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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL – 1
PROF: MARA
TURMA: 1
ALUNO 1: FELIPE DE OLIVEIRA SALGADO
CÓDIGO: EE07136-76
ANO: 2008 SEMESTRE: 1

RELATÓRIO N° 08

TÍTULO:ATRITO EM PLANOS INCLINADOS

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO

01 – FUNDAMENTO TEÓRICO.................................: ________


02 – PROCEDIMENTO DO EXPERIMENTO...........: ________
03 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS............: ________
05 – CONCLUSÃO.........................................................: ________
06 – APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO.................: ________

SOMA DA AVALIAÇÃO......................................: AV:________

DATA DE REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO: ____ / ____ / ____

DATA DE ENTREGA DO RELATÓRIO.............: ____ / ____ / ____

N° DE DIAS ENTRE A RELIZAÇÃO E A ENTREGA DO RELATÓRIO: D =

FATOR DE ADEQUAÇÃO...............................................................................: F = 1,175 – 0,025D

NOTA DO RELATÓRIO:...........: R = F.AV

R=
1.0 – TÍTULO: ATRITO EM PLANOS INCLINADOS

2.0 – OBJETIVO:

Determinar o coeficiente de atrito estático entre o plano inclinado e um corpo de


prova.

3.0 – MATERIAL UTILIZADO:

3.1 – Plano inclinado;


3.2 – Corpo de prova (bloco de madeira).

4.0 – FUNDAMENTO TEÓRICO

Atrito Viscoso

          A força de resistência que aparece durante o movimento de um corpo em um fluido é o


atrito viscoso. Ele depende da forma do corpo, da sua velocidade em relação ao fluido e da
viscosidade do fluido. Também entre duas superfícies em movimento relativo separadas por
uma fina película contínua de fluido existe atrito viscoso. Nos dois casos, se o módulo da
velocidade relativa é pequeno, o fluido se separa em camadas paralelas. Para entender a
origem da viscosidade e, portanto, da força de resistência, consideremos duas placas planas e
paralelas, com um fluido contínuo entre elas . Aplicando uma força F a uma das placas, ela é
acelerada até atingir uma velocidade terminal constante, cujo módulo é proporcional ao módulo
da força aplicada. O fluido entre as placas se separa em lâminas paralelas. A lâmina adjacente
à placa móvel se move com ela, a lâmina seguinte se move com uma velocidade de módulo um
pouco menor e assim por diante, até a lâmina adjacente à placa imóvel que, como ela, tem
velocidade nula. A viscosidade vem da interação entre lâminas adjacentes. Cada lâmina é
puxada para trás por uma força devida à lâmina inferior e para frente, por uma força devida à
lâmina superior.
          Num gás, como as forças de coesão não são efetivas porque as moléculas estão longe
umas das outras, a viscosidade vem da transferência de quantidade de movimento entre
camadas adjacentes. As moléculas que passam de uma camada a outra, que se move mais
lentamente, transferem a ela uma quantidade de movimento maior do que a quantidade de
movimento que as moléculas dessa camada transferem àquela ao cruzarem, em sentido
contrário, a mesma fronteira. Assim, a velocidade da camada mais rápida diminui e a
velocidade da camada mais lenta, aumenta, e a velocidade relativa diminui. A viscosidade dos
líquidos vem das forças de coesão entre moléculas relativamente juntas. Desta maneira,
enquanto que nos gases a viscosidade cresce com o aumento da temperatura, nos líquidos
ocorre o oposto já que, com o aumento da temperatura, aumenta a energia cinética média das
moléculas, diminui o intervalo de tempo que as moléculas passam umas junto das outras e
menos efetivas se tornam as forças intermoleculares.

