas de Um Edifício Inteligente. ........................ 6


Figura 2: Estrutura Básica de Um Controlador.................................................. 9
Figura 3: Fluxograma do Funcionamento do CLP. .......................................... 10
Figura 4: Arquitetura OSI. ............................................................................... 15
Figura 5: Camadas Protocolo BACnet. ........................................................... 20
Figura 6: Tela Gráfica Sendo Confeccionada Ilustrando Uma Central de
Água Gelada. ................................................................................... 25
Figura 7: Sistema de Controle de Energia. ..................................................... 26
Figura 8: Exemplo de Utilização de Tags. ....................................................... 27
Figura 9: Arquitetura de Rede de SSCP. ........................................................ 28
Figura 10: Triângulo de Potências. ................................................................... 42
Figura 11: Gráfico: Carga Resistiva. ................................................................. 43
Figura 12: Gráfico: Carga Indutiva. ................................................................... 43
Figura 13: Gráfico: Carga Capacitiva. ............................................................... 43
Figura 14: Gráfico: Onda Senoidal Normal e Harmônica (Menor). .................... 48
Figura 15: Gráfico: Soma das Duas Curvas (Normal + Harmônicas). ............... 49
Figura 16: Aplicações Típicas de Cogeração. ................................................... 76
Figura 17: Hierarquia das Necessidades. ......................................................... 84
Figura 18: Comparativo Entre a Hierarquia das Necessidades de Maslow
e os Sistemas que Constituem um Edifício Inteligente. ................... 84
II

 Índice de Tabelas

Tabela 1: Objetos BACnet. .............................................................................. 21


Tabela 2: Grupo B. ........................................................................................... 54
Tabela 3: Grupo A. ........................................................................................... 54
Tabela 4: Horários de Ponta e Fora de Ponta.................................................. 57
Tabela 5: Períodos Úmido e Seco. .................................................................. 59
Tabela 6: Modalidade Tarifária - Tarifa Azul. ................................................... 59
Tabela 7: Modalidade Tarifária - Tarifa Verde.................................................. 59
Tabela 8: Enquadramento Tarifário. ................................................................ 60
Tabela 9: Atuação do Controlador. .................................................................. 62
Tabela 10: Nível de Iluminância por Grupo de Tarefas Visuais (NBR-5413). .... 64
Tabela 11: Comparação Entre os Tipos de Lâmpadas Existentes no Mercado. 66
Tabela 12: Planilha de Definição e Controle de Pontos Supervisionados........ 100
Tabela 13: Resumo dos Pontos a Serem Instalados. ...................................... 101
Tabela 14: Orçamento Completo do Sistema. ................................................. 118
Tabela 15: Levantamento de Cargas. .............................................................. 119
Tabela 16: Estudos Anual de Custos com Energia Elétrica. ............................ 120
Tabela 17: Estudo de Economia de Custos Operacionais com SSCP. ........... 121
Tabela 18: Análise Financeira de Investimento. .............................................. 124
III

 Índice de Siglas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.


ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica.
ASHRAE - American Society of Heating, Refrigeration and Air Conditioning
Engineers.
BAC - Bomba de Água Condensada.
BACnet - Building Automation and Control Networks.
BAGP - Bomba de Água Gelada Primaria.
BAGS - Bomba de Água Gelada Secundaria.
BMS - Buiding Management Systems.
BTU - British Thermal Unit.
CAG - Central de Água Gelada.
CATV - Circuito Aberto de Televisão.
CEBus - Consumer Eletronics Bus.
CFTV - Circuito Fechado de Televisão.
CI - Circuito Impresso.
CLP - Controlador Lógico Programável.
COP - Coefficient of Performance.
CPD - Centro de Processamento de Dados.
CRC - Cycle Reduntant Checksum.
DDC - Direct Digital Controller.
DNAEE - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica.
EER - Ennergy Efficiency Ratio.
EIA - Electronic Industries Alliance.
EIB - European Instalation Bus.
E/S - Entradas e Saídas.
EUA - Estados Unidos da América.
IAS - Industrial Automation Systems.
IBI - Intelligent Buildings Institute dos EUA.
IHM - Interface Homem Máquina.
ISO - Internacional Standard Organization.
LED - Diodo Emissor de Luz.
NEMA - National Electrical Manufacturers Association.
OSI - Open System Interconnection.
PEE - Percentual de Economia Estimada.
PID - Proporcional, Integral e Derivativo.
PLC - Programable Logic Control.
SSCP - Sistemas de Supervisão e Controle Predial.
TTL - Transistor-to-Transistor Logic.
UCP - Unidade Central de Processamento.
VAV - Volume de Ar Variável.
IV

 Resumo

Este trabalho detalha o emprego da automação em sistemas e serviços de

edifícios a serem construídos e de que forma pode ser aplicado para aumentar

sua eficiência energética. A otimização desses sistemas tem por conseqüência

um impacto econômico e ambiental ressaltando a relevância desse estudo. O

texto mostra o que vem a ser um edifício inteligente, a aplicação da automação

nos complexos prediais, a arquitetura e funcionamento, bem como, os diversos

serviços envolvidos e também mostra um estudo voltado para os edifícios já

existentes. A parte final apresenta um projeto teórico envolvendo todas as

aplicações estudadas.
V

 Abstract

This research work details the use of the automation in systems and services of

buildings to be constructed and how it can be applied to increase its energy

efficiency. The optimization of these systems has as consequence an economic

and environmental impact standing out the relevance of this study. The text

shows what it is an intelligent building, the application of the automation in the

building complexes, the architecture and functioning, as well the most involved

services and also shows a study towards to the existing buildings. The final part

presents a theoretical project involving all of the studied applications.


1

1 Introdução

A eficiência energética é um termo geralmente empregado para indicar o uso

de menor quantidade de energia para produzir a mesma quantidade de

serviços. A partir do momento em que se aplica este conceito em sistemas de

automação predial, busca-se, além do conforto ambiental em níveis mínimos,

otimizar ao máximo a utilização da energia elétrica para estes fins.

Os grandes fatores que acarretam a busca por uma maior eficiência energética

são os aumentos populacionais, que geram uma diminuição de espaço físico

nas grandes metrópoles, que, por fim, mostram o aumento da verticalização,

sejam eles residenciais ou comerciais.

A Automação Predial surge a fim de atender as necessidades de

gerenciamento e controle destes edifícios onde existem os processos de ar-

condicionado, iluminação, utilidades e demais sistemas que fazem parte de

desde grandes empreendimentos comerciais até condomínios residenciais.

A otimização de processos prediais, de forma a aumentar a eficiência

energética é, sem dúvida, um dos maiores objetivos da automação predial.

Edifícios maiores e mais complexos surgem todos os dias e representam um

desafio para os sistemas de supervisão e controle predial que, foram criados

para gerar economia de energia e também possibilitar um maior tempo de vida

útil para os equipamentos controlados.

A utilização de grande quantidade de energia elétrica nestes empreendimentos

residenciais e comerciais é um fato que merece uma atenção especial onde,

devido ao custo elevado desta energia, encontra-se a justificativa para o

investimento na melhoria da eficiência energética dos equipamentos utilizados.

O item 2 aborda o conceito de Edifício Inteligente e seus subsistemas,

descreve o que vem a ser a Automação e sua aplicação em sistemas prediais.


2
O item 3 descreve a arquitetura de um sistema de Automação Predial, seus

protocolos de comunicação e softwares supervisórios.

O item 4 aborda a lógica de controle de processos que envolvem o sistema de

automação.

O item 5 descreve os sistemas de gerenciamento e controle energético, a

energia elétrica e suas características e os sistemas de controle de consumo e

planejamento tarifário.

O item 6 elucida a automação predial aplicada à eficiência energética,

mostrando o funcionamento dos sistemas envolvidos.

O item 7 estuda a viabilidade e implantação de projeto de automação em

edifícios existentes.

O item 8 conceitua um projeto de um sistema de Automação predial.

No final são apresentadas as considerações finais e conclusão destacando os

pontos mais relevantes da utilização da Automação Predial.


3
2 Definindo o que é Edifício Inteligente

Devido à procura de meios para se obter economia de energia, juntamente

com a administração eficaz do seu consumo, desenvolveu-se ao longo dos

anos, o Edifício Inteligente.

Com a crescente redução nos custos dos equipamentos de informática,

evolução da computação e dos sistemas digitais tornou-se possível a

introdução de mecanismos e tecnologias capazes de melhorar a administração

e manutenção de sistemas prediais.

Tais evoluções estão sendo introduzidas na forma dos Edifícios de Alta

Tecnologia ou Edifícios Inteligentes. CASTRO NETO (1994), que sugere a

definição, seguindo o IBI (Intelligent Buildings Institute dos EUA), de que os

Edifícios de Alta Tecnologia ou Edifícios Inteligentes são aqueles edifícios “que

oferecem um ambiente produtivo e econômico através da otimização de quatro

elementos básicos: Estrutura, Sistemas, Serviços e Gerenciamento, bem como

das inter-relações entre eles”.

Além destes fatos originais, atualmente se acresce a necessidade de

transmissão de voz, dados, textos e imagens, uma conseqüência da

generalização e extensão da informática na vida cotidiana da produção, e no

controle sobre o movimento de pessoas e objetos no edifício, necessário

devido aos problemas de segurança nas grandes cidades.

A conseqüência destes novos processos sociais impõe uma análise profunda

dos serviços que devem fazer parte da infra-estrutura básica do edifício e que

devem ser oferecidos aos usuários.

Hoje em dia, a maioria dos edifícios possui uma quantidade de instalações e

serviços como instalações elétricas, iluminação, linhas telefônicas e

elevadores. Em muitos casos, acrescentam-se sistemas mais sofisticados, tais

como rede de computadores, acondicionamento ambiental, controle de


4
acessos, detecção e prevenção de incêndios, proteção patrimonial e outros.

Entretanto, observa-se que na maioria dos casos, tais instalações e serviços

funcionam de maneira totalmente independente umas das outras, sendo

geralmente instaladas em etapas distintas da vida do edifício, adaptando-se à

estrutura pré-existente.

2.1 Conceituando Edifícios Inteligentes

Conforme a sucessão de avanços na tecnologia, podem-se ter

microcomputadores interligados por redes, onde existem softwares

dedicados, que tornam possível a idéia de existir os edifícios inteligentes.

Desta forma, estes computadores devem realizar o controle e

gerenciamento, integrar os serviços em sua rede, utilizando o que há de

mais atual em controles e automação.

Para novas construções devem-se prever todos os recursos e tecnologias

de possível aplicação, onde segundo CASTRO NETO (1994), deve-se

observar: “a organização informática; os sistemas de gerenciamento do

edifício; a configuração das redes interna e externa de comunicações; a

integração dos novos serviços de valor agregado; adaptação da rede à

mudança de usuários tanto dentro do mesmo andar ou entre andares; e a

conexão aos serviços públicos de telecomunicações”. Ou seja, uma vez

que a obra é dita inteligente ou de alta tecnologia, fundamentalmente

deve-se ter a informática, os serviços de telecomunicações e sistemas de

automação predial integrados.

2.2 Automação Predial

Em termos gerais pode-se dizer que na automação os mecanismos fazem

a verificação de seu próprio funcionamento através de um controle

automático. São efetuadas medições e introduzidas correções em seu

processo, sem a interferência do homem. Geralmente são empregados


5
em mecanismos computadorizados, como peças fundamentais para a

automação.

A utilização da automação na área predial se dá principalmente na

supervisão e controle das seguintes áreas:

a) Gerenciamento e controle energético: Onde há o controle e supervisão

de consumo e demanda de tensão, corrente e potência elétrica;

b) Sistemas de iluminação: utilizando sensores de presença,

luminosidade e programação horária;

c) Sistemas de controle de temperatura ambiente por aquecimento e ar-

condicionado.
6
3 A Arquitetura de um Sistema de Automação Predial

O Sistema de Supervisão e Controle Predial tem entre seus objetivos:

a) Centralizar todas as informações referentes ao funcionamento dos diversos

sistemas considerados vitais às operações do edifício;

b) Executar e disponibilizar lógicas de intertravamento necessárias ao controle

automático dos equipamentos e processos;

c) Reduzir custos operacionais e gerar economia de energia, através da

utilização racional dos recursos disponibilizados;

d) Comunicar sobre o estado dos sistemas através de interface homem-

máquina, antecipando os problemas e facilitando a tomada de decisões;

e) Fornecer recursos para a programação da manutenção preventiva dos

diversos equipamentos;

f) Aumentar a segurança da instalação, através da imediata detecção de

situações anormais, agilizando assim, a tomada de decisões;

A figura 1 ilustra a arquitetura dos sistemas que constituem um edifício

inteligente.

Figura 1: Arquitetura dos Sistemas de Um Edifício Inteligente.


Fonte: AURESIDE. www.aureside.org.br. 08/07/06.
7
3.1 Controladores Lógicos Programáveis - CLP’s

O CLP (Controlador Lógico Programável) é um dispositivo eletrônico que

controla equipamentos e processos. Utiliza-se uma memória programável

para armazenar instruções e executar funções especificas como controle

de energização e desenergização de sistemas, temporização, contagem,

sequenciamento, operações matemáticas entre outros.

O CLP é utilizado na área de automação de processos contínuos, elétrica,

predial, industrial, entre outras áreas. Esse equipamento eletrônico

oferece um considerável número de benefícios instituídos a qualquer

aplicação que exija um controle elétrico, tendo muitas vantagens de sua

utilização, como por exemplo:

a) Menor ocupação de espaço;

b) Menor potência elétrica requerida;

c) Podem ser reutilizados;

d) Programável, se ocorrerem mudanças de requisitos de controle;

e) Confiabilidade maior;

f) Manutenção mais fácil e rápida;

g) Maior flexibilidade, satisfazendo um maior número de aplicações;

h) Permitem a interface através de rede de comunicação com outros

CLP’s, interface homem máquina (IHM) e microcomputadores;

i) Permite maior rapidez na elaboração ou alteração de um projeto.

3.1.1 Descrição

O primeiro CLP surgiu na indústria automobilística, até então um

usuário em potencial dos relés eletromagnéticos utilizados para

controlar operações seqüenciadas e repetitivas numa linha de

montagem. A primeira geração de CLP’s utilizou componentes

discretos como transistores e CI’s com baixa escala de integração.


8
Este equipamento foi batizado nos Estados Unidos como PLC

(Programable Logic Control), em português CLP (Controlador

Lógico Programável).

3.1.1.1 Definição Segundo a ABNT

É um equipamento eletrônico digital com hardware e

software compatíveis com aplicações industriais.

3.1.1.2 Definição Segundo a Nema

Aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória

programável para o armazenamento interno de instruções

para implementações específicas, tais como lógica,

seqüenciamento, temporização, contagem e aritmética,

para controlar, através de módulos de entradas e saídas,

vários tipos de máquinas ou processos.

3.1.2 Diagrama de Blocos e Explicação das Partes Constituintes

O CLP tem sua estrutura baseada no hardware de um computador,

tendo basicamente uma unidade central de processamento (UCP),

interfaces de entradas e saídas, memória interna, interface de

comunicação e fonte de alimentação.

As principais diferenças em relação a um computador comum

estão relacionadas à qualidade de filtragem e estabilização da

fonte de alimentação, interfaces de entrada e saída imune a ruídos

e um invólucro específico para aplicações industriais, prediais e

residenciais.

A figura 2 ilustra a estrutura básica de um controlador programável.


9

Figura 2: Estrutura Básica de Um Controlador.


Fonte: UFRJ. www.lee.eng.uerj.br. 20/08/06

Dentre as partes integrantes desta estrutura tem-se:

a) Unidade Central de Processamento (UCP);

b) Entradas e Saídas (E/S).

3.1.2.1 Unidade Central de Processamento (UCP)

A unidade central de processamento (UCP) é responsável

pelo processamento do programa, isto é, coleta os dados

dos cartões de entrada, efetua o processamento segundo

o programa do usuário, armazenado na memória, e envia

o sinal para os cartões de saída como resposta ao

processamento.

Este processamento poderá ter estruturas diferentes para

a execução de um programa, tais como:

a) Processamento cíclico;

b) Processamento por interrupção;

c) Processamento comandado por tempo;

d) Processamento por evento.

Demonstra-se através de um fluxograma, conforme figura

3, os processos realizados pelo CLP. Na sua inicialização

(alimentação), o CLP executa uma série de operações pré-

programadas, verificando o status dos sistemas interno e

externo como um todo.


10
O processo de leitura recebe o nome de Ciclo de

Varredura (Scan) e normalmente é de alguns micro-

segundos. A cada ciclo o CLP lê os estados de cada uma

das entradas e esses sinais são transferidos para a

unidade de memória interna denominada memória imagem

de entrada. O CLP, após consultar a Memória Imagem das

entradas e executar o programa do usuário, atualiza o

estado da Memória Imagem das Saídas, nos quais, são

aplicados aos terminais de saída. Inicia-se então, um novo

ciclo de varredura.

Inicialização
do CLP

Leitura das entradas


e transferência para
a memória imagem
de entrada

Programa
lógico do
usuário

Atualização das saídas


conforme entradas e
programa do usuário

Figura 3: Fluxograma do Funcionamento do CLP.


Fonte: GRUPO TCC. 2006.
11
3.1.2.2 Entradas e Saídas (E/S)

A estrutura de entradas e saídas (E/S) é encarregada de

filtrar os vários sinais recebidos ou enviados para os

componentes externos do sistema de controle. Estes

componentes ou dispositivos no campo podem ser botões,

chaves de fim de curso, contatos de relés, sensores

analógicos, termopares, chaves de seleção, sensores

indutivos, lâmpadas sinalizadoras, display de LED’s,

bobinas de válvulas direcionais elétricas, bobinas de relés,

bobinas de contatores de motores, entre outros

dispositivos.

Tanto em ambientes industriais como prediais estes sinais

de E/S podem conter ruído elétrico, que pode causar a

falha da UCP se o ruído alcançar seus circuitos. Desta

forma, a estrutura de E/S protege a UCP deste tipo de

ruído, assegurando informações confiáveis. Os

dispositivos do campo são normalmente selecionados,

fornecidos e instalados pelo técnico e usuário final. Assim,

o tipo de E/S é determinado, geralmente, pelo nível de

tensão e corrente destes dispositivos.

3.1.2.3 Características das Entradas e Saídas - E/S

A saída digital basicamente pode ser de quatro tipos:

transistor, triac, contato seco e TTL podendo ser escolhido

um ou mais tipos. A entrada digital pode se apresentar de

várias formas, dependendo da especificação do cliente,

contato seco, 24 Vcc/Vca, 110 Vca, 220 Vca, etc.


12
A saída e a entrada analógicas podem se apresentar em

forma de corrente (4 a 20 mA, 0 a 20 mA), ou tensão (0 a

10 Vcc, -10 a 10 Vcc, etc.). Em alguns casos é possível

alterar a faixa de atuação através de software.

3.1.2.4 Módulos de Entrada

Os módulos de entrada são interfaces entre os dispositivos

localizados no campo e a lógica de controle de um

controlador programável.

Pode ser encontrada uma variedade muito grande de tipos

de cartões, para atender as mais diversas aplicações nos

ambientes industriais e prediais. Mas apesar desta grande

variedade, os elementos que informam a condição de

grandeza aos cartões, são do tipo:

a) Elemento Discreto: Trabalha com dois níveis definidos;

b) Elemento Analógico: Trabalha dentro de uma faixa de

valores.

3.1.2.5 Módulos de Saída

Os módulos de saída são elementos que fazem a interface

entre o processador e os dispositivos atuadores.

Estes módulos são constituídos de cartões eletrônicos,

com capacidade de enviar sinal para os atuadores,

resultante do processamento da lógica de controle.

Os cartões de saída são disponibilizados em dois

diferentes tipos:

a) Saída Digital: Pode assumir dois estados definidos.

b) Saída Analógica: Trabalha dentro de uma faixa de

valores.
13
3.2 Protocolos de Comunicação

Para possibilitar o funcionamento de um sistema de automação predial,

há a necessidade de troca de informações entre os diversos dispositivos

instalados, e o processamento destas informações por sua vez é gerado

em diversos níveis. A existência de um padrão de comunicação que seja

partilhado por todos os dispositivos é fundamental para a troca de

informações, este conjunto é chamado de regras de Protocolo.

Os Protocolos de Comunicação são regras físicas e lógicas de troca de

informações entre equipamentos baseados em computadores. Existem

desde os padrões adotados pelo mercado internacional, denominados

"Protocolos Abertos", até os padrões desenvolvidos por empresas sendo

dedicados exclusivamente a sua gama de produtos, os chamados

"Protocolos Proprietários".

Com a crescente expansão do uso de computadores de diferentes tipos,

a ISO (Internacional Standard Organization) definiu padrões para

produtos usados na conexão de computadores heterogêneos, dando

origem ao modelo OSI (Open System Interconnection) em 1978.

Este modelo baseia-se em camadas, com a camada mais elementar

sendo constituída pela ligação física entre equipamentos da rede. A partir

desta camada, as camadas sucessivas usam o serviço oferecido pela

camada imediatamente inferior, acrescentando novas funções que são

oferecidas à camada imediatamente superior, na forma de um serviço

mais sofisticado e assim sucessivamente.

A arquitetura OSI baseia-se em 7 camadas, as quais são:


14
a) Camada Física: A camada física é responsável pela regulação da

transmissão de bits através de um canal físico de comunicação,

envolvendo a definição de voltagens, tempo de duração de bits, e tipo e

transmissão.

b) Camada Enlace: A camada enlace utiliza-se dos recursos fornecidos

pela camada física, a fim de torná-la uma linha de transmissão sem erros.

Para isso, divide os bits transmitidos em quadros com bits de controle de

erros, para que possam ser confirmados pelo receptor.

c) Camada Rede: Esta camada realiza o controle da operação interna da

rede, regulando a comunicação entre os computadores, definindo como

os pacotes são encaminhados, controlando o trafego, entre outros.

d) Camada Transporte: Esta camada é responsável pela transferência de

dados entre computadores, otimizando os recursos da rede, para assim,

possibilitar a comunicação de processos em maquinas distintas.

e) Camada Sessão: A camada Sessão fornece ao usuário acesso à rede,

permitindo que seja feita a conexão (enlace). O estabelecimento de uma

sessão envolve a troca de parâmetros, tais como a autenticação do

usuário, o modo de transmissão, as opções de confiabilidade, etc.

f) Camada Apresentação: É responsável pela conversão de códigos de

representação de dados transmitidos em uma sessão, tais como

compressão de texto, codificação (criptografia/cifragem), conversão de

formato de arquivo, etc.

g) Camada Aplicação: É a camada responsável pela interação com o

usuário no processo final, ou seja, em programas de aplicação tais como

banco de dados distribuídos.


15
As 7 camadas da arquitetura OSI podem ser vista na figura 4.

Figura 4: Arquitetura OSI.


Fonte: NOGUTI, MAURÍCIO; BETTONI, ROBERTO LUIGI; MACHADO,
GILBERTO CARLOS E KIMI, LUCIANA. 02/2006.

3.2.1 Protocolos de Comunicação na Automação Predial

O protocolo de comunicação é um elemento essencial na

configuração dos Sistemas de Supervisão e Controle Predial

(SSCP), pois dele dependem todas as informações que circulam

pelo sistema, seja entre controladores distintos que possuem

variáveis de processos compartilhadas, ou a visualização de status

e controle de elementos de campo a partir do computador central

do sistema.

