P I S K O U N O V
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL A íO
TRADUÇÃO DE.
AN TÔ N IO EDUARDO P E R E IR A T E IX E IR A
licanciado «m Economia (U . P.)
Contabilista diplomado (I. C . P.)
M A R IA JO St P E R E IR A T E IX E IR A
Contabilista diplomada (I. C. P.)
i S 6 52
a S è u O T T .C ^ "
e ., M O
E D I Ç Õ E S L O P E S D A S I L V A - P O R T O - 1 9 9 7
r_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ M A T _ _ _ _ _ _ _ _ _
U N IV E R S ID A D E F E D E R A L D A BA H IA
T O M B A M E N T O PA T R IM O N IA L
\l í ^ ( a o
N* Í l Í Q Í Í L . . Oats
CAPITULO XI I I
Eq uaçõ es d iferenciais
CAPITULO XI V
Integrais m úlliplo i
CAPITULO XV
CAPITULO XVI
Séries
CAPITULO XVI I
Séries d c Fourier
CAPITULO XI X
O autor
O EDITO R
Capitulo XIII
E Q U A Ç Õ E S D IF E R E N C IA IS
m - ^ “ =*mg — kv. ( 1)
Mf
v=C< m + - ?£
verifica a equação (1) qualquer que seja a constante C. Mas qual destas fun
ções dá a relação procurada entre v e r ? Para a encontrar, imponhamos uma
condição suplementar: uma velocidade inicial v. (que, cm especial, pode ser
nula) foi comunicada ao corpo na partida; suporemos que esta velocidade inicial
é conhecida, mas, então, a função procurada v = /(r) deve ser tal que se tenha
para t = 0 (no começo do movimento) v = v*. Substituindo i = 0, v = v. na
fórmula (2), tem-se:
donde
(V)
fcos<jp — H ,
T sen <J»= ys.
tg q > = /’
Por conseguinte:
az a
(4)
em que se fez — = a.
Y
Derivemos os dois membros da igualdade (4) em relação a x:
d*{/ 1 ds
dx2 a dx
Mas sabe-se que (ver § 1, Cap. VI)
+ • (5)
(6)
§ 2. Definições
D e fin iç ã o — 1. Chama-se e q u a ção diferencial a u m a eq uação que
estabelece u m a relação entre a variável independente x, a fu n ção
desconhecida y = f { x ) e suas derivadas / . y " .........y (f,).
Pode-se escrever sim bolicam ente u m a eq u ação diferencial com o
se segue: ...
F (x . y, y , y ......... i / ' 1) = 0
ou
'(•■>■2-S.. £)-*
Sq y = f (x) é fu n ç ão de u m a só variável independente, a eq uação
diferencial diz-se o rd in ária . C o m eçare m o s pelo estudo das equações
diferenciais o rd in ária s ( •).
y ' — 2xy* - f 5 = 0
y = C t seax-f-C2 cos x
0 = * a + Cx,
Cada uma das equações tratadas nos exemplos 1 e 2 possui uma infinidade
de soluções.
§ 3. Equações diferenciais de primeira ordem {noções gerais)
y, y ) = 0. (1)
y’ = f ( x . y). (O
Teorema — Se na equação
/ ■ » / ( * , y)
tem como solução geral y — pode-se verificá-la por uma simples substituição
na equaçSo.
Procuremos a solução particular que satisfaz às condições iniciais:
ç
y, = 1 cuando x» = 2. Substituindo estes valores na fórmula y - -y ,
obtém-se 1 = —
( . ou seja. C — 2. A solução particular procurada 6, pois. a
9 “
função y — - - '
C-/2 C=-,/ i
F i g. 245.
y) <»')
e seja y — x, C) a sua solução geral. Esta solução geral define a
família das curvas integrais no plano Oxy.
A equação (1') determina para todo o ponto M. de coordenadas
x e y, um valor da derivada isto é, o coeficiente angular da tan
gente à curva integral que passa por esse ponto.
Por conseguinte, a equação diferencial (1'J define um conjunto
de direcções ou, como se disse, um campo de direcções no plano Oxy.
dy = _ y_
dx x
4. Consideremos, cm seguida, o seguinte problema.
Seja dada uma família de curvas que dependem dum parâmetro C:
í/ = <p(jt, C) (2)
tal que para todo o ponto do plano (ou dum domínio no plano)
apenas passe uma curva desta família.
Pergunta-se: qual a equação diferencial que admite esta família
de funções para integral geral?
Acha-se derivando a relação (2) em relação a x:
£= o. (3)
Uma vez que apenas passa uma só curva da família para qual
quer ponto do plano, cada par de valores z, y define um único valor C
dy
na equação (2). Substituindo este valor C na relação (3) encontra-se —
como função de x e y. Obtém-se. assim, uma equação diferencial que
é verificada para todas as funções da família (2).
dx
• • V
Substituindo C — definida pela equaçSo da família, obtém-se a equaçSo
diferencial dada:
di/
dx x
Esta equação tem um sentido quando x 0, isto 6, em todo o domínio
que não corte o eixo Oy.
§ 4. Equações com variáveis separadas e separáveis.
Problema da desintegração do rádio
£ = h (*)h (y ).
d d)
1
dy = /, (*) dx. (O
f*Ay)
Supondo que a função y de x é
conhecida, pode-se considerar (10. como a
igualdade dc dois diferenciais, e as suas
primitivas distinguir-se-ão duma constante.
Integrando o primeiro membro em relação
a >■c o segundo em relação a x. obtém*se:
j 7 7 T h{x )d x + C. F ig . 248
- z + * r = c '-
O primeiro membro, não sendo negativo, implica o mesmo para o
segundo. Designando 2C>. por C*. ter-se-á:
xa + j,t = c *.
ê a equaçSo de uma família de circunferências -concêntricas (fig. 2481
com centro na origem das coordenadas e de raio C.
2. Uma equação da forma
M\ (*) (y) dx -f M t (x) JVt (y)dy = 0 (3)
chama-se equação de variáveis separáveis. Pode-se reduzir a uma equa
ção de variáveis separadas (•) dividindo os dois membros pela expres-
são N i M A M * ):
dy dx
~ x
Encontra-se, por integração:
logo.
Integrando, obtém-se:
Log|x|-f x-f Log] y| — y = C ou Log |xy |+ x — y = C
conseguinte,--m- ■< 0
dí
A equação (4) é uma equação de variáveis separáveis. Separemos as
variáveis:
dm
= — k d t.
Integrando, obtém-se:
I,og m = — k t — Log C,
donde
(5)
Dado que a massa do rádio era m. no instante t — 0, C deve satisfazer
à relação
m0 — Ce~k ° = C.
m — m0e 6
( )
Diduz-s: o coeficiente k das observações que se seguem. Seja a % a
fracção da massa inicial desintegrada no tempo f*. Tem-se. pois, a relaçáo
(1 1^5) mo = moe~k<0’
donde
— kt0= Log ( i — íõ õ )
ou ^
o período T procurado:
m0 _ m -0.00043GT
T m°*
donde
—0,0004367*= - Log 2
ou
r - õ ^ 6 = ' 59° *“
£ = / ( * .» ) d)
Façamos a substituição:
% í)-
-<('■ m
y
u *= — , isto 6, y = ux.
x
Tem-se. então:
dy du
u + H e = / ( 1, u ) -
É uma equação de variáveis separáveis:
du du dx
ou
f
Por integração encontra-se
— ^ — = Í ~ + C.
J / (1, u) — U J X
Substituindo após integração -j cm u, obtém-se o integral da
equação (10-
Exem plo — 4. Seja a equação
dy *y
"dx ~~ x* — y*
Tem-se no segundo membro uma equaçSo homogênea de grau zero, pois
EntSo:
dy , du
y = ux\ ~ = u -f x —— ;
dx dx
du u du u*
X'
dx 1 — u* ’ dx _ l - u *
Separando as variáveis, tem-se:
(1— u*) du dx ( 1 Í \. dx
e por integraçSo:
— ^ — Log| u | ^ L o g | x | |-Log|C| ou — jL L o g | « x C | .
~ ^ = Log| C*\-
Ê impossível exprimir aqui y cm funçSo de x por meio das funções ele
mentares. Mas exprime-se fàcilmente x em função de y:
x = y ~Z — 2 Log! ('!/ I •
N ota— A equação
M (x, y) dx + N (x, y) dy = 0
apenas será homogênea se M (x. y) e N (x, y) forem funções homo
gêneas do mesmo grau. Daqui resulta que a relação de duas funções
homogêneas dum único e mesmo grau é uma função homogênea de
grau zero.
Exem plo — 5. As equações
x = x t + A, y = y x + k.
Então.
* dx ,- (2)
ah 4- bk 4- c = 0. }
(4)
axh 4- bxk -f cx= 0. I
donde
d y _ _ Í " d i^ T a r*
dx b dx b
Substituindo as expressões (6) e (7) na equação (5). obtém-se
1 — _ — — z c
b dx b Xz -}- Cj
que é uma equação de variáveis separáveis.
O processo utilizado para integrar a equação (1) aplica-se igual
mente à integração da equação
dy _ / ( a jr+ by + c \
dx Va^r -f bxy -f c j
em que / é uma função arbitrária contínua.
