Você está na página 1de 4

Relatório de análise de problema levantado no estágio supervisionado

A importância da supervisão dos agentes químicos e o controle da infecção


hospitalar
Segundo as normas de Milton Lapchik sobre o uso de anti-sépticos em ambiente
hospitalar e preparo das almotolias como anti-sépticos requer:
- Identificação legível com data de validade. Manter as almotolias fechadas em local
protegido de altas temperaturas, em local limpo e seco;
- O uso da almotolia não deve ultrapassar o prazo de 7 dias, sendo necessário, após a
data limite, a sua limpeza e esterilização;
- Não reabastecer as almotolias com anti-sépticos já em uso. A presença de resíduos
nas almotolias relaciona-se com o alto risco de contaminação microbiana do anti-
séptico e constitui fonte de surto de infecções hospitalares;
- Almotolias em uso nos quartos/ enfermarias com precauções de contato não deverão
ser utilizadas para o atendimento de outros pacientes;
- O frasco descartável com anti-séptico poderá ser utilizado em vários pacientes, exceto
em caso de precauções de contato. Após o termino do seu conteúdo, o frasco devera
ser descartado de acordo com o plano de gerenciamento de resíduos da unidade.
Durante a visita realizada na Clínica Cirúrgica do HUM, foi observado que alguns
agentes químicos estavam em desacordo com as normas estabelecidas para o controle
de infecção hospitalar. Frascos de produtos de desinfecção abertos, sem a identificação
e sem o prazo de validade foram encontrados no setor durante a visita.
Os agentes químicos que estavam de modo irregular são: PVPI
(Polivinilperrolidona 10% iodo 1%) degermante, que é usado para o preparo das mãos
do profissional de saúde antes da realização de procedimentos invasivos. PVPI tópico,
que é usado para preparo de mucosas para a realização de procedimentos cirúrgicos e
preparo da região genital antes da instalação do cateter urinário. Peresal (Acido
peracético) que é usado para desinfecção de superfícies, sua ação consiste em diminuir
a carga de microbianos nas superfícies próximas, reduzindo assim o risco de infecção
cruzada. E por fim, foi encontrado em desacordo a clorexidine-degermante que é
indicada para a degermação das mãos dos profissionais que trabalham em áreas
críticas, na degermação do campo operatório, em pacientes sensíveis a compostos
iodados e anti-sepsia e degerminação como preparo de campo cirúrgico.
Os frascos de clorexidine e PVPI, tanto o degermante quanto o tópico
encontravam-se abertos e sem a data de validade. Já o peresal se quer tinha
identificação no frasco, sendo que, esses produtos somente são eficazes se houver
garantia de que, desde a sua fabricação até a sua dispensação, sejam armazenados,
transportados e manuseados em condições adequadas. Desta forma estarão
preservadas a sua qualidade, eficácia e segurança.
Sendo assim, queremos destacar, que a manutenção adequada desses produtos
requer o uso de etiquetas de identificação constando à data de validade, tendo o
cuidado de desprezar os produtos com data de validade vencida fazendo a limpeza e
desinfecção do frasco antes de reabastecê-los.
No entanto temos consciência que acabar com as infecções hospitalares é uma
tarefa inatingível, mas também queremos destacar a importância da supervisão do
enfermeiro frente ao controle das infecções, uma vez que os problemas e
irregularidades relatados acima são falhos da equipe de enfermagem, e da falta de
observação desta no processo de controle de infecção hospitalar.
O descomprometimento por parte dos profissionais e dirigentes de hospitais
quando a essas questões, as condutas de profissionais mais antigos surgem como
barreira para que medidas de soluções sejam implantadas. Mas se faz necessário
esforços por parte dos novos profissionais colaborarem para despertar e conscientizar a
equipe quanto a elaboração de programas educativos, com fundamentação prática e
teórica para que aja assimilação de medidas de prevenção, imperativas à adequada
assistência.
Um hospital ensino tal como é o HUM merece uma atenção especial por parte
dos profissionais envolvidos em programas de vigilância e controle de infecção
hospitalar. Sabemos que as mudanças de comportamento não ocorrerão rapidamente e
que a formação de novos hábitos por parte dos profissionais e, não apenas a teorização
do conhecimento torna-se um alvo pra ser alcançado, a médio e longo prazo por parte
da CCIH.
Considerando que a infecção hospitalar apresenta-se como um agravo de
grande significado epidemiológico, dentro do contexto da assistência hospitalar e que
suas conseqüências tanto do ponto de vista humano quanto econômico são relevantes,
concluímos que é de suma importância e também indispensável, que haja uma maior
atenção da equipe da CCIH, e também da equipe de enfermagem responsável pelo
setor de Clinica cirúrgica do HUM quanto os desacordos relatados acima, uma vez que
eles colaboram para um maior risco de contaminação e infecção hospitalar.

Relatório realizado por:


Carolina Gomes Evangelista Ra: 45169
Fernanda Lorena Cantton Silva
Lidiane Schmoller Maia Ra: 45173
REFERÊNCIAS:
PEREIRA, Milca Severino, MORIYA, Tokiko Murakawa e GIR, Elucir. Infecção
hospitalar nos hospitais escola: Uma analise sobre seu controle. Ver. Latino- Am.
Enfermagem[ online]. 1996, vol.4, no. 1. Disponível em: < http:// www.scielo.br>

SOUZA,Janette Beber de; DANIEL, Luis Antonio. Comparação entre


hipoclorito de sódio e acido peracético na inativação de E. coli. Colifagos e C.
perfringes em água com elevada concentração de matéria orgânica. Eng. Saint.
Ambient. Rio de Janeiro, v 10, n. 2, 2005. Disponível em < http:// www.scielo.com.br>

LAPCHIK, Milton. Manual sobre o uso de anti-sépticos. São Paulo, 2006.


Disponívelem:<http://www.prefeitura.sp.gov//arquivos/secretaria/saude/ass_farmaceutic
a/0026/anti_septicos.pdf>

Você também pode gostar