Cada nível de controle estabelece a comunicação tanto entre

dispositivos do mesmo nível, quanto entre os imediatamente

inferiores, através de protocolos específicos de cada fornecedor,

não havendo padrão de compatibilidade entre os fornecedores.

Com o aumento da aplicação de SSCP's de diferentes fabricantes,

começaram a surgir idéias para se criar um protocolo comum a fim

de padronizar a comunicação entre dispositivos e SSCP's de


16
diferentes fornecedores. Apesar desta padronização universal

estar longe de ser atingida, hoje está mais fácil realizar a interação

de Sistemas de diferentes fornecedores graças a interfaces de

comunicação.

Atualmente, os protocolos de comunicação mais usados no

mercado de Sistemas de Supervisão e Controle Predial são:

a) BACnet: Building Automation and Control Network.

É um padrão ANSI desenvolvido pela American Society of Heating,

Refrigeration and Air Conditioning Engineers (ASHRAE).

b) EIB: European Instalation Bus.

É um padrão industrial originalmente desenvolvido pela Siemens e

que atualmente é suportado por 85 companhias, conhecidas como

EIB Association.

c) CEBus: Consumer Eletronics Bus.

Foi desenvolvido sob a égide da EIA (Electronic Industries Alliance)

por representantes de redes de Automação residencial.

d) LonTalk:

É um protocolo desenvolvido pela Echelon Corporation para redes

interoperaveis de controle usando tecnologia LonWorks.

e) N2:

O protocolo N2 foi desenvolvido pela empresa Johnson Controls, e

atualmente está sendo utilizado também por fabricantes de outros

equipamentos, tais como Chillers e Variadores de Freqüência.

Aumentando assim a interação entre o Sistema de Automação e os

equipamentos de campo.
17
3.2.2 Protocolos de Comunicação Proprietários

Protocolo proprietário pode ser definido como um padrão de

comunicação em uma rede de automação, cujas características

internas de funcionamento são de conhecimento e uso específico

do fabricante e "proprietário" do mesmo. Geralmente, o fabricante

de uma determinada marca de dispositivos de automação detém

todos os direitos de uso de seu protocolo, dificultando a inclusão

de dispositivos de outros fabricantes em seu sistema já instalado.

Se o uso de sistemas de automação cujo protocolo é proprietário

faz com que o cliente final seja sempre dependente de uma

mesma marca, por outro lado, traz uma maior segurança e um bom

nível de integridade dos dados transmitidos e recebidos.

Em geral, as empresas que trabalham com este tipo de protocolo

oferecem o aparato necessário para a automação, desde o

controle até a supervisão, e investem constantemente em novas

tecnologias, buscando suprir as necessidades dos usuários e do

mercado. Desta forma, o usuário tem acesso às mais diversas

tecnologias desenvolvidas pelas empresas, tanto em termos de

controle quanto de supervisão.

Os softwares supervisórios e CLP's com protocolos fechados estão

em constante atualização pelas empresas desenvolvedoras.

Porém se caso houver a necessidade por parte do usuário, de

implantar um outro sistema, algumas empresas também

disponibilizam interfaces de comunicação, permitindo ao

programador estabelecer a comunicação entre os dois sistemas,

sem no entanto conhecer profundamente o protocolo proprietário.


18
Segundo Flavio Perguer à revista Climatização e Refrigeração de

n°66, "na utilização de softwares supervisórios e controladores com

protocolos fechados, o usuário não precisa investir no

desenvolvimento de seu próprio software, ele pode contar com o

sistema desenvolvido e atualizado pela própria empresa. Essas

atualizações constantes também garantem que o software estará

sempre funcionando, inclusive quando novos instrumentos são

lançados no mercado, os parâmetros já estarão contemplados em

suas novas versões. Além disso, também existe a garantia de total

comunicabilidade entre os instrumentos e o software supervisório,

bem como de ativação de todas as funções dos controladores, que

estarão disponíveis para uso".

3.2.3 Protocolos de Comunicação Abertos

São denominados abertos todos os protocolos cujo conjunto de

regras que estabelecem a comunicação de dados estão

disponíveis para quem quiser usá-los, podendo haver a integração

de sistemas de automação de fabricantes diferentes. Para isso,

deve-se realizar estudo dos dois protocolos em questão, a fim de

se criar uma interface de comunicação entre os dois sistemas

distintos.

Porém essa integração é normalmente demorada e muitas vezes

cara, pois deverá existir uma equipe técnica para desenvolver a

interface de comunicação entre os sistemas.

Uma alternativa a isso seria a utilização de protocolos abertos

padronizados, estes protocolos foram desenvolvidos por

associações que tem por objetivo disponibilizá-los a todos os

fabricantes de equipamentos, de forma a comunicar-se entre si


19
mantendo cada empresa com sua tecnologia protegida e o usuário

com chances de optar por diferentes fabricantes na hora de

expandir ou trocar componentes de seus sistemas.

Esta flexibilidade acaba por sua vez, tornando o sistema de

supervisão adaptável conforme as mudanças que possam ocorrer

tanto por parte da infra-estrutura do edifício, quanto no surgimento

de novos equipamentos para satisfazer eventuais condições que

venham a surgir, independente se este equipamento seja do

mesmo fabricante do sistema instalado, basta apenas que ele se

comunique com o protocolo aberto definido por padrões

internacionais.

3.2.3.1 Protocolo BACnet

Desde o inicio da década de 80 diversos fabricantes em

todo o mundo desenvolveram seus produtos para a

automação e controle predial, com estruturas e protocolos

proprietários, sem nenhum tipo de padronização entre as

diferentes marcas, dificultando assim a interoperabilidade

entre os sistemas prediais.

Esta dificuldade levou a ASHRAE (American Society of

Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers) a

criar um comitê multidisciplinar a fim desenvolver um

protocolo de comunicação que garantisse a integração de

diferentes produtos e sistemas prediais.

A partir dos trabalhos e estudos realizados por este

comitê, foi que em 1995 a norma ASHRAE 135-1995 foi

aprovada, sendo criada a padronização do protocolo de


20
comunicação BACnet (Building Automation and Control

Networks).

Este protocolo está estruturado em quatro das sete

camadas do modelo OSI, sendo as camadas 1, 2, 3 e 7,

conforme ilustrado na figura 5.

Camadas BACnet Camadas OSI


7° Aplicação BACnet APLICAÇÃO

3° Camada de Rede REDE

2° MSTP - PTP ENLACE

1° EIA485 – EIA232 FÍSICA


Figura 5: Camadas Protocolo BACnet.
Fonte: NOGUTI, MAURÍCIO; BETTONI, ROBERTO LUIGI;
MACHADO, GILBERTO CARLOS E KIMI, LUCIANA.
02/2006.

O protocolo aberto no padrão BACnet possibilita a criação

de uma plataforma universal e garante a interoperabilidade

entre os sistemas de automação predial.

O BACnet possibilita de forma padronizada o transporte de

dados para variáveis de hardware e software presentes

em controladores DDC e seus aplicativos, incluindo

valores para entradas e saídas analógicas e digitais,

valores binários e analógicos do software de controle,

também são geridas as informações e rotinas de controle,

informação de alarmes e eventos e gráficos.

Para compreender a camada de aplicação BACnet deve-

se imaginá-la como sendo duas partes distintas. A primeira

parte define o padrão das informações contidas em um

dispositivo do sistema de automação, e a segunda parte


21
define o padrão para funções ou serviços utilizados para

trocar estas informações. O projeto e a configuração

interna destes dispositivos são diferentes e definidas por

cada fabricante, para superar este obstáculo o BACnet

utiliza uma coleção de estrutura de dados chamada de

"objetos", padronizando as propriedades que representam

o hardware, software e operação do dispositivo.

O conjunto de objetos contidos no dispositivo BACnet

fornece uma representação visível destes dados na rede

de controle. São definidos no padrão BACnet o total de

dezoito objetos, os quais são representadas na tabela 1:

Entrada Analógica Entrada binária Dispositivo


Saída Analógica Saída Binária Registro do Evento
Valor Analógico Valor Binário Arquivo
Loop Entrada Multi-State Saída Multi-State
Programação Classe da
Programa
Horária Notificação
Calendário Comando Grupo
Tabela 1: Objetos BACnet.
Fonte: REVISTA CLIMATIZAÇÃO E REFRIGERAÇÃO.
02/2006.

Qualquer dispositivo BACnet pode ter nenhum, um ou

muitos objetos de cada tipo, com exceção do objeto

"dispositivo”, (Object_Device) que o identifica na rede. O

objeto identificador (Object_Identifier) que identifica cada

objeto pode ser entendido como o nome do objeto dentro

de um dispositivo, portanto a combinação dos

"object_identifier" e "object_device" localiza qualquer

variável residente em um dispositivo.


22
3.2.3.2 Protocolo Aberto Lonworks

Outro protocolo aberto muito difundido no mercado é o

Protocolo Lonworks, a tecnologia Lonworks foi

desenvolvida pela Echelon Corporation e hoje esta

disponível a qualquer fabricante de equipamento fazendo

da mesma uma tecnologia totalmente aberta. Existem no

mercado nomes distintos que são usados para designar o

protocolo, porém Lonworks é o nome da tecnologia,

Lontalk é o nome do protocolo em si, e Lonmark é o nome

de uma associação de fabricantes de equipamentos e

profissionais que utilizam o protocolo e desenvolveram

perfis funcionais para determinados serviços.

A Echelon não somente desenvolveu o protocolo de

comunicação, mas também criou placas de comunicação,

roteadores, e muitos outros tipos de equipamentos que

permitem a total operação do protocolo Lontalk.

A Echelon fornece aos fabricantes de dispositivos de

automação, chips de nome Neuron Chip, responsáveis

pelo processamento de dados e comunicação do

dispositivo que poderá assim, ser interligado a rede de

comunicação com protocolo Lontalk e se comunicar

normalmente com os demais dispositivos.

O ponto alto da tecnologia Lonworks é o fato de o

fabricante do equipamento de automação manter em

segredo seu aplicativo e as rotinas do seu controlador,

disponibilizando apenas os pontos e as informações que

desejar. É nesse ponto que a associação Lonmark


23
desempenha um papel importantíssimo no

desenvolvimento dos perfis funcionais que garantem ao

usuário flexibilidade para escolher, na hora da compra, o

fabricante que ele quiser.

O tipo de meio mais utilizado para comunicação entre

controladores é o par trançado. Com a sua utilização, o

sistema pode ter uma configuração de topologia livre que

significa que os controladores não têm polaridade, o que

elimina uma série de problemas na hora da instalação, e

também permite a ligação dos controladores nas diversas

maneiras existentes.

3.2.3.3 Protocolo Aberto MODBUS RTU

A rede MODBUS RTU foi criada em 1978 pela empresa

Modcon, fabricante de controladores programáveis. Este

protocolo foi, desde seu inicio, aberto ao mercado e

empresas fabricantes de equipamentos de automação.

Como é de uso simples e de fácil implantação, alcançou

popularidade entre fabricantes de diversos tipos de

dispositivos para automação, tais como Industrial

Automation Systems (IAS) ou Buiding Management

Systems (BMS).

O protocolo Modbus é flexível, podendo ser usado tanto

em rede de CLP's, quanto em sensores inteligentes que

podem enviar seus dados para o sistema servidor.

Existe outra versão da rede de MODBUS, denominada

MODBUS ASCII, que, no entanto, não possui tanta


24
aceitação pois necessita de mais "Bytes" para transmitir a

mesma informação que o MODBUS RTU.

Atualmente já existe versão do protocolo MODBUS RTU

que funciona em rede Ethernet.

O MODBUS RTU é baseado na arquitetura Mestre /

Escravo ou Cliente / Servidor. Suas mensagens, embora

simples, contém 16 Bytes CRC (Cycle Reduntant

Checksum) para assegurar sua confiabilidade.

Conforme Luciana Kimi à Revista Climatização e

Refrigeração n°66, a disciplina Mestre / Escravo consiste

em que todas as comunicações são iniciadas pelo Mestre,

que transmite um mensagem denominada "requisição".

Nesta requisição, o mestre solicita um serviço para um dos

escravos. Para indicar qual é o escravo que deve executar

este serviço, a mensagem de requisição embute o

endereço do escravo. Todos os escravos recebem a

mensagem de requisição, mas somente aquele cujo

endereço coincide com aquele embutido na requisição

deve executar o serviço (Lê ou Escreve operandos). Em

seguida, o escravo envia uma mensagem para o mestre,

denominada "resposta". A resposta confirma a execução

do serviço, e eventualmente contem dados solicitados pelo

mestre.

3.3 Softwares de Supervisão e Controle Predial

Sistemas de supervisão e controle predial são ferramentas que permitem

o monitoramento e controle de informações e equipamentos instalados

em um determinado processo. Tais informações são coletadas através de


25
equipamentos de aquisição de dados, sendo em seguida, manipuladas,

analisadas, armazenadas e se necessário apresentadas ao usuário

através de um simples texto ou até de animações gráficas, visando uma

melhor interação entre os sistemas prediais e nós seres humanos.

Antigamente, esta interação se dava em painéis sinóticos, que

geralmente eram constituídos de um painel com o desenho do edifício,

cujas variáveis ou estados de monitoramento desejados eram colocados

de acordo com sua disposição física, e através de lâmpadas ou

indicadores analógicos, informavam ao operador o estado de algum

processo existente.

Devido aos avanços computacionais, esta cada vez mais real a

visualização e controle de variáveis pelo homem, possibilitando uma

maior interação com o processo controlado sem sequer sair da frente do

computador de monitoramento, conforme mostra a figura 6.

Figura 6: Tela Gráfica Sendo Confeccionada Ilustrando Uma Central de


Água Gelada.
Fonte: ALERTON. www.alerton.com. 11/08/06.
26
Esta centralização de dados fez com que os softwares de supervisão se

aprimorassem de tal maneira, que hoje se torna difícil a idéia de

gerenciamento eficiente de edifícios sem um bom sistema de supervisão

e controle predial. A figura 7 ilustra um sistema de controle de energia,

que através de seus softwares, trazem consigo, desde simples valores de

variáveis de processos como a temperatura de uma sala, até

planejamento de manutenções preventivas com base no histórico de

funcionamento de equipamentos monitorados pelo sistema.

Figura 7: Sistema de Controle de Energia.


Fonte: SCADA. Software de Demonstração da Elipse. Versão 2.28. 2006.

Para permitir este controle, os sistemas de supervisão identificam os tags,

que são todas as variáveis numéricas ou alfanuméricas envolvidas na

aplicação, podendo executar funções computacionais (operações

matemáticas, lógicas, com vetores ou strings, etc.) ou representar pontos

de entrada e saída de dados do processo que está sendo controlado.


27
Neste caso, correspondem às variáveis do processo real (ex:

temperatura, nível, vazão etc.), se comportando como a ligação entre o

controlador e o sistema. É com base nos valores dos tags que os dados

coletados são apresentados ao usuário, conforme ilustração da figura 8.

Figura 8: Exemplo de Utilização de Tags.


Fonte: SCADA. Software de Demonstração da Elipse. Versão 2.28. 2006.

Os sistemas de supervisão podem também verificar condições de

alarmes, identificadas quando o valor do tag ultrapassa uma faixa ou

condição pré-estabelecida, sendo possível programar a gravação de

registros em Bancos de Dados, ativação de som, mensagem, mudança

de cores, envio de mensagens por pager, e-mail, celular, etc.

Os componentes físicos de um sistema de supervisão podem ser

resumidos, de forma simplificada em: sensores e atuadores, rede de

comunicação, estações remotas (aquisição e controle) e de monitoração

central (Software Supervisório).

Os sensores são dispositivos conectados aos equipamentos controlados

e monitorados pelos sistemas de supervisão e controle, que convertem


28
parâmetros físicos tais como velocidade, nível de água e temperatura,

para sinais analógicos e digitais legíveis pela estação remota. Os

atuadores são utilizados para atuar sobre o sistema, ligando e desligando

determinados equipamentos.

O processo de controle e aquisição de dados se inicia nos CLP's. Os

CLP's são unidades computacionais específicas, utilizadas no controle

tanto de processos prediais quanto industriais.

A rede de comunicação é a plataforma por onde transitam as informações

entre os CLP's e demais dispositivos de campo e o sistema de

supervisão, levando em consideração os requisitos do sistema e a

distância a cobrir, pode ser implementada através de cabos Ethernet,

fibras ópticas, linhas dial-up, linhas dedicadas, rádio modems, etc.

A figura 9 ilustra a arquitetura de rede de um sistema de supervisão e

controle predial.

Estações de
Monitoramento

Gerenciadores
de Redes

Controladores
Lógicos
Programáveis

Sensores de
Campo
Figura 9: Arquitetura de Rede de SSCP.
Fonte: ALERTON. www.alerton.com. 11/08/06.
29
Internamente, os sistemas de supervisão e controle predial geralmente

dividem suas principais tarefas em blocos ou módulos, que vão permitir

maior ou menor flexibilidade e robustez, de acordo com a solução

desejada.

Em linhas gerais, podem-se dividir essas tarefas em:

a) Núcleo de processamento;

b) Comunicação com CLP's e demais equipamentos de campo;

c) Gerenciamento de Alarmes;

d) Históricos e Banco de Dados;

e) Lógicas de programação interna e controle;

f) Interface gráfica;

g) Relatórios;

h) Gráficos de Tendências;

i) Comunicação com outras estações de monitoramento e controle;

j) Comunicação com Sistemas Externos e/ou Corporativos;

k) Outros.

As tecnologias computacionais utilizadas para o desenvolvimento dos

sistemas de supervisão e controle predial têm evoluído bastante nos

últimos anos, de forma a permitir que, cada vez mais, aumente sua

confiabilidade, flexibilidade e conectividade, além de incluir novas

ferramentas que permitem diminuir cada vez mais o tempo gasto na

configuração e adaptação do sistema às necessidades de cada

instalação.
30
4 Lógica de Controle de Processos

O controle de processos abrange a análise e do projeto da instalação como um

todo e de sistemas de controle contínuos no tempo, aplicando-se conceitos de

equações diferenciais ordinárias, análise vetorial e de matrizes, análise de

circuitos elétricos e noções básicas de mecânica.

4.1 Introdução à Lógica de Controle

O Controle Automático tem desempenhado um papel vital no avanço da

engenharia e da ciência. Além de sua extrema importância para os

veículos espaciais, para os sistemas de guiamento de mísseis, sistema

robóticos e similares, o controle automático tornou-se uma parte

importante e integrante dos processos industriais e prediais modernos,

tais como: controle de pressão, temperatura, umidade, viscosidade e

vazão nas indústrias de processos.

Os avanços na teoria e na prática do controle automático propiciam meios

para atingir um desempenho eficiente de sistemas dinâmicos, melhoria da

produtividade, alívio no trabalho enfadonho de muitas operações manuais

repetitivas de rotina e muito mais.

O primeiro trabalho significativo em controle automático foi de James

Watt, que construiu, no Século XVIII, um controlador centrífugo para

controle de velocidade de uma máquina a vapor.

Outros trabalhos importantes nos primeiros estágios de desenvolvimento

da teoria do controle se devem a Minorsky, Hazen e Nyquist, dentre

outros. Em 1922, Minorsky trabalhou em controladores automáticos para

pilotar navios e mostrou como poderia determinar sua estabilidade a partir

da representação do sistema através de equações diferenciais. Em 1932,

Nyquist desenvolveu um procedimento relativamente simples para

determinar a estabilidade de sistemas a malha fechada com base na


31
resposta estacionária de sistemas a malha aberta a excitações senoidais.

Em 1934, Hazen, que introduziu o termo “servomecanismo” para designar

sistemas de controle de posição, discutiu o projeto de servomecanismo a

relé capazes de seguir, de muito perto, uma excitação variável no tempo.

Durante a década de 1940, os métodos de respostas de freqüência

tornaram possível aos engenheiros projetar sistemas de controle a malha

fechada satisfazendo requisitos de desempenho. Do final da década de

1940 até o início dos anos 50, desenvolveu-se completamente o método

do lugar das raízes graças a Evans.

Os métodos de respostas de freqüência e do lugar das raízes, que

constituem o núcleo da teoria de controle clássica, conduziram à

realização de sistemas estáveis e que satisfazem um conjunto de

requisitos de desempenho mais ou menos arbitrários. Tais sistemas são,

em geral, aceitáveis, mas não correspondem a realizações projetadas

intencionalmente segundo critério de otimalidade.

Tendo em vista que os sistemas modernos, dotados de muitas entradas e

muitas saídas, se tornam mais e mais complexos, a descrição de um tal

sistema de controle envolve um grande número de equações. A teoria de

controle clássica, que trata somente de sistemas com uma única saída,

tornou-se insuficiente para lidar com sistemas de entradas e saídas

múltiplas.

A partir de 1960, aproximadamente, a disponibilidade dos computadores

digitais tornou-se possível a análise, no domínio do tempo, de sistemas

complexos, ensejando o desenvolvimento da moderna teoria de controle

baseada nas técnicas de análise e síntese através de variáveis de estado.


32
Durante o período de 1960 a 1980, foram investigados o controle ótimo

de sistemas determinísticos e estocásticos bem como o controle

adaptativo e o controle com aprendizado.

De 1980 aos dias de hoje, os desenvolvimentos na moderna teoria de

controle têm se concentrado no controle robusto, no controle de H(infinito)

e tópicos associados.

4.1.1 Análise s de Controle em Malha Fechada

Os sistemas de controle com retroação são freqüentemente

referidos como sistemas de controle a malha fechada. Na prática,

os termos controle com retroação e controle de malha fechada são

usadas indistintamente. Num sistema de controle a malha fechada,

o sinal atuante de erro, que é a diferença entre o sinal de entrada e

o sinal de retroação (que pode ser o próprio sinal de saída ou uma

função do sinal de saída e de suas derivadas e/ou integrais), excita

o controlador de modo a reduzir o erro e trazer o valor do sinal de

saída para o valor desejado. A expressão controle a malha fechada

acarreta sempre o uso da retroação a fim de reduzir o erro do

sistema.

4.1.2 Análise s de Controle em Malha Aberta

Os sistemas nos quais o sinal de saída não afeta a ação de

controle são chamados sistemas de controle a malha aberta. Em

outras palavras, num sistema de controle a malha aberta, não se

mede o sinal de saída nem tampouco este sinal é enviado de volta

para a comparação com o sinal de entrada. Um exemplo prático

disto é o da máquina de lavar roupa. As operações de colocar de

molho, lavar e enxaguar numa lavadora são executadas numa


33
seqüência programada em função do tempo. A máquina não mede

o sinal de saída, isto é, a limpeza das roupas.

Nos sistemas de controle a malha aberta o sinal de saída não é

comparado com o sinal de referência na entrada. Assim, a cada

sinal de referência na entrada corresponde uma condição de

operação fixa; como resultado, a exatidão do sistema depende de

uma calibração. Na presença de distúrbio, os sistemas de controle

a malha aberta não desempenham a tarefa desejada. Na prática,

os sistemas de controle a malha aberta são usados somente

quando as relações entre entrada e saída do processo a controlar

forem conhecidas e quando não existirem distúrbios internos e

externos. Tais sistemas não são, obviamente, sistemas de controle

com retroação. Note-se que todos os sistemas em que as ações de

controle são de controle são diretamente uma função do tempo

constituem um sistema de malha aberta. O controle de tráfego por

meio de sinais operados com base no tempo é outro exemplo de

controle a malha aberta.