Exem plo — I. Seja a equaçSo
dy _ x-f-y— 3
dx ~ x — y — 1
Para a reduzir a uma equaçSo homogênea façamos a substituição x = x, + h\
y = y, + k. EntSo.
dy) _ Xj-^-yi-^-A-f-^’ - -3
d x 7 ~ X| — yj-j-*— k — 1
h-\-k — 3 = 0 ; h— k— 1=0,
vem.
h = 2. * = 1 .
Obtém-se assim a equaçSo homogênea
dy\ *i~ f
*1 * i — Vi
que se resolve fazendo a substituição
tem-se: *
àU\ , du
du 14-u
u + ,> d i r = - r ^ '
c obtém-se uma equação de variáveis separáveis:
du 1 -f ua
**■357” — =nr-
Separemos as variáveis:
1— u , dx,
du
l+ ll» X, *
Integrando, tem-se:
a rc tg u = Log (Cx, V l + u í)
ou
Cx, V í T ^ = e*rctgu.
Vf
Substituindo nesta tlltima igualdade-- cm vez de u, obtém-se:
xt
c y 3 + 7 ? = / rclg£
Por Iim, passando às variáveis x e y, obtém-se:
Kf—|
C l / ( x — 2)a -f-(y — l)*=3*arCt,*~ *.
Exem plo — 2. N ão se pode fazer a substituição x = x1+ A, y = y,-f k
na equação
, 2x-f-y — 1
v “ 4x+£j, + 5 ’
porque o sistema de equação que serve para definir h e k é incompatível (sendo
2 1
o determinante ^ dos coeficientes das variáveis nulo).
ou * * 2x + ò
5x+ 9
2x + 5
Deduz-ac 7
j x-f — Lo< j|5x + 9 | = x + C .
ou
10y-5x+7Log|10r-f5i/+9|=C,.
isto 6, sob a forma implícita.
+ = <?(*). (D
em que C (x) e Q (x) são funções contínuas dc x dadas (ou constantes).
du du , du
s i= u d i+ v d i■
^ + P i> = 0. ('<)
dr
Separando as variáveis nesta equação diferencial em v, tem-se:
d“ = - P d x .
v
Integrando, obtém*se
— Log C i + L o g v = — ] P dx
ou
„ - [ pdx
v = C Ke
Como nos basta ter uma solução qualquer não nula da equa
ção (4), tomaremos para função v (x):
- J Pdx
« w - . . (5 )
v (x )d
£ . = Q ( x)
ou du—
dx v (x)
donde ..
u= [f !Q (*) d x + C.
h lL
J t>(x)
(*)
< ?(*)
dx-{-Cv{x). (fi)
— (*)
y — Ua quando x = x0.
isto é,
dv 2dx
~ “ i +1 ’
donde
l.o g v - 2 I.og (x-f I)
ou
Substituindo a cxpressSo da função v na equação (7), obtém-se pela deter
minação de u, a equação
£=<*<-*>•
y - - - - --- K ( * f l)*.
3 ~ (° V )H C (0 H )* í
c = f
Por conseguinte, a solução particular procurada é
§ 8. Equação de Bernoulli
Consideremos uma equação da forma (*)
£ +
d l ‘ \,X)y = Q (* )y \ ( I)
+ = (2)
Façamos, em seguida, a substituição:
*= V~n+ l.
Então.
Í _ (_ „ + i) r- 4 .
dx dx
Í i + ( _ n + l)P í = ( - n + l)Ç -
dx
É uma equação linear.
Calculando o seu integral geral e substituindo em z a sua expres
são y 11,1. obtém-se o integral geral da equação de Bemoulli.
E x e m p lo — Resolver a equação
4 * .+ x „ -* » * * . <3)
dx
R esolução — Dividindo todos 03 termos por y\ obtém-se:
y-sy'4-xy_s = a:s. (4)
Introduzamos a nova função z = y**.
Tem-se, então,
A _ _ 2»-»
dx y dx
Substituindo na equação (4), obtém-se:
dx
Substituámos na equação (.5) as expressões dc z e dc
Anulemos a expressão entre parêniesis:
4 i- 2 * » = 0: ÍÜ - - 2 x d z ,
Logy = i a ;
Obtém-se. para definir u. a equação
dx
Separemos as variáveis:
u = * V - * * + e - xl + C ;
z = uv = x8-}-1 -+-Cext.
Tem-se pois o integral geral da equação dada:
1
y _a = x*-{-l-fCex* ou y = ~ j =
V *a -f l+ C e * * ’
onde v (x) é uma função arbitrária não nula. que satisfaz à equação
V' + p v = 0.
Definição — A equação
M (x, y) dx -f N (x , y) dy ^ 0 (1)
chama-sc equação de diferencais lotais se. M (x. y) e N (x. y) forem
funções contínuas deriváveis tais que
ÕM _ d lV
^ — a * '■ •
dy dx
, . J . . àM dN . , J , .
e as derivadas parciais •e sejam continuas num certo domínio.
du (x, y) = 0 (3)
cujo integral geral é da forma
u (x, y) — C.
Em primeiro lugar suponhamos que o primeiro membro da
equação (1) é o diferencial total duma certa função u (x. y), isto é.
então.
M = %\ N = (4)
dx dy
Derivando a primeira relação em ordem a y e a segunda cm
ordem a x, obtém-se:
d M __ d7u di X __dhi
dy dx dy * dx dy dx
vSupondo que as derivadas segundas são contínuas, tem-se
dM dN
dy dx *
isto é. que a igualdade (2) é uma condição necessária para que o
primeiro membro da equação (1) seja o diferencial total duma certa
função u (x. >). Mostremos que esta condição é também suficiente,
isto é. que se as igualdade (2) tiverem lugar, o primeiro membro
da equação (1) é o diferencial total duma certa função u (x, y).
Da relação
deduz-se:
u = J M (x, y) dx 4- (f (y),
*0
ÕM dN
Mas como-^— = -r— .pode-se escrever:
dy dx
X
u = l M ( j, y) d x + J N (x0, y) d y + C x.
X„ I/„
*
<♦) O integral \ M (x. y) àx depende de y. Para encontrar a derivada
Tr ’ ----- ;
‘ nlâo’ 9M - . dN ~
y4 * <?x ~ j/i ’
du v
Ty~ y4 '
Tem-se
3ri V* — 3 ia
por conseguinte.
**(*, — r + c ,‘
M d L o %V- _ Ar à h o g ^ . _ àN dA f
dy dx dx dy
dLog n = 0
dx
dN dM
dx dy
M
n ão depender de x.
d N __ dM
(v + *y2) dx— x dy — 0.
R esolução — Aqui M = y -\
-xy* ; N = — x ;
dM . . « dN , dM , dN
— = 1+ ã 7 * ã T -
Daf resulta que o primeiro mrmbro da equaçSo não é um diferencial
total. Vejamos se esta equaçSo admite um factor integrante, dependente sòmenle
de y. Tendo em atenção que
dN dM
dx dy _ — 1— 1 — 2x y ______ 2_
M y+ — y
conclui-se que de fado assim é. Achrmo-lo:
d Log p _____ 2
dy y
donde
1
Log p » — 2 Log y, s o it p = -^j-.
f + 4 + « -
ou
zx
l :r z 2 c
§ 11. Envoltório dum a fanúlia de curvas
y. 0 - 0 , (1)
cm que x e y são as coordenadas cartesianas variáveis e C um parâ
metro susceptível de tomar diversos valores fixos.
Para cada valor dado do parâmetro C. a equação (1) define uma
certa curva no plano Oxy. Dando a C todos os valores possíveis, obte
= 0 (4)
*[£♦5']-»•
Mas como para o envoltório C (x, y) =£ constante.
dC . àC , . n
dx dy
e tem-se. pois. para os pontos desta última
y, 0 = 0. ( 5)
Por conseguinte, determina-se o envoltório pelas duas equações
seguintes:
<!>(*, y, 0 = 0. 1 (6)
‘l>c (x, y. 0 = 0. J
Inversamente, se, eliminando C destas equações, se obtém y = <p(x).
em que p (*) é uma função derivável e C ^ constante sobre esta curva,
então y = ? (x) é a equação do envoltório.
N ota— 1. Se uma certa função y = y(x) representa o lugar
geométrico dos pontos singulares da família (1), isto é. pontos tais que
rD* = 0 c <J)y = 0, as coordenadas destes pontos verificam igualmente
as equações (6).
Com efeito, pode-se exprimir as coordenadas dos pontos singu
lares cm função do parâmetro C que entra na equação (1):
* — M C ), y = \x{C). (7)
x c o s a + y sen ct — p — 0, (a)
em que a é o parâmetro.
R esolução — Encontra-sc derivando em relação a o, a equação da família
— x sen a -f- y cos a *=0. (b)
F ig . 252 F ig . 253
i
F i g. 254.
x — 2«*x* = 0.
( 0)
Eliminemos k nas equações (8) e (9). Obtém-se:
/ • ; - - 2 ( x —C )- 0;
F D— 3y4 =■0.
Resolvendo as três dltimas equações, encontram-se as coordenadas do
ponto singular: .r = C, y = 0, por conseguinte, cada curva da família tem um
ponto singular sobre o eixo Ox.
