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BRUNNA GABRIELLE ALMEIDA FONSECA


GIOVANA MAHMUD PEDÓ
JOÃO MARCOS PARENTE
LAYSE ALVES COELHO
RAVENA FERRAZ FER REIRA DE CARVALHO

FORMAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS


Trabalho apresentado para debate em sala de aula,
referente a primeira avaliação de Direitos Humanos
do 3° Bloco do curso de Direito.

FACULDADE DE SAÚDE, CIENCIAS HUMANAS E


TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – NOVAFAPI
TERESINA (PI)
SETEMBRO/2010
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“A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos”

Hannah Arendt
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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO

O trabalho exposto a seguir, se refere à Formação e Desenvolvimento dos Direitos


Humanos, com seus aspectos marcantes e sua relação com tal direito, além de englobar
assuntos de extrema importância, como são os casos do trabalho, da propriedade, da religião,
da literatura, da urbanização, do direito e Revoluções Burguesas.
Trabalho este, que tem por objetivo ampliar o conhecimento não só dos seus
elaboradores, como das demais pessoas que venham a ter interesse em lê-lo e por seguinte
demonstrar a evolução de cada época, além claro das eventuais curiosidades.
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FORMAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

 ASPECTOS GERAIS

Os Direitos Humanos são um conjunto de leis , vantagens e prerrogativas que devem


ser reconhecidas como essenciais pelo indivíduo para que esse possa ter uma vida digna , ou
seja, que não seja inferior ou superior aos outros . Os Direitos Humanos são fundamentais
para que as relações intersubjetivas sejam satisfatória e previsíveis , por meio destes cada um
tem um mínimo de direitos que impede a sobreposição do indivíduo perante a sociedade . A
expressão "Direitos Humanos" designa os "direitos fundamentais", dos quais os demais
direitos são decorrência. Assim, na verdade, os Direitos Humanos não são um ramo a mais do
Direito, como o Direito Penal, o Direito Comercial, etc. Os Direitos Humanos são a raiz de
todos os direitos.

O que distingue os Direitos Humanos ou Direitos Fundamentais de outras formas de


ordenamento jurídico é que, sendo o Direito fundamentado nos Direitos intrínsecos do
Homem, este só pode ter como fonte a liberdade, estando o ser humano sujeito apenas à lei e
a não à prepotência e à astúcia de um chefe ou de quem quer que seja. No entanto , apesar de
facilmente identificado a construção de um conceito que o defina não é uma tarefa fácil , em
razão da amplitude do tema.

 ORIGEM

Os Direitos Humanos surgiram como produto da união de várias fontes desde


tradições das civilizações até pensamentos filosóficos-jurídicos, oriundos do cristianismo e do
direito natural. Tinham como ponto fundamental em comum a necessidade de limitação e
controle dos abusos de poder do estado e de suas autoridades constituídas , e a consagração
dos princípios básicos da igualdade e da legalidade como regentes do estado moderno.

FORMAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS


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1. ANTIGUIDADE

Na Antiguidade Oriental existiam os direitos humanos, porém eram muito restritos,


diferentes da forma atual.
Um dos documentos mais antigos que vinculou os direitos humanos é o cilindro de
Ciro , que contém uma declaração do rei persa ( antigo Irã) depois de sua conquista da
Babilônia em. . O cilindro de Ciro apresentava características inovadoras especialmente em
relação à religião , nele era declarada a liberdade de religião e a abolição da escravatura . Tem
sido valorizado positivamente por seu sentido humanista e inclusive foi descrito como a
primeira declaração dos direitos humanos.
Impende também destacar Hamurábi da Babilônia e seu famoso Código de Hamurábi ,
com leis que demonstravam extrema disciplina, pois havia punição , denotando a trajetória do
ser humano em direção à construção da democracia social .
Os Direitos Humanos nascem de fato com os hebreus( judaicos cristãos) :
desenvolvem o respeito ao próximo , obediência , incentivos à paz , vida , os 10 mandamentos
, respeito aos mortos , a monogamia e monoteísmo .
Na Antiguidade Clássica destaca-se Grécia e Roma . A civilização Grega mais do que
ninguém , na antiguidade , foram tão preocupados em explicar a natureza racional do ser
humano . Os gregos descobriram a grande necessidade dos homens de viver em sociedade
afirmando que a liberdade dos homens está na coletividade , na vivência entre o conflito entre
direito natural e direito positivo , além da formação dos conceitos de liberdade
política(democracia direta de Péricles) , de ser humano e cultura . Em Roma destaca-se a
expansão dos direitos sociais e dos individuais . Os Romanos estabeleceram um complexo
mecanismo , de interditos visando tutelar os direitos individuais em relação aos arbitrários
estatais . A Lei das 12 tábuas representam a origem dos textos escritos consagradores da
liberdade , propriedade e proteção aos direitos do cidadão .