Atrito Seco

Ocorre quando atritam entre si dois sólidos sem lubrificação. Para entender a origem
das forças de atrito seco deve-se considerar que, ao nível atômico, as superfícies tem
pequenas irregularidades e que o contato ocorre num número relativamente pequeno de
pontos, onde as irregularidades se interpenetram e se deformam, exercendo forças mútuas
cujas intensidades dependem da intensidade da força que empurra as superfícies uma contra a
outra .  Nos pontos de contato existem ligações dos átomos de uma superfície com os átomos
da outra, como soldas microscópicas.
          Se uma força externa horizontal F é aplicada à superfície
II, por exemplo, aparecem as forças horizontais fa, fa, fb, fb,
fc, fc, etc., associadas às deformações locais originadas pela
tendência de movimento relativo entre as superfícies. Se as
superfícies permanecem em repouso relativo, fa + fb + fc + ... é
a força de atrito estático sobre a superfície II e (fa + fb + fc
+ ...) é a força de atrito estático sobre a superfície I. Quanto
maior for o módulo da força F, maiores são as deformações
locais e maiores os módulos das respectivas forças. Se o
módulo da força F é grande o suficiente para romper as soldas microscópicas nos pontos de
contato, uma superfície desliza em relação à outra e, nesse movimento, as irregularidades de
uma superfície colidem com as irregularidades da outra e as forças que surgem devido a essas
colisões se somam para dar as respectivas forças de atrito cinético. As colisões originam
oscilações locais que se propagam e são amortecidas pelo resto do material. Assim, a energia
mecânica associada ao movimento relativo das superfícies se transforma em energia interna,
aumentando suas temperaturas.

Lei do Atrito Seco

Para cada par de superfícies em contato, o coeficiente de atrito cinético é sempre


menor ou igual ao coeficiente de atrito estático para este par de superfícies.

Origem do atrito por contato

A força de atrito se origina, em última análise, de forças interatômicas, ou seja,


da força de interação entre os átomos.Quando as superfícies estão em contato, criam-se
pontos de aderência ou colagem (ou ainda solda) entre as superfícies. É o resultado da
força atrativa entre os átomos próximos uns dos outros.Se as superfícies forem muito
rugosas, a força de atrito é grande porque a rugosidade pode favorecer o aparecimento
de vários pontos de aderência, como mostra a figura abaixo.

Isso dificulta o deslizamento de uma superfície sobre a outra. Assim, a


eliminação das imperfeições (polindo as superfícies) diminui o atrito. Mas isto funciona
até um certo ponto. À medida que a superfície for ficando mais e mais lisa o atrito
aumenta. Aumenta-se, no polimento, o número de pontos de "solda". Aumentamos o
número de átomos que interagem entre si. Pneus "carecas" reduzem o atrito e, por isso,
devem ser substituídos. No entanto, pneus muito lisos (mas bem constituídos) são
utilizados nos carros de corrida.

Diagrama e dedução do coeficiente de atrito

Na experiência usamos um plano inclinado com um bloco de madeira.Esse bloco


foi solto de cima do plano inclinado provocando assim uma velocidade a um
determinado ângulo. Quando o bloco chega a um ângulo "critico" é o ângulo que ele irá
começar a se movimentar com uma aceleração, provocando assim uma força de atrito
contraria a força resultante e sendo assim é possível determinar os seu coeficiente de
atrito estático.

Coeficiente de atrito estático

É possível determinar o coeficiente de atrito estático através do plano inclinado,


quando o bloco começa a se movimentar com um ângulo Ø:

Existem varias forças atuando sobre este bloco estas são:

N: Força normal do bloco


P= Força Peso, que é dada pela expressão; P = m.g, onde m é a massa do bloco e g é a
constante da gravidade(9,8 m/s2)
Py= Componente da força peso no eixo y, que é dada pela expressão; Py = P.cos Ø,
onde P é a força peso.
Px= Componente da força peso no eixo x, que é dada pela expressão; Px = P.sen Ø ,
onde P é a força peso
Fat= Força de atrito. Que neste caso é dado pela expressão; Fat = e.N , onde e é o
coeficiente de atrito estático e N é a força normal do bloco

Assim então fazemos a somatória de seus eixos para efetuar o calculo como podemos
observar:

Daí
Dividindo a primeira pelo ultimo obtém-se

Portanto o coeficiente de atrito estático e dado pela tangente do ângulo Ø.