Fig. 255
(„ _ £ )* — | (* - C )* « 0 . (10)
- 2 ( y - C ) + - 3 - 3 (* - O * = 0
ou
„ _ C - (i- O * = 0 . ( 11)
V- C = ( x - C r -
na equação da família, obtém-se:
(* _ O « - - (.r - O * = 0
-ou
obtém-se assim dois valores dc C. aos quais correspondem duas soluções do
problcm» proposto.
C= x ; C . x - 4 ;
2 r , 22-12
y — x — (x — x )* ~ 0
' * *5" L1 z "3"
ou ou
v= »*-- n 9*
Obtivemos duas rectas
2
y = x c y = z — — . A primeira recta é o lugar
dos pontos singulares c a segunda o envoltório (fig. 256).
< D (* , y, Q — 0 ;
—*+♦(*)
chamada equação de Clairaut. Integra-se introduzindo um parâmetro
«
auxiliar. Façamos, com efeito. ^ — p\ a equação (1) toma a forma
Cl X
y =*xp 4 (p). (1 )
Derivemos todos os termos desta última equação em relação a jc,
tendo cm vista que p = - ~ é uma função de x:
dx
p = * d£ + p + * i p ) d£
ou
[ * + 1|>'0>)]~— o .
^ = 0 (2)
dx
c
x 4 - ty ip ) — 0- (3)
1. A integração de (2) dá p = C (C = const.). Substituindo este
valor de p na equação (1), cncontra-sc o seu integral geral
y = xC 4* ^ ( O (4)
que representa, do ponto de vista geométrico, uma família de rectas.
2. . Tiremos p da equação (3) de modo que seja função de x
e substituamos na equação (10; tem-se
d
£ = p + { x + * (p )\ £d = p .
xp + 'P(p) = xP + M>(P)-
A solução (1") não pode ser obtida a partir do integral geral (4)
na equação (1). particularizando C. É uma solução singular; obtém-se
eliminando p das fquações
*}
y = z p + $ (p ),
x + y '(p )
y = xC + $ ( O ;
x -f ttf: (O = 0.
<h_
dy , dx
» “ * rfT+
dy
R esolução — Obtém-se o integral geral substituindo por C:
y — xC -j-
y r+ c *'
, + _ i _ l r =0.
(1 +£*)*'*
Obtém-se a solução singular (o envoltório) sob forma paramétrica (sendo
C um parâmetro):
(1
aC*
V ( l - f C * ) * 7» '
ou
(!')
Encontra-se. logo à primeira vista, certas soluções desta equação
porque se toma numa identidade para qualquer valor constante p = p0
que verifique a condição
Po — <p(p0) = 0.
tf«=x*p(/>o) + * ( P a ) .
d x _ x V (P) _ M
dp p — <p(p) P — *P(P)
e consideremos x como função de p. A equação obtida é. então, uma
equação diferencial linear em relação à função x(p).
Encontra-se, resolvendo-a.
x = '« (p , C). í2)
y *=xy'* -fy'2. ^
Façamos y '= p, obtém-se:
y. 0 = 0
e
d(I> d® d y __g
dx dy dx
Seja
(2 )
dx dyT
dx
f x, y, (3)
ft' ( ^ = |t . [ c o s 9 ; !* iílü ) = | „ | * n ç:
dx dy
õu(x, y)
Qy
àu(x, y)
(6)
dx
du , àu d y 0
dx dy dx
donde
du
dy dx
dx du' ^
ày
y'~2Cz.
Obtém-se eliminando C:
_eL _2
i/ * ’
Substituindo nesta igualdade / por — — . obtém-se a equaçSo diferencial
Fig. 261
x dx
T ' r "2
Por conseguinte, as trajectórias ortogonais da família de parábolas dada
formam uma família de elipses de semi-eixos a = 2C, b - C ^ l (fig- 261).
Trajectórias isogonais— Suponhamos que as trajectórias cortam
as curvas duma dada família sob o ângulo «. Façamos tg a = k.
O declive = tg a (fig. 262) da tangente à eurva da fam4ia
dV r
e o declive = tg ^ da tangente à trajectória isogonal wtáo ligadas
pela relação
y = Cx, (8 )
C=- y_
X
dy .. y
dx x
y
Tem-sc, pois, omitindo o índice T:
dy *+ T
dx
X
que é a família das trajectórias. Para ver quais são as curvas desta família.
Fig. 263
passemos a coordenadas polares:
l = ; y**-h¥* = p.
ou
2_
C ek
Vê-se aue a família das trajectórias isogonais é composta de espirais
logaritmícas (fig. 263).
yM = l ( x , y , .. ........ y fn" )
a função f (x. y, y\ .... y<n~l)) e as suas derivadas parciais em relação
a y, / .......t/(n_1) forem contínuas num certo domínio que contêm os
valores x = x0l y- y0, y'= y'0........ y<n~v = yo(n‘ 1}, existe uma solução e
só uma y = y(x) da equação que verifica as condições
y * - * 0 = i/o .
í/x—*0 = y®*
(2)
,/«-*>__ j.(n —o
í/x—x0— yo
y = í/o, y = yl
em que jc<>. >’0, y0’ são números dados. O sentido geométrico destas
condições é o seguinte: passa pelo ponto dado do plano (x0, y<>) uma
única curva cujo declive da tangente neste ponto é y0'- Daí resulta que
se se der diferentes valores a / 0 sendo fixo o ponto x0. >o. obtém-se
tantas curvas integrais de declives diferentes quantas passem pelo
ponto dado.
Introduzamos agora a noção de solução geral dc uma equação
de ordem n.
Definição — Chama-se solução geral de uma equação dc ordem n
a uma função
y = cp {x, C\, C ji . . . . Cn),
y * = x „ = í/o .
yx~x0 = y0,
»*-*o T ÍO >„
<*.' ' *, ija*. *** n .♦ » * —
se possa escolher as constantes C lt C j....... C„ de modo que a função
y = (p (x, Ct , Cz..... Cn) verifique as condições (supõe-se que os valo
res iniciais x0, y0, y't, .... pertencem ao domínio de existência
da solução).
Uma relação da forma d) (x . y, C\, C ,,.... Cn) = 0, que define
a solução geral implicitamente, chama-se integral geral da equação
diferencial proposta.
Qualquer função que se deduza da solução geral, que concretiza
os valores C u C*.......Cn% é uma solução particular. A curva represen
tativa duma solução particular é uma curva integral da equação dife
rencial dada.
Resolver (integrar) uma equação diferencial dc ordem n, é:
1) achar a solução geral (se as condições iniciais não forem dadas)
2) encontrar a solução particular da equação que satisfaz às con
dições iniciais (se as houver).
Damos, nos parágrafos seguintes, métodos de resolução de dife
rentes equações de ordem n.
»'*’ = / w . (1)
Achemos o seu integral geral.
Integremos em relação a x os dois membros da equação. Obtém-se.
tendo em consideração que y<n) = (y<n~v ) ' :
yu " l) =z J f{ x )d x + C lt
*0
em que xn é um valor arbitrário fixo de x e C t uma constante de
integração.
Integremos uma vez mais:
, - j ... j / w * . . . d * + - {* ~ _ xf r +
*0 *0
* c"
V x = 0 -° * ^ x -0 = 1*
R esolução.
r . _ j » t a * + c l- - ! = Ç = ! + e l.
J (!= ¥ = !) * + f W C ,
ou
se n f t i x r
— j r + T + c t»+c,.
Tal 6 o integral geral. Para encontrar a solução particular que satisfaça
às condições iniciais dadas, basta determinar os valores correspondentes dc
C, e CV
Deduz-se da condiçào j/x=o = 0 C 2 = 0.
Deduz-se da condição 1/^—0 = ^ C i = i-
Por conseguinte, a soluçSo particular procurada 6
sen kx i 1 \
y ------- 5 - + * (T + i) •
F.ncontram-sc equações diferenciais deste gênero na teoria da flexSo
de vigas.
Exem plo — Consideremos uma viga prismática elástica que flexiona sob
a acçSo de forças exteriores, tâo bem repartidas como concentradas. Levemos
o eixo Ox horizontalmente, por forma a confundir-se com o eixo da viga
antes da sua deformaçSo e Oy verticalmente para baixo (fig. 264).
Qualquer força que aja sobre a viga (por exemplo, a carga, a reacçâo
dos apoios) tem um momento cm rclaçâo a uma sec:ão transversal da viga
que é igual ao proüuto da força pela distância entre o ponto dc aplicação
da força e a secçâo considerada. A soma M (x) dos momentos dc todas as
forças aplicadas dum mesmo lado da secçSo da abeissa x chama-se momento
flexionador da viga cm rclaçâo à sccçâo dada. Dcmonstra-se nos cursos de
resistência dc materiais que o momento flexionador duma viga 6
EJ
fí •
fí
Por conseguinte, a equaçSo diferencial
do eixo curvo da viga escreve-se
M <*) (2)
EJ
- £ ■
A equaçSo diferencial da viga flectida torna-se, cntSo,
Exem plo — 3. Uma viga está embutida pela sua extremidade O e uma
força P age verticalmente na extremidade L à distância / a partir da secçâo
de encaixe (fig- 264). Desprezar-*e-á o peso da viga.
