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Eis éo historia do pato submarine, um puto que queria conhecer o mundo escondido debaixo da superficie que the reflectia a imagem. A historia comega no die. em que o pate deu o primeira mergulhe, Cardume de peixes pequenos fiigianm a sua frente e desapareceram nos findos verdes de uma gruta. — Para onde vio eles? — perguntou.o pato, mas ningwém Ihe respondeu. Mergulhou mais vezes, muitas vezes mais, Cada vez thais fundo, coda vez mais temps. Conseguiu assim, depois de muitas lentativas, fazer as veres das ris que saltam ¢ mergulham, mergulham ¢ saltam, con se nao estivessemn bem em lado nenhum. Mas © puto submarine sentia-se melhor com 4 cabega dentro de Agua do que fora dela, © APERA APD Col eens poh Mest eta Predewete de Custelba cy Merton Numa ocaside em queo pato submarine ia a mergulhar, cnuzcHi-se Com uma tnuta que saltava da agua. Naa iam pant a mesmo lade, mas come ori ¢ uma cua de bons vizinhos, Gearam os dois a conversa: — Sempre a mesma agua, sempre suspirava a trata. ~ Quem oe desse asas.. © pate adrnirou-se: Parece impossivel! Entio a amiga truta ie posta de nadur? — Quai qué? Fujo do noo mais que posse. Ando agora a treinar-me em saltos, cada ver mais altos, cada ver mais longe. Quer ver! — ca truta saltou, toda ligeira, por-cima do rame de um salpueion que se debrigaya para a dyna. Bravo, brava! ~ aplaudiu o pate. — Pois hei-de conseguir muito mats. Ainda quere sultar por cima da ponte, vai ver! Cada um foi a sua vida. © pate voltou aos seus mergulhos mais fundos, cada vez mais flundos,. A. trata continno nas seus saltos mais altos, cada vex mais altos, Aqui fagamos uma pasa a nossa histor miuidamios de sitios, Do rie passemos a margem. um senhor de chapeu de palha, que pacientemente desentola uma linha ¢.a mergulla ma dgui, Segura ccm firmezi.a cana de pesca e aguarda. Que sucedera? No fundo do ne, o pate submanno ve am bocwdinha de Pao suspense, mazicamente suspenso. Aproximaske, mas 0 bocadinho de pio ou lao gue sera fay-lhe wma negaca © foge para mais longe, Atiraese a ele o pato submarina € abocanhieo Na murgem, o pescador estremece dos pes ao chapeau. — Isto nio é peixe mitide — exclama ele, mesmas. algas’— z CONPERCA © APCD Ciafwcnnciplle poten FOOSE pct Heesidpenig iba Coen Hep aky Miele Pos nde era. nic! Era pate 2 grande... Depois de muita fut ficou de boca aberta o senhor do chapeu de palha, ao ver o que uo linha the trazia. Tio espantade estava que nem muVvil ur iro que, ali perte, cagador escondido dera sobre algum passaro mais descuidado. E ordinditie — dizia o pescador, desembaragande o pate do uingel, — Quando cu contar esta historia, mingucm vai aeredilar... Acredite au — disse uma vou, mesmo atras dele. Virou-se o pescador para tras ¢ que vin’) Um cagador COM uuimien Palit ra mao. — lw utravessar-a ponte, quande um peixe me saltow a frente. quase a fogar o cane da espingarda, Disparei, mest sem pensar ~ explicont ele. — Voam os perves, nacam os passaros. Anda o mundo virado do avesso — comentou o pescador, Ficaram os dois a olhar unn para o outro, sem saberem que mais dizer, até que o pescador sugerit: Podiums trocar. Sim, porque cu sou, acima de tude, capaci, E eu, pescador — acudiu, muita despachado, o senhor do chapeu de palha, Aflifa, a teuta sacwdia-se nas mios do cagador, As chumbadis quise ide The tinham tocade, Também © pate se refurin da surpresa ¢ apitawa us asus. Cagador e pescador preparavani a troca, E foi no exacto momenta em gue o pescador tu receber o perxe ¢ 9 cagadar, aave, foi nesse precisa momento que... que... adivinhant? Voou o pate ¢ mergulhow a trita. Cada um para seu lado, cada um mais depressa que o outro. —Dé-lhe win tire — gritow o pescador para o cagader, 3 Preity 2 pile Hii ope Pe — A qual? — perguntou ele, atorantude. Salvaram-se os nossos heniis ¢ salvou-se s histéria, O pate voou para o alte ¢o peixne nadou para o funde. Ja chegava de aventuras. JA tinham que contar, E nds, tambem.... FIM 4 CAPER APOMD Ciatieeiediehe to PURE © feck Poesia

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