5.0 – PROCEDIMENTO DO EXPERIMENTO:

O experimento consiste em determinar o coeficiente de atrito entre o “corpo de prova”


(MADEIRA) e o plano inclinado (CHAPA DE FERRO).
5.1 – Foi colocado o “corpo de prova” (bloco de madeira) sobre o plano inclinado de
modo que ele não deslizasse ao longo do plano;
5.2 – Variei a inclinação do plano inclinado (batendo levemente no plano), até que o
bloco iniciou o movimento. Nesse momento, foi medido o ângulo  de inclinação do
plano inclinado, e foi anotado esse valor na primeira linha da segunda coluna do Quadro
de Coleta de Dados do item 6.1;
5.3 – Calculei, na memória de cálculo do item 6.2, o valor do coeficiente de atrito
estático entre a madeira e o ferro (tangente do ângulo  ), e anotei esse valor na primeira
linha da terceira coluna do Quadro de Coleta de Dados do item 6.1;
5.4 – Repeti os itens 5.1 até 5.3, e com esses resultados preenchi as demais linhas do
Quadro de Coleta de Dados do item 6.1;
5.5 – Calculei, na memória de cálculo do item 6.2, a soma dos valores dos coeficientes
de atrito estático, dada pela expressão Δµ, e anote esse resultado na penúltima linha da
terceira coluna do Quadro de Coleta de Dados do item 6.1;
5.6 – Calculei, na memória de cálculo do item 6.2, o valor médio do coeficiente de atrito
estático entre a madeira e o ferro, através da expressão

µeM = Σµ / N

e anotei esse resultado na última linha da terceira coluna do Quadro de Coleta de Dados
do item 6.1;

6.0 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS:

6.1 – QUADRO DE COLETA DE DADOS:


LEITURA µe = tan 
(grau)
L1 31 0,60
L2 36 0,72
L3 33 0,64
L4 35 0,70
L5 36 0,72
SOMA: Σµe 3,38
VALOR MÉDIO DE µeM 0,67

6.2 – MEMÓRIA DE CÁLCULO:

 Cálculo do coeficiente de Atrito Estático, µe:


Utilizando-se a expressão (1) do item 4.0, tem-se:

µe = tg 

e1 = 31° :. µe1 = tg 31° :.  µe1 = 0,60


e2 = 36° :. µe2 = tg 36° :.  µe2 = 0,72
e3 = 33° :. µe3 = tg 33° :.  µe3 = 0,64
e4 = 35° :. µe4 = tg 35° :.  µe4 = 0,70
e5 = 36° :. µe5 = tg 36° :.  µe5 = 0,72

 Cálculo da Soma dos valores dos coeficientes de atrito estático:

Utilizando-se a expressão:

Σµe = µe1 + µe2 + µe3 + µe4 + µe5

µe1 = 0,60
µe2 = 0,72
µe3 = 0,64
µe4 = 0,70
µe5 = 0,72
Σµe = 0,60 + 0,72 + 0,64 + 0,70 + 0,72 :. Σµe = 3,38

 Cálculo do Valor Médio do coeficiente de atrito estático:

Utilizando-se a expressão:

µeM = Σµ / N
Σµe = 3,38 e N = 5 :. µeM = 3,38 / 5 :. µeM = 0,67

7.0 – CONCLUSÃO:

Se eu trocasse o bloco de madeira por um bloco de ferro o valor mudaria, pois a


força de atrito é diretamente proporcional ao peso e como o ferro é mais pesado uqe a
madeira, a força de atrito seria maior e seria preciso um ângulo maior. O coeficiente
de atrito estático não mudaria se a área do bloco em contato com o plano inclinado
aumentasse , pois quando a superfície menor de um bloco está situada sobre um plano,
vemos ao microscópio: grandes deformações dos picos das duas superfícies que estão
em contato. Por cada unidade de superfície do bloco, a área de contato real é
relativamente grande (embora esta é uma pequena fração da superfície aparente de
contato, ou seja, a área da base do bloco) e quando a superfície maior do bloco está
situada sobre o plano as deformações dos picos em contato são menores por que a
pressão é menor. Por tanto, uma área relativamente menor está em contato real por
unidade de superfície do bloco. Como a área aparente em contato do bloco é maior,
deduzimos que a área real total de contato é essencialmente a mesma em ambos os
casos. Ocorreram erros grosseiros devido a falta de precisão na medição do ângulo
formado pelo plano inclinado com o eixo horizontal. Ocorreram erros acidentais devido
a falta de polimento do plano inclinado.

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