Você está na página 1de 3

Evangelho na Periferia – Princípio 2: Priorize o

Ministério de Reconciliação
voltemosaoevangelho.com/blog/2016/05/evangelho-na-periferia-principio-2-priorize-o-ministerio-de-reconciliacao/

May 4, 2016

O Ministério da Reconciliação

“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos
deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo
o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus
exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis
com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5: 18-21)

Jesus está no negócio da reconciliação. Logo, a igreja deve, da mesma forma, estar no
negócio da reconciliação. Nossa preocupação principal na periferia é ver pessoas
reconciliadas com Deus. Isto está acima de todas as outras considerações ou necessidades
(percebidas ou não). Sim, nós desejamos ver as pessoas conseguirem empregos, pagarem
suas contas, endireitarem suas vidas, libertarem-se dos vícios (de todas as idolatrias na
verdade) e uma multiplicidade de outras questões. Mas nós queremos proclamar as boas
notícias do Evangelho de Jesus Cristo e ver as pessoas responderem com arrependimento e
fé para o perdão dos seus pecados. Esqueça revitalização comunitária se primeiro não há
reconciliação entre homens e mulheres pecadores e um Deus santo, justo, amoroso e irado.

A Reconciliação é necessária porque a relação deles com Deus está quebrada

Nós da 20schemes, obviamente, queremos desenvolver programas e projetos que sirvam a


comunidade local e busquem melhorá-la para benefício de todos, seja ajudando com
adolescentes nas ruas, ajudando nas comissões regionais, desenvolver programas de
alcance da comunidade e uma série de outras coisas. Mas nós temos a certeza de que se
não formos direcionados pela profunda necessidade de ver pessoas reconciliadas com Deus
primeiro e acima de tudo, então vamos rapidamente perder o foco. As periferias estão
cheias de gente quebrada. Derrubadas pela vida. Abatidas por uma falta de oportunidades.
Abatidas pelo preconceito. Abatidas pela sua própria pecaminosidade inerente e sua
preguiça. Abatidas por escolhas ruins. Mas nós sabemos que elas estão abatidas porque na
raiz seu relacionamento com Deus está quebrado. Este pode não ser o problema mais
evidente, mas se falharmos em apontar o evangelho para eles, então, eles nunca vão
encontrar uma solução real e eficaz para todo o resto.

1/3
A Reconciliação é necessária porque a relação deles uns com os outros está
quebrada

Brigas são comuns em algumas famílias em muitas periferias e têm sido assim por
gerações. A reconciliação é necessária entre as pessoas em nível local. As igrejas podem ser
modelo desta reconciliação ao ter pessoas diferentes e de classes sociais diferentes
trabalhando juntas, guiadas pelo evangelho para o bem comum. Uma das perguntas mais
comunsque me fazem sobre trabalhar na periferia é: “Você acha que uma pessoa de classe
média pode fazer o que você faz aqui?”. Claro que a resposta é: “Sim e não”. Qualquer
pessoa pode fazer o que eu faço aqui: amar as pessoas, tratá-las como iguais, buscar o bem
delas, proclamar Cristo para eles e compartilhar a vida com eles. Não, em termos da
conexão cultural natural e habilidade evangelística instintiva de contextualizar quando
necessário.

O ponto é que não queremos uma igreja composta apenas de gente que faça como eu mais
do que não queremos uma igreja composta apenas de pessoas da classe média. Nós
queremos uma mistura, não queremos? Nós queremos que a igreja seja reflexo da cultura
que nos rodeia. A periferia de Niddrie, por exemplo, não é só composta por parasitas e
viciados em drogas. Existem também jovens profissionais e trabalhadores que
desesperadamente precisam de Cristo. Ambos os lados desmerecem e suspeitam um do
outro. A igreja local tem a chance de pintar um cenário contracultural por meio de sua vida
e ministério juntos na comunidade. Devemos continuar trabalhando duro para que cultura
da igreja seja modelo do que unidade e reconciliação são. Por exemplo, um “chá de
mulheres” é um conceito estranho em Niddrie. É uma expressão de comunhão de classe
média. Nós tivemos um aqui recentemente. O ponto chave foi que Miriam, minha esposa,
certificou-se de convidar mulheres que nem sabiam o que isso significava. Então, dois
grupos que normalmente não se misturariam se misturaram (em um nível pequeno). A
questão agora é ver como ser recíproco para que a comunhão não seja dirigida por um
grupo cultural em particular e que possa haver equilíbrio e reconhecimento de que uma
maneira de expressar comunhão não é superior à outra. Em um nível micro, na
comunidade, este é um retrato da reconciliação entre as pessoas (quer elas percebam ou
não).

O alvo da reconciliação na comunidade neste nível é quebrar as barreiras da suspeita. Eu já


perdi a conta do número de vezes que alguém da comunidade disse a respeito de outro na
igreja o seguinte: “Na verdade ele/ela é legal. Eu achei que eles seriam uns &%)@¨#&$
metidos, mas eles são legais”. Ou, de forma recíproca: “Eu pensei que não saberia o que
dizer a tal pessoa, mas ele/ela é na verdade muito esperto e faz perguntas inteligentes”. Por
que a mudança de conceito? Porque os indivíduos atravessaram a barreira cultural e se
engajaram em uma atividade fora da sua norma. Este tipo de comportamento conciliatório,
então, se deve ter efeito duradouro, precisa ser uma via de mão dupla. Existe um enorme
poder na reconciliação trazida a nós por meio do evangelho de Jesus Cristo. O testemunho
2/3
de uma vida transformada após a devastação do pecado é uma ferramenta poderosa. Este
poder é amplificado no nível comunitário à medida que eles veem reconciliação e barreiras
derrubadas através da vida comunitária da igreja, juntamente com outras áreas do
ministério. Claro que este é um grande tópico com muito a ser dito.

Em resumo, um dos pontos mais importantes no ministério do evangelho na periferia é se


lembrar de sempre exaltar a reconciliação suprema ao proclamar a Palavra e ser modelo da
mesma em nível micro nos relacionamentos com as pessoas. Nós somos embaixadores de
Cristo, não de nossa classe social ou cultura. Estamos destacando a verdade e trabalhando
juntos para mostrar com que isto se parece enquanto respeitamos nossas distinções na
comunidade cristã e consideramos outros melhores do que nós.

Por: Mez McConnel . © 2013 20Schemes Original: The Keys to Breakthrough in the
Housing Scheme (1)

Tradução: Fabio Luciano. Revisão: Yago Martins. © 2016 Ministério Fiel. Todos os
direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: Evangelho na Periferia –
Princípio 2: Priorize o Ministério de Reconciliação.

Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em


qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o
conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Veja mais artigos desta série

Série: Igreja na Periferia: Princípios Fundamentais


Veja as outras publicações da série:

• Evangelho na Periferia – Princípio 1: Viva na Comunidade


• Evangelho na Periferia- Princípio 2: Priorize o Ministério de Reconciliação
• Evangelho na Periferia – Princípio 3: Desenvolva Habilidades
• Evangelho na Periferia – Princípio 4: Desenvolva Líderes
• Evangelho na Periferia – Princípio 5: Ouça a Comunidade
• Evangelho na Periferia – Princípio 6: Desenvolva a Comunidade
• Evangelho na Periferia – Princípio 7: Plante ou Revitalize Igrejas
• Evangelho na Periferia – Princípio 8: Evite o Paternalismo (15/06)

6)

3/3

Você também pode gostar