4.1.3 Análises de Controle em Malha Fechada Versus Aberta

A vantagem dos sistemas de controle à malha fechada é o fato de

que o uso da retroação torna a resposta do sistema relativamente

insensível a perturbações externas e a variações internas de

parâmetros do sistema. E, portanto, possível a utilização de

componentes baratos e sem muita exatidão para obter o controle

preciso de um determinado processo, o que é impossível com o

controle de malha aberta. Do ponto de vista da estabilidade, é mais

fácil construir sistemas a malha aberta porque a estabilidade

destes sistemas é menos problemáticas. Por outro lado, a


34
estabilidade em sistemas de controle a malha fechada é sempre

um grande problema pela tendência em corrigir erros além do

necessário, o que pode ocasionar oscilações de amplitude

constante ou crescente com o tempo.

Deve-se enfatizar que, para sistemas onde as entradas são

conhecidas antecipadamente no tempo e não há distúrbios é

aconselhável o uso de controle a malha aberta. Ao sistema de

controle à malha fechada se mostram vantajosos apenas quando

estão presentes perturbações ou alterações imprevisíveis nos

parâmetros de componentes do sistema. Convém notar que a

potência de saída determina parcialmente o custo, peso e as

dimensões do sistema de controle. O número de componentes

utilizados num sistema de controle a malha fechada é maior que o

de um sistema similar com o controle à malha aberta. Assim, um

sistema de controle a malha fechada é maior em custo e em

potência. No sentido de reduzir a potência necessária à operação

do sistema, o controle a malha aberta deve ser escolhido sempre

que possível. Uma combinação apropriada de controle a malha

aberta e controle a malha fechada é, normalmente, menos

dispendiosa e fornece um desempenho global do sistema bastante

satisfatório.

4.1.3.1 Sistemas de Controle com Retroação

Um sistema que mantém uma relação preestabelecida

entre grandeza de saída e a grandeza de referência,

comparando-as e utilizando a diferença como meio de

controle, é dito um sistema de controle com retroação. Um

exemplo disso seria o sistema de controle de temperatura


35
de um ambiente. Medindo-se temperatura e comparando-a

com a temperatura de referência (temperatura desejada),

o termostato aciona o equipamento de calefação ou de

refrigeração, ligando ou desligando cada um deles, de tal

sorte que a temperatura do ambiente permaneça na faixa

de conforto estabelecida, a despeito das condições

externas.

4.1.4 Controle Básico e Controlador Automático Industrial

Um controlador automático compara o valor real da grandeza de

saída do processo com a grandeza de referência (valor desejado),

determina o desvio e produz um sinal de controle que reduzirá o

desvio a zero ou a um valor pequeno. A maneira pela qual o

controlador automático produz o sinal de controle é chamada ação

de controle.

4.1.5 Controle Proporcional

Ação de controle proporcional para um controlador com ação de

controle proporcional, a relação entre o sinal de saída do

controlador u(t) e o sinal de erro atuante e(t) é:

u(t)= kpe(t)

ou no domínio de Laplace:

U(s)/E(s)

onde kp é denominado ganho proporcional.

Qualquer que seja o mecanismo real ou a forma da energia usada

na operação, o controlador proporcional é essencialmente um

amplificador com ganho ajustável.


36
4.1.6 Ação de Controle Integral

Em um controlador com ação de controle integral, o valor da saída

do controlador u(t) é variado segundo uma taxa proporcional ao

sinal de erro atuante e(t).

du(t)/dt= kie(t)

u(t)= ki∫e(t)dt

onde ki é uma constante ajustável.

A função de transferência do controlador integral é:

U(s)/E(s)= ki/s

Se o valor de e(t) for dobrado, então o valor de u(t) varia duas

vezes mais rápido. Para erro atuante nulo, o valor de u(t)

permanece estacionário.

A ação de controle integral é muitas vezes denominada controle

restabelecido (reset).

4.1.7 Ação de Controle Proporcional e Integral

A ação de controle de um controlador proporcional e integral é

definida por:

U(t)= Kpe(t)+Kp/Ti∫e(t)dt

ou a função de transferência do controlador é:

U(s)/E(s)= Kp(1+1/Tis)

A ação de controle de um controlador proporcional e integral é

definida por:

U(t)= kpe(t)+kp/ti∫e(t)dt

E a função de transferência do controlador é:

U(s)/E(s)= kp(1+1/tis)

Onde kp representa o ganho proporcional e ti é chamado tempo

integral.
37
Tanto kp como ti são ajustáveis. O tempo integral ajusta a ação de

controle integral, enquanto uma mudança no valor de kp afeta

tanto a parte proporcional como a parte integral da ação de

controle. O inverso do tempo Ti é denominada taxa de

restabelecimento. A taxa de restabelecimento é o número de vezes

por minuto que a parte proporcional da ação de controle é

duplicada. A taxa de restabelecimento é medida em termos de

repetições por minuto.

4.1.8 Ação de Controle Proporcional e Derivativa

A ação de controle de um controlador proporcional-e-derivativo é

definida pela equação:

U(t)= Kpe(t)+KpTd*de(t)/dt

e a função de transferência é:

U(s)/E(s)= kp(1+Td(s)

Onde Kp representa ganho proporcional e Td é uma constante

chamada tempo derivativo.

Tanto Kp como Td são ajustáveis. A ação de controle derivativa,

algumas vezes denominada controle de taxa, é onde a magnitude

da saída do controlador é proporcional à taxa de derivação do sinal

de erro atuante. O tempo derivativo Td é o intervalo de tempo pelo

qual a ação derivada avança o efeito da ação de controle

proporcional.

Enquanto a ação de controle derivativa possui a vantagem de ser

antecipatória, apresenta as desvantagens de amplificar os sinais

de ruído e causar um efeito de saturação no atuador.


38
A ação de controle derivativa nunca pode ser usada sozinha

porque esta ação de controle somente é efetiva durante os

períodos transitórios.

4.1.9 Controle PID

A maioria dos controladores industriais em uso nos dias atuais

utiliza estratégias de controle PID ou PID modificadas. A maioria

dos controladores analógicos é hidráulica, pneumática, elétrica e

eletrônica, ou resulta de uma combinação destes tipos. Muitos

deles são transformados em digitais por intermédio de

microprocessadores.

A maioria dos controladores é ajustada no local de uso propiciando

uma sintonia automática entre os PID ou I-PD nas passagens de

operações manuais para automáticas.

A utilidade dos controles PID reside na sua aplicabilidade geral à

maioria dos sistemas de controle. No campo dos sistemas de

controles de processos contínuos.

4.1.10 Controle PID e Processos a Controlar

Quando se tem um modelo matemático do processo, é possível

aplicar várias técnicas visando à determinação dos parâmetros do

controlador que atendam às especificações de regimes transitórios

e estacionários do sistema a malha fechada. Quando o processo

for muito complicado que seu modelo matemático não possa ser

obtido com facilidade, então a abordagem analítica para se projetar

um controlador PID deixa de ser viável.

O procedimento de seleção dos parâmetros do controlador, de

modo a serem atendidas as especificações de desenho, é

conhecida como sintonia do controlador.


39
5 Gerenciamento e Controle Energético

Diminuir o desperdício de energia elétrica e buscar a eficiência energética gera

o desenvolvimento tecnológico, segurança energética, eficiência econômica e

a proteção ambiental. Para isso é necessário gerenciar e controlar a energia

elétrica, que impulsiona alguns benefícios:

a) Redução da conta de energia: Existe uma legislação de âmbito nacional

que regula a cobrança de energia por todas as concessionárias, e ela tem

peculiaridades importantes:

Nas tarifas horo-sazonais o consumidor contrata demanda(s) máxima(s) que

não deverão ser ultrapassadas nos quase 3000 intervalos de 15 minutos

compreendidos em um mês. As demandas contratadas não podem ser altas,

pois elas são pagas mesmo se não atingidas, e não podem ser baixas, pois as

tarifas em caso de ultrapassagens são muito mais caras. O fator de potência

também não deve ser inferior a 0,92 em cada uma das cerca de 730 horas do

mês.

b) Aumento da eficiência: A importância do gerenciamento vem crescendo

também dada a sua potencialidade de aumentar a eficiência dos equipamentos

e facilitar a manutenção e a operação dos sistemas. Em termos de

manutenção e vida útil de equipamentos e sistemas, é sabido que:

Motores elétricos têm máxima vida útil quando o fator de potência fica entre

0,95 e 1.

Transformadores têm máximo rendimento quanto maior for o fator de potência,

Proteções como fusíveis e disjuntores podem atuar desnecessariamente se a

qualidade da energia utilizada cair abaixo de certos limites, decorridos de uma

combinação de fator de potência, distorções harmônicas e número de

interrupções e transientes.
40
O efeito "joule" causa aquecimento em equipamentos elétricos, incluindo fios e

cabos, à medida que cai o fator de potência, comprometendo a vida útil de

inúmeros componentes.

c) Nível ambiental: Quanto maior o desperdício de energia, maior é o preço

que a população e o meio ambiente pagam por ela. O uso da energia elétrica

de maneira correta proporciona uma economia na conta de luz e ainda ajuda a

preservar as reservas ecológicas e, conseqüentemente, a vida do planeta.

Para fazer uso eficiente de energia é necessário um monitoramento constante

de seu uso, reduzindo definitivamente os custos com energia e minimizando o

consumo sem impactos no desempenho do negócio, criando planos de

manutenção, preservação e comprometimento dos usuários.

O gerenciamento e controle de energia elétrica e utilidades permite o total

controle da energia elétrica utilizada em uma instalação, pois todas as

informações podem ser visualizadas e controladas em qualquer

microcomputador de uma rede corporativa. Possibilitando ver, em tempo real e

de forma gráfica, várias informações sobre o comportamento das grandezas

elétricas monitoradas.

Com esse controle automático é possível a otimização das demandas

contratadas, evitando o pagamento de multas de ultrapassagem e gerando a

possibilidade de um reenquadramento tarifário. Permite conferência da fatura

de energia com extrema rapidez e confiabilidade e uma obtenção de

significativas economias na conta mensal de energia elétrica. Disponibiliza o

controle automático do fator de potência, controlando a necessidade da

utilização de bancos de capacitores, evitando encargos sobre energia reativa

excedente. Controle automático de consumo com o ligamento e desligamento

de cargas em horários pré-definidos, evitando o desperdício e permitindo o

acompanhamento de metas de consumo de energia continuamente.


41
Gerenciamento de alarmes via internet, permitindo a supervisão de

subestações e equipamentos, com envio de alarmes por e-mail a usuários

previamente cadastrados, entre outros benefícios.

5.1 A Energia Elétrica e Suas Características

5.1.1 Fator de Potência

O fator de potência (FP) de um sistema elétrico qualquer, que está

operando em corrente alternada (CA), é definido pela razão da

potência real ou potência ativa pela potência total ou potência

aparente.

O fluxo de potência em circuitos de corrente alternada tem três

componentes:

a) Potência Ativa: é a capacidade do circuito em produzir trabalho

em um determinado período de tempo. Devido aos elementos

reativos da carga.

Representado pela Letra (P);

Medida em watts (W).

b) Potência Aparente: é o produto da tensão pela corrente do

circuito, será igual ou maior do que a potência ativa.

Representado pela Letra (S);

Medida em volt-amperes (VA).

c) Potência Reativa: é a medida da energia armazenada que é

devolvida para a fonte durante cada ciclo de corrente alternada.

Representado pela Letra (Q);

Medida em volt-amperes reativos (VAr).

Assim, o fator de potência pode ser expresso como:

FP= P
S
42
No caso de formas de onda perfeitamente senoidais, P, Q e S

podem ser representados por vetores que formam um triângulo

retângulo, como visto na figura 10.

Figura 10: Triângulo de Potências.


Fonte: WIKIPÉDIA ENCICLOPÉDIA GERAL. www.wikipedia.org.
23/07/06.

Triângulo retângulo que representa a relação entre as potências

aparente (S), ativa (P) e reativa (Q).

Logo:

S2= P2 + Q2

Se φ é o ângulo de fase entre as de ondas de corrente e tensão,

então o fator de potência é igual a |cos Ø|, e:

P= S. |cos Ø|

Por definição, o fator de potência é um número adimensional entre

0 e 1. Quando o fator de potência é igual a zero (0), o fluxo de

energia é inteiramente reativo, e a energia armazenada é devolvida

totalmente à fonte em cada ciclo. Quando o fator de potência é 1,

toda a energia fornecida pela fonte é consumida pela carga.

Normalmente o fator de potência é assinalado como atrasado ou

adiantado para identificar o sinal do ângulo de fase entre as ondas

de corrente e tensão elétricas.

O fator de potência é determinado pelo tipo de carga ligada ao

sistema elétrico, que pode ser Resistiva, Indutiva ou Capacitiva.


43
Para ondas de tensão e corrente em fase, conforme demonstrada

na figura 11, a carga tem característica resistiva, (FP=1 φ=0°).

Figura 11: Gráfico: Carga Resistiva.


Fonte: WIKIPÉDIA ENCICLOPÉDIA GERAL. www.wikipedia.org.
23/07/06.

Para onda de corrente atrasada em relação à onda de tensão,

conforme demonstrada na figura 12, a carga possui característica

indutiva (FP<1).

Figura 12: Gráfico: Carga Indutiva.


Fonte: WIKIPÉDIA ENCICLOPÉDIA GERAL. www.wikipedia.org.
23/07/06.

Para onda de corrente adiantada em relação à onda de tensão,

conforme demonstrada na figura 13, a carga possui característica

capacitiva (FP<1).

Figura 13: Gráfico: Carga Capacitiva.


Fonte: WIKIPÉDIA ENCICLOPÉDIA GERAL. www.wikipedia.org.
23/07/06.
44
Em circuitos de corrente alternada (CA) puramente resistivos, as

ondas de tensão e de corrente elétrica estão em fase, ou seja,

mudando a sua polaridade no mesmo instante em cada ciclo.

Quando cargas reativas estão presentes, tais como capacitores ou

condensadores e indutores, o armazenamento de energia nessas

cargas resulta em uma diferença de fase entre as ondas de tensão

e corrente. Uma vez que essa energia armazenada retorna para a

fonte e não produz trabalho útil, um circuito com baixo fator de

potência terá correntes elétricas maiores para realizar o mesmo

trabalho do que um circuito com alto fator de potência.

Se uma carga puramente resistiva é conectada ao sistema, a

corrente e a tensão mudarão de polaridade em fase, nesse caso o

fator de potência será unitário (1), e a energia elétrica flue numa

mesma direção através do sistema em cada ciclo. Cargas indutivas

tais como motores e transformadores (equipamentos com bobinas)

produzem potência reativa com a onda de corrente atrasada em

relação à tensão. Cargas capacitivas tais como bancos de

capacitores ou cabos elétricos enterrados produzem potência

reativa com corrente adiantada em relação à tensão. Ambos os

tipos de carga absorverão energia durante parte do ciclo de

corrente alternada, apenas para devolver essa energia novamente

para a fonte durante o resto do ciclo.

Por exemplo, para se obter 1 kW de potência ativa quando o fator

de potência é unitário (igual a 1), 1 kVA de potência aparente será

necessariamente transferida (1 kVA = 1 kW ÷ 1). Sob baixos

valores de fator de potência, será necessária a transferência de

uma maior quantidade de potência aparente para se obter a


45
mesma potência ativa. Para se obter 1 kW de potência ativa com

fator de potência 0,2 será necessário transferir 5 kVA de potência

aparente (1 kW = 5 kVA × 0,2).

Freqüentemente é possível corrigir o fator de potência para um

valor próximo ao unitário. Essa prática é conhecida como correção

do fator de potência e é conseguida mediante o acoplamento de

bancos de indutores ou capacitores, com uma potência reativa Q

contrária ao da carga, tentando ao máximo anular essa

componente. Por exemplo, o efeito indutivo de motores pode ser

anulado com a conexão em paralelo de um capacitor (ou banco)

junto ao equipamento.

As perdas de energia aumentam com o aumento da corrente

elétrica transmitida. Quando a carga tem fator de potência menor

do que 1, mais corrente é requerida para suprir a mesma

quantidade de potência útil.

As concessionárias de energia estabelecem que os consumidores,

especialmente os que possuem cargas maiores, mantenham os

fatores de potência de suas instalações elétricas dentro de um

limite mínimo, caso contrário serão penalizados com cobranças

adicionais.

5.1.1.1 Componentes Não-Senoidais

Em circuitos que têm apenas tensão e corrente alternadas,

o efeito do fator de potência cresce somente com a

diferença de fase entre ambas. Isso é conhecido como

"fator de potência de deslocamento". Este conceito pode

ser generalizado para fatores de potência reais onde a

potência aparente inclui componentes de distorção


46
harmônica. Isso possui uma importância prática em

sistemas de potência que contém cargas não-lineares tais

como retificadores, algumas formas de iluminação elétrica,

fornos à arco, equipamentos de solda, fontes chaveadas,

entre outros.

Um exemplo particularmente importante são os milhões de

computadores pessoais que possuem fontes chaveadas

com potência variando entre 150 W a 500 W.

Historicamente, essas fontes de baixo custo incorporam

um retificador simples de onda completa que conduzem

apenas quando a tensão instantânea excede a tensão no

capacitor de entrada. Isso produz altos picos de corrente

de entrada, que, por sua vez, produzem distorções no fator

de potência e problemas de carregamento, tanto dos

condutores fase como neutro das instalações e dos

sistemas elétricos.

Um multímetro típico fará leituras incorretas de correntes

que possuam componentes harmônicas. Será necessário

um multímetro que meça o valor true RMS para se medir o

valor real das correntes e tensões (e a potência aparente

por conseqüência). Para medir a potência ativa ou reativa

será necessário escolher adequadamente o wattímetro,

para que faça medições de correntes não-senoidais.

5.1.1.2 Legislação

No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL

estabelece que o fator de potência nas unidades

consumidoras deve ser superior a 0,92 capacitivo durante


47
6 horas da madrugada e 0,92 indutivo durante as outras

18 horas do dia. Esse limite é determinado pelo Artigo nº

64 da Resolução ANEEL nº456 de 29/11/2000 e quem

descumpre está sujeito a uma espécie de multa que leva

em conta o fator de potência medido e a energia

consumida ao longo de um mês.

A mesma resolução estabelece que a cobrança do fator de

potência pelas concessionárias é obrigatória para

unidades consumidoras de média tensão (alimentadas

com mais de 2.300 V) e facultativas para unidades

consumidoras de baixa tensão (abaixo dos 2.300 V, como

residências em geral). A cobrança em baixa tensão, na

prática, raramente ocorre, pois o fator de potência deste

tipo de unidade consumidora geralmente está acima dos

0,92, não havendo grande ocorrência de multas que

compensasse a instalação de medidores de energia

reativa.

No Brasil, ainda não existe legislação, para regulamentar

os limites das distorções harmônicas nas instalações

elétricas.

5.1.2 Harmônicas

A qualidade da energia tem sido alvo de muito interesse e

discussão e nos últimos anos. Cada vez mais, plantas industriais

têm descoberto que tem de lidar com o problema da "energia suja".

Esta é a expressão popular usada para descrever uma grande

variedade de contaminações na corrente e na tensão elétrica.


48
5.1.2.1 Introdução

Distorção harmônica é um tipo específico de energia suja,

que é normalmente associada com a crescente quantidade

de acionamentos estáticos, fontes chaveadas e outros

dispositivos eletrônicos nas plantas industriais.

5.1.2.2 O que São Harmônicas?

Tecnicamente, uma harmônica é a componente de uma

onda periódica cuja frequência é um múltiplo inteiro da

frequência fundamental (no caso da energia elétrica, de 60

Hz). A figura 14 mostra uma onda senoidal normal e a

respectiva harmônica.

Figura 14: Gráfico: Onda Senoidal Normal e Harmônica


(Menor).
Fonte: ENGECOMP. www.engecomp.com.br. 07/04/06.

Na figura 14, visualiza-se duas curvas: uma onda senoidal

normal, representando uma corrente de energia "limpa", e

outra onda menor, representando uma harmônica.

Esta segunda onda menor representa a harmônica de

quinta ordem, o que significa que sua freqüência é de 5 x

60 Hz, ou 300 Hz.


49

Figura 15: Gráfico: Soma das Duas Curvas (Normal +


Harmônicas).
Fonte: ENGECOMP. www.engecomp.com.br. 07/04/06.

Na figura 15 mostra-se a soma das duas curvas referentes

à figura 14. Esta curva resultante mostra bem a distorção

harmônica da curva de tensão, que deixa de ser

perfeitamente senoidal na presença de harmônicas.

Harmônicas são um fenômeno contínuo, e não devem ser

confundidas com fenômenos de curta duração que duram

apenas alguns ciclos. Transientes, disturbações elétricas,

picos de sobre-tensão e sub-tensão não são harmônicas.

Estas perturbações no sistema podem normalmente ser

eliminadas com a aplicação de filtros de linha (supressores

de transientes). Entretanto, estes filtros de linha não

reduzem ou eliminam correntes e tensões harmônicas.

5.1.2.3 Quem Causa as Distorções Harmônicas?

Os principais equipamentos causadores das harmônicas

são: inversores de frequência, variadores de velocidade,

acionamentos tiristorizados, acionamentos em corrente

contínua ou alternada, retificadores, "drives", conversores

eletrônicos de potência, fornos de indução e a arco, "no-

breaks" e máquinas de solda a arco.


50
A natureza e a magnitude das harmônicas geradas por

cargas não-lineares dependem de cada carga

especificamente, mas algumas generalizações podem ser

feitas:

a) As harmônicas que causam problemas geralmente são

as harmônicas ímpares.

b) A magnitude da corrente harmônica diminui com o

aumento da freqüência.

5.1.2.4 Quais São as Conseqüências de Altos Níveis de

Distorções Harmônicas?

Altos níveis de harmônicas numa instalação elétrica

podem causar problemas para as redes de distribuição

das concessionárias, para a própria instalação, e para os

equipamentos ali instalados. As conseqüências podem

chegar até à parada total de equipamentos importantes de

produção.

As conseqüências que as harmônicas podem causar em

diversos tipos de equipamentos são:

a) Capacitores: queima de fusíveis, e redução da vida útil.

b) Motores: redução da vida útil, e impossibilidade de

atingir potência máxima.

c) Fusíveis/Disjuntores: operação falsa/errônea, e

componentes danificados.

d) Transformadores: aumento de perdas no ferro e no

cobre, e redução de capacidade.

e) Medidores: medições errôneas e possibilidade de

maiores contas.
51
f) Telefones: interferências.

g) Acionamentos/Fontes: operações errôneas devido a

múltiplas passagens por zero, e falha na comutação de

circuitos.

Distorções harmônicas causam muitos prejuízos a plantas

industriais. De maior importância, são: a perda de

produtividade, e de vendas devido a paradas de produção

causadas por inesperadas falhas em motores,

acionamentos, fontes ou simplesmente "repicar" de

disjuntores.

5.1.2.5 O Que os Capacitores Para Correção de Fator de Potência

Têm a Ver Com as Harmônicas?

Em uma planta industrial que contenha capacitores para

correção de fator de potência, as distorções harmônicas

podem ser amplificadas em função da interação entre os

capacitores e o transformador de serviço. Este fenômeno é

comumente chamado de ressonância harmônica ou

ressonância paralela.

Muitos dizem, erroneamente, que os causadores das

harmônicas são os capacitores. Na verdade, capacitores

não geram harmônicas, e sim agravam os problemas

potenciais das harmônicas. Eles são os equipamentos

mais sensíveis às harmônicas, e os que mais sofrem na

presença delas. Talvez por esta razão, problemas de

harmônicas freqüentemente não são conhecidos até que

são aplicados capacitores para correção de fator de

potência.
52
5.1.2.6 Como as Harmônicas Podem Ser Eliminadas?