Consideremos a sccçâo no ponto N (*)- O momento de flexSo em rclaçSo
à secçSo N é no caso dado
Af (*)-(*-x)/>.
(/-■*).
Condições iniciais: a deflcxão y 6 nula quando .t = 0 c a tangente ao
eixo da viga curvada confundc-sc com o eixo Ox. isto é,
,= 0. =0.
Integrando, vem
t '* * — íf ) • (3)
Em especial, a fórmula (3) define a flecha h na extremidade L:
P l»
w
it ( r h i\
(1)
Façamos
dV - D'
:Tx~ p ■
te m - s e d 2y dp
~ d l* = ~dx
iV IT ? .
S ep arem os as v a r iá v e is
dp _ dx
y r+ p i
e n tã o ,
I- ° g ( P + ~Vl P2) = — + C ,,
(A +c' - r ^ c'\
• •
M as com o /> = —— , e s ta ú ltim a r e la ç ã o é um a equação d ife r e n c ia l que
dx
c o n té m a fu n ç ão d e s c o n h e c id a y. O b té m - s e in te g r a n d o a equação da c a te n á r ia
(v e r § 1)
,= ^ +c‘ + . - ( - ^ c') )+ c 2.
A chem os a s o lu ç ã o p a r t ic u la r que s a t is fa z às c o n d iç õ e s in ic ia is s e g u in t e s :
y*=o= a’
A p r im e ir a c o n d iç ã o conduz C : = 0. a segunda. C» = 0.
O b !é m - s e , f in a lm e n t e :
X X
y = Y (e ° + e a )-
£ = / ( * . p)-
S - '( * i ) ia
que «òo contêm, explicitamente, a variável independente x. Façamos
de novo
(3)
mas consideremos agora que p ^ função de y (e não dc x, como ante
riormente). Ter-se-á
d~y__d p __ dp dy _ dp
d£ dx dy dx dy**'
d
£ = p ( « . c,).
dy
= dx.
p (y , Q
A integração desta equação fornece o integral geral da equação
proposta:
<1> (x, y, Cu Ct) = 0.
Exem plo — 2. E n c o n tra r o in te g r a l ge ral da equaçSo
_s
3y '- y *
R e s o lu ç ã o — Façam os p = -^JL e c o n s id e r e m o s p com o fu n ç S o de y.
j dx
T em -se, e n tS o , y ' p e o b té m - s e um a equaçSo de p r im e ir a ord em cm
que a f u n ç lo d e s c o n h e c id a é p:
In te g ra n d o esu equaçSo. te m - s e
2
p t = C t - y J ou p ± V c i -y~ í >.
M as p= — - o b té m - s e . p o is , pa ra y a equaçSo
r dx
du , y* ady ,
* dx ou ----- ---- = dx,
V c %- y- %8 ± V c iV'/ * - 1
e o b té m - s e
í ' f C 2= ± \
J r Cjy 3— 1
P a ra c a lc u la r e s te in te g r a l, fa ç a m o s a s u b s t it u iç ã o
d l.
^i
Por c o n s e g u in te .
3 J * C? I 3 r l J
m = F <*>•
_ . dx .
S e ja x = x9 e - 3— = v. para f = 0.
dt
*•
d*s
— mg sen q>.
dt*
»
Como se tem para a circunferência obtém-se a equação
d*s
- g s e a j.
d t*
d» d*s dp
~ d t ~ P' dt* ds
Por conseguinte.
dp i
~dT= ~ g9tn T
logo
= cos j + C j.
dt I _ I _ ^
dt I»—*0
0 = 2gl cos +
donde
Ct = — 2£/cos .
Por conseguinte,
(5)
ou (•) ________________
^ - = 2 V 7 í] / s e n íijü s e n íír ü . (6)
* 2V ?*- (7)
( - j= = = = - = 2 V ill. (8)
*o j/s e n - X Í S s c n ^
= V / ^ f ‘"- (7,)
Suporemos de novo que j = 0 quando t = 0. Integrando esta última equa
çSo. tem-se:
Ck /J# / a
(8 ')
V --- J *
ou
donde
“ (9)
para í = 0 r= * fí, =
du , M , . . . dr
° — lM 7 T '
ou
r _ kM , v\
C l = — fí ~ ~ T '
Substituámos o valor encontrado C, na igualdade (11):
ou
4 - £ > o
ou
*0>
R ~ 63-IO7 cm.
ou
Donde
Por conseguinte.
1
(3)
R |cos3<p|
1
/(* , y , tg<p).
R |cos3 <p|
ou
R (4)
|cos3 cp!•/(* , y, tg<p)
constante.
Log W = — J al dx LogC
X
donde
X
- J a ,d x
W = Ce *° (7>
(W )s J IV ** . (7 ')
(W )x^ g = C = 0;
Por conseguinte, W = 0 qualquer que seja o valor do limite
superior x na fórmula (7).
Teorema — 5. Se as soluções y, e yt da equação (3) forem linear
mente independentes entre o segmento [a. b], o determinante de Wronski
formado com estas soluções não se anula em nenhum ponto deste
segmento.
Indiquemos a ideia da demonstração deste teorema sem a dar
completamente.
Suponhamos que W — 0 num certo ponto do segmento: em vir
tude do teorema 3. o wronskien será nulo em todos os pontos do
segmento [a. b]:
W = 0
ou
y\
ou
y<>= ^ i í / i o 4 - f~ 2ÍA»o» 1 ^
yo = C jy , o 4~ Ci yt0, )
cm que se fez
(yi)x*~x0= i/ioi (yt)x=xQ— y*n,
(yi)x=x0 = 1/lOÍ (y^X—Xo — ^ 20-
Pode-‘se tirar C x e C3 do sistema (9), porque o determinante deste
sistema
yio «/*>
— I/ 10Í /20 — í/io í/so
t/10 í/zo
»*+■!• ir - p - ir - O ,
cujos coeficientes a i — ~ * a2= " " 7 T sio con,ínuos em ,c>do 0 segmento que
não contenha o ponto x = 0, admite as soluções particulares
1
= ^2= —
(é fácil dc verificar substituindo na equação). A soluçSo geral é pois
yiU \ -yiyi = Ce J
ou - j «, dxt
Ce
d jc \ y j iA
Í - u *
donde
yx
. - j <h *
y = Clyl + Cly l j — —— x. (11)
V Z Z r. * — ■§._ l / f T „
Jk = = eOtt-kth ^ const
Vi * 'x
O integral geral escreve-se. por conseguinte.
y = Cte*,x + C#r*,5t.
Exemplo — 1. Seja a cquaçâo
„* + „ '_ 2 y = 0 .
A equaçSo característica escreve-se
* * + * - 2 = 0.
Achímos as raízes desta equaçSo
*1,2= —y ± j / *^-+ 2 ;
*1 = 1. *2= - 2.
O integral geral é
4
Pode-se pôr as soluções particulares sob a forma
[ u (x ) + iv(x)]’ - f p [ u ( x ) + iv ( x ) ] ' + q [ u ( x ) + iv ( x ) ] s O
ou
(iu" - f pu + qu) + i (v - f p v - f qv) = 0 .
j , = e "s c n P x . (G'>
y. eax cos px Q _,
4^- = -------— = cotg Px =£ const.
y2 eax sen Px
y = i- e - * sen 2 x.
*? + P*i + 0 = O.
/ — 4 y '- f 4 jr « = 0 .
cm que A lt A 2, A n são constantes, não todas nulas, diz-se que <Pn (*)
é uma combinação linear das funções cpi (x), <pt (x), . . ., cpn _i (x).
Definição — Dizem-se linearmente independentes n funções <Pt (x),
<?t (x)......... <p„ (x), <pn (x)se nenhuma delas puder ser representada
como combinação linear das outras.
Exem plos:
C33ex a 0 .
2. As funções y, = 1, 02 = x, y3 = x2 sâo linearmente independentes, porque
não sc pode anular idênticamente a expressão
C, • 1 -f-Cji -}-C 3X*
« * * , . . . . a T 1***;
d) corresponde a todo o par de raízes complexas conjugadas
A:(1> = a -+- ip, ki2) = a — t'p,dc ordem de multiplicidade 2/x solu
ções particulares
„IV- „ = 0.
Resolução — Formemos a equaçSo característica
*«- 1-0.
As raízes desta equaçSo sSo
*1 — 1 . * 2 - — 1 , * 3 = * t * 4 = — i.
O integral geral, é pois,
y ■=CV* -f C#-*+ A cos x -f B sen x,
em que Cj, C 2, A , D sSo constantes arbitrárias.
Nota — 2. Resulta do que precede que toda a dificuldade da
resolução duma equação diferencial linear homogênea de coeficientes
constantes reside na resolução da equação característica correspondente.
V + + <hy = 0 . (2)
Demonstração — Deve-se demonstrar que a soma
y = y + y* (3 )
y = Cxyx 4 - Ctyt ,
C xy[o C+yt0 = yo — y* ■
y= Clyl 4 - C # * (7 )
(• ) Aqui yjo, 1/ 20, Vo, VÍo, j/io, V*’ *5o valores qu: tomam as funções
Vu Vi, l/*, 1/i, y%, y•' para x — xo.
Derivemos a igualdade (7):
y = C f li 4 - C-àiz 4 ~ O í / i 4 ~ C2y2.
