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Dói-me agora o desengano dos dias

Foram tantas as fantasias manchadas de pranto

Que eu fiz da tristeza o meu recanto

Enquanto a alma andava vazia

É sempre pura a melancolia das horas

As lembranças mortas e desvairadas

Por dentre vielas, despojadas nas calçadas,

Seguindo de mãos atadas nas costas

Segue meu peito errante poeta

Juntando nos versos o que ainda lhe resta

De um pouco desejo de vida

Que faz o desespero findar ‘ numa‘ rima

É nas palavras tingidas de sentimento

Que meu alento se torna verdade

Que às vezes encontro a saudade

E vez por outra esbarro no contentamento

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