Normalmente, a solução mais confiável e acessível é feita

com o uso de filtros de harmônicas. Um filtro de

harmônicas é essencialmente um capacitor para correção

de fator de potência combinado em série com um reator

(indutor).

5.1.3 Conceito de Consumo e Demanda

Para a adoção de estratégias para a otimização do uso de energia

elétrica faz-se necessário o perfeito conhecimento da sistemática

de tarifação, pois a legislação brasileira permite às concessionárias

calcular as faturas em função do Consumo (kWh), Demanda (kW),

Fator de Potência e de outros Diferentes Tipos de Tarifas.

5.1.3.1 Consumo

Consumo refere-se ao registro do quanto de energia

elétrica foi consumida durante determinado período. No

cálculo das faturas é considerado o período mensal e este

é expresso em kWh (quilo watts hora).

5.1.3.2 Demanda

Demanda corresponde ao consumo de energia dividido

pelo tempo adotado na verificação. Conforme legislação

brasileira é determinada para fins de faturamento que este

período seja de 15 minutos.

No entanto, a demanda para o faturamento mensal será o

maior entre os seguintes valores:

a) Demanda registrada: corresponde ao maior valor de

demanda medido em intervalos de 15 minutos durante


53
período, em média considera-se um mês. Desta forma,

dentre 3000 valores registrados, seleciona-se o maior.

b) Demanda contratada: cabe ao usuário, com base nas

cargas instaladas e processo produtivo, definir o valor de

demanda necessário. Fator que será considerado pela

concessionária ao definir os equipamentos para atender a

solicitação de serviço, como: transformadores, dispositivos

de proteção e/ou eventualmente até a subestação.

c) Demanda Percentual: considerando o período de 11

meses anteriores ao mês em questão, seleciona-se a

máxima demanda registrada e calcula-se 85% deste valor.

O que demonstra ser necessária a monitoração do valor

da demanda. Pois, um alto valor pode refletir nos valores

das faturas dos 11 meses subseqüentes.

5.2 Planejamento Tarifário e Redução de Custos

A compreensão da forma como é cobrada a energia elétrica e como são

calculados os valores apresentados nas contas de luz é fundamental para

a tomada de decisão em relação a projetos de eficiência energética.

A conta de luz reflete o modo como a energia elétrica é utilizada e sua

análise por um período de tempo adequado, permite estabelecer relações

importantes entre hábitos e consumo.

Dadas as alternativas de enquadramento tarifários disponíveis para

alguns consumidores, o conhecimento da formação da conta e dos

hábitos de consumo permite escolher a forma de tarifação mais adequada

e que resulta em menor despesa com a energia elétrica.


54
5.2.1 Classificação dos Consumidores

Os consumidores são classificados pelo nível de tensão em que

são atendidos.

Os consumidores atendidos em baixa tensão, inferior a 2.300

Volts, em geral em 127 ou 220 Volts, como residências, lojas,

agências bancárias, pequenas oficinas, edifícios residenciais e

uma parte dos edifícios comerciais, são classificados no Grupo B.

O Grupo B é dividido em sub-grupos, de acordo com a atividade do

consumidor, conforme tabela 2.

Subgrupos Atividade
B1 Residencial
B2 Rural
B3 Demais Classes
B4 Ilum. Pública
Tabela 2: Grupo B.
Fonte: GRUPO TCC. 2006.

Os consumidores atendidos em média e alta tensão, acima de

2300 Volts, como indústrias, shopping centers e alguns edifícios

comerciais, são classificados no Grupo A.

Esse grupo é subdividido em vários subgrupos, distinguido pelo

nível de tensão de fornecimento, como mostrado na tabela 3.

Tensão de
Subgrupos Nível de tensão
Fornecimento
A1 ≥230 kV Alta Tensão
A2 88 kV a 138 kV ≥88 kV
A3 69 kV
Média Tensão
A3a 30 kV a 44 kV
2,3 kV até 69 kV
A4 2,3 kV a 25 kV
AS Subterrâneo
Tabela 3: Grupo A.
Fonte: GRUPO TCC. 2006.

Cada subgrupo apresenta valores definidos de tarifa.


55
Os consumidores atendidos por redes elétricas subterrâneas são

classificados no Grupo A, Sub-Grupo AS, mesmo que atendidos

em baixa tensão.

5.2.2 Modalidades Tarifárias e Tarifação

São duas as modalidades tarifárias:

Os consumidores do grupo B têm Tarifação monômia, isto é, são

cobrados apenas pela energia consumida (kWh).

Os consumidores do grupo A têm Tarifação binômia, isto é, são

cobrados tanto pela demanda (kW) quanto pela energia consumida

(kWh). Estes consumidores podem enquadrar-se em uma das

duas alternativas tarifárias:

a) Convencional;

b) Horo-Sazonal.

5.2.3 Convencional (Resolução ANEEL no. 456)

5.2.3.1 Faturamento do Consumo

Fatura-se o valor total de consumo verificado em período

aproximado de 30 dias.

5.2.3.2 Faturamento da Demanda

Aplicado ao maior valor entre as seguintes demandas:

a) Demanda Contratada

Valor contratado pelo consumidor, correspondente a

máxima carga a ser solicitada do sistema, no intervalo de

15 minutos.

b) Demanda Registrada

Máximo valor da potência integralizada (média), no

intervalo de 15 minutos consecutivos, verificada no

período de faturamento.
56
5.2.4 Horo-Sazonal - THS (Resolução ANEEL no. 456)

Consiste no deslocamento da carga para horários de menor

carregamento e consumo para períodos do ano de maior

disponibilidade e na aplicação de preços diferenciados de

demanda e consumo de acordo com a utilização em determinados

horários do dia e em períodos do ano, permitindo o consumidor

gerenciar suas despesas.

5.2.4.1 Horário de Ponta

Este horário é composto por um período de 3 horas

consecutivas que é adotado entre as 17h00 e 22h00,

incluindo feriados, com exceção aos sábados e domingos.

Na área da AES Eletropaulo, por exemplo, é adotado das

17h30 às 20h30.

5.2.4.2 Horário Fora de Ponta

Este horário é composto por um período de 21 horas

diárias complementares ao horário de ponta, incluindo os

sábados e domingos. Eles se dividem em dois períodos

(capacitivo e indutivo) devido a diferença de tipo de carga

reativa mais comuns nestes horários. Na área da AES

Eletropaulo, por exemplo, é adotado.

a) Período Capacitivo: 0h30 às 6h30;

b) Período Indutivo: 6h30 às 0h30.

A tabela 4 mostra uma monitoração dos horários de Ponta

e Fora de Ponta com suas respectivas características.


57

Horário Fora de Ponta Ponta


Gráfico Capacitivo Indutivo
Hora 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Tabela 4: Horários de Ponta e Fora de Ponta
Fonte: AES ELETROPAULO. www.eletropaulo.com.br. 20/07/06.

5.2.4.3 Horário de Verão Versus Horário de ponta

Considerando a dificuldade de alterar os parâmetros dos

equipamentos de medição e controle operacional

automático em clientes (bancos de capacitores, controles

de geradores, equipamentos de controle de demanda em

geral), sempre que o horário de verão é adotado e os

relógios normais são antecipados em 1 hora por um

período determinado por decretos governamentais, o

horário de ponta do sistema elétrico passará a ser das

18h30 horas às 21h30 horas, alterando, temporariamente,

a cláusula do Contrato de Fornecimento de Energia

Elétrica em vigor e eventual aditamento que tenha sido

acordado entre as partes envolvidas.

Neste caso estarão deslocando-se, também, de 60

(sessenta) minutos, os períodos de avaliação das

componentes Reativa, Indutiva e Capacitiva, válidas para

o cálculo do fator de potência:

a) Período Capacitivo: passará a ser das 01h30 às 07h30

horas;

b) Período Indutivo: passará a ser das 07h30 às 01h30

horas.

Desta forma o horário de verão além de auxiliar a redução

de consumo de energia em iluminação pelo melhor


58
aproveitamento do período em que a luz do Sol está

disponível, ele também pode ajudar a diminuir custos para

aqueles clientes onde vigoram as tarifas horo-sazonais

(onde o consumo - tarifa azul e verde - e, as vezes,

também a demanda - tarifa azul - têm custos mais

elevados neste período).

Como os funcionários administrativos normalmente

trabalham apenas até as 18h00, estes estarão saindo

meia hora antes do início do horário de ponta válido

durante o período de vigência do horário de verão. Isto

permitirá que equipamentos como micro-computadores,

iluminação dedicada e mesmo ar-condicionados possam

ser desligados antes das 18h30, evitando, assim, que

incidam na tarifação mais alta válida das 18h30 até às

21h30.

5.2.4.4 Período Seco

O período chamado de Período Seco compreende um

intervalo de 7 meses consecutivos, compreendendo os

fornecimentos abrangidos pelas leituras de maio a

novembro, conforme ilustrado na tabela 5.

5.2.4.5 Período Úmido

Período de 5 meses consecutivos, compreendendo os

fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de

um ano e abril do ano seguinte, conforme ilustrado na

tabela 5.
59

Período Úmido (PU) Período Seco (PS)


Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Tabela 5: Períodos Úmido e Seco.
Fonte: AES ELETROPAULO. www.eletropaulo.com.br. 20/07/06.

5.2.4.6 Tarifa Azul

A tabela 6 mostra a funcionalidade da Tarifa Azul.

Faturamento de Faturamento de
Horários
Maio a Novembro Dezembro a Abril
do dia
(Período Seco) (Período Úmido)
Ponta - 3 horas consumo - ponta seca consumo - ponta úmida
(17h30 às 20h30) demanda - ponta seca demanda - ponta úmida

Fora de ponta consumo fora de ponta seca consumo fora de ponta úmida
(21h restantes) demanda fora de ponta seca demanda fora de ponta úmida

Tabela 6: Modalidade Tarifária - Tarifa Azul.


Fonte: AES ELETROPAULO. www.eletropaulo.com.br. 20/07/06.

5.2.4.7 Tarifa Verde

A tabela 7 mostra a funcionalidade da Tarifa Verde.

Faturamento de Faturamento de
Horários
Maio a Novembro Dezembro a Abril
do dia
(Período Seco) (Período Úmido)
Ponta - 3 horas consumo consumo
(17h30 às 20h30) ponta seca ponta úmida
Fora de ponta consumo consumo
(21h restantes) fora de ponta seca fora de ponta úmida
todo o dia
demanda única
(24 horas)
Tabela 7: Modalidade Tarifária - Tarifa Verde.
Fonte: AES ELETROPAULO. www.eletropaulo.com.br. 20/07/06.

5.2.4.8 Enquadramento Tarifário

O enquadramento se dá com base na legislação; carga

instalada, tensão de fornecimento, classe de consumo da

unidade e a região onde está localizada.

Existe a possibilidade de enquadramento em mais de um

sistema de faturamento; De acordo com o subgrupo

tarifário, os consumidores do Grupo A poderão fazer a

opção tarifária, conforme mostra a tabela 8.


60
Subgrupo MODALIDADE TARIFÁRIA
Tarifário Convencional THS - Azul THS - Verde
A1 compulsório para
A2 IMPEDIDO qualquer valor de IMPEDIDO
A3 demanda contratada
A3a
disponível para disponível para disponível para
A4
contratos contratos contratos
AS inferiores a 300 kW a partir de 30 kW a partir de 30 kW
(subterrâneo)
Tabela 8: Enquadramento Tarifário.
Fonte: AES ELETROPAULO. www.eletropaulo.com.br. 20/07/06.

5.2.4.9 Ultrapassagem de Demanda Contratada

É a parcela da demanda que supera o valor da demanda

contratada, respeitados os respectivos limites de tolerância

de que trata a legislação. Normalmente é 3 a 3,4 vezes o

valor da tarifa normal.

5.2.4.10 Tolerância de Ultrapassagem

5% subgrupos A1, A2 e A3.

10% subgrupos A3a, A4 e AS.

5.2.4.11 Reduzindo a Conta de Luz

A existência de alternativas de enquadramento tarifário

permite a alguns consumidores escolher o enquadramento

e valor contratual de demanda que resultam em menor

despesa com a energia elétrica. A decisão, porém, só

deve ser tomada após adequada verificação dos padrões

de consumo e demanda nos segmentos horários (ponta e

fora de ponta) e sazonais (períodos seco e úmido).

Além de revelar relações entre hábitos e consumo de

energia elétrica, úteis ao se estabelecer rotinas de

combate ao desperdício, a análise da conta de luz é a


61
base para a avaliação econômica dos projetos de

eficiência eletro-energética.

A análise pode ser dividida em duas partes:

a) Correção do fator de potência;

b) Enquadramento tarifário e determinação do valor da

demanda contratual, e pode ser realizada com programas

computacionais específicos ou com uma planilha EXCEL.

5.3 Sistemas de Gerenciamento Energético

Os sistemas de gerenciamento energético têm como funcionalidade,

disponibilizar, controlar e garantir uma constante eficiência quanto ao uso

de energia elétrica. Os sistemas de gerenciamento fornecem, em tempo

real e de forma gráfica, várias condições e informações sobre o

comportamento das grandezas elétricas das instalações.

Com o sistema de gerenciamento é possível avaliar as oportunidades de

redução de custo e elevação da produtividade em sistemas de

iluminação, refrigeração, aquecimento, motores, ar comprimido, entre

outros; Otimização na contratação e uso final dos energéticos; Análise e

adequação de Grupos Tarifários; Análise, controle e gerenciamento de

consumo, demanda, fator de potência e qualidade de energia; Otimização

do perfil de carga; Monitoramento On-line. Análise da situação energética

da empresa incluindo, entre outros, a matriz energética, o perfil de

consumo, os principais itens consumidores, oportunidades de

racionalização, de potencial de economia e custo evitado. Planejamento,

implantação e operação de projetos de engenharia e energia eficientes.

Atualização, adaptação e adequação tecnológica de instalações,

sistemas, processos e equipamentos.


62
O sistema de gerenciamento garante uma qualidade de energia, pois

proporciona uma análise com diagnósticos e soluções para perturbações

em sistemas como medições de aterramento, isolamento, harmônicas,

tensão, corrente, potências, consumo, fator de potência, fluxo luminoso e

temperatura.

5.4 Controle de Consumo e Demanda

Para controlar o consumo e a demanda, tem-se alguns aparelhos

dedicados:

a) Controlador de Demanda é um equipamento que tem como função

principal manter a demanda de energia ativa dentro de valores limites pré-

determinados e atuando se necessário, sobre alguns dos equipamentos

da instalação.

b) Controlador de consumo é um equipamento que tem como função

principal manter o consumo ativo de uma instalação dentro de metas pré-

determinadas. Um controlador de consumo possui alarmes de tendência

de ultrapassagem das metas através de projeções durante o período de

contabilização das mesmas.

Sobre a atuação dos controladores, não havendo tendência de

ultrapassagem da demanda ou consumo, os mesmos não atuarão, no

entanto, se for necessário, ele poderá atuar e quando a demanda diminuir

ele terá que repor ou liberar para uso de forma automática as cargas

antes retiradas. Segue um resumo da sua atuação na tabela 9:

Dados do campo Ação do controlador


Ultrapassagem da DEMANDA
Desligamento de cargas
CONTRATADA
Retorno ao nível normal de
Religamento de cargas e posterior
utilização da DEMANDA
repouso
CONTRATADA
Tabela 9: Atuação do Controlador.
Fonte: GRUPO TCC. 2006.
63
6 Automação Predial Aplicada á Eficiência Energética

6.1 Sistemas de Iluminação

Atualmente 17% da energia elétrica total do Brasil é destinada a

iluminação, por isso, apresentam um significativo potencial de economia

de energia elétrica.

É possível otimizar estes sistemas obtendo-se redução no consumo de

eletricidade sem prejuízo da iluminância desejada para as atividades

desenvolvidas nos locais atendidos, tornando os sistemas mais eficientes.

Assim, um controle eficaz dos materiais e equipamentos se traduz em

uma boa solução para a obtenção de economias substanciais, que podem

ser conseguidas com a otimização na operação dos sistemas de

iluminação, escolha criteriosa das fontes de iluminação, componentes

acessórios e, evidentemente, com um programa de manutenção

adequado das instalações.

6.1.1 Otimizando a Operação dos Sistemas de Iluminação Existentes

A utilização racional dos sistemas de iluminação pode trazer

economias significativas de energia com a vantagem de,

normalmente, exigir pouco investimento para a execução das

medidas envolvidas nessa racionalização.

Segundo o Programa Anual Contra o Desperdício de Energia

Elétrica realizado pela Eletropaulo em 10 grandes condomínios

residenciais e comerciais, esta economia chegou até 30%.

Dentre as inúmeras medidas que podem ser adotadas, as mais

representativas são:

a) Redução da iluminância a níveis adequados, nos locais onde a

iluminação é excessiva, respeitando-se os recomendados pela

NBR-5413 apresentados na tabela 10.


64
FAIXA ILUMINÂNCIA (lx) TIPO DE TAREFA
Áreas públicas com arredores
(A) 20 a 30
escuros.
Iluminação geral
para áreas usadas Orientação simples para
50 a 75
interruptamente ou permanência curta.
com tarefas simples Recintos não usados para
100 a 150
trabalhos contínuos; depósitos.
Tarefas com requisitos visuais
200 a 500 limitados, trabalho bruto de
maquinaria, auditórios.
(B)
Iluminação geral Tarefas com requisitos visuais
para áreas de 750 a 1.000 normais, trabalho médio de
trabalho maquinaria, escritórios.
Tarefas com requisitos
1.500 a 2.000 especiais, gravação manual,
inspeção, indústria de roupas.
Tarefas visuais exatas e
3.000 a 5.000 prolongadas, eletrônica de
(C)
tamanho pequeno.
Iluminação adicional
para tarefas visuais Tarefas visuais muito exatas,
7.500 a 10.000
difíceis montagem de micro-eletrônica.
Tarefas visuais muito especiais,
15.000 a 20.000
cirurgias.
Tabela 10: Nível de Iluminância por Grupo de Tarefas Visuais
(NBR-5413).
Fonte: AES ELETROPAULO. São Paulo. 2004.

b) Desligamento da iluminação nos locais desocupados.

c) Utilização de interruptores para maior flexibilidade no uso da

iluminação.

d) Aproveitamento, sempre que possível, da iluminação natural.

6.1.2 Utilização de Lâmpadas mais Eficientes

Existem no mercado vários tipos de lâmpadas que podem ser

utilizadas, só é preciso avaliar qual o tipo de lâmpada mais

indicado, considerando basicamente as seguintes características:

a) Eficiência luminosa: Representa o número de lumens

produzidos pela lâmpada, por watt consumido.

b) Cor aparente da lâmpada: Deve ser avaliada para harmonizar a

iluminação do ambiente.

c) Reprodução de cores: Caracteriza a capacidade das lâmpadas

em não deformar o aspecto visual dos objetos que iluminam.


65
d) Vida útil: Representa o número de horas de funcionamento das

lâmpadas, definido em laboratório, segundo critérios pré-

estabelecidos.

e) Custos do equipamento e instalação: Devem ser utilizados

numa análise de custo/benefício a ser realizada.

Portanto, sempre que possível, deve-se utilizar lâmpadas de alta

eficiência luminosa, com maior vida útil e melhor relação

custo/benefício, bem adaptadas ao meio ambiente onde serão

utilizadas.

Pode-se, por exemplo, dependendo das características da

instalação e do local, substituir lâmpadas mistas por vapor de sódio

de alta pressão que consomem 5 vezes menos, com vida útil 02

vezes maior.

As lâmpadas de vapor metálico gastam menos que as de vapor

mercúrio.

As fluorescentes gastam menos energia do que as

incandescentes, por exemplo, uma fluorescente de 40 W ilumina

mais do que uma incandescente de 100W, com consumo inferior.

Tem vida útil maior, em geral: 10.000 horas contra 1.000. São

recomendáveis para lugares onde ficarão muito tempo acesas.

Luminárias refletoras (para fluorescentes) aumentam a distribuição

de luz, permitindo a instalação de lâmpadas menos potentes.

A vida útil de uma lâmpada é muito reduzida se não tiver a

voltagem da rede elétrica. No Estado de São Paulo, por exemplo, a

voltagem é de 127V ou 220V. Ligar uma lâmpada incandescente

para 120V em uma rede de 127V reduz sua vida útil a um terço.
66
Na tabela 11 abaixo, a título de ilustração, apresenta-se os tipos de

lâmpadas existentes no mercado:

Eficiência
Potência Cor Reprodução Vida Útil
Tipos Luminosa Reator
(W) aparente de Cores Média (h)
(lm/W)
Incandescente 25 a 500 10 a 20 quente Excelente 1.000 Não
Luz Mista 160 a 500 15 a 25 intermed. Moderada 6.000 Não
Fluorescente Quente Excelente a
15 a 110 45 a 90 7.500 Sim
Tubular intermed. fria Moderada
Fluorescente
5 a 32 50 a 80 Quente Boa 8.000 Sim
Compacta
Vapor de
80 a 1.000 40 a 60 intermed. Moderada 12.000 Sim
Mercúrio
Sódio Alta
50 a 1.000 60 a 130 Quente Pobre 16.000 Sim
Pressão
Vapor Metálico 70 a 3.500 74 a 86 Quente Muito Boa 10.000 Sim
Tabela 11: Comparação Entre os Tipos de Lâmpadas Existentes no
Mercado.
Fonte: HN LUZ E TECNOLOGIA. www.hnluz.com.br. 20/07/06.

6.1.3 Cuidado com Luminárias e Difusores

A eficiência de uma luminária depende em grande parte das

condições de manutenção das superfícies refletoras e dos

difusores.

No caso dos difusores, a solução ideal no plano energético é não

utilizá-los, por representarem uma perda significativa de fluxo

luminoso. Porém, essa medida depende das características do

local atendido, que pode exigir uma maior proteção para as

lâmpadas, como também deve ser verificado o aumento no nível

de ofuscamento que a retirada desses acessórios pode causar.

Quando for necessário manter os difusores, deve-se procurar

substituir aqueles que se tornaram amarelecidos ou opacos, por

outros de acrílico claro com boas propriedades de difusão de luz.

Para algumas aplicações, um difusor de vidro claro pode ser usado

se ele for compatível com a luminária e a instalação. Pode-se

afirmar que um difusor opaco provoca uma redução no fluxo


67
luminoso de até 30%, enquanto que no de acrílico claro esta

redução é da ordem de 10%.

Com relação às luminárias, as superfícies refletoras devem ser

mantidas limpas, proporcionando boas condições de reflexão.

Quando elas se tornarem amarelecidas ou ocorrerem falhas na sua

pintura, pode ser interessante pintá-las novamente, procurando

utilizar cores claras e refletoras.

Na aquisição ou substituição de luminárias, deve-se escolher um

modelo observando as suas características de reprodução da luz.

Lembrem-se, as luminárias também apresentam parâmetros que

influem no rendimento luminoso final do conjunto lâmpada-

luminária-difusor.

6.1.4 Avaliação dos Reatores Utilizados

As lâmpadas fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio e

vapor metálico necessitam para o seu funcionamento da instalação

de reatores. Estes equipamentos, a exemplo dos transformadores,

também apresentam perdas no cobre e no ferro.