Escolhamos as funções C, e Ca de maneira que seja satisfeita a
igualdade
£ | í / l 4 " ^ 2 Í/2 = 0. ($)
y = C fli + C2y2.
Derivando agora esta expressão, acha-se
y = 4- C 21/2 4- O V i 4- c íy * ft £ 52.
Substituamos y, / . / ' na equação (1). Obtém-se: w ju W fc J r *
£ i i / í 4* C & i = f (x). (9 )
Integrando, calcula-se:
■ jr = ~ Y « L ogy' = L o g * + L o g C ; ^ — Cx ;
y = C,*> + C2.
c ;- | , c;=
c por integração:
C j = — - fC ,, C i = ---
y ' = xQ n (x)e«\
c) a i uma raiz dupla da equação característica. O grau do
polinómio baixa, então, de duas unidades quando se substitui a função
Qn (x) eax na equação diferencial. Com efeito, sendo « uma raiz da
equação característica, a2 + ap + q = 0; além disso, sendo a raiz dupla,
tem-se 2a — — p (sabe-se. efcctivamente, que a soma das raizes da
equação do segundo grau escrita acima é igual ao coeficiente do
termo do primeiro grau tomado com o sinal menos). Assim. 2a + p = 0.
Resta, pois, no primeiro membro da igualdade (4) Q’n (x), isto é.
uih polinómio de grau n — 2. Para que o resultado da substituição
seja um polinómio dc grau n. torna-se necessário procurar uma solução
particular sob a forma de produto de eax por um polinómio dc
de grau n -H A constante c o termo do primeiro grau deste poli
nómio desaparecem então, após derivação e poder-se-á omitir na
solução particular.
Assim, quando a é uma raiz dupla da equação característica,
procurar-se-á uma solução particular sob a forma
/ + V - f 3y = x.
Reso!ução — A solução geral da equaçSo homogênea correspondente é
_______________ y ~ C ,e - * + ÍV - » * .
donde
A 1 - a 4
o ~ 1F ’ * iT
Por conseguinte,
• 1 4
^ ¥ X _ "9* ‘
y'4-9</ = (*a4-t)'3x.
Resolução — Encontra-se fàcilmente a solução geral da equação
y - C j cos 3x -f C 2 *en 3*.
O segundo membro da equação dada (x 2 -f-l)e3JC é da forma
XJ __ L z . -li)*.»*
1 18 27 ' 81 /
e a solução geral
l 1
Exem plo — 3. Resolver a equação
V + 0i - ( * — 2 ) <«.
Resolução — Aqui o segundo membro é da forma P em que
o 1 do expoente 6 uma raiz simples do polinómio característico. Procuraremos,
pois, uma solução particular sob a forma
y* = xQx (x)e* ou y* = z B) e* ;
OU
+ (6)
donde = B = :- ~ .
y = C {e* +
Como o-f*<P = 2 - f / . i . não é raiz da equação característica, procurar-se-á
uma solução particular sob a torma
y* ~ eix (/I cos x -f /? sen x).
Substituindo esta expressão na equaçáo, obtém-se, após redução dos termos
scmrlhantes,
(2A ■+•4B ) etx cos x + ( — 4A + 2 li) <“ * e n x = 3 e « cos x.
2A f 4tf = 3, — 4/l-f2tf = 0,
3 3
donJc /!■= — , Dfm — , A solução particular é, pois,
e a solução geral
y ^ C ^ - i - C # - * + *** ( ^ c o s x - f - y s e n x ) .
Y = *y + y
C„ = lC .d x + L\.
onde C t, C2, . . Cn são constantes de integração.
Mostremos que a expressão
y * = + - •• + ^ n í/n ( ,r))
y
+ a ,/ " '1’ + ... 4-<•„«' = / <*'•
dado qucifit í/2. • • yn são soluções particulares da equação homo
gênea c que, por conseguinte, as somas obtidas, juntando entre si os
termos duma mesma coluna, são nulas.
Por conseguinte, a função y* = Cxyx 4* . . . 4- C„yn.onde C x.......
Cn são funções de x determinadas pelas equações (4)) é uma solução
da equação não homogênea (1), e como contêm n constantes arbi
trárias C i, C „ . . . . C „ ,é a solução geral.
J\ proposição está assim demonstrada.
Por vezes, é mais fácil encontrar soluções particulares duma equa
ção não homogênea de ordem n de coeficientes constantes (confrontar
§ 24). Assim é quando:
I — Suponhamos que o segundo membro da equação diferencial
é da forma f (x) — P (x) eax, sendo P (*) um polinómio em x\
convém distinguir dois casos:
a) se a não é raiz da equação característica, procurar-se-á uma
solução particular sob a forma
y = Q (x)ea*,
em que Q (x) é um polinómio do mesmo grau que P (x), mas com
coeficientes indeterminados:
b) se a é raiz de ordem dc multiplicidade n da equação caracte
rística, procurar-se-á uma solução particular da equação com segundo
membro sob a forma
y ™ — ¥ ■ ■ **+ 1 *
R e s o lu ç ã o — A equaçSo característica k* — 1 = 0 tem como raízes
* | — 1» *2 “ —- 1 . *3 = > *. * 4 = — <•
Achemos a solução geral da equaçSo homogênea (ver exemplo 4, § 22):
~
v C,** + C2e-* -f C 3 cos * + Ck sen x,
Tomar-se-á uma soluçSo particular da equaçSo completa sob a forma
y* — A qx3 -f- A tx* + A 2x + A 3.
Derivemos y* quatro vezes e substituamos as expressões obtidas na equaçSo
dada. Obtém-se:
— A qx3— A ,x 2 — A*x— A3= xa -f-1.
- / 1 0= 1 ; - A ,- 0 ; — .-i2 = 0 ; - A 3 = i.
Por conseguinte,
x»— 1 .
Encontra-se o integral geral da equaçSo completa sob a forma
V — y + y*. ou seja
y = C ,e*-f Cy~ x + C 3 co9 * - f C t sen x — x» — 1 .
Exemplo — 2. Resolver a equaçSo
y i y — y = 5co* x.
Resolução — A equação característica k* — 1 = 0 tem por raízes fcj = l*
*2= — \,k3 = i , k i = — i. A solução geral da equação homogênea é, pois,
44 = 0, - 4 Z ? = 5
q “^ L i • dy
dt1 (D
<n
com
équilibrio
Fig. 269
ou
( 2 ')
2 + » * + — <«•
onde se faz
f i t } _ + *>?(<)
<?
y * + py' + qy = 0.
k* + p k + q = 0
e achemos as raízes:
* « - - § + * ü = - | - V ^ - q-
y = x C x £ %t + C ^ lt (A rt < 0 , k2 < 0 ) . (1 )
----- C
A = V C ] + C\, <po= arctg—:L .
^t
Substituindo as expressões de C, e C 3 na fórmula (3), obtém-se
ou
Fig. 270
4. Seja p ^ 0 e < q.
As raízes da equação característica são. então, complexas:
ki = a -f- íp, k t = a — ip.
k.
cm que
a = - | < 0 , p=
F i g. 271.
/ (/) = a sen cú t;
a equação torna-se. então.
y' + p y + q y = a sèn w/. d)
pi
1. Suponhamos, cm primeiro lugar, que p 0 c •< q, isto é.
que as raízes da equação característica são números complexos a ± fii.
A solução geral da equação homogênea escreve-se. então, (ver fór
mulas (4) e (4'), § 27)
y== Aeal sen {$t + <p0)- ^
u ~ p(úa x — {q ~ 0)t) a
(q - w*)* -f p V ’ (q - o S f+ p W
Façamos
0) = A- — = Y
Pi ' Pt
é atingido para
-v*-i
e é igual a
r t r / 1 ?
O gráfico da função D (X) para diversos y eslá representada na
figura 272 (para fixar ideias, fez-se a construção das curvas cor
respondentes a = l . /?i = 1). Estas curvas chamam-se curvas de res
sonância.
Fig. 272
Quando «2 = q. há ressonância.
2. Suponhamos, agora, que se tem p = 0. isto é. que conside
raremos a equação das oscilações elásticas sem resistência em presença
duma força coercitiva periódica:
y ' + qy = a sen ü)t. (6)
M = 0, IV — — - — -.
q — (0
A solução geral é
Por conseguinte.
A solução geral é da forma
F I g. 273.
= fn ( * , í/ i, í/ 2 » • ■ í/ n ) .
( í/ l) x « r jr 0 = i/ lO i {y z )x ~ :x t — í/ 20» • • • » (y n )x = * x o ~ y n O ‘ (“ )
fVL•£
- f a í = F ^ X' Vl.........yn).
jÇ ü± = F n (xt yu yn).
dx
Obtém-se. assim, o sistema seguinte:
J/n).
dxx
#y\
dx2 (3)
d
~ .............0011)0 funçÔCS dc * ' C " C l..........................C»•
Substituamos estas funções na equação (4). Encontram-se y2.
y*.......y n :
t/2— ^ (x, Ci, C2, . . . , Cn)% |
(7)
yn = 'fn (xi ^2* • • •» Cn)‘ )
Para que a solução obtida satisfaça às condições iniciais dadas (2).
não resta mais do que determinar cm (6) e (7) os valores das cons-
constantes C „ C2........ Cn (como se fez no caso duma só equação
diferencial).