2. PERÍODO MEDIEVAL

Na Idade Média , adotava-se uma forte concepção religiosa trazida pelo cristianismo
que influenciou diretamente a consagração dos direitos fundamentais , como a igualdade de
todos , enquanto necessários à dignidade humana , que foram fundamentais ao ser humano
pois desenvolve a cultura da paz , pregando também o monoteísmo ( amar a um só Deus ) .
Postula-se também nesse período a formação da burguesia instituindo novos valores
sociais, especialmente em relação à riqueza , trabalho e prazer ( que diferente do
cristianismo , não era mais visto como pecado ) . Ressalta-se também a experiência
administrativa pessoal como sendo a relação de fidelidade entre os homens , que dá origem à
obediência à lei ( respeito multo, como a relação se suserania e vassalagem )
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3. PERÍODO MODERNO
Os primeiros Estados a adotarem uma concepção moderna sobre Direitos Humanos
foram Portugal e Espanha , onde possuíam um ordenamento jurídico único onde imperava
apenas um governante , uma única moeda , carga tributária definida e poder jurisdicional
único. Jean Bodin a respeito afirma :” Estado Moderno é um estado soberano” . No entanto ,
essas duas sociedades não foram capazes de produzir um Estado que assegurasse a liberdade
humana onde o homem é livre por natureza e que o Estado deve apenas controlar essa
liberdade(pensamento jusnaturalista). Porém foram nessas sociedades que se formaram as
primeiras instituições com a finalidade de assegurar direitos ameaçados por outrem.
Com o renascimento da arte há a criação do homem atual , sobretudo valorização do
corpo , como fonte de prazer e inspiração, superação dos dogmas religiosos , deixando a Arte
de ser teocêntrica e passando a ser antropocêntrica.
Já no âmbito da literatura são expressados os sentimentos políticos desvinculados da
sobrenaturalidade e por seguinte começa a exaltação da razão( obedecer vem da natureza
humana política , refletindo o viver em socidedade) .
Vistas destes modos , arte e literatura nos demonstram aparecer claramente como
manifestações universais de todos os homens em todos os tempos . Não há povo e não há
homem que possam viver sem elas .
Destaca-se a Reforma Religiosa representada por Lutero , Zuinglio e Calvino , ainda
que considerando a perceptível dissonância interpretativa entre eles , impõem a assertiva
político-religiosa de que a aspiração maior era a autonomia do sujeito à subordinação da Lei
Moral . Trata-se de reordenar a própria noção de liberdade em seu sentido individual que não
se prendia à autoridade ou ao poder , mas à liberdade religiosa , a liberdade que rompe com o
pecado , exaltado a salvação , o prazer e a felicidade . Vê-se assim , que o que movia os
reformadores ( guardando suas diferenças e complementariedade ) não era a liberdade do
homem político , mas a do sujeito cristão ; era a autonomia do cristão diante da lei objetiva e
sua submissão à lei como expressão que revela a vontade de Deus .
No século XVI inicia-se a expansão científica. Com o aparecimento da ciência o
homem começa a explicar tudo, a suas necessidades, o corpo humano deixa de ter explicação
religiosa e passa ter explicação científica ( exemplo: Isaac Newton).