Os reatores de boa qualidade geralmente apresentam perdas

reduzidas, consumindo menos energia para seu funcionamento. Já

os de qualidade inferior podem acrescentar mais de 10% ao

consumo final do sistema de iluminação. Muitas vezes, a potência

efetiva fornecida pelo reator pode ser inferior ao seu valor nominal,

reduzindo o fluxo luminoso emitido e comprometendo,

freqüentemente, a vida útil das lâmpadas.

Ao adquirir reatores de a preferência aos de boa qualidade,

evitando desperdícios desnecessários de energia elétrica e

prejuízos ao sistema de iluminação.


68
Outro ponto a ser observado é o fator de potência dos reatores.

Diversos modelos já possuem compensação, apresentando

elevado fator de potência. Procure usar estes modelos, evitando

assim a sobrecarga das instalações de iluminação e o

conseqüente aumento das perdas por efeito Joule, bem como o

uso desnecessário de capacitores.

6.1.5 Manutenção dos Sistemas de Iluminação

Não basta apenas fazer um trabalho de implantação de um

sistema de iluminação, pois deve-se aplicar uma boa manutenção,

acompanhar a eficiência do sistema e fazer um programa de

manutenção preventiva.

Nos sistemas de iluminação, um dos principais fatores de

desperdício de energia elétrica é a manutenção deficiente. De fato,

a instalação que não apresenta uma manutenção adequada se

degrada com o tempo, determinando uma queda representativa do

fluxo luminoso e conseqüente diminuição da iluminância nos

ambientes. Isto exige uma maior potência instalada para o

atendimento das normas de iluminação.

Com intervenções programadas a iluminância melhora

significativamente, permitindo a utilização de um menor número de

lâmpadas, proporcionando economia de energia elétrica. A

experiência mostra que a implantação de um programa eficiente de

manutenção pode proporcionar ganhos de até 30% no consumo de

energia.
69
6.1.6 Dispositivos para Automação e Controle de Iluminação

Com o objetivo de contribuir com a otimização do consumo da

energia elétrica, foram desenvolvidos diversos produtos

específicos, que também possibilitam a automação de tarefas

rotineiras, como acender lâmpadas e apagá-las após um tempo

pré-determinado, evitando deixá-las ligadas por horas seguidas

sem necessidade.

Estes dispositivos são muito importantes, pois se bem utilizados

podem trazer índices significativos de economia. Descrevem-se

abaixo, alguns produtos com suas características principais.

6.1.6.1 Minuterias

São dispositivos eletrônicos que permitem manter acesas

as lâmpadas de um ambiente durante um período de

tempo previamente definido, desligando-as

automaticamente em seguida. Normalmente são

empregadas na iluminação temporizada de escadarias,

halls, corredores e outros ambientes que não necessitam

de iluminação contínua.

Basicamente, as minuterias são constituídas por um

atuador (interruptor comum ou sensor de toque), o circuito

eletrônico e um relé de saída, que realiza o controle da

carga.

Existem dois tipos básicos:

a) Coletivas: para várias lâmpadas, acionadas por botão

instalado junto ao disjuntor que as controla.


70
b) Individuais: acionadas por toque; podendo ser de tecla,

semelhantes a um interruptor de luz convencional ou

digital, com sensor acionado também pelo toque.

Nota:

Não é recomendável o uso de minuterias para lâmpadas

fluorescentes. Elas têm sua vida útil muito reduzida se

acendidas muitas vezes.

6.1.6.2 Sensores de Presença

São dispositivos que detectam a chegada e o movimento

de pessoas em um determinado ambiente acendendo

imediatamente a lâmpada e mantendo-a acesa durante um

tempo após cessar a movimentação das pessoas no local.

Este sensor tem a seu favor a comodidade, pois basta

entrar no ambiente que a luz se acende sem a

necessidade de acionar um botão.

Basicamente existem três tipos de Tecnologias:

a) Tecnologia de raios infravermelhos: Reage somente a

determinadas fontes de calor, como o corpo humano.

Detecta a presença por meio da diferença entre o calor

emitido e o espaço ao redor e permite definir com total

precisão a área de cobertura desejada. A maioria dos

sensores encontrados no mercado usam esse tipo de

tecnologia.
71
b) Tecnologia ultra-sônica: Emite ondas de ultra-som na

área controlada, que rebatem no objeto presente e

retornam ao receptor do sensor. A instalação deve ser

feita em locais adequados. Áreas com carpetes e materiais

antiacústicos absorvem a onda ultra-sônica e podem

reduzir a cobertura. Fluxo excessivo de ar (provocado por

ar condicionado, ventilador ou calefação) também altera a

eficiência do sensor.

c) Tecnologia dual: Há uma linha de sensores que utiliza

a combinação das duas tecnologias anteriores, o que

proporciona controle de iluminação em áreas onde apenas

uma delas poderia apresentar falha na detecção.

6.1.6.3 Relés Fotoelétricos

São dispositivos que realizam o acionamento de lâmpadas

de acordo com a intensidade luminosa do ambiente, ou

seja, ligam na ausência de luz (ao anoitecer) e desligam

na presença de luz (ao amanhecer). Basicamente, são

constituídos por um sensor (fototransístor), o circuito

eletrônico de comando e um relé interno.

Uma de suas principais características é que pode ser

utilizádo para o comando de lâmpadas em geral

(incandescentes, fluorescentes, mista, vapor metálico,

etc.).
72
6.1.6.4 Sensores de Luminosidade

Regulam as cargas luminosas em função do melhor

aproveitamento da luminosidade natural dentro ou fora do

ambiente, mantendo assim, de uma maneira econômica, a

correta iluminação para cada local, podendo inclusive

comandar persianas ou dimmerizar bancos de luminárias.

6.1.6.5 Programação Horária

Programação horária consiste no desligamento da

iluminação em horários pré-programados, ou seja, desligar

a iluminação em horários de menor uso ou durante o dia

onde se pode aproveitar a iluminação natural.

Este processo pode ser manual, porém se utilizado um ou

alguns dos equipamentos descritos acima com certeza

terá um rendimento melhor.

6.2 Sistemas de Ar-Condicionado

O propósito de se utilizar sistemas de ar condicionado é de poder ter

controle sobre a temperatura do ar de um determinado ambiente, de tal

forma que este ambiente fique em uma temperatura agradável para seus

ocupantes. Seu princípio consiste em retirar do ambiente o ar aquecido,

produzido pelas pessoas e equipamentos, devolvendo um ar com

temperatura menor, o que não é tão eficiente em sistemas de ventilação

convencionais.

Atualmente, o uso de sistemas de ar condicionado se tornou

imprescindível, pois além do conforto que eles proporcionam, sua

utilização é muito importante em processos industriais que necessitam de

temperaturas mais amenas ou controladas.


73
6.2.1 Tipos de Sistemas de Condicionamento Ambiental

Atualmente no Brasil são utilizados 2 tipos de sistemas de

condicionamento de ambiental, que são os Sistemas de Expansão

Direta e os Sistemas de Expansão Indireta.

6.2.1.1 Sistemas de Expansão Direta

Neste tipo de sistema, acontece o resfriamento do ar no

momento em que há a evaporação do refrigerante, onde

este ar é aproveitado pelo ambiente.

Os tipos mais comuns são:

a) Aparelhos de janela;

b) “self-contained” com condensação a ar;

c) “split-system”;

d) “self-contained” com condensação a água;

O sistema de distribuição de ar é constituído pela

combinação dos componentes: ventiladores, dutos,

dampers, medidores de vazão, sensores de pressão

estática e de temperatura, unidades terminais de ar e

difusores.

6.2.1.2 Sistemas de Expansão Indireta

Neste sistema, um refrigerante (primário) resfria um fluido

intermediário (refrigerante secundário, geralmente a água)

que, passando por uma serpentina, retira o calor do ar

proveniente dos ambientes, quando em contato com a

mesma.

O sistema de água gelada é constituído por subsistemas

de refrigeração (chillers), de distribuição e meios de

dissipação de calor coletado pelo sistema. Os chillers


74
resfriam a água, a qual, bombeada, caminha através de

tubulações até às serpentinas localizadas nas unidades

terminais (fan coils). Neste ponto, há uma elevação em

sua temperatura, pela troca de calor com o ar de retorno

em contato com a serpentina. A água volta aos chillers

para ser novamente resfriada, através da troca de calor

com o refrigerante.

A distribuição de água gelada no edifício se dá através do

bombeamento da água proveniente do chiller até às

serpentinas dos fan coils ou unidades terminais. Esta água

gelada percorre as tubulações do circuito a uma

temperatura de 4 a 13 graus centígrados.

6.2.2 Comparativo de Consumo e Eficiência

Entende-se por eficiência, em termos de energia, a menor

utilização de energia para se produzir uma determinada

quantidade de serviços ou saída proveitosa, no nosso caso, o ar

condicionado.

Nos sistemas de ar condicionado a medida de calor utilizada

chama-se BTU (British Thermal Unit), onde 1 BTU equivale a 0,293

Wh (Watt.hora). Na prática, no período de uma hora, uma pessoa

trabalhando em um escritório libera 250 BTU’s, e é preciso ter

cerca de 12000 BTU’s para fazer 1 Tonelada de gelo.

Para se determinar a eficiência de um sistema como um todo,

medimos em COP (Coeficiente de Desempenho, do inglês

Coefficient of Performance), que é definido como:

COPf= refrigeração útil (o índice “f” para frio)


entrada útil de energia
75
Para sistemas que fornecem aquecimento tem-se de forma

análoga:

COPq= refrigeração útil (o índice “q” para quente)


entrada útil de energia

Também pode ser utilizado a Ennergy Efficiency Ratio (EER), ou

Taxa de Eficiência Energética, relacionando, tem-se:

EER= COP x 3,413, (pois há 3,413 BTU’s por watt).

6.3 Cogeração de Energia

Atualmente deve-se destacar a importância deste conceito que é a

cogeração de energia, ainda mais quando se tem como fator importante o

custo da energia elétrica em qualquer setor de grande porte na área

industrial, de serviços ou comércio. A aplicação desta tecnologia abrange

desde hotéis, supermercados, complexos comerciais, shopping centers

até indústrias de bebidas, química, petroquímica entre outras.

A essência da cogeração de energia é a produção de energia elétrica e

térmica pela combinação de certos equipamentos: a turbina ou motor

alternativo movido a algum combustível convencional (gás natural, óleo

combustível, diesel e carvão) ou movido a algum tipo de resíduo industrial

(madeira, bagaço de cana, casca de arroz, etc.) onde se tem um

aproveitamento de cerca de 80% da energia existente no combustível.

Acoplando-se a turbina ou motor a um gerador elétrico obtém-se a

energia elétrica. A geração da energia térmica se dá pela captação da

água que é utilizada para resfriamento da turbina ou motor, através de

trocadores de calor para água quente e utilizando-se chillers de absorção,

para produção de água fria. Utilizando-se uma caldeira de recuperação, é

possível a produção de vapor de água que alimentará diretamente algum

processo industrial.
76
Deve-se destacar que após um determinado prazo, além da recuperação

dos recursos financeiros empregados por utilizar um método de

cogeração de energia, se tem uma auto-eficiência energética, uma

melhor qualidade da energia gerada e uma redução dos impactos

ambientais, mostrando que o investimento neste tipo de tecnologia

abrange outras esferas.

A figura 16 mostra um exemplo típico de aplicação deste tipo de

tecnologia.

Figura 16: Aplicações Típicas de Cogeração.


Fonte: BR. www.br.com.br. 10/09/06.
77
7 Diretrizes para Estudo de Viabilidade e Implantação em Projeto de Automação

Predial em Edifícios Existentes

A principal vantagem da automação predial aplicada em hotéis, edifícios

comerciais, shopping centers e indústrias, é a valorização do empreendimento

e a redução dos custos operacionais, como gastos de energia, água e gás,

além de promover conforto no controle de ar condicionado, aquecimento,

elevadores, iluminação, som e circuitos de segurança.

Os edifícios inteligentes têm uma alta capacidade em receber novas

tecnologias, bem como o de dispor de sistemas de gerenciamento para

manutenção e operação predial que garantam conforto ambiental através de

ajustes de acordo com a necessidade do usuário, mantendo a integridade do

sistema ao longo dos anos. Para isso, esses conceitos básicos devem ser

definidos na fase de projeto, de forma a garantir as condições de ocupação,

áreas de serviços, suporte e apoio, além de condições ambientais adequadas.

Quando esse processo é aplicado em edifícios já construídos, sem

cabeamento estruturado e com as fontes de energia ou pontos de

fornecimento de eletricidade, água e gás, por exemplo, de forma

descentralizada e com tecnologias ultrapassadas, qualquer tipo de

implementação deverá ser cuidadosamente estudado para não gerar um custo

inicial muito alto para essa automação.

Para o sistema de automação funcionar corretamente, é necessário um

sistema que permite a interação de módulos de controle de diversas marcas,

um eficiente treinamento dos operadores e uma organização bem estruturada

em relação às possíveis manutenções do sistema como um todo,

proporcionando ao usuário final, conforto, segurança e economia constante.


78
Com o uso dos controladores lógicos programáveis, software, protocolos de

comunicação juntamente com a tecnologia wireless (sistemas sem fio) é

proporcionado novos recursos para a interligação dos sistemas sem as

indesejáveis intervenções na alvenaria e com uma central de monitoração e

operação à distância.

7.1 Dimensionamento dos Processos Existentes

O dimensionamento consiste em um estudo onde, através de

conhecimentos, habilidades e técnicas, são levantados todos os pontos

que atinge o máximo de economia, conforto e segurança dos usuários.

Esse levantamento preliminar do trabalho a ser desenvolvido, caracteriza-

se como um processo contínuo que além de estabelecer as direções a

seguir, procura aumentar a probabilidade da ocorrência dos resultados

desejados e minimizar os indesejados.

Quando se avalia um determinado edifício é importante ter conhecimento

de quais fatores da infra-estrutura geram maiores impactos aos custos de

operação do edifício. Os gastos com energia elétrica, manutenção e

água, quase sempre representam o maior montante. Avaliar a infra-

estrutura dos edifícios visa, desta forma, a garantir que o custo

operacional, ao longo dos anos em que a empresa estará ocupando os

espaços, seja adequado e reduzido ao máximo, sem grandes impactos ao

resultado do negócio da empresa.

Itens como ar condicionado, elevadores, iluminação, bombeamento,

alarme e detecção de incêndio, CFTV, CATV, controle de demanda de

energia, medição individualizada do consumo de energia, sistemas de

telefonia, de dados, de sonorização, salas de supervisão e controle e de

telecomunicação, localização de equipamentos, controles de acesso,

entre outros, deverão ser observados. Outro aspecto importante são os


79
pontos de aproveitamento e melhoria de nível ambiental, como utilização

de luminosidade e ventilação natural assim como irrigação de gramados e

jardins.

Esse estudo deve ser voltado para a verificação da possibilidade de

disponibilizar uma infra-estrutura que, mesmo que não haja recursos

totais agora, quando houver, seja possível utilizá-la. Com um conjunto de

tecnologias e equipamentos apropriados será possível controlar

iluminação, consumo, utilidades, integração com sistemas de áudio e

vídeo, entre outros. A automação permitirá a utilização de todos os

recursos disponíveis de um edifício de forma integrada, através de um

meio de comunicação entre os mesmos.

7.2 Análise de Rendimento e Custos de Operação

Os edifícios se diferenciam entre tamanho, aplicação, necessidades de

conforto, padrões de qualidade, produção e climatização de ambientes. A

análise dos rendimentos e custos de operação esta relacionada a esses

fatores e por isso, se torna necessário um planejamento minucioso de

todas as necessidades e das respectivas soluções, garantindo assim, um

sistema que atenda a estas demandas específicas.

No sistema atual é inconcebível um edifício sem a automação para fins de

controle de ar condicionado, controle de iluminação, controle de demanda

de energia ou de elevador. Atividades manuais de difícil realização geram

custos de mão de obra e demora no tempo de detecção do defeito.

Porém, para um sistema ser viável, necessita-se de um controle do gasto

medindo o consumo e ter o controle sobre equipamentos, impedindo que

sejam ligados, caso tenham ultrapassado uma meta já imposta, por

exemplo.
80
O maior retorno é o de caráter técnico como redução do consumo de

energia e demais insumos, redução de gastos com serviços contratados,

eliminação de falhas e panes nos equipamentos principais e com

detecção instantânea dos possíveis defeitos. Com a implantação de

sistemas de controle é possibilitada, também, uma melhoria

administrativa e da produtividade, eliminação de substituição não

planejada de sistemas, redução de gastos com ferramentas, peças de

reposição e materiais diversos de manutenção.

7.3 Análise da Capacidade de Economia Energética

A capacidade de economizar energia está relacionada, logicamente, a

redução ao máximo dos custos de um edifício. Um dos pontos de

economia está nos sistemas de ar condicionado, pois além de ser um dos

sistemas de maior consumo de energia e de água, é aquele que pode

demandar elevado custo com manutenção e de contribuir diretamente

para o conforto do usuário.

O projeto de distribuição dos dutos, por exemplo, pode consistir em um

simples encaminhamento para a distribuição uniforme do ar pelo

escritório, ou pode consistir em um elaborado projeto de automatização e

controle do ar condicionado.

Sistemas modernos utilizam um sistema de zoneamento do edifício e dos

pavimentos. Uma das formas de solução consiste nos sistemas

compostos de caixas de volume de ar variado (VAV) e sensores de

temperatura, que regulam a vazão de ar nas caixas de VAV e/ou a

quantidade de água gelada necessária no equipamento ventilador (Fan

Coil ou Self). Esse método de instalação, juntamente com a

automatização dos controles para supervisão, traz economias e melhor


81
rendimento ao sistema, além de elevado e uniforme grau de conforto aos

usuários do edifício.

Os sistemas de iluminação também são grandes consumidores de

energia e interferem diretamente na qualidade do ambiente de trabalho.

Nesse controle de consumo de energia, a contribuição da iluminação

natural é um fator importante, pois se uma determinada área de escritório

apresenta seu sistema totalmente dependente de iluminação artificial, o

consumo de energia e o custo de manutenção pelas horas de utilização

da mesma tornam-se ainda mais elevados. No entanto, deve-se avaliar

quais os tipos de lâmpadas, reatores e luminárias utilizadas, para o

estudo do novo sistema de automatização.

A automatização em iluminação pode ser desde a utilização de sensores

de presença até a utilização de sensores dimerizados que controlam a

necessidade e a intensidade da iluminação, mantendo-se no ambiente, o

mínimo de luminosidade projetado. Esses controles, além de contribuírem

para manter o nível de iluminação dentro dos parâmetros de norma,

contribuem consideravelmente para a redução do custo de operação do

edifício.

Completando a relação dos pontos mais críticos de consumo de um

edifício e que também se deve observar, é o funcionamento dos

elevadores. A necessidade de economia energética e a disponibilidade

para reformas e modernizações de antigos edifícios, assim como os

novos, fizeram com que as empresas fabricantes de elevadores

desenvolvessem sistemas com menor consumo de energia elétrica. Hoje

em dia, o mercado disponibiliza sistemas de chamadas inteligentes, que

direcionam para atendimento da chamada aquele equipamento, de um

conjunto de vários, que estiver mais próximo do pavimento que solicitou o


82
elevador. Outro sistema disponível seleciona o elevador em função do

pavimento em que o usuário deseja ir, ou seja, o usuário não solicita

somente o elevador, no ato da chamada, ele indica o andar aonde deseja

ir. Elevadores modernos utilizam sistemas com inversores de freqüência,

nos quais controlam a velocidade, aceleração e desaceleração, evitando

os “picos” de consumo de energia e contribuindo para uma redução do

consumo de energia elétrica e das indesejáveis manutenções.


83
8 Projeto de um Sistema de Automação Predial - Estudo de Caso

Este capítulo tem como objetivo, desenvolver o projeto de um sistema de

automação predial. O edifício e todas as condições de infra-estrutura são

teóricos, no entanto, são semelhantes às condições encontradas em situações

reais, a fim de dar consistência e veracidade ao projeto.

Com base nos tópicos detalhados até este capitulo, disponibiliza-se condições

de definir a real necessidade do cliente e adequar um projeto com as melhores

condições custo x benefício, aliando as condições tecnológicas disponíveis no

mercado com a capacidade de absorção deste sistema pelo Empreendimento

e conseqüentemente pela equipe técnica de operação.

Um dos pontos importantes deste projeto será a otimização do uso da energia

elétrica consumida pelo edifício, onde se faz uma análise completa dos

sistemas prediais que serão instalados, bem como a capacidade máxima de

economia que poderá ser atingida.

Este projeto estará sendo desenvolvido em conjunto com os outros sistemas

prediais, portanto, irão interagir entre si de forma a concretizar todas as

necessidades do cliente, tanto no que diz respeito às condições de conforto

quanto na operabilidade econômica do edifício.

8.1 Definindo o Objetivo do Projeto

Para desenvolver um sistema de automação predial, é necessário que

sejam identificadas as reais necessidades que o edifício, bem como as de

seus ocupantes terão no decorrer de suas atividades. Tentando distinguir

estas características humanas, o psicologista americano Abraham

Maslow desenvolveu em forma piramidal, conforme figura 17, a hierarquia

das necessidades humanas:


84

Necessidade
de Atualizar-se
Necessidade
de Auto Es ti ma

Necessidade de Socializar -se

Necessidade de Segurança

Necessidades Fisiológicas

Figura 17: Hierarquia das Necessidades.


Fonte: BERNADEN, JOHN A. E NEUBAUER, RICHARD E. 1988.

Com esta hierarquia, Maslow descreveu que as pessoas primeiramente

precisam satisfazer as necessidades básicas para daí então buscar

satisfazer outras necessidades mais elevadas.

O Estudo da Hierarquia das Necessidades pode ser aplicado quase que

totalmente no desenvolvimento de edifícios inteligentes, pois para definir

as condições reais de automatização e tecnologia necessárias em um

edifício, deve-se observar tanto as condições técnicas de operação

quanto as necessidades das pessoas que usufruirão diariamente com os

benefícios desta tecnologia, conforme relações demonstradas na figura

18.

Sistemas tecnol ógicos altamente flexí veis,


com alto poder de absorç ão de novas
Necessidade tecnol ogias e ferrame ntas.
de Atualizar-se Sistemas de Informaç ão, e outros meios
Necessidade que auxiliem o home m a executar suas
de Auto Es ti ma tarefas de maneira pr oduti va e eficiente.
Sistemas deTelecomunicações, cabeamento
Necessidade de Socializar-se estruturado, Internet, Vi de o Conferenci as.
Sistemas de CFTV, Controle de Acesso,
Necessidade de Seguranç a Detecção e Combate a Incêndi o.
Sistemas de Ar condicionado, iluminação,
Necessidades Fisiológicas ventil ação, água potável, saneamento, etc.

Figura 18: Comparativo Entre a Hierarquia das Necessidades de Maslow e os


Sistemas que Constituem um Edifício Inteligente.
Fonte: BERNADEN, JOHN A. E NEUBAUER, RICHARD E. 1988.
85
Com base no comparativo da figura 18 e com o intuito de propiciar um

sistema que seja economicamente viável, e ao mesmo tempo altamente

eficiente, inicia-se o projeto estudando a estrutura de serviços que o

empreendimento irá dispor aos seus usuários e colaboradores.