N ota— 1. Se o sistema (1) for linear cm relação às funções des
conhecidas. a equação (5) será também linear.
Exemplo — 1. Integrar o sistema
- i L - y + í + x, -^7 = — 4 y - 3 * + 2x (a)
4 r T = ( y “r * + * ) f ( — 4 y — 3 i - f 2 x ) - f - l
ou
d*u
= _ 3 y_2í-j-3x-f-l. (c)
2. Dtduz-se da primeira equação (a)
dy
t==- d F - v - x . (d)
Substituindo esta expressSo em (c), obtém-se
ou
Exem plo — 2. In te g ra r o s is te m a
dx dy dz
_ = „ + «; - £ = « + . ; -&=*+>■
- £ L
d t*
- * L
dí
_ 2«=B0
O in te g r a l g e ral d e s ta ú ltim a é
x = C\t~1-}-Coe**. (ct)
Donde
In te g ra n d o e s ta equaçSo, e n c o n tra - s e
(Y)
M as te m - s ;. ç n tã o . em v ir tu d e de (/? ):
v e lo c id a d e do p o n to m a te r ia l so b re os trê s e ix o s são ~ .
dt dt ’ dt
Suponham os que a fo rç a F e. por c o n s e g u in te , a s suas p r o jc c ç õ e s F x, F v,
Fz . dependem do te m p o /. da p o s iç ã o x. y, z e da v e lo c id a d e dx- A H . . — .
dt ' d t dt
As fu n ç õ e s que se p ro cu ra m n e s te p r o b le m a são
D e t e r m in a m o - la s a p a r t ir das equações da d is tâ n c ia ( le i de N e w to n ):
dt ' dt ' dt
m d2y dz dy dz
d t» ~dT' dt ' dt (8 )
d*z dz dy dt 1
m d t* j, * j .
<*>
< *°>
dz dy
~ d T ~ u ' ~di v'
T em -se
d2z du d‘y _ dv
~dt* ~ ~ d T ' dt* ~ ~ d T ‘
dx
In d iq u e m o s , para t e r m in a r , que o m é to d o g e ral e x a m in a d o de r e s o lu ç ã o
de s is te m a s de equações d if e r e n c ia is pode ser s u b s titu íd o , em c e rto s casos con
c re to s , por p ro cesso s a r t if ic ia is que p e r m it e chegar m a is r à p id a m e n te ao f im .
dx »
d*i
dx*
= y-
R esolução — D e r iv e m o s duas vezes em r e la ç ã o a x os d o is m em bro s da
p r im e ir a equação:
dly
dx * ~ dx-
T ir e m o s d e s ta equação c s u b s t it u á m o - lo na p r im e ir a equação do
dx1
s is te m a p ro p o s to . D e te r m in a - s e
= *1 1 *1 + « 1 **2 + • • • + « ln * n .
dt
dx2
= -f" • • • H- ^n**»
~dt~
(D
dJ„
— Qii 1* 1 “1“ • • • "H ^/«ri*n»
dt
em que os coeficientes a a são constantes. Aqui t designa a variável
independente. xx(r), x2 (í)..........c„ (/) as funções desconhecidas. O sis
tema ( 1 ) chama-se sistema de equações diferenciais homogêneas de
coeficientes constantes.
Como indicamos no parágrafo anterior, este sistema pode ser
resolvido reduzindo-o a uma equação do grau n, ordem que no caso
presente será linear (já o havíamos notado na nota 1 do parágrafo
preccdcntc). Ora o sistema (1) pode igualmente ser resolvido por um
outro método, sem o reduzir a uma equação de ordem n. Este método
permite analisar mais concrctamcnle o carácter das soluções.
Procuraremos a solução particular do sistema sob a forma seguinte:
xl = a iekt, x-i — a 2e xn = a ne
kt
(2)
Deve-se determinar as constantes a it oc2....... a„ e k de modo
que as funções a xekt, a 2ekt...... a nekt verifiquem o sistema de equa
ções (1). Substituindo-as no sistema (1). obtemos:
a ni a ri2 • • • iflrin A)
Sc k é tal que o determinante A é diferente de zero, o sistema (3)
não possiri senão uma solução nula a , = a 2 = ... = a n = 0. c. por
conseguinte, as fórmulas (2 ) apenas dão as soluções triviais:
Assim, apenas poderemos obter soluções não triviais (2) para os
valores dc k para os quais o determinante (4) se anula.
Obtemos uma equação do grau n para determinar k:
fli i — k « 1, « In
an - k . . . a in = 0. (5)
*nl a n, a nn
cu , an.
* ? = a i V ’ '. = ......... « ¥ - € # / * * ;
- ^ L = 2x, + Z t2. ^
* ,•1 , * 2« 4 .
(2 — l)a<,"-}-2a il' = 0,
ou
ail>-f 2aiu *=0,
aVM 2ai1>-=0,
x ,- C ,# » + C V « ‘.
X2 Cje* -j-Coe’*'.
ki = a + iP, k 2 — a — iji.
A estas raízes corresponderão as soluções
x f = a (/ V * +,|,)l (/ = 1 . 2 ......... n), (7)
= 0 = 1 , 2 ---- n). (8)
Os coeficientes a$l> e cc$J) são determinados a partir do sistema
de equações (3).
Do mesmo modo que no § 21 (t. II, cap. III) pode-se mostrar
que as partes reais e imaginárias da solução são também soluções.
Obtemos, assim, duas soluções particulares:
= ea ‘ (Â;0 cos px -f X1
/ sen px)
x f = e“ f (Á(/ }sen px -f- X'/1cos px) 0)
em que X;” , X$*\ Xj*\ X}J> são ni,mcros rca*s definidos por meio
de «V» e «$•>.
As combinações correspondentes das funções (9) entrarão na
solução geral do sistema.
Exem plo — 2. Encontrar a soluçSo geral do sistema
ijS — -
| - 7~ * 1 =0
| —2 —5— *
A-2-f 12*-f 37 = 0 e calculemos as _$uas raízes: .
fc,= — 6-j-í, kz = — 6—i.
Fazendo * ,= = — 8 - f i no sistema (3), achamos:
a1
(‘, * l , oi, , = l - f í .
Escrevamos a soluçSo (7): —
.<i>A !,.(-•+t)i( (7)
Fazendo fc2 = — 6 — i no sistema (31. achamos:
«<,»>= 1 — í.
Obtemos o segundo sistema de soluções (8):
x<*>= *<-•-»)<, x£l>= (l —/)**"«-*>«. (8‘)
Voltemos a escrever a soluçSo (70:
(Px
= atix + a x2y.
~ dF
( 10)
É L a2lx -f- a&y.
d t1
x = aekt, t/ = pekt.
(a n - A2) a -f a I2p = Q, y
d l)
a2i& "f" (^22 — k') (i = 0. J
Os valores a e f3 não serão diferentes de zero senão no caso
cm que o determinante do sistema for igual a zero:
a íi — k" a 12
flji üit — k
= 0. ( 12)
Ê precisamente a equação característica para o sistema (10); é
uma equação de quarta ordem em relação a k. Sejam k u k 2, k> c k t
as suas raízes (supondo-as distintas).
Por cada raiz ki do sistema (11) encontramos os valores a e /3.
A solução geral análoga a (6) será da forma
d*z .
" jjr ^
d ii r í-
Resolução — Escrevamos a equação característica (12) e achemos as suas
raízes:
1- * 1= 0.
— 1 1 — ** j
k x— i, À o= — /, *3 = "^/3f k \ = — "V/S.
í H I n O ^ T * 31, = V .
Do sistema ( I I ) tiramos a 1'» e |Jo»:
a ‘» = l , Pa , = y .
« < * » - !, P(2>= y ,
a<*> — 1, p ( 3 > = _ lt
M
a<4>= 1, p<i> = — A -
Escrevamos as soluções complexas:
X(D _ e i t — cos / i t, j/d> r= i- (cíw t + i sen t),
y = C , -i COS t + - j C Í * n * ~ C 3 Y ^
(D
(!')
Sejam ainda x = x (t)eij = y (t)as soluções deste sistema (1) que
satisfazem às condições iniciais
•r í=o — * 0» 1
(H>
o = i/o- J
Definição — As soluções x = x (/) e y = y (/) que satisfazem às
equações ( 1) e às condições iniciais (10 dizem-se estáveis no sentido de
I — *o I < à
<3>
\yo — yo\ <ò! :}
Interpretemos esta definição. Resulta das desigualdades (2) c (3)
que as soluções variam pouco, qualquer que seja t positivo, quando
as condições iniciais variam pouco. Se o sistema de equações diferen
ciais é o dum movimento, o caracter do movimento varia p°uco
quando as condições iniciais variam pouco se as soluções forem estáveis.
dy i i (»)
- 3 T " - * + l*
A sua soluçSo geral é
y--Ce-' + 1. (b)
Achemos a solução particular que satisfaça à condição inicial
J f i- O - 1- (c)
É evidente que esta solução y = 1 corresponde a C = 0 (fig. 274). Ache
mos cm seguida a solução particular que satisfaça à condição inicial
donde
C-K 0— 1 .
Substituindo este valor de C na igualdade (b), obtém-se
y = <vo— i) 1.
