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XXXXXX, brasileiro, RG nº XXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXX, residente e domiciliado na XXXXXXX –
XXCEP XXXX, vem, perante V. Exª, por sua advogada constituída por instrumento particular de mandado
anexo, propor
AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS – COBRANÇA INDEVIDA CUMULADA COM PEDIDO LIMINAR
em face do XXXXXXXXXXXXXXX, com sede na XXXXXXXXXXXXXXXXX CEP XXXXXXXXX, pelas razões de fato
e de direito a seguir aduzidas.
Preliminarmente requer a Parte Autora a V. Exa., com amparo na Lei 1.060/50, que lhe conceda os
benefícios da justiça gratuita, pelo fato de ser pessoa pobre no sentido legal e por não possuir recursos
financeiros suficientes a arcar com o pagamento das custas e despesas processuais devidas, bem como
dos honorários advocatícios, sem que prejudique o seu sustento próprio e de sua família.
DOS FATOS E DO DIREITO
Declara a Parte Autora que utilizava os serviços xxxxxxx prestados pela Empresa Acionada, pagamento
mensal no valor de R$ xxxx (xxxxx), descontados mensalmente em fatura de cartão de credito Master
Card *xxxx. Que sempre adimpliu com pagamento das faturas, conforme comprovantes de pagamento
em anexo.
Que, no mês de xxxx/xx, efetuou o cancelamento do contrato de prestações de serviço, sendo o mesmo
formalizado através do e-mail em anexo.
Ocorre que, no mês de xxx/xxxx, já sem a disponibilização dos serviços prestados pela Ré, o Autor foi
surpreendido com a cobrança no valor de R$ xxxxxxxxxxxx, referente ao serviço cancelado.
Dessa forma, entrou em contato com a Empresa Ré, através do Sistema de Atendimento ao Cliente
Online, formalizando Reclamação Administrativa, reiterando pedido de cancelamento do serviço, bem
como o estorno da quantia cobrada indevidamente na fatura de xxxxx/xxxx, conforme telas em anexo.
Para desespero do Autor, no mês seguinte, xxxx/xxxx, foi mais uma vez creditado indevidamente a
quantia de Rxxxxxx (...), conforme comprova a fatura em anexo. Que, diante da irregularidade, entrou
em contato com a Empresa Acionada, através da Central de Atendimento ao Cliente, solicitando
providencias quanto aos fatos expostos.
Ressalta que, após a formalização de diversas reclamações administrativas, no mês de xxxx/xx, o Autor
constatou que foram estornados valores referente aos meses de xxxx/xx, xxxx/xx e xxxx/xx (fatura em
anexo).
Entretanto, em que pese os estornos referentes aos meses de xxxx/xx, xxxx/xx e xxxx/xx, ao verificar a
fatura do mês corrente, xxxx/xx, o Autor constatou que, mais uma vez, de forma indevida, a Acionada
creditou o valor de xxxxxx referente ao serviço xxxxx.
Ora Excelência, convém salientar que o Autor já tentou solucionar o problema administrativamente e
diante da impossibilidade de solução do problema acima narrado na via administrativa, não restou
alternativa, senão recorrer a via judicial, no intuito de ter os danos suportados por ele devidamente
reparados, motivo pelo qual passa a expor os direitos que a resguardam.
O direito à indenização por danos materiais e morais encontra-se expressamente consagrado em nossa
Carta Magna, como se vê pela leitura de seu artigo 5º, incisos V e X, os quais transcrevo: "É assegurado o
direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou imagem"
(artigo 5º, inciso V, CF).
"São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à
indenização pelo dano material ou moral, decorrente de sua violação" (artigo 5º, inciso X, CF).
A indenização dos danos morais e materiais que se pleiteia é direito constitucional a todos. E no
ordenamento jurídico infra constitucional, além do CDC, está o Código de Leis Substantivas Civis de 2002
a defender o mesmo direito da parte autora.
O Código de Defesa do Consumidor traz, em seu artigo 6º os direitos básicos do consumidor. Dentre eles
está prevista a efetiva prevenção e reparação dos danos morais e materiais, como infere-se do trecho
abaixo transcrito:
(...)
(...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências. ”
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
No caso em tela, em função do tormento psíquico causado pelo sentimento de desrespeito e impotência
diante da irregularidade cometida pelo Réu, bem como pelos transtornos ocasionados pela cobrança
indevida, resta evidenciado que o Réu causou dano moral ao Autor.
Dessa forma, em consonância com o artigo acima transcrito, está configurado o ilícito. Praticado o ato
ilícito e existindo um nexo causal entre este e os danos sofridos pelo autor, é gerado, então, o
consequente dever de indenizar por parte daquele que o praticou, tal como preceitua o código civil, em
seu art. 927:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Não obstante o dano moral que sofreu, o Código de Defesa do Consumidor determina que na cobrança
de débitos o consumidor não será submetido a qualquer constrangimento ou ameaça. Determina ainda
que:
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por
valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo
hipótese de engano justificável.
De acordo com as peculiaridades do caso concreto, bem como observada a natureza jurídica da
condenação e os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, além dos precedentes adotados por
esta Corte para o julgamento de situações semelhantes, sobretudo a conduta reiterada da operadora de
telefonia, impõe a condenação da prestadora de serviço ao pagamento de indenização por abalo moral
na quantia de R$ 10.000,00.
4. Com relação ao quantum indenizatório, deve ser mantido aquele estabelecido na sentença (R$
5.000,00), uma vez que adequado à gravidade da ofensa praticada.”.
Dessa forma, faz-se imperativo de justiça o reconhecimento dos danos sofridos pelo Autor, bem como a
imposição da obrigação de reparar por esse MM. Juízo.
DA MEDIDA LIMINAR
A verossimilhança dos fatos reside nos fatos acima narrados, bem como nos documentos acostados
nesta exordial. Bem como, o fundado receio de dano, por sua vez, evidencia-se a partir do momento em
que o autor pode vir sofrer um novo desconto em sua conta corrente e no contracheque, sem sua
autorização.
DOS PEDIDOS
Diante de toda a matéria já debatida, restando demonstradas as razões de fato e de direito que
constituem os fundamentos da presente demanda, passamos a requerer a Vossa Excelência:
a) A citação da parte ré para comparecer a audiência sob pena de se aplicarem os efeitos da revelia, para
conciliar ou seguir com a instrução da ação, sendo esta, ao final, JULGADA PROCEDENTE para confirmar
os efeitos da Medida Liminar, condenado que a Ré na obrigação de cancelar, definitivamente, a cobrança
do serviço identificado como xxxx, no valor de R$ xxxx (xxxxxx), referente ao cartão de crédito Master
Card * * * xxxx, de titularidade do Autor, determinando ainda a devolução, em dobro, das mensalidades
cobradas indevidamente, do período de xxxx/xx até a solução da presente demanda, acrescido de juros
e correção monetária.
C) Requer provar por todos os meios de prova admitidos em direito, requerendo especialmente a
inversão do ônus da prova, como faculta o inciso VIII, art. 6º do CDC;
d) Seja concedido os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita.
Termos em que,
Pede Deferimento.