O empreendimento em questão será um edifício sede de uma empresa

de telemarketing, o qual será construído com as seguintes características:

a) O edifício será revestido em sua fachada inteiramente com vidros

especiais, cuja função será a de permitir a máxima passagem de luz

possível sem afetar no entanto o condicionamento de ar interno e a

produtividade das pessoas.

b) 11 andares de aproximadamente 1170m², destinados ás salas de

escritórios que serão ocupadas pelos funcionários da empresa.

c) 1 andar térreo de 500m² destinados à recepção e local de espera de

visitantes.

d) 2 subsolos de 1100m² destinados a garagens.

e) O 12° andar será destinado à CAG (Central de Água Gelada).

f) O 13° andar será o Barrilete onde ficaram as bombas do sistema de

combate a incêndio e o reservatório superior.

g) A entrada de energia e água será efetuada pelo 1°Subsolo onde se

terá o reservatório inferior de água potável.

h) A subestação com os transformadores e cabine de medição será

construída no 1° Subsolo.

i) Os reservatórios de esgoto e águas pluviais serão construídos no

2°Subsolo.
86
Esta empresa esta funcionando hoje em um edifício alugado e

inadequado para seu propósito de crescimento, e que não atende as

necessidades dos profissionais reduzindo a eficiência e o animo dos

mesmos.

Com base em reuniões com a diretoria desta empresa, concluiu-se que a

mesma funcionará da seguinte forma:

a) O horário de trabalho na empresa se inicia as 07:00 e se estende até

as 22:00.

b) Os únicos locais que sempre haverá pessoas trabalhando serão no

CPD, na sala de BMS e na portaria.

c) Os diretores possuem salas e horários de trabalho individualizados.

Estas salas estão distribuídas pelos andares do novo edifício.

d) A temperatura das salas de trabalho, salvo salas de diretores e de

reuniões, deverão ter como setpoint (valor desejado) 23°C ± 0,5°C.

Estas informações citadas acima são somente algumas características

levantadas junto ao cliente, a fim de realizar um projeto que seja

compatível com as expectativas do usuário final.

8.2 Interação Com os Demais Projetos

Analisa-se a seguir as características dos demais projetos de sistemas a

serem instalados no edifício:

8.2.1 Sistema de Ar Condicionado

O Sistema a ser instalado será de Expansão Indireta com 3

unidades refrigeradoras (Chillers) de 200 TR’s cada, refrigerados a

água. Cada chiller contém 5 compressores do tipo Scroll de 40

TR’s, sendo que para cada Chiller tem-se:

a) 1 Bomba de Água Gelada Primária de 30 CV / 140m³/h.

b) 1 Bomba de Água Gelada Secundaria de 30 CV. / 140m³/h.


87
c) 1 Torre de Condensação de 15 CV. / 140m³/h.

d) 1 Bomba de Condensação de 40 CV. / 160m³/h.

e) 8 Tanques de Termoacumulação de 10m³ cada.

Esta central de Água Gelada por sua vez abastece 11 Fancoils de

30TR’s e 1 Fancoil de 40TR’s, cada Fancoil é responsável pelo

condicionamento de um único andar apenas, sendo 11 andares

tipo e o Térreo. Cada Fancoil possue para controle de capacidade

1 válvula de água gelada de 2 vias, damper’s motorizados de

retorno e de capitação de ar externo, um Variador de Freqüência

que é controlado pela pressão interna do duto de insuflamento e

pela temperatura de retorno. Cada um dos 11 andares de

escritórios possui aproximadamente 5 caixas de VAV (Volume de

ar variável), as quais são controladas por sensores de temperatura

distribuídos por todo o andar.

8.2.2 Sistema de Ventilação e Exaustão

O sistema de ventilação e exaustão é constituído por:

a) 2 exaustores de 1800m³/h, com motores de 20CV, instalados

na cobertura, estes exaustores realizam a exaustão dos banheiros

do Térreo ao 11° andar.

b) 2 exaustores de 2200m³/h com motores de 25CV, que exaurem

o ar dos subsolos, sendo os mesmos acionados somente quando a

concentração de monóxido de carbono estiver acima do permitido

em norma.
88
c) 3 ventiladores de pressurização de escadas com vazão de

3000m³/h e motor de 40CV cada, em situações normais apenas

um deles funciona no horário de expediente da empresa, caso haja

uma situação de alarme serão acionados pelo sistema de detecção

2 ventiladores, para garantir a pressurização nas escadas de

emergência.

8.2.3 Sistema de Iluminação

O sistema de iluminação foi projetado para atender todas as

necessidades de seus usuários, visando trazer um ambiente tanto

de conforto como de produtividade. Como um dos objetivos do

projeto é implantar um edifício com um alto fator de eficiência

energética, o sistema de iluminação é constituído principalmente

de:

a) Lâmpadas Fluorescentes de 28 Watts com reatores de alto

fator de potencia (Garagem e Salas de Escritório).

b) Luminárias com PL's de 32W (corredores dos andares tipo e

térreo).

c) Quadros de Iluminação com previsão de controle pela

Automação Predial, os pontos disponíveis são: Comando e Estado

do Circuito e Estado da Chave Auto/Manual.

8.2.4 Instalação Elétrica Geral

Considera-se como sistemas gerais todos os outros processos de

utilidades realizados em conjunto com a instalação elétrica, são

eles:
89
a) Bombas de recalque: são duas bombas que realizam o

abastecimento do reservatório superior de 60m³, através da água

armazenada no reservatório inferior de 100m³ cujo abastecimento

é realizado pela Rede publica de abastecimento de água. Estas

bombas possuem monitoramento e controle através do Sistema de

Automação, onde deveram constar em seu quadro os seguintes

pontos de controle: Estado de funcionamento, Comando das

Bombas, Estado da Chave Auto/Manual. Existem também 3 bóias

de nível instaladas tanto no reservatório inferior quanto no superior.

b) Bombas de Esgoto e Bombas de Águas Pluviais: São dois

reservatórios distintos que possuem 2 bombas cada, estes

reservatórios se encontram no 2° Subsolo e possuem 3 bóias de

nível instaladas em cada um. Disponibilizam para a automação os

seguintes pontos: Estado de Funcionamento, Comando das

Bombas e Estado das Chaves Auto/Manual.

c) Entrada de Energia de 34,5 KV com 2 Transformadores de

2MVA trabalhando em paralelo, reduzindo a tensão para 380 Volts

trifásico.

d) 3 Geradores de Energia de 500KVA cada, que suportam toda o

sistema de iluminação, tomadas e sistemas essenciais como

Elevadores, detecção e combate a incêndio, sistemas de

segurança e BMS. Possuem controle em rampa com a energia da

rede externa. Esta previsto também 150KVA's para a alimentação

das Bombas de Água Secundarias da CAG e Primarias, visto que

o sistema de ar condicionado possui termoacumulação. Os

geradores tem saída MODBUS RTU para comunicação com o

Sistema de Supervisão Predial.


90
e) O relógio da Eletropaulo deverá disponibilizar uma saída óptica

de pulsos para medição por um sistema de gerenciamento

energético que trabalhe em conjunto com o Sistema de Supervisão

Predial. Monitorando a demanda de energia do Edifício e se

preciso, desligando cargas não essenciais através da Automação

Predial.

f) Os Disjuntores e as seccionadoras de média tensão possuem

contatos que podem ser monitorados pelo sistema de supervisão,

indicando o estado de funcionamento do dispositivo.

8.2.5 Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

O sistema de Detecção e Alarme de Incêndio foi projetado para

identificar possíveis focos de incêndio, para que o mesmo possa

ser combatido antes que tome proporções maiores. Este sistema

deverá conter:

a) Central de Detecção Inteligente, a qual comporte detectores e

dispositivos endereçáveis, deverá ter saídas e entradas digitais

para interagir com o sistema de automação predial e de controle de

acesso.

b) Laço de detectores e dispositivos endereçáveis, estes laços

deverão estar configurados para Classe A.

c) Detectores de Fumaça ópticos e Acionadores Manuais

endereçáveis, cuja distribuição deverá seguir os parâmetros

estabelecidos pela NBR 9410 a qual estabelece normas para a

instalação destes dispositivos.


91
d) Módulos de Monitoração de Chaves de Fluxo instaladas na

tubulação de Sprinklers e Hidrantes, de forma a avisar a central

quando ocorrem eventos que utilizem a água da tubulação do

sistema de combate a incêndio.

e) Módulos de Controle de Sirenes endereçáveis, cujo

acionamento deverá respeitar as zonas alarmadas e o tempo de

atraso programado necessário para que se faça a verificação do

local do sinistro. Em caso de duplo alarme em uma mesma zona, o

módulo de sirenes desta deverá acionar imediatamente a fim de

avisar as pessoas do local do sinistro.

f) As sirenes deverão conter Lâmpadas Strobes, e sua

localização deverá estar próxima de Escadas de Emergência ou

áreas comuns, de forma a facilitar a visualização.

g) Em caso de Alarme de Incêndio, a central de detecção deverá

acionar a ventilação de pressurização das escadas de emergência,

a fim de conter a entrada de fumaça nas escadas.

8.2.6 Sistema de Combate a Incêndio

Trabalhando em conjunto com o Sistema de detecção, o sistema

de combate a incêndio é a ferramenta de auxilio ao Bombeiro ou

equipe de brigadistas, tendo a função de combate automático

(Sprinklers) ou manual (Hidrantes), este sistema é constituído por:

a) 1 Bomba Jockey para manter a rede de Sprinkler pressurizada.

b) 2 Bombas principais que trabalham revezadamente para dar

suporte a um combate de maiores proporções feito pela rede de

Sprinklers.

c) 1 Bomba Jockey para manter a rede de Hidrantes pressurizada.


92
d) 2 Bombas principais que trabalham revezadamente para dar

suporte a um combate de maiores proporções feito pela rede de

Hidrantes.

Todas estas bombas possuem o monitoramento de Estado de

Funcionamento e a pressão das respectivas linhas feitas pelo

sistema de Supervisão Predial.

8.3 Definindo os Processos de Controle e Supervisão

Após entender tanto as necessidades do empreendimento quanto os

detalhes dos outros sistemas que farão parte deste edifício, pode-se dar

inicio a quantificação de pontos a serem supervisionados e controlados,

conforme tabela 12, localizada da página 92 a 100.

Cliente: TOTEM Empreendimentos

Planilha de Definição e Controle de Pontos Supervisionados.

Sistema N° Processo Local Ponto/Tipo Descrição TAG

Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Temp. Entrada AG Chiller 1 cag_ste_ch1


Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Temp. Entrada AG Chiller 2 cag_ste_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Temp. Entrada AG Chiller 3 cag_ste_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Temp. Saida AG Chiller 1 cag_sts_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Temp. Saida AG Chiller 2 cag_sts_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Temp. Saida AG Chiller 3 cag_sts_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita Chiller 1 cag_hab_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita Chiller 2 cag_hab_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita Chiller 3 cag_hab_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico/Manual Chiller 1 cag_ch3p_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico/Manual Chiller 2 cag_ch3p_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico/Manual Chiller 3 cag_ch3p_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 1 Chiller 1 cag_cp1_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 1 Chiller 2 cag_cp1_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 1 Chiller 3 cag_cp1_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 2 Chiller 1 cag_cp2_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 2 Chiller 2 cag_cp2_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 2 Chiller 3 cag_cp2_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 3 Chiller 1 cag_cp3_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 3 Chiller 2 cag_cp3_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 3 Chiller 3 cag_cp3_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 4 Chiller 1 cag_cp4_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 4 Chiller 2 cag_cp4_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 4 Chiller 3 cag_cp4_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 5 Chiller 1 cag_cp5_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 5 Chiller 2 cag_cp5_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando Compressor 5 Chiller 3 cag_cp5_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 1 Chiller 1 cag_stcp1_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 1 Chiller 2 cag_stcp1_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 1 Chiller 3 cag_stcp1_ch3
93
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 2 Chiller 1 cag_stcp2_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 2 Chiller 2 cag_stcp2_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 2 Chiller 3 cag_stcp2_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 3 Chiller 1 cag_stcp3_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 3 Chiller 2 cag_stcp3_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 3 Chiller 3 cag_stcp3_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 4 Chiller 1 cag_stcp4_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 4 Chiller 2 cag_stcp4_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 4 Chiller 3 cag_stcp4_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 5 Chiller 1 cag_stcp5_ch1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 5 Chiller 2 cag_stcp5_ch2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Compressor 5 Chiller 3 cag_stcp5_ch3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAGP1 cag_ch3p_bagp1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAGP2 cag_ch3p_bagp2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAGP3 cag_ch3p_bagp3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAGP 1 cag_st_bagp1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAGP 2 cag_st_bagp2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAGP 3 cag_st_bagp3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando BAGP 1 cag_cmd_bagp1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando BAGP 2 cag_cmd_bagp2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando BAGP 3 cag_cmd_bagp3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAC1 cag_ch3p_bac1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAC2 cag_ch3p_bac2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAC3 cag_ch3p_bac3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAC 1 cag_st_bac1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAC 2 cag_st_bac2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAC 3 cag_st_bac3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando BAC 1 cag_cmd_bac1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando BAC 2 cag_cmd_bac2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Comando BAC 3 cag_cmd_bac3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAGS 1 cag_st_bags1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAGS 2 cag_st_bags2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status BAGS 3 cag_st_bags3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAGS1 cag_ch3p_bags1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAGS2 cag_ch3p_bags2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual BAGS3 cag_ch3p_bags3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita BAGS1 cag_hab_bags1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita BAGS2 cag_hab_bags2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita BAGS3 cag_hab_bags3
Comando de Variador de Frequencia da
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A cag_cvf_bags1
BAGS1
Comando de Variador de Frequencia da
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A cag_cvf_bags2
BAGS2
Comando de Variador de Frequencia da
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A cag_cvf_bags3
BAGS3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Torre de Resfriamento 1 cag_st_tr1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Torre de Resfriamento 2 cag_st_tr2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Status Torre de Resfriamento 3 cag_st_tr3
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual Torre 1 cag_ch3p_tr1
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual Torre 2 cag_ch3p_tr2
Ar Cond. 00001-AC CAG ED Chave Automatico Manual Torre 3 cag_ch3p_tr3
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita Torre 1 cag_hab_tr1
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita Torre 2 cag_hab_tr2
Ar Cond. 00001-AC CAG SD Habilita Torre 3 cag_hab_tr3
Comando de Variador de Frequencia da
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A cag_cvf_tr1
Torre 1
Comando de Variador de Frequencia da
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A cag_cvf_tr2
Torre 2
Comando de Variador de Frequencia da
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A cag_cvf_tr3
Torre 3
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Vazão de AG de Retorno cag_svr
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Vazão de AG de Saida cag_svs
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Temperatura de AG de Retorno cag_str
94
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Temperatura de AG de Saida cag_sts
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A Comando Valvula 1 Tanque Gelo cag_cval1_tg
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A Comando Valvula 2 Tanque Gelo cag_cval2_tg
Ar Cond. 00001-AC CAG S.A Comando Valvula Bypass cag_cval_byp
Ar Cond. 00001-AC CAG EA Sensor de Pressão Saida Chillers cag_spr_chs
Sensor de Pressão Ultimo ponto da
Ar Cond. 00001-AC CAG EA cag_spr_ult
Linha
Ar Cond. 00002-AC Terreo ED Status do Fancoil 1 arc_st_fc1
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav ED Status do Fancoil 2 arc_st_fc2
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav ED Status do Fancoil 3 arc_st_fc3
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav ED Status do Fancoil 4 arc_st_fc4
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav ED Status do Fancoil 5 arc_st_fc5
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav ED Status do Fancoil 6 arc_st_fc6
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav ED Status do Fancoil 7 arc_st_fc7
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav ED Status do Fancoil 8 arc_st_fc8
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav ED Status do Fancoil 9 arc_st_fc9
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav ED Status do Fancoil 10 arc_st_fc10
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav ED Status do Fancoil 11 arc_st_fc11
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav ED Status do Fancoil 12 arc_st_fc12
Ar Cond. 00002-AC Terreo ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 1 arc_ch3p_fc1
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 2 arc_ch3p_fc2
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 3 arc_ch3p_fc3
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 4 arc_ch3p_fc4
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 5 arc_ch3p_fc5
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 6 arc_ch3p_fc6
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 7 arc_ch3p_fc7
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 8 arc_ch3p_fc8
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 9 arc_ch3p_fc9
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 10 arc_ch3p_fc10
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 11 arc_ch3p_fc11
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav ED Chave Automatico/Manual do Fancoil 12 arc_ch3p_fc12
Ar Cond. 00002-AC Terreo SD Habilita Fancoil 1 arc_hab_fc1
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav SD Habilita Fancoil 2 arc_hab_fc2
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav SD Habilita Fancoil 3 arc_hab_fc3
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav SD Habilita Fancoil 4 arc_hab_fc4
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav SD Habilita Fancoil 5 arc_hab_fc5
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav SD Habilita Fancoil 6 arc_hab_fc6
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav SD Habilita Fancoil 7 arc_hab_fc7
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav SD Habilita Fancoil 8 arc_hab_fc8
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav SD Habilita Fancoil 9 arc_hab_fc9
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav SD Habilita Fancoil 10 arc_hab_fc10
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav SD Habilita Fancoil 11 arc_hab_fc11
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav SD Habilita Fancoil 12 arc_hab_fc12
Ar Cond. 00002-AC Terreo S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 1 arc_cvf_fc1
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 2 arc_cvf_fc2
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 3 arc_cvf_fc3
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 4 arc_cvf_fc4
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 5 arc_cvf_fc5
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 6 arc_cvf_fc6
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 7 arc_cvf_fc7
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 8 arc_cvf_fc8
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 9 arc_cvf_fc9
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 10 arc_cvf_fc10
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 11 arc_cvf_fc11
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav S.A Controle Variador de Freq. Fancoil 12 arc_cvf_fc12
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC Terreo S.A arc_cvag_fc1
Fancoil 1
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav S.A arc_cvag_fc2
Fancoil 2
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav S.A arc_cvag_fc3
Fancoil 3
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav S.A arc_cvag_fc4
Fancoil 4
95
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav S.A arc_cvag_fc5
Fancoil 5
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav S.A arc_cvag_fc6
Fancoil 6
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav S.A arc_cvag_fc7
Fancoil 7
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav S.A arc_cvag_fc8
Fancoil 8
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav S.A arc_cvag_fc9
Fancoil 9
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav S.A arc_cvag_fc10
Fancoil 10
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav S.A arc_cvag_fc11
Fancoil 11
Controle Valvula de Agua Gelada do
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav S.A arc_cvag_fc12
Fancoil 12
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC Terreo S.A arc_cdar_fc1
Fancoil 1
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav S.A arc_cdar_fc2
Fancoil 2
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav S.A arc_cdar_fc3
Fancoil 3
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav S.A arc_cdar_fc4
Fancoil 4
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav S.A arc_cdar_fc5
Fancoil 5
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav S.A arc_cdar_fc6
Fancoil 6
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav S.A arc_cdar_fc7
Fancoil 7
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav S.A arc_cdar_fc8
Fancoil 8
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav S.A arc_cdar_fc9
Fancoil 9
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav S.A arc_cdar_fc10
Fancoil 10
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav S.A arc_cdar_fc11
Fancoil 11
Controle do Damper de Ar de retorno
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav S.A arc_cdar_fc12
Fancoil 12
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC Terreo S.A x 2 arc_cdae_fc1
Fancoil 1
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc2
Fancoil 2
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc3
Fancoil 3
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc4
Fancoil 4
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc5
Fancoil 5
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc6
Fancoil 6
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc7
Fancoil 7
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc8
Fancoil 8
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc9
Fancoil 9
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc10
Fancoil 10
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc11
Fancoil 11
Controle do Damper de Ar Externo
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav S.A x 2 arc_cdae_fc12
Fancoil 12
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC Terreo EA arc_str_fc1
Fancoil 1
96
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav EA arc_str_fc2
Fancoil 2
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav EA arc_str_fc3
Fancoil 3
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav EA arc_str_fc4
Fancoil 4
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav EA arc_str_fc5
Fancoil 5
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav EA arc_str_fc6
Fancoil 6
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav EA arc_str_fc7
Fancoil 7
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav EA arc_str_fc8
Fancoil 8
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav EA arc_str_fc9
Fancoil 9
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav EA arc_str_fc10
Fancoil 10
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav EA arc_str_fc11
Fancoil 11
Sensor de Temperatura de retorno
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav EA arc_str_fc12
Fancoil 12
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC Terreo EA arc_stae_fc1
Fancoil 1
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav EA arc_stae_fc2
Fancoil 2
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav EA arc_stae_fc3
Fancoil 3
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav EA arc_stae_fc4
Fancoil 4
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav EA arc_stae_fc5
Fancoil 5
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav EA arc_stae_fc6
Fancoil 6
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav EA arc_stae_fc7
Fancoil 7
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav EA arc_stae_fc8
Fancoil 8
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav EA arc_stae_fc9
Fancoil 9
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav EA arc_stae_fc10
Fancoil 10
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav EA arc_stae_fc11
Fancoil 11
Sensor de Temperatura de ar externo
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav EA arc_stae_fc12
Fancoil 12
Ar Cond. 00002-AC Terreo EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 1 arc_sur_fc1
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 2 arc_sur_fc2
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 3 arc_sur_fc3
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 4 arc_sur_fc4
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 5 arc_sur_fc5
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 6 arc_sur_fc6
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 7 arc_sur_fc7
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 8 arc_sur_fc8
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 9 arc_sur_fc9
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 10 arc_sur_fc10
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 11 arc_sur_fc11
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav EA Sensor de Umidade de retorno fancoil 12 arc_sur_fc12
Ar Cond. 00002-AC Terreo EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 1 arc_suae_fc1
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 2 arc_suae_fc2
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 3 arc_suae_fc3
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 4 arc_suae_fc4
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 5 arc_suae_fc5
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 6 arc_suae_fc6
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 7 arc_suae_fc7
97
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 8 arc_suae_fc8
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 9 arc_suae_fc9
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 10 arc_suae_fc10
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 11 arc_suae_fc11
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav EA Sensor de Umidade de ar externo fancoil 12 arc_suae_fc12
Ar Cond. 00002-AC Terreo EA Sensor de Pressão de insuflamento Fancoil 1 arc_spri_fc1
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 1°Pav EA arc_spri_fc2
Fancoil 2
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 2°Pav EA arc_spri_fc3
Fancoil 3
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 3°Pav EA arc_spri_fc4
Fancoil 4
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 4°Pav EA arc_spri_fc5
Fancoil 5
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 5°Pav EA arc_spri_fc6
Fancoil 6
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 6°Pav EA arc_spri_fc7
Fancoil 7
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 7°Pav EA arc_spri_fc8
Fancoil 8
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 8°Pav EA arc_spri_fc9
Fancoil 9
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 9°Pav EA arc_spri_fc10
Fancoil 10
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 10°Pav EA arc_spri_fc11
Fancoil 11
Sensor de Pressão de insuflamento
Ar Cond. 00002-AC 11°Pav EA arc_spri_fc12
Fancoil 12
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 1
Ar Cond. 00003-AC 1°Pav EA x5 arc_sta_vav1 à vav5
à VAV 5
Ar Cond. 00003-AC 1°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 1 à VAV 5 arc_cad_vav1 à vav5
Ar Cond. 00003-AC 1°Pav SD x5 Comando Fecha Damper VAV 1 à VAV 5 arc_cfd_vav1 à vav5
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 6
Ar Cond. 00003-AC 2°Pav EA x5 arc_sta_vav6 à vav10
à VAV 10
Ar Cond. 00003-AC 2°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 6 à VAV 10 arc_cad_vav6 à vav10
Comando Fecha Damper VAV 6 à VAV
Ar Cond. 00003-AC 2°Pav SD x5 arc_cfd_vav6 à vav10
10
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 11
Ar Cond. 00003-AC 3°Pav EA x5 arc_sta_vav11à vav15
à VAV 15
Ar Cond. 00003-AC 3°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 11 à VAV 15 arc_cad_vav11à vav15
Comando Fecha Damper VAV 11 à VAV
Ar Cond. 00003-AC 3°Pav SD x5 arc_cfd_vav11à vav15
15
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 16
Ar Cond. 00003-AC 4°Pav EA x5 arc_sta_vav16 à vav20
à VAV 20
Ar Cond. 00003-AC 4°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 16 à VAV 20 arc_sta_vav16 à vav20
Comando Fecha Damper VAV 16 à VAV
Ar Cond. 00003-AC 4°Pav SD x5 arc_sta_vav16 à vav20
20
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 21
Ar Cond. 00003-AC 5°Pav EA x5 arc_sta_vav21 à vav25
à VAV 25
Ar Cond. 00003-AC 5°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 21 à VAV 25 arc_cad_vav21 à vav25
Comando Fecha Damper VAV 21 à VAV
Ar Cond. 00003-AC 5°Pav SD x5 arc_cfd_vav21 à vav25
25
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 26
Ar Cond. 00003-AC 6°Pav EA x5 arc_sta_vav26 à vav30
à VAV 30
Ar Cond. 00003-AC 6°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 26 à VAV 30 arc_cad_vav26 à vav30
Ar Cond. 00003-AC 6°Pav SD x5 Comando Fecha Damper VAV 26 à VAV 30 arc_cfd_vav26 à vav30
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 31
Ar Cond. 00003-AC 7°Pav EA x5 arc_sta_vav31 à vav35
à VAV 35
Ar Cond. 00003-AC 7°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 31 à VAV 35 arc_cad_vav31 à vav35
Comando Fecha Damper VAV 31 à VAV
Ar Cond. 00003-AC 7°Pav SD x5 arc_cfd_vav31 à vav35
35
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 36
Ar Cond. 00003-AC 8°Pav EA x5 arc_sta_vav36 à vav40
à VAV 40
Ar Cond. 00003-AC 8°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 36 à VAV 40 arc_cad_vav36 à vav40
Ar Cond. 00003-AC 8°Pav SD x5 Comando Fecha Damper VAV 36 à VAV 40 arc_cfd_vav36 à vav40
98
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 41
Ar Cond. 00003-AC 9°Pav EA x5 arc_sta_vav41 à vav45
à VAV 45
Ar Cond. 00003-AC 9°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 41 à VAV 45 arc_cad_vav41 à vav45
Comando Fecha Damper VAV 41 à VAV
Ar Cond. 00003-AC 9°Pav SD x5 arc_cfd_vav41 à vav45
45
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 46
Ar Cond. 00003-AC 10°Pav EA x5 arc_sta_vav46 à vav50
à VAV 50
Ar Cond. 00003-AC 10°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 46 à VAV 50 arc_cad_vav46 à vav50
Comando Fecha Damper VAV 46 à VAV
Ar Cond. 00003-AC 10°Pav SD x5 arc_cfd_vav46 à vav50
50
Sensor de Temperatura Ambiente VAV 51
Ar Cond. 00003-AC 11°Pav EA x5 arc_sta_vav51 à vav55
à VAV 55
Ar Cond. 00003-AC 11°Pav SD x5 Comando Abre Damper VAV 51 à VAV 55 arc_cad_vav51 à vav55
Comando Fecha Damper VAV 51 à VAV
Ar Cond. 00003-AC 11°Pav SD x5 arc_cfd_vav51 à vav55
55
Eletrica 00004-EL Terreo SD Comando Circuito 1 do Terreo ele_cmc1_ilut
Eletrica 00004-EL Terreo SD Comando Circuito 2 do Terreo ele_cmc2_ilut
Eletrica 00004-EL Terreo ED Status do Circuito 1 do Terreo ele_stc1_ilut
Eletrica 00004-EL Terreo ED Status do Circuito 2 do Terreo ele_stc2_ilut
Eletrica 00004-EL 1 °Pav SD Comando Circuito 1 do 1pav ele_cmc1_ilu1
Eletrica 00004-EL 1 °Pav SD Comando Circuito 2 do 1°pav ele_cmc2_ilu1
Eletrica 00004-EL 1 °Pav ED Status do Circuito 1 do 1°pav ele_stc1_ilu1
Eletrica 00004-EL 1 °Pav ED Status do Circuito 2 do 1°pav ele_stc1_ilu1
Eletrica 00004-EL 2 °Pav SD Comando Circuito 1 do 2pav ele_cmc1_ilu2
Eletrica 00004-EL 2 °Pav SD Comando Circuito 2 do 2pav ele_cmc2_ilu2
Eletrica 00004-EL 2 °Pav ED Status do Circuito 1 do 2pav ele_stc1_ilu2
Eletrica 00004-EL 2 °Pav ED Status do Circuito 2 do 2pav ele_stc2_ilu2
Eletrica 00004-EL 3 °Pav SD Comando Circuito 1 do 3pav ele_cmc1_ilu3
Eletrica 00004-EL 3 °Pav SD Comando Circuito 2 do 3pav ele_cmc2_ilu3
Eletrica 00004-EL 3 °Pav ED Status do Circuito 1 do 3pav ele_stc1_ilu3
Eletrica 00004-EL 3 °Pav ED Status do Circuito 2 do 3pav ele_stc1_ilu3
Chave Auto/Manual do QL responsavel
Eletrica 00004-EL Terreo ED ele_ch3p_ilut
pelo T ao 3°
Eletrica 00004-EL 4°pav SD Comando Circuito 1 do 4pav ele_cmc1_ilu4
Eletrica 00004-EL 4°pav SD Comando Circuito 2 do 4pav ele_cmc2_ilu4
Eletrica 00004-EL 4°pav ED Status do Circuito 1 do 4pav ele_stc1_ilu4
Eletrica 00004-EL 4°pav ED Status do Circuito 2 do 4pav ele_stc2_ilu4
Eletrica 00004-EL 5°pav SD Comando Circuito 1 do 5pav ele_cmc1_ilu5
Eletrica 00004-EL 5°pav SD Comando Circuito 2 do 5pav ele_cmc2_ilu5
Eletrica 00004-EL 5°pav ED Status do Circuito 1 do 5pav ele_stc1_ilu5
Eletrica 00004-EL 5°pav ED Status do Circuito 2 do 5pav ele_stc1_ilu5
Eletrica 00004-EL 6 °Pav SD Comando Circuito 1 do 6pav ele_cmc1_ilu6
Eletrica 00004-EL 6 °Pav SD Comando Circuito 2 do 6pav ele_cmc2_ilu6
Eletrica 00004-EL 6 °Pav ED Status do Circuito 1 do 6pav ele_stc1_ilu6
Eletrica 00004-EL 6 °Pav ED Status do Circuito 2 do 6pav ele_stc2_ilu6
Eletrica 00004-EL 7 °Pav SD Comando Circuito 1 do 7pav ele_cmc1_ilu7
Eletrica 00004-EL 7 °Pav SD Comando Circuito 2 do 7pav ele_cmc2_ilu7
Eletrica 00004-EL 7 °Pav ED Status do Circuito 1 do 7pav ele_stc1_ilu7
Eletrica 00004-EL 7 °Pav ED Status do Circuito 2 do 7pav ele_stc1_ilu7
Chave Auto/Manual do QL responsavel
Eletrica 00004-EL 4°pav ED ele_ch3p_ilu4
pelo 4° ao 7°
Eletrica 00004-EL 8°pav SD Comando Circuito 1 do 8pav ele_cmc1_ilu8
Eletrica 00004-EL 8°pav SD Comando Circuito 2 do 8pav ele_cmc2_ilu8
Eletrica 00004-EL 8°pav ED Status do Circuito 1 do 8pav ele_stc1_ilu8
Eletrica 00004-EL 8°pav ED Status do Circuito 2 do 8pav ele_stc2_ilu8
Eletrica 00004-EL 9°pav SD Comando Circuito 1 do 9pav ele_cmc1_ilu9
Eletrica 00004-EL 9°pav SD Comando Circuito 2 do 9pav ele_cmc2_ilu9
Eletrica 00004-EL 9°pav ED Status do Circuito 1 do 9pav ele_stc1_ilu9
Eletrica 00004-EL 9°pav ED Status do Circuito 2 do 9pav ele_stc1_ilu9
Eletrica 00004-EL 10 °Pav SD Comando Circuito 1 do 10pav ele_cmc1_ilu10
Eletrica 00004-EL 10 °Pav SD Comando Circuito 2 do 10pav ele_cmc2_ilu10
Eletrica 00004-EL 10 °Pav ED Status do Circuito 1 do 10pav ele_stc1_ilu10
Eletrica 00004-EL 10 °Pav ED Status do Circuito 2 do 10pav ele_stc2_ilu10
99
Eletrica 00004-EL 11 °Pav SD Comando Circuito 1 do 11pav ele_cmc1_ilu11
Eletrica 00004-EL 11 °Pav SD Comando Circuito 2 do 11pav ele_cmc2_ilu11
Eletrica 00004-EL 11 °Pav ED Status do Circuito 1 do 11pav ele_stc1_ilu11
Eletrica 00004-EL 11 °Pav ED Status do Circuito 2 do 11pav ele_stc1_ilu11
Chave Auto/Manual do QL responsavel
Eletrica 00004-EL 8°pav ED ele_ch3p_ilu8
pelo 8° ao 11°
Eletrica 00005-EL 2°Sub SD Comando bomba de recalque 1 ele_cmb1_req
Eletrica 00005-EL 2°Sub SD Comando bomba de recalque 2 ele_cmb2_req
Eletrica 00005-EL 2°Sub ED Status Bomba de recalque 1 ele_stb1_req
Eletrica 00005-EL 2°Sub ED Status Bomba de recalque 2 ele_stb2_req
Chave Auto/Manual das Bombas de
Eletrica 00005-EL 2°Sub ED ele_ch3p_req
recalque
Eletrica 00005-EL 2°Sub EA Sensor de Nivel do reservatorio inferior ele_snri_req
Eletrica 00005-EL 2°Sub EA Sensor de Nivel do reservatorio superior ele_snrs_req
Eletrica 00006-EL 2°Sub SD Comando bomba de esgoto 1 ele_cmb1_esg
Eletrica 00006-EL 2°Sub SD Comando bomba de esgoto 2 ele_cmb2_esg
Eletrica 00006-EL 2°Sub ED Status Bomba de esgoto 1 ele_stb1_esg
Eletrica 00006-EL 2°Sub ED Status Bomba de esgoto 2 ele_stb2_esg
Chave Auto/Manual das Bombas de
Eletrica 00006-EL 2°Sub ED ele_ch3p_esg
esgoto
Eletrica 00006-EL 2°Sub ED Status de Nivel Alto ele_stna_esg
Eletrica 00006-EL 2°Sub ED Status de Nivel Baixo ele_stnb_esg
Eletrica 00007-EL 2°Sub SD Comando bomba de Ag. Pluviais 1 ele_cmb1_agp
Eletrica 00007-EL 2°Sub SD Comando bomba de Ag. Pluviais 2 ele_cmb2_agp
Eletrica 00007-EL 2°Sub ED Status Bomba de Ag. Pluviais 1 ele_stb1_agp
Eletrica 00007-EL 2°Sub ED Status Bomba de Ag. Pluviais 2 ele_stb2_agp
Chave Auto/Manual das Bombas de Ag.
Eletrica 00007-EL 2°Sub ED ele_ch3p_agp
Pluviais
Eletrica 00007-EL 2°Sub ED Status de Nivel Alto Ag. Pluviais ele_stna_agp
Eletrica 00007-EL 2°Sub ED Status de Nivel Baixo Ag. Pluviais ele_stnb_agp
Eletrica 00004-EL 1°Subsolo SD Comando Circuito 1 do 1°sub ele_cmc1_ilu1s
Eletrica 00004-EL 1°Subsolo SD Comando Circuito 2 do 1°sub ele_cmc2_ilu1s
Eletrica 00004-EL 1°Subsolo ED Status do Circuito 1 do 1°sub ele_stc1_ilu1s
Eletrica 00004-EL 1°Subsolo ED Status do Circuito 2 do 1°sub ele_stc2_ilu1s
Eletrica 00004-EL 2°Subsolo SD Comando Circuito 1 do 2°sub ele_cmc1_ilu2s
Eletrica 00004-EL 2°Subsolo SD Comando Circuito 2 do 2°sub ele_cmc2_ilu2s
Eletrica 00004-EL 2°Subsolo ED Status do Circuito 1 do 2°sub ele_stc1_ilu2s
Eletrica 00004-EL 2°Subsolo ED Status do Circuito 2 do 2°sub ele_stc2_ilu2s
Chave Auto/Manual do QL resp. 1°sub e
Eletrica 00004-EL 1°Subsolo ED ele_ch3p_ilu1s
2°sub
Exaustão 00008-EL Cobertura SD Comando Exaustor 1 exa_cmd_exa1
Exaustão 00008-EL Cobertura SD Comando Exaustor 2 exa_cmd_exa2
Exaustão 00008-EL Cobertura ED Status Exaustor 1 exa_st_exa1
Exaustão 00008-EL Cobertura ED Status Exaustor 2 exa_st_exa2
Exaustão 00008-EL Cobertura ED Chave Auto/Manual dos Exaustores Cob. exa_ch3p_cob
Exaustão 00008-EL 1°Subsolo SD Comando Exaustor 3 exa_cmd_exa3
Exaustão 00008-EL 1°Subsolo SD Comando Exaustor 4 exa_cmd_exa4
Exaustão 00008-EL 1°Subsolo ED Status Exaustor 3 exa_st_exa3
Exaustão 00008-EL 1°Subsolo ED Status Exaustor 4 exa_st_exa4
Exaustão 00008-EL 1°Subsolo ED Chave Auto/Manual dos Exaustores Sub. exa_ch3p_sub
Exaustão 00008-EL 1°Subsolo EA x 20 Sensor de Monóxido de Carbono exa_smc_sub1..20
Ventilação 00009-EL 1°Subsolo SD Comando Ventilador Press.1 pre_cmd_ven1
Ventilação 00009-EL 1°Subsolo SD Comando Ventilador Press.2 pre_cmd_ven2
Ventilação 00009-EL 1°Subsolo SD Comando Ventilador Press.3 pre_cmd_ven3
Ventilação 00009-EL 1°Subsolo ED Status Ventilador Press.1 pre_st_ven1
Ventilação 00009-EL 1°Subsolo ED Status Ventilador Press.2 pre_st_ven2
Ventilação 00009-EL 1°Subsolo ED Status Ventilador Press.3 pre_st_ven3
Chave Auto/Manual dos Pressurizadores
Ventilação 00009-EL 1°Subsolo ED pre_ch3p_sub
Sub.
Incendio 00010-EL Barrilete ED Status da Bomba Jockei de Hidrantes. inc_stbjh_bar
Incendio 00010-EL Barrilete ED Status da Bomba Principal 1 de Hidrantes. inc_stb1h_bar
Incendio 00010-EL Barrilete ED Status da Bomba Principal 2 de Hidrantes. inc_stb2h_bar
Incendio 00010-EL Barrilete EA Pressão na linha de Hidrantes inc_sprh_bar
100
Incendio 00010-EL Barrilete ED Status da Bomba Jockei de Sprinkler inc_stbjs_bar
Incendio 00010-EL Barrilete ED Status da Bomba Principal 1 de Sprinkler inc_stb1s_bar
Incendio 00010-EL Barrilete ED Status da Bomba Principal 2 de Sprinkler inc_stb2s_bar
Incendio 00010-EL Barrilete EA Pressão na linha de Sprinkler inc_sprs_bar
Incendio 00010-EL BMS ED Status do Alarme de Incendio inc_alar_bms
Status do Disjuntor de Média da Linha
Eletrica 00011_EL 1°Subsolo ED mt_std1_sube
Principal
Status do Disjuntor de Média da Linha
Eletrica 00011_EL 1°Subsolo ED mt_std2_sube
Reserva
Medidor Grandezas de: V, A, Pat, Pap,
Modbus 1°Subsolo Modbus
Preat, FP.
Status e caracteristicas de func. Gerador
Modbus 1°Subsolo Modbus
1e2
Tabela 12: Planilha de Definição e Controle de Pontos Supervisionados.
Fonte: GRUPO TCC. 2006.

Conforme visualização da tabela 12, tem-se em mãos todo o levantamento

dos pontos a serem monitorados, com isso pode-se ter a estimativa de custo

do sistema a ser instalado bem como um melhor controle e gerenciamento

da instalação por parte da empresa instaladora.

Na tabela 13, é demonstrado o resumo com quantitativo das unidades de

controle.
101

Cliente: TOTEM Empreendimentos

Resumo dos Pontos a serem Instalados

Local Processo Ponto/Tipo Quantidade UC Estimados

EA 12
5 unidades controladoras de
ED 42
CAG 00001-AC aprox. 10 ED's, 6 SD's, 5 EA's
SD 30
e 3 S.A's
S.A 9

EA 60
12 unidades controladoras de
ED 24
Fancoils 00002-AC aprox. 2 ED's, 1 SD's, 5 EA's e
SD 12
5 S.A's cada
S.A 60

EA 55
11 unidades controladoras de
SD 110
VAV's 00003-AC aprox. 0 ED's, 10 SD's, 5 EA's
e 0 S.A's cada

EA 0
4 unidades controladoras de
ED 35
QL's e Sube 00004-EL aprox. 10 ED's, 7 SD's, 0 EA's
SD 28
e 0 S.A's
S.A -

EA 0
1 unidade controladora de
ED 3
Recalque 00005_EL aprox. 3 ED's, 2 SD's, 0 EA's e
SD 2
0 S.A's
S.A -

EA 0
ED 5
Esgoto 00006_EL
SD 2
S.A - 1 unidade controladora de
aprox. 10 ED's, 4 SD's, 0 EA's
EA 0 e 0 S.A's
ED 5
Ag. Pluviais 00007_EL
SD 2
S.A -

EA 0
2 unidade controladora de
ED 6
Exaustor 00008-EL aprox. 3 ED's, 2 SD's, 0 EA's e
SD 4
0 S.A's
S.A -

EA 20
2 unidade controladora de
ED 4
Ventilação 00009-EL aprox. 2 ED's, 2 SD's, 10 EA's
SD 3
e 0 S.A's
S.A -

EA 2
1 unidade controladora de
ED 6
Incendio 000010-EL aprox. 6 ED's, 0 SD's, 2 EA's e
SD 0
2 S.A's
S.A 2

Total de Pontos de Controle e Supervisão 543 pontos


Tabela 13: Resumo dos Pontos a Serem Instalados.
Fonte: GRUPO TCC. 2006.
102
8.4 Descrição dos Processos de Controle

8.4.1 Processo 00001-AC: CAG

Em edifícios corporativos, a Central de Água Gelada é o processo

que mais consome energia, sendo assim deverá ter uma lógica de

controle que otimize ao máximo seu funcionamento. Esta lógica de

controle deverá operar da seguinte forma:

a) O sistema de ar condicionado é do tipo vazão de água variável,

sendo assim, pode-se habilitar os chillers de acordo com a carga

térmica requerida pelo edifício. Como a vazão de água gelada

máxima estabelecida em projeto é de 264m³/h, não haverá

necessidade de funcionamento dos três chillers simultaneamente,

sendo o terceiro apenas como reserva.

b) Os chillers deverão trabalhar em sistema de rodízio diário, afim

de equalizar a vida útil dos mesmos.

c) Antes do inicio da entrada dos funcionários no edifício, o

sistema devera habilitar um conjunto de BAGP (Bomba de Água

Gelada Primaria), BAC (Bomba de Água Condensada) e Chiller

para dar inicio ao processo de refrigeração da água em seu

circuito. Uma BAGS (Bomba de Água Gelada Secundaria) deverá

ser habilitada para recircular a água pela prumada geral do edifício.

d) Deverá existir um intertravamento entre BAGP, BAC e o

respectivo Chiller, onde quando houver a habilitação do conjunto, o

Chiller aguarde no mínimo 10 s após a confirmação de

funcionamento das duas bombas.

e) A pressão da linha de água gelada do secundário é

inversamente proporcional ao consumo de água gelada pelos

Fancoils dos pisos. Portanto os variadores de freqüência deverão


103
variar a vazão das BAGS em função do sensor de pressão

instalado no final da linha do secundário, enviando somente a

vazão de água gelada necessária ao sistema, economizando

assim energia elétrica.

f) Existe uma tubulação de By-pass entre a saída do circuito

primário de água gelada e a entrada, a vazão que circula por esta

tubulação é controlada por uma válvula tipo Borboleta com atuador

proporcional de 0 á 10 VDC, que por sua vez é controlada pelo

sensor de pressão instalado na saída do circuito primário para

monitorar a pressão deste e aliviar o excesso de vazão para a

entrada. Com este controle garante-se a circulação de água pelo

evaporador do Chiller, de forma a evitar congelamento interno.

Garantindo-se também uma maior economia de energia, pois

quando a pressão na saída do circuito primário esta alta, significa

que os variadores de freqüência reduziram a vazão das BAGS por

baixo consumo de água gelada pelos fancoils. Está vazão de água

gelada que deixou de passar para o secundário retornará a entrada

do chiller com uma temperatura abaixo da água de retorno, e com

isso auxiliará a troca de calor do evaporador reduzindo

automaticamente o numero de compressores ligados após a

temperatura de saída dos chillers alcançar o valor programado.

g) A temperatura de saída do chiller deverá oscilar entre 7°C e

8,5°C, esta variação se deve a diferenças de temperatura externa

que poderão ocorrer em diferentes épocas do ano. O valor de

Setpoint de temperatura de saída deverá ser controlado tanto por

programação horária quanto pela temperatura de ar externo da

região.
104
h) O numero de Chillers e compressores ligados deverão ser

controlados pela de carga térmica (TR's) requerida pelo edifício,

que será dada por:

TR's req= Q(ret. m³/h) * (Temp. AG ret. - Temp. secund.)*1000


3024
i) A programação horária do sistema de termo acumulação

deverá seguir os seguintes parâmetros: Inicia a fabricação de gelo

a partir das 23:00 e encerra esta operação as 4:00 do dia seguinte.

j) Já o gelo fabricado a noite deverá ser consumido somente no

horário de ponta, ou seja, das 17:30 às 20:30. Com isso,

economiza-se em diesel consumido pelos geradores que realizam

a geração na ponta, pois neste horário somente estarão ligados

uma BAGP e uma BAGS.

k) As torres de refrigeração trabalharão em paralelo umas com as

outras, sendo que deverão ser acionadas escalonadamente para

evitar picos de corrente de partida dos motores.

l) A primeira torre deverá ligar quando a temperatura de água de

condensação na saída dos chillers chegar a 34°C, e desligar

quando a mesma chegar a 28°C, deverá ser criado um delta de

±1°C para o acionamento e desligamento da mesma. As demais

torres entrarão conforme o não atendimento destas condições da

primeira torre.

m) O sistema deverá ser totalmente autônomo, evitando assim

erros de operadores. Porém quando houver problemas ou falhas

neste controle, ele deverá sinalizar ao operador de BMS para que

o mesmo possa intervir e a equipe de manutenção realize as

operações da CAG em manual.