4. FORMAÇÃO DE NOVOS CONCEITOS


Tem suma importância ainda no Mundo Moderno a formação de novos conceitos:
o Trabalho: Passou a ser visto como fonte de prazer, felicidade, riqueza e dignidade,
uma vez que era assim que os homens atingiriam seus objetivos, tendo melhor
qualidade de vida.
Através dele, o homem se fixou à terra, construiu patrimônio e estabeleceu regras de
comportamento disciplinantes para si e para os outros. Nessa forma, a sociedade com
condições naturais e politicas favoráveis ao desenvolvimento pleno do trabalho
conhecem plenamente os direitos humanos.
Houve sua universalização, deixando de ser uma atividade exclusiva dos inferiores e
passando a ser uma atividade de todos.
o Liberdade: Ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica
a independência do ser humano. Enquanto a liberdade no Período Medieval estava
ligada a vida coletiva, a liberdade dos modernos, foi considerada como autonomia,
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para impedir a vontade arbitrária de um ou de vários indivíduos sobre uma


individualidade. Foi focalizada para estabelecer limites de interferência do Estado na
vida individual.
o Propriedade: Passa a ser individual, privada, representada pela casa – símbolo de
conquista, felicidade ( John Locke ), afirmação pessoal e individualidade.
É meio de subsistência do ser humano e sua ausência é uma ameaça aos direitos
humanos.
Historicamente têm-se como exemplo as lições do filho pródigo e o princípio cristão
da multiplicação dos pães e os talentos.
Esse conceito tem relevância à diferenciação social, a autoestima, riqueza humana e
incentivo ao trabalho.
“ Toda pessoa física ou jurídica, tem direito à propriedade, podendo o ordenamento
jurídico estabelecer suas modalidades de aquisição, perda, uso e limites. O direito de
propriedade, constitucionalmente consagrado, garante que dela ninguém poderá ser
privado arbitrariamente, pois somente a necessidade ou utilidade publica ou o
interesse social permitirão a desapropriação”, afirma Alexandre de Moraes sobre o art.
XVII da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
o Expansão da Razão: É a expansão do conhecimento cientifico e luta pela libertação
dos homens, dos dogmas religiosos; é explicar o mundo (natureza) por si mesmo, de
forma racional e não por fenômeno sobrenatural.

5. REVOLUÇÕES BURGUESAS
Suas doutrinas surgiram nos séculos XVII e XVIII, no período de ascensão da burguesia, que
estavam reivindicando uma maior representação politica frente à nobreza e o clero. Elas
forneciam uma justificativa ideológica aos movimentos revolucionários que levariam
progressivamente à dissolução do mundo feudal e à constituição do mundo moderno. Todas
as revoluções liberais dos séculos XVII e XVIII proclamaram os direitos humanos.
São revoluções que lutam contra a dominação tradicional e resultam na declaração universal
dos direitos humanos.
a) Revolução na Inglaterra: Tem como ponto principal afirmar os valores da
propriedade privada e da liberdade individual. É exemplo de conquista inglesa,
o habeas- corpus, e a partir dessa revolução tem-se o enfraquecimento do poder
parlamentarista.
b) Revolução Americana: Declaração Universal dos Direitos do homem e do
cidadão.
Os americanos afirmaram a supremacia do principio da legalidade e da
liberdade humana com valores supremos.
c) Revolução Francesa: afirmação dos valores jus naturalistas de justiça e
felicidade. Pros Franceses, “povo” é igual à nação: revolução nacionalista.
Diferentemente dos americanos de que “ povo” é igual a “nós”, ou seja,
sentimento abstrato.
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6. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

É um dos documentos básicos das Nações Unidas e foi assinada em 1948. Nela são
enumerados os direitos que todo ser humano possui.
A assembleia geral a proclamou como o ideal comum a ser atingido por todos os
povos e todas as nações, como objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade,
tendo sempre em mente essa declaração, se esforce através do ensino e da educação, por
promover o respeito a esses direitos e a liberdade, e, pela adoção de medidas progressivas
de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância
universal, tanto entre os povos dos próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos
territórios sob a sua jurisdição.
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CONCLUSÃO

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