ê evidente que a solução y = l é estável. Com efeito
y — v = Kvo— i)* ~ M i ] — l*= (y o — 1 ) e~l —> o
q ja n d o t — ► cd .
dx
— = cx - f gy,
dt
(4)
dy .
--- = a x - f by,
dt
dPx dx , _ dy dx . . , v
A equação característica escreve-sc
X2 — (b + c) X — {a* - bc) = 0. (0 )
Então.
í = » C , í w + C 2eM ,
1 CX0 4 - |V » I +
l/= — ( 7)
X i- X ,
xoX, - cx0 - M
X .- X 2
s
Resulta destas últimas fórmulas que. para todo S > 0. se pode
escolher .r0 c y0 suficientemente pequenos tais que se tenha para todos
os t > 0:
I J-(01 < e, |y (t) I < e, dado que
eW < t <e < 1.
Resulta daí que neste caso a solução x = 0. y = 0 é estável.
2. Sejam A1 = 0. A. < 0. Tem-se
x == C, 4 -C * Xst,
1
y = - [c\( X , — c) e '■ - f í ’ ,]
tf = 7 ^ ' t c . (X , - C) + f . ( l + X ,< - c /) |.
Dado que
e quando t —> 00,
ter-se-á para C, e C :. suficientemente pequenos (isto é, quando x0 e y0
sejam suficientemente pequenos) |x (íVI < e e | y (í) | < c qualquer
que seja 1 > 0. A solução é estável.
4. Seja Ai = -A = 0. Tem-se
x = Ci 4- C .t,
y ~ —[—c C i -f c z —cCit\.
8
Vê-se que por mais pequeno que seja Cs ^ 0. .r e y tendem para
o infinito quando t -* x>. isto 6. que a solução é instável.
5. Suponhamos que uma das raízes A, c À= é positiva, por
exemplo. A, > 0.
Resulta da fórmula (7) que por mais pequenos que sejam ,r e y. se
cxq + gy0 — Xffe 0,
X, = a 4- /p, |
> ct < 0 .
Xz = a — ip, I
Neste caso
x = Ce*‘ sen (pt -f Ô),
y = - Ceat [(a - c) sen (01 -f 6) -f- p cos (pí -f- Ô)J. (8)
| X (0 I < e e I y (/ ) | < 8.
A solução é estável.
7. As raízes da equação característica são números imaginá
rios puros:
X, == pt, X2 = — p t.
Neste caso
x = C sen (p* + ò),
* ,- x í+ < C .
dx
— = cx -f gy + P (x, y),
dt
= ax 4- by + Q (x, y).
dt
n m f i £ Lj o = o> lim g ^ j i = 0 .
p— 0 p p-*0 p
dx
— = c x + gy,
at
(4)
dy ,
—— = ax -\
- by.
dt
Exccptua-se o caso em que as duas raizes da equação caracterís
tica se encontram sobre o eixo imaginário; então, é mais difícil dc
decidir da estabilidade ou da instabilidade da solução do sistema (4').
A. Liapounov estudou a questão da estabilidade das soluções de
sistemas de equações sob hipóteses bastante gerais.
!= /< * , ^ (d
ày
= /(x , y)> (2 )
Ax
A í/! = /( x „ yt) h
ou
y2 — y« = / (*i, yi) fc, y2 = yi + 1 (x„ «/O
y3 = y2 + / ( * 2. y2) h,
yn = y n - i 4 - / ( * n - H y » - l)
y ' = y-f x
que verifica a condição inicial: y* = 1 para x. = 0.
xh Vk~*k *vh~(vh-l*k)/i
U 'Ic*—x— 1 .
Por conseguinte,
y ! x « i = 2 (í — 1 ) ~ 3,4366.
« df . df ,
y = - í - + - í- íí. (3)
dx dy
yo
\dx dy //x=x0.
x=x0. v=y0. v,aaUo'
. h . , h1 „ , hs ... ...
yi = yo 4- — yo 4- -r-z yo 4* — yo, (4)
1 1 o!
X V V A | /' A *u-
*0 yo V»
Vi vi
a » ;
x2 x0 * f 2 h V2 l/i
»«
-n
l/k - 1
. Cl
^ - 1 — * !)+ ( * — D * Vk- 1
1
Uh
yof y i.........y*•
(5)
(6)
(7)
Da igualdade (6) tiramos
(8 )
(9)
De (8) e (9) tiramos
(ll)
( 12 )
y’ ~ y x
que verifica a condição = 1 para x. = 0.
Determinar os valores da solução para x = 0.1; 0,2; 0,3; 0.4.
*).v-o .-/o 0 — i { o = i .
Derivando esta equação, obtemos
ir - ir + i.
Por conseguinte.
y0 = (y + i) x - o ==1 + 1
Derivemos ainda uma vez . . . .
y -y .
Por conseguinte, » 9
5/o = y o = *-
« - ,4 ^ .1 + ^ ..+ ^ ..- .^ » .
Conhecendo y*, jrt, >1 obteremos a partir da equação:
y i= y o + * o = i;
y\» {/,.}.X, = 1,1103 + 0,1 = i ,2103 ;
,/t = „2 + X2- 1 ,2427+0.2 = 1,4427 ;
A y ; = 0,2103;
AyJ = 0 ,2 3 2 4 ;
A*yi = 0,0221.
Com os valores obtidos, teremos o quadro seguinte:
Ayi = ü,2103
Ay; = 0,2324
A s /i = 0,25f>8
1,3995 yi 1.6995
0
CO
yj — —
II
* t= ü ,4 1/4=1,5833
Tiramos y» da fórmula (12):
y ' = y* + *2,
Resolução — Achamos;
yó= 01 -f-0a= 0,
y ^ ü = ( 2^ ' + 2 í ) x = o “s0-
Da equação tiramos!
y - = 0 , yj = 0,0100, yj = 0,0400.
*0 = 0 1/0= 0 yõ=o
A s /;= 0.0100
• » 0 ,1 y, = 0 .0 0 0 3 r/; = 0,0100 A * y ;= O .0 2 ü 0
Aí/í - o.oauo
A f/j = 0 .0 .V )i
* 3 - 0 ,3 Uy = 0 . IK )Í >0 í/ s ~ 0. 0fl01
* ; = 0 .4 — 0 .0 2 1 4
^ = /i(* . y, s), (0
yk +i = yh - r - j - í/a + y h ^ J k - 2» t 7*)
2h . , w f „ , (2/*)3 ...
Jfa — //o 4 - — y<\H— “ í/o H— J/Q -
,
zt — -0 -t- “k■ *0 T ~
S A i~_ —
~0
h\-I*- ,
Para aplicar estas fórmulas é preciso conhecer y '. y'„ 2,’,. z',
2 ” ' que vamos agora determinar. Tiremos, agora, das equações (1) e (2)
//o — í\ //«. 2o).
2o =r ! l í-*o* */<)• 2(|).
Derivando as equações (1) e (2) e substituindo os valores x0. yv. Zo.
y0 e zu . encontramos:
( 'Vi , Wi ... , o js \
Derivando, ainda uma vez. obtemos y‘9" e z'0“ . Conhecendo yu
ya. Zu z2. tiramos das equações (1) e (2)
*0 yo yi ”0 20
Ayá A ri
•‘ I y\ yi A 2í/ó A*-S
±y‘i A*|
Jz Vz yi Aaj/| Z2 :2 A 2- i
b y ‘t A-í
*3 y3 yi -3 “3
f/a~ zx~ 0 — 1»
2ó = í/*=o- 0.
Derivando estas equações teremos:
i/ n = (y*)x~ 0 ~ (O x - O 0,
-ó —(z")*=0 = (y/)*-=0=lf
yZ = {ym) x - o = { * ’ ) x ~ o = U
2;-(:-)x=o-(y')x=o=0.
Aplicando as fórmulas do tipo (4) e (5), obtemos:
„ _0 + • 1+ • 0 + • 1 - 0 . ilXÜ,
. - 0,20. 8,
s, ^ 1 + -^- • 0+ ■o - .,0050,
X V V ’ Ay' A*í'
*0 = 0 U o — 0 y ;- i
Ay , = 0 ,0 0 5 0
Ayj ^ 0 ,0 1 5 0
Ayj = 0.0252
*o = 0 *o-l * ;- o
A * i - 0.1002
A*i = 0,1011
Ar; = 0,1032
*3 = 0,3 *3 = 1.0452 * i = 0 ,3 0 4 5
*4 = 0,4 *4-1,0809
c de maneira análoga:
* - 1 («*-«-*). x . !(,* + * - * ).
Eis porque os quatro primeiros algarismos exactos, após a vírgula, s<r5o:
= 0,4107,
Exercício s
2. , = C, + C - C . , = °.
3. Cx + C*. »= a
4. »> = Cí « — =
5. » = C , i + ^ + C,.
7. , = C 1^ * rc*“ * + C ^ - « * rc*“ * . ( 1 - i« ) - í f -
±
13. (y — a) dx-f-x2 dy = 0. Resp. (y — a ) = .C e x .
25. Mostrar que a curva cujo declive da tangente em cada ponto é proporcional
à abcissa do ponto de contacto é uma parábola. Rcsp. y axa -}-C.
