Por vezes, podemos questionar a razoabilidade de pedirmos algo ao
Criador devido à aparente “ineficiência” destas súplicas. O questionamento, por si só, faria sentido – se D’us é capaz de tudo, assim como é a origem de tudo, por quê, aparentemente, não atenderia pedidos “justos”? Vide, o problema, obviamente, não está no Criador e na sua vontade e planos, mas na nossa súplica. A reflexão que pode te levar à essa mesma conclusão é a seguinte: alguma vez você já refletiu se o seu pedido interferiria na vida de outra pessoa, mesmo que de forma negligenciável? Você já pensou que, por exemplo, pedir para ser aceito em um emprego implica que o Criador altere o estado de mente do empregador para que o escolha em vez de outro candidato? E que isso também afetaria o seu concorrente? Veja, isso violaria o arbítrio livre do empregador e do outro candidato. O que te torna melhor que o outro diante dos olhos de D’us? Temos todos o mesmo acesso às livres decisões sobre nossa vida, fornecida pelo Criador. Portanto, pedidos que interferem no curso consciente da vida alheia são, ao menos em parte, egoístas. Isso não quer dizer que não haja uma solução para esse dilema que pode botar nossa fé em cheque. Em vez de pedir a D’us que “altere a vontade” daquele empregador, podemos pedir perseverança, sabedoria e inteligência para nos tornarmos cada vez mais capazes de realizarmos grandes feitos, profissionalmente ou não. Isso nos ajudará a termos mais sucesso e satisfação na vida sem que, para isso, peçamos a sabotagem de outro indivíduo para o nosso próprio bem, mesmo que inconscientemente. D’us é infinitamente mais justo que nós, certamente.