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PEDAGOGICAS
NOS ANOS INICIAIS
CONCEPçÃO EAÇÃo
2007.
182 p.: il.
CDD :370.71|
Depósito legal na Biblioteca Nacional
Editora filiada à ABEU
Associação Brasileira das Editoras Universitárias
Editora UEPG
Av. Carlos Cavalcanti, n° 4748
Campus Universitário de Uvaranas
84030-900 Ponta Grossa - Paraná
Fone/fax: (42) 3220-3744
e-mail: editora@uepg.br
www.uepg.br/editora
2007
1
O TRABALHO DE
ENSINAR: DESAFIOS
CONTEMPORANEOS
A idéia de ensino -
do
ensinar é garantir a transmissão, a perpetuação
ditoria, uma vez que
se fazer de modo apenas
Conhecimento, mas tal perpetuação no pode
transmissivo.
dessa contradição, vale lembrar que
Na tentativa de retomar as bases
da escola ensinar
consenso de que era tarefa
sempre houve um certo acumuladoS pela
conhecimentos
no sentido de transmitir, repassar os
capazes de
resulta de principios
ética do trabalho, que
A etica profissional é uma do dever-ser. Refe-
e
sobo ponto de vista do dever
organizar a ação dos profissionais, nas relações
e ações profissionais.
adequado
2004) e, voltada
a
é considerado justo e
re-se a busca pelo humano (ARAUJO,
ST
da própria ação no campo
relacionamento
A etica define a qualidade
do
relacionamentoe
profissional.
Práticas pedagógicaS nos anos Iniciais: Concepçãoe Ação
humanidade às novas gerações. A partir do momento em que esse nan
da escola e, conseqüentemente, do professor, passOu a ser questionado
e criticado como tradicional e ultrapassado, novas pedagogias foram s
gindo, sem que se desenvolvesse, no entanto, os processos de formação
necessários para que os professores pudessem construir sua própria
síntese em relação às mesmas. A mesma lacuna pode ser constatada
em relação à organização da escola, que permaneceu inalterada.
Conseqüentemente, esse processo de mudança levou muitos profes-
sores falsa
concepção de que "o professor hoje não ensina mais", eem
função do mito da
oposição entre transmissão e construção do conheci-
mento. (AMARAL,
2000). Levou-os ao "temor" de ensinar, pelo medo de
serem tachados de
tradicionais, como se a metodologia que
a
construção conhecimento pelo aluno excluísse
do privilegia
mento da transmissão do totalmente o mo-
conhecimento pelo professor. Tal
agravada pela "falácia de que
ninguém distorção é
ensina nada
cada um deve construir
o seu
próprio conhecimento".
ninguém e que a
141). Diante disso, muitos (AMARAL, 2000,
sabem mais o que é ensinarprofessores perderam suas referências e p.
Não se
e, muito menos, como não
pode negar que é ensinar.
mações e conhecimentos papel professor trazer ao aluno
do
tretanto, não se trata produzidos historicamente e as infoor
alunos, uma vez que simplesmente de repassá-los disponíveis. En-
critica, criativa,
significativa
o
papel social
escola éda
permitir
mecanicamente
aos
Tal
e
duradoura do a
apropriação
como um
compreensão permite redefinir a
conteúdo.
essência da
processo de mediação. O atividade de ensino
papel de mediador entre o professor
proresor assume,
sujeito e o objeto de nesse
nesse
possibilidades para que o aluno contexto, oo
estão a sua
disposição na sociedade. fontesconhecimento,
chegue as do
do criando
Segundo Gasparin (2002), ao
atuar como
conhecimento que
aue
sino-aprendizagem, o nediador no
mediador
realidade científica numprofessor possibilita Oo contato no
ntato processo en-
processo en-
resumindo, valorizando, contexto de significação, umados alunos com
com a
ação se dá através interpretando a informaçi
vez vez que ele
que ele atua
sugestivas, do diálogo, da
da
explicação do conteúdo ação
transmitir.
transmitir,a
Act
0S em termos de
conteúdos?",
"Quais as
expectativas
u
estão Compreendendo esses
como um
todo?".
nar a
nar a maior quantidade possível de c o n t e ú d o s ,Da mesma
forma, aereu
s e atuaria.
quanto
ato mais se soubesse.
melhor
iniclais: Concepção e Acã
Ação
Práticas pedagógicas nos anos
SITUAÇÕES
DIDATICAS cONHECIMENTO
ENSINO
ALUNO
PROFESSOR
3.10Aluno
Numa concepção tradicional de ensino, o aluno era
figura secundária, alguém a quem o ensino se destinava.,tido conme
A compreen ma
A
do ensino como mediação fez
perceber centralidade da compreea
a
são
no, pois a atividade central buscada é sua
ação sobre o
posição do alu-conheciment
heciment
O trabalho de ensinar: desafios contemporaneos
trata de retornar a uma posição
Não se
escolanovista, mas de conside-
rar que todo o trabalho do professor refere-se à busca da
aprendizagem
pelo aluno, o qual é tomado como seu interlocutor. Enquanto interlocutor,
o aluno deixa se ser visto comoaquele que somente escuta para ser o
sujeito que troca com oprofessor, que participa, que ouve e também é
ouvido. Nessa perspectiva, o ensino compreende ações articuladas entre
professor e aluno, em torno do processo de aprender para conhecer.
Ninguém pode conhecer por mim assim como não posso conhecer
pelo aluno. O que posso e o que devo fazer é, na perspectiva
pro-
gressista em que me acho, ao ensinar-lhe certo conteúdo, desafiá-
lo a que se vá percebendo na e
pela própria prática, sujeito capaz
de saber. Meu papel de
professor progressista não é apenas o de
ensinar matemática ou biologia mas sim, tratando a
temática que
é, de um lado objeto de meu ensino, de outro, da
do aluno, ajudá-lo a reconhecer-se como aprendizagem
arquiteto sua própria
de
prática cognoscitiva. (FREIRE, 2002, p. 140).
"lhe servirão-
participação, a
importante para
garantir a
Por mais que o diálogo seja é comum os professo-
a reflexão,
e
de novos
conhecimentos
alunos falarem,
pois
aescoberta os
abrir espaço para ás vezes
e s relatarem que não podem de assuntos que
tratando
mais,
começam e não
param
eles
O Práticas pedagógicas nos anos iniciais: Concepcão ae Ação
conteúdo da aula,
monopolizando o tem
não tem nada a ver com o mpo
e a palavra. Situações como essas precisam ser bem adas
analisadas peln
pelo
não se faz sem a nals
professor, pois a reconstrução de conhecimentos
uma mera conversa.E
Vra do aluno; mas, por outro lado, exige mais que
ao deixar que os alunos fa
engano pensar que se está sendo inovador
momento algum para que eles
lem, contem, sem, entretanto, intervir em
contando.
problematizem e reconstruam aquilo que iniciaram
Do mesmo modo, não é difícil observar professores que limitam sua
açao pedagógica à proposição de situações nas quais o trabalho inte
lectual do aluno no vai além da repetição ou decodificaçã0, uma vez
que as atividades propostas restringem-se a solicitar que o aluno ouça,
copie e elabore respostas diretas de repetição, sem que se garanta a
necessária compreensão, interpretação, análise, comparação e relação
entre idéias.
3.4 O Professor