105
n) Todo e qualquer alarme deverá ser emitido na tela do operador

individualmente, como pop-up seguido de um aviso sonoro, que só

poderá ser sair da tela quando reconhecido.

o) Caso o quadro de comando da CAG seja passado para manual,

o sistema de automação deverá sinalizar um alarme ao operador

de BMS, para que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis.

p) Conforme a demanda de energia registrada estiver chegando

próxima a contratada. A temperatura de Setpoint de Água gelada

de saída deverá subir gradativamente, bem como a vazão das

BAGS deverá ser reduzida em 10%. Em quanto isso, os outros

sistemas não essenciais deverão ser desligados e um alarme

deverá alertar o operador da BMS, para que o mesmo tome as

medidas cabíveis.

8.4.2 Processo 00002-AC: Fancoils

Para realizar o condicionamento de ar dos ambientes internos do

edifício, foi escolhido um sistema com Fancoils com controle

Entalpico.

Este controle trabalha com base na propriedade termodinâmica

que serve para medir a energia calorífica de um sistema, acima de

uma determinada temperatura de referencia, sendo para o ar

contada a partir de 0°C. A entalpia é dada por kcal/kg de ar seco e

seu símbolo é o h.

A partir do sensor de temperatura e umidade no retorno de ar do

ambiente condicionado, consegue-se saber a entalpia do

ambiente. Com base nos sensores de umidade e temperatura de

ar externo, a lógica de controle poderá comparar as duas e,

quando a entalpia externa estiver melhor que a interna, o damper


106
de retorno irá fechar e o damper de ar externo irá abrir, está

situação acarretará no fechamento da válvula de água gelada do

Fancoil e por fim, economizará energia para o empreendimento.

a) O fancoil possui um variador de freqüência acoplado no seu

ventilador, este equipamento será responsavel pelo controle da

vazão de ar insuflada para o ambiente.

b) O controle deste variador será feito tanto pela pressão interna

nos dutos, quanto pela temperatura de retorno de ar para o

equipamento. Quanto maior for a pressão interna de ar nos dutos,

e/ou quanto menor for a temperatura de retorno do ambiente,

menor será a velocidade do ventilador do fancoil. Com estes dois

controles, torna-se possível alcançar um nível maior de eficiência

energética para a instalação.

c) Os fancoils deverão ser ligados com 30 minutos de

antecedência ao inicio das atividades da empresa, afim de realizar

a circulação do ar que estava parado no ambiente e aproveitar as

condições entalpicas de ar externo do período entre as 6:00 e 8:00

da manhã, sendo estes com características favoráveis para realizar

a troca de entalpia do ar interno, economizando com isso o

consumo de água gelada e conseqüentemente de energia elétrica.

d) Os Fancoil deverão ser desligados de acordo com o término

das atividades de cada setor, recomenda-se que seja criada uma

programação horária padrão com horário de liga / desliga, porém

quando do inicio do funcionamento do edifício pode-se estudar o

nível e horário de ocupação médio de cada andar, com o objetivo

de não desperdiçar energia em ambientes não utilizados.


107
e) Caso seja efetuado um comando no fancoil, e o status do

mesmo não acusou este comando, então o sistema deverá

sinalizar com um alarme ao operador de BMS, para que o mesmo

tome as medidas cabíveis.

f) Em caso de alarme de incêndio, os fancoils deverão fechar o

damper de retorno e abrir o damper de ar externo, afim de renovar

o ar interior e forçar a fumaça a sair do edifício.

g) O setpoint de ar de retorno deverá ser de 24°C ±0,5°C, pois se

esta considerando as perdas entre o sensor e o ambiente.

h) A válvula de água gelada deverá possuir um controle PID, onde

a variável monitorada seja a temperatura de retorno, este controle

é o ideal por ser bastante preciso e de resposta rápida, fornecendo

somente a vazão de água gelada necessária a serpentina do

fancoil.

i) Caso a temperatura de retorno esteja abaixo do setpoint, a

válvula de água gelada irá fechar, isto faz com que a pressão no

circuito secundário aumente e conseqüentemente a vazão

controlada pelos variadores das BAGS diminua até equalizar o

sistema.

j) Quando a demanda atingir um valor próximo ao contratado, os

fancoils deverão atuar com vazão reduzida em 15%, até a situação

de demanda ser restabelecida ao normal.

k) Caso o quadro de comando dos Fancoils seja passado para

manual, o sistema de automação deverá sinalizar um alarme ao

operador de BMS, para que o mesmo possa tomar as medidas

cabíveis.
108
8.4.3 Processo 00003-AC: VAV's

As caixas de volume de ar variável foram instaladas nos dutos de

insuflamento dos ambientes, como o nome já diz, elas tem a

função de fornecer somente a vazão de ar de insuflamento

necessária para que a temperatura de setpoint do ambiente seja

alcançada.

Para obtermos este controle, a VAV possue um damper interno, o

qual é acionado por um controlador que irá realizar a medição da

temperatura do ambiente atendido através de um sensor instalado

no ambiente.

a) O damper é acionado por um atuador proporcional, cujo o

controle deverá ser um PID que terá como variável a temperatura

interna do ambiente, bem como a temperatura de setpoint do

ambiente.

b) Quando a temperatura de setpoint for alcançada, o atuador

proporcional deverá fechar o damper da VAV gradativamente, com

o objetivo de manter a temperatura estável.

c) Deverá ser executada uma programação horária para habilitar e

desabilitar a VAV, de acordo com os horários de ocupação dos

ambientes internos.

d) Caso a demanda de energia registrada esteja próxima da

contratada, os setpoints das salas deverão ser alterados

automaticamente para 24,5°C, salvo-se o mesmo já estiver com

um valor acima de 24,5°C configurado para o setpoint do ambiente

controlado.
109
8.4.4 Processo 00004-EL: Quadros de Iluminação

a) Os quadros de iluminação deverão possuir programação

horária condizente com o horário de trabalho estipulado para os

andares em questão.

b) Caso o quadro seja passado para o modo Manual, o sistema

deverá apresentar um alarme avisando o operador da BMS, de

forma que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis para a

resolução desta situação.

c) Caso o comando seja executado e após 10 segundos o status

do mesmo não confirme este comando, o sistema deverá

apresentar um alarme de falha neste comando.

d) Cada andar possue 2 circuitos individuais de iluminação, sendo

que o primeiro realiza o comando da iluminação central das salas e

do Hall dos Elevadores, e o segundo realiza a iluminação da

periferia da sala próxima as janelas, com isso pode-se acionar este

circuito somente quando a luz natural não for suficiente para

iluminação destas áreas.

8.4.5 Processo 00005-EL: Sistema de Recalque de Água

a) As bombas de recalque trabalharão em sistema de

revezamento, onde cada bomba trabalhará aproximadamente 10

horas acumuladas.

b) O comando das bombas será acionado quando o nível de água

do reservatório superior estiver em nível baixo, e desligado quando

o reservatório atingir o nível alto.

c) Este comando não deverá ser executado no Horário de Ponta,

para isto, deverá existir uma lógica que verifique o nível do

reservatório superior e calcule o tempo aproximado que este


110
reservatório atingirá o nível mínimo, com isso pode-se comparar e

verificar se este tempo será suficiente para o consumo de água do

edifício até o fim do horário de ponta, caso não seja, deverá ser

acionada a bomba automaticamente para evitar a falta de água.

d) Caso o reservatório inferior esteja com nível abaixo da metade,

deverá ser acionado um alarme ao operador da BMS, de forma

que o mesmo possa acionar a equipe de manutenção para sanar

este problema, pois o abastecimento deste reservatório é realizado

diretamente pela empresa fornecedora de água.

e) Caso a demanda de energia registrada esteja se aproximando

da demanda contratada, as bombas deverão ser desligadas

automaticamente, até a situação de demanda estiver solucionada.

f) Caso o quadro de comando das bombas de recalque seja

passado para manual, o sistema de automação deverá sinalizar

um alarme ao operador de BMS, para que o mesmo possa tomar

as medidas cabíveis.

8.4.6 Processo 00006-EL: Sistema de Bombeamento de Esgoto

a) As bombas de esgoto trabalharão em sistema de revezamento,

onde cada bomba trabalhará aproximadamente 5 horas

acumuladas.

b) O comando das bombas será acionado quando a bóia de nível

alto do reservatório acionar, e desligará quando a bóia de nível

baixo desligar.

c) Caso uma das bombas esteja acionada, e a bóia de nível alto

continue ligada por um tempo maior do que 5 minutos, a segunda

bomba deverá ser acionada automaticamente. As duas serão

desligadas quando a bóia de nível baixo for desligada.


111
d) Caso o quadro de comando das bombas de esgoto seja

passado para manual, o sistema de automação deverá sinalizar

um alarme ao operador de BMS, para que o mesmo possa tomar

as medidas cabíveis.

8.4.7 Processo 00007-EL: Sistema de Águas Pluviais

a) As bombas de Águas Pluviais trabalharão em sistema de

revezamento, onde cada bomba trabalhará aproximadamente 5

horas acumuladas.

b) O comando das bombas será acionado quando a bóia de nível

alto do reservatório acionar, e desligará quando a bóia de nível

baixo desligar.

c) Caso uma das bombas esteja acionada, e a bóia de nível alto

continue ligada por um tempo maior do que 5 minutos, a segunda

bomba deverá ser acionada automaticamente. As duas serão

desligadas quando a bóia de nível baixo for desligada.

d) Caso o quadro de comando das bombas de Águas Pluviais seja

passado para manual, o sistema de automação deverá sinalizar

um alarme ao operador de BMS, para que o mesmo possa tomar

as medidas cabíveis.

8.4.8 Processo 00008-EL: Sistema de Exaustão de Banheiros

a) Os exaustores da cobertura, que serão responsáveis pela

exaustão dos Banheiros, deverão ser ligados no inicio das

atividades do edifício, devendo ser desligados as 22:00 quando as

atividades são finalizadas.

b) Caso um comando seja dado e o seu respectivo status não

retorne ao sistema, deverá acionar um alarme de falha ao operador


112
de BMS para que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis

quanto ao funcionamento do sistema.

c) Caso o quadro de comando destes exaustores seja passado

para manual, o sistema deverá acionar um alarme ao operador de

BMS, de forma que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis.

d) Caso a Demanda de Energia registrada esteja alcançando o

valor de demanda contratado, o sistema de exaustão de banheiros

deverá ser desligado automaticamente, sendo restabelecido

quando a situação de demanda seja normalizada.

8.4.9 Processo 00009-EL: Sistema de Exaustão de Garagens

a) Os exaustores das garagens serão responsáveis pela exaustão

do monóxido de carbono liberado pelos automóveis que circularão

pelo local. Portanto serão acionados mediante a concentração de

monóxido ultrapassar o recomendado pelas normas já

estabelecidas.

b) Um dos exaustores deverá ser ligado 1h antes da entrada de

funcionários e desligado 30 minutos depois deste horário, caso o

nível de CO2 ultrapasse o a concentração estipulada, o outro

exaustor deverá ser ligado de forma a normalizar a situação.

c) Um dos exaustores deverá ser ligado 30minutos antes da saída

de funcionários e desligado 1h depois deste horário, caso o nível

de CO2 ultrapasse o a concentração estipulada, o outro exaustor

deverá ser ligado de forma a normalizar a situação.

d) Caso um comando seja dado e o seu respectivo status não

retorne ao sistema, deverá acionar um alarme de falha ao operador

de BMS para que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis

quanto ao funcionamento do sistema.


113
e) Caso o quadro de comando destes exaustores seja passado

para manual, o sistema deverá acionar um alarme ao operador de

BMS, de forma que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis.

f) Caso a Demanda de Energia registrada esteja alcançando o

valor de demanda contratado, o sistema de exaustão deverá

operar com no Maximo um exaustor, sendo normalizado o

funcionamento após o restabelecimento das condições normais de

demanda.

8.4.10 Processo 00010-EL: Sistema de Pressurização de Escadas

a) Em condições normais de funcionamento, apenas um ventilador

deverá funcionar das 06:00 às 24:00h em dias comerciais.

b) Os ventiladores deverão funcionar em sistema de rodízio de

maquinas, onde cada um funcione um dia por vez.

c) Caso seja acionado um alarme do sistema de detecção, o

mesmo deverá ser lido pelo sistema de automação predial, o qual

irá acionar o segundo exaustor de forma a pressurizar ainda mais

as escadas de emergência, protegendo as de entrada de fumaça.

d) Caso essa situação de alarme ocorra, os ventiladores só

poderão ser desligados quando o status de alarme do sistema de

detecção de incêndio estiver restabelecido ao normal.

e) Caso um dos ventiladores apresente falha quando ligado ou ao

iniciar o funcionamento, uma outra unidade deverá ser ligada

automaticamente, sendo que o ventilador em falha deverá desligar

e aguardar o reset da falha.

f) Caso um comando seja dado e o seu respectivo status não

retorne ao sistema, deverá acionar um alarme de falha ao operador


114
de BMS para que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis

quanto ao funcionamento do sistema.

g) Caso o quadro de comando destes ventiladores seja passado

para manual, o sistema deverá acionar um alarme ao operador de

BMS, de forma que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis.

8.4.11 Processo 00011-EL: Sistema de Combate a Incêndio

a) O sistema de supervisão e controle predial não executa

nenhum comando nas bombas de combate a incêndio, restringindo

este controle aos específicos pressostatos e botoeiras de

emergência do próprio sistema.

b) A pressão na rede de hidrante e sprinkler será monitorada por 2

sensores de pressão acoplados a linha. Deverão existir 3 níveis de

sinalização no software de supervisão, pressão baixa, pressão

normal e pressão alta. Estas três situações deverão ser

visualizadas pelo operador de BMS, tanto na tela especifica quanto

no alarme popup que deverá aparecer no sistema.

c) Caso a bomba Jockei comece a ciclar, o sistema deverá

acionar um alarme para que o operador de BMS possa acionar a

equipe de bombeiros civis do edifício.

d) Caso alguma Bomba principal de Hidrantes ou Jockei acione, o

sistema deverá sinalizar um alarme para avisar o operador de

BMS, de forma ao mesmo poder comunicar a equipe de bombeiros

civis do edifício.

8.4.12 Processo 00012-EL: Disjuntores de Média Tensão

a) O sistema de supervisão e controle predial não executa

nenhum comando nos disjuntores de media tensão, porem


115
supervisiona os mesmos para avisar a equipe de manutenção,

caso um deles venha a ser desarmado.

b) Caso um dos disjuntores de média tensão seja desarmado, o

sistema deverá acionar um alarme ao operador de BMS,

possibilitando ao mesmo informar a equipe de manutenção do

ocorrido.

8.4.13 Processo 00013-EL: Gerenciamento Energético

O sistema de gerenciamento energético deverá ter uma interface

via ModBus com o sistema de automação, de forma a possibilitar

ao mesmo o controle de cargas e as informações necessárias para

controlar a demanda de energia do edifício.

a) O sistema de gerenciamento energético deverá obter as

informações do relógio da Concessionária de energia via

acoplamento óptico, este acoplamento deverá ser pedido

juntamente com a aprovação da cabine primaria do edifício.

b) O sistema de gerenciamento energético deverá possuir telas

gráficas de acompanhamento de consumo, demanda, fator de

potencia, tensão e corrente da rede que abastece o edifício.

c) Este sistema deverá ainda possibilitar o ajuste das demandas

contratadas durante o ano, outra ferramenta importante será o

acompanhamento do consumo durante os meses do ano, de forma

a criar um banco de dados que possibilite visualizar este histórico

para futuras análise s e possíveis mudanças nas demandas de

contratação.

d) Este sistema deverá possuir interface via internet, esta interface

deverá disponibilizar ao usuário a capacidade de visualizar todos

os parâmetros acima descritos.


116
e) O software de gerenciamento energético deverá atualizar todas

as tarifas e impostos vigentes ao mês de leitura, de forma a

disponibilizar ao usuário a estimativa do valor da conta de energia

antes da leitura da concessionária.

f) Caso as demandas registradas estejam se aproximando da

demanda contratada, o sistema deverá via Modbus, informar ao

sistema de supervisão e controle predial, para que o mesmo possa

desligar suas cargas de forma escalonada até normalizar a

situação.

g) Caso ocorram muitos eventos de demandas registradas

próximas dos valores contratados, o sistema deverá enviar um

alarme ao responsável pelo gerenciamento (ou o operador de

BMS), neste alarme deverão constar tanto os valores de demanda

lidos quanto os novos valores que poderiam ser programados sem,

no entanto ultrapassar a tolerância estabelecida pela

concessionária de energia.

8.4.14 Processo 00014-EL: Geradores de Energia

O sistema de geração de energia deverá ter uma interface via

ModBus com o sistema de automação, de forma a possibilitar ao

mesmo o controle e supervisão das unidades geradoras.

O sistema de supervisão deverá ter uma tela especifica aos

geradores, nesta tela deverão constar informações como tensão de

Fase, Corrente de Fase, Horímetro, Potência Ativa Fornecida,

Potencia Reativa e Indutiva Consumida, Comando de Partida dos

Geradores, Estado de Funcionamento, Nível do Tanque de Óleo

Diesel, etc.
117
a) Os geradores de energia deverão ter o sistema de partida em

rampa com a concessionária, de forma a não apresentar

oscilações de energia perceptíveis aos usuários do edifício.

b) Os geradores deverão ser acionados automaticamente 5

minutos antes do horário de ponta, e desligados 5 minutos após o

fim do mesmo, esta manobra será realizada para que o edifício

possa gerar sua própria energia no horário de ponta, sem consumir

a energia proveniente da concessionária, e se enquadrando na

Tarifa Verde com Geração na Ponta, cujo valor da tarifa é

significativamente menor que as outras disponíveis no mercado.

c) Caso um Gerador entre em Falha, a outra unidade deverá

assumir a carga do edifico, de forma a manter o sistema o mais

funcional e econômico possível.

d) Qualquer falha ou situação anormal apresentada pelo gerador,

deverá acionar um alarme no sistema de supervisão predial, de

forma a avisar ao operador de BMS e possibilitando assim uma

rápida intervenção por parte da equipe de manutenção do edifício.

8.5 Estudo de Cargas e Economia Estimada

A aplicação de um projeto de Automação Predial traz inúmeros benefícios

ao gerenciamento de um empreendimento, desde redução de mão de

obra de operação, até a otimização do conforto economia de energia

elétrica. Este último quesito é um dos fatores justificativos para a

implantação de sistema de automação eficiente, pois é sabido que os

custos com energia elétrica são cada vez mais caros devido a crescente

demanda versus a limitação dos sistemas de fornecimento de energia

atuais.
118
Conforme o levantamento de pontos supervisionados pelo sistema de

automação e controle predial, estima-se o custo total de sua implantação.

Para realizar esta estimativa, foram utilizados produtos de controle do

fabricante Alerton, os preços são baseados em valores médios de

mercado, todo o orçamento estimado bem como a quantidade de

dispositivos de controle e de campo a serem instalados estão descritos na

tabela 14.

Orçamento Completo do Sistema de Automação e Gerenciamento Energético


Software, Controladores e Perifericos do SSCP
Tipo Quantidade Unidade Preço Unitario Total
Software Envision For Bactalk 1 unit. R$ 5.200,00 R$ 5.200,00
Licença p/ uso em 2 Workstation 1 unit. R$ 8.500,00 R$ 8.500,00
Workstation com impressora e Monitor 17" 2 unit. R$ 4.500,00 R$ 9.000,00
FLG MODBUS 3 unit. R$ 3.000,00 R$ 9.000,00
BTI 1 unit. R$ 6.000,00 R$ 6.000,00
VLC 550 6 unit. R$ 1.500,00 R$ 9.000,00
VLC 853 29 unit. R$ 2.900,00 R$ 84.100,00
VLC 1188 1 unit. R$ 3.200,00 R$ 3.200,00
VLC 16160 6 unit. R$ 3.500,00 R$ 21.000,00
Total em Controladores: R$ 155.000,00
Dispositivos de Campo do SSCP
Tipo Quantidade Unidade Preço Unitario Total
Sensor de Temperatura p/ Agua com poço 8 unit. R$ 95,00 R$ 760,00
Sensor de Temperatura p/ Duto 24 unit. R$ 65,00 R$ 1.560,00
Sensor de Temperatura Ambiente 55 unit. R$ 85,00 R$ 4.675,00
Sensor de Umidade p/ Duto 24 unit. R$ 120,00 R$ 2.880,00
Sensor de Vazão de Agua Gelada 2 unit. R$ 3.800,00 R$ 7.600,00
Sensor de Pressão de Agua Gelada 2 unit. R$ 600,00 R$ 1.200,00
Sensor de Pressão p/ tubulação de Incendio 2 unit. R$ 350,00 R$ 700,00
Sensor de Pressão de Ar em Duto 12 unit. R$ 225,00 R$ 2.700,00
Sensor de Nivel p/ reservatorio de Agua 2 unit. R$ 320,00 R$ 640,00
Sensor de Luminosidade 1 unit. R$ 550,00 R$ 550,00
Sensor de Monoxido de Carbono 20 unit. R$ 600,00 R$ 12.000,00
Total em Sensores de Campo: R$ 35.265,00
Cabeamento
Tipo Quantidade Unidade Preço Unitario Total
Cabo AFD 22 AWG blindado 1500 mt. R$ 3,55 R$ 5.325,00
Cabo AFD 18 AWG blindado 1000 mt. R$ 4,05 R$ 4.050,00
Cabo Flexivel Singelo 2,5mm² preto. 2500 mt. R$ 0,60 R$ 1.500,00
Cabo Flexivel Singelo 2,5mm² vermelho. 2500 mt. R$ 0,60 R$ 1.500,00
Cabo Flexivel Singelo 2,5mm² azul. 5000 mt. R$ 0,60 R$ 3.000,00
Cabo Flexivel Singelo 2,5mm² branco. 5000 mt. R$ 0,60 R$ 3.000,00
Cabo UTP Cat 6P 300 mt. R$ 0,95 R$ 285,00
Total em Cabeamento: R$ 18.660,00
Software e Dispositivos do Sistema de Gerenciamento Energético
Tipo Quantidade Unidade Preço Unitario Total
Software Web Energy 1 unit. R$ 6.500,00 R$ 6.500,00
Licença de uso para até 3 Sites 1 unit. R$ 8.500,00 R$ 8.500,00
Controlador de Energia com Saida Modbus 1 unit. R$ 3.500,00 R$ 3.500,00
Acoplamento Optico para Medidor Concessionaria 1 unit. R$ 120,00 R$ 120,00
Total com Sistema de GE: R$ 18.620,00
Gasto Estimado em Infra-estrutura e Diversos: R$ 41.785,00
Gasto Estimado em Mão de Obra e Projeto: R$ 94.265,50
Custo total do Sistema de Supervisão e Controle Predial e Gerenciamento Energético: R$ 363.595,50
Tabela 14: Orçamento Completo do Sistema.
Fonte: GRUPO TCC. 2006.

Levando-se em conta as cargas instaladas e o controle projetado, realiza-

se um estudo do custo de energia de forma a demonstrar os benefícios


119
com economia de energia elétrica que este edifício poderá ter com e sem

os sistemas de automação predial e gerenciamento energético.

Com base nas características abordadas anteriormente, constata-se que

a carga de maior variação durante o ano será a do sistema de ar

condicionado, pois a grandes variações de temperatura do ano refletem

diretamente em seu consumo de energia.

A seguir ilustra-se o estudo de carga realizado, a fim de balizar as

estimativas de custos com energia elétrica. Considera-se o mês de

referencia como sendo um mês de 30 dias, em pleno verão, a fim de

definir as condições máximas que poderão ser encontradas, conforme

tabela 15.

Levantamento de Cargas e Estimativa de Consumo.

Consumo
Percentual Consumo
Potencia