26. Determinar uma curva que passa pelo ponto (0, — 2) tal que o declive
da tangente em caJa ponto seja igual ã ordenada correspondente aumentada
dc 3 unidades. Rcsp. y = «x— 3 .
27. Determinar uma curva que passe pelo ponto (I, 1) tal que o declive da
tangente em cada ponto seja proporcional ao quadrade da ordenada desse
ponto. Resp. * _ i ) y _ j, + 1 =, o.
28. Determinar uma curva cujo declive da tangente em cada ponto seja n
vezes maior que o da rccta que reúne este ponto à origem das coordenadas.
Resp. y.-=.Cxn .
29. Fazer passar pelo ponto (2, 1) uma curva cuja tangente em cada ponto
30. Encontrar cm coordenadas polares a equação duma curva tal que em cada
ponto a tangente do ângulo formado p.'lo raio vector e a tangente à curva
seja igual ao inverso mudado do sinal do raio vector. Rcsp. r ( 0 + C ) = l .
31. Encontrar em coordenadas polares a equação duma curva tal que em cada
ponto a tangente do ângulo formado p;lo raio vector c a tangente à curva
seja igual ao quadrado do raio vector. Resp. r* =* (0-J-C) 2.
32. Mostrar que a curva que goza da propriedade de todas as suas normais
passarem por um ponto fixo é um círculo.
33. Achar uma curva tal que cm cada ponto a subtangente seja igual ao dobro
da abeissa. Resp. y ^ C ~\/x.
34. Determinar uma curva cujo raio vcctor seja igual à porção dc tangente
compreendida entre o ponto de tangcncia e a sua intersecção com o e:xo Ox.
C
curvas: y — Cx e y = — .
"7" C
43. (t — >) d/-i-Ms - 0 . Resp. te f = C ou i «=» t Log — .
Resp.
46. xy2 dy = y») dx. Resp. y « x t f 3 Log Cx.
i ^
Resolução — Por hipótese
1- — üx"- = m , donde x- -f-y2=m* (x—C)2.
V**+V*
54. Determinar a curva cujo segmento cortado pela tangente sobre o eixo Oy
é igual a sec 0 em que 0 é o ângulo entre o raio vector e o eixo Ox.
dy
y — x —r— = a sec 0,
ax
obtém-se
V -z% - = a V f E Z
dx x
donde
55. Determinar a curva sujo segmento cortado pela normal sobre o eixo Oy
6 igual à distância do ponto considerado )ài origem das coordenadas.
Resolução — O segmento cortado pela normal no eixo Oy é igual a à j
logo, por hipótese, tem-se
donde
x * - C ( 2 y + C).
56. Achar a forma de um espelho tal que os raios provenientes dum ponto O
sejam reflectidos paralelamente a uma dada direcção.
Resolução — Identifiquemos esta direcção com o eixo Ox c seja O a origem.
Sejam O M o raio incidente, M P o raio reíleciido, M Q a normal à curva
procurada:
a = P; 0 M = 0 Q , SM^-y,
N Q = N 0 + 0 Q = — x + V x * - r y * ~ y cotg P =
donde
y dy = ( — x - f V * 2-f y2) dx ;
por integração, encontra-se
y i = C*+ 2Cx.
58 . y ' _ a - | . „ £ l _ L .R c s p . y * C x « + T^ - ~ .
73’ [ ( ^ T .- T ] ^ + [ T - ( ^ 5 r ] d*-0-
Resp. Log —--- = C.
x x—y
76. 2 (3xy® -f 2x3) dx -f 3 (2x*y -j-ya) dy = 0. Resp. x* -j-3xaya -f-y 3 *r C.
^ i 4 ^ 1£ ++ £v lHí ív„.O
o .. Re*.
Re u g(x+ „ _ _ í _ = c.
(*+y)2
1 . 3y* \ 2 ydy
^ ^ = « - - ~T=V= C '
*»■ V = 2 x » '+ » - « . R « p . I =
R «p. , = 1 / ^ +4 .
Integrar as seguintes equações diferenciais simples, reduzindo-as a equações
de primeira ordem:
118. Rcsp. y = x 2 Logx-|-CiXa-f-C2x-f C 3 ; dar a solução particular que
satisfaz às condições iniciais: x = l , y = 1 , y ' « l , y '= ;3 .
m ! x m+n „
119. y<n,=»xTn. Rcsp. V= ~7~~--- ry f C ,x n_1-f . . . + C n _ 1x - fC n.
\m*♦ n] 1
120. y '* = a ay. Rcsp. ax = Log (ay -f- \ a*y* + Cj) -f C2 ou y = C ieax + C 2e~ax.
c u l a r e s : y = 2 sen x — senxcos x — x — 1 .
125. (y’ )*- M v ') * = « * • R e,P y = C2— a cos (x + C ,). Solutions particulières :
i/ —.a — 1— a cos x ; y — a cos x — (o-j-1). (In d icação — Forma param&rica
y ' — a cos t, y' = a sen f.)
x
146. yIV - f y - 0 . Resp. y - r 1 ^ C , c o s ^ + C 2 s e n j +
159. yIV — a4y = 5a4<*ax sen ax. Rcsp. y = ( C j — sen ax) *ax ! C 2«-<,x-f C 3 cos ax-f-
-f-C4 senax.
C + * & + V h * — n*)
2 V * * —n*
C a (A — y A2 n2)
2 V A * — n>
163. Achar a solução da equação y '- f n2y = A sen p x (p = jk n ), que satisfaça
às condições: y = a , y ' = C quando x = 0.
_ , C ( n 2 — p2) — hp , A
R " p . n = ° c o s n J+ sm i*-
164. IJm peso de 4 kg ligado a uma mola distende-a de 1 cm. Achar a lei do
movimento, sabenJo_ que a extremidade superior cfectua oscilações harmô
nicas y = sen y iÒ O g t, sendo y a distensão vertical.
Resolução — Seja x a coordenada vertical do peso contado a partir da
posição de repouso. Tcm-sc:
4 d*z
Y ~ d t* ---
em que I é o comprim:nto da mola distendidade c k = 400, como resulta
das condições iniciais. Deduz-sí - ^ r .+ ICO# x = 100,? sen V iO O g f + 100Ig.
~ =0-, ^ - = r0.
Encontra-sc, integrando:
x = a cos
[V 4 r ')• ‘' - ■ » F / 5 - , r a ( ] ^ v ' )
donde
106. Um tubo horizontal gira cm torno dum eixo vertical com uma velocidade
angular constante u. Uma esfera desliza no tubo sem atrito. Achar a
lei do movimento da esfera, cabendo que no instante inicial se encontra
sobre o eixo de rotação e a sua velocidade inicial é v„ (segundo o eixo do
tubo).
integrando-se. obtém-se: r ^
168. = !?ecx. Resp. y = C’i coflx C> sen x-f x sen x-- ç.os x Log cos x.
* d j,- j Ç d x Jy _
{x— y)* x— y
172. y — xy'*-\-if'*. Resp. y — (~[/x+ 1 -f C ) ' .
Soluções singulares: y — 0 ; x - fl= ^ 0 .
173. y0 - y — sec x. Resp. { / « C jc o s x C2 sen r 4- x sen x cosx Log cosx.
174. (1-f- i- ) y '— xy — a 0. Resp. y — ax \-C + •
V
sen r.
y dy ____ y
173. x c o s -- — cos—-- x. Resp. xe C.
dx du .
180. —j — — y - f l. —j —r^x -'-1. Indicar a solução particular que satisfaça às con
di dt
diçôes iniciais x = — 2, > = 0 para t — 0. Rcsp. y « C i cos t +-C2 sen /,
X = ( C , + C 2) COSÍ*f-(C2 — ^C,)sen t. Solução part*ular
x* = cos t — sen/, (/* =-cos t.
181 . —£.--x —2 y. — -= x-y. Indicar a solução particular correspondente às
dt dt • *
condiçõcs iniciais z = 1 y = 1 para / = 0. Resp. y=-Cj cos/-f*C2 sen/,
x — (C’j- C'2)cosí-f-(C 2 — C',) sen/. Solução particular: y* = cos / — sen t,
y* = cos /.
d*y
— x,
d t“ Resp. x — Cfe1 4-C3 C09 f-j-C* sén í,
183.
d*x y ^- C te( i C^e~l — C 3 COS f — C 4 sên /.
= y.
dt*
Resp. z = C j4 - C 2í4-C’3í 2 --
d2z , dy .
i i i - r ~dr+ x ‘
184. y = Ct - ( C , + 2C3) / — j (C 2 - 1) I* -
dX _L - 1
dt ' dt*
{
Resp. y = C lf
dz yz
190.
idz z
zy2- - Í* « = C2.
dz y2
dz
Estudar a estabilidade da solução x 0, y = 0 para os sistemas de equação
di/erencais seguintes:
dz
— 2z — 3y,
'dt
191. Resp. Instável.
í — «— 1* . Resp. Estável.
l'J2.
V.
INTEGRAIS MCLTIPLOS
§ 1. Integral duplo
n -> 00. Este limite é o mesmo qualquer que seja a seqüência (2).
isto é. que não depende nem do modo do çorte de D em domínios
parciais Aí/ nem da escolha do ponto P( em Ast.
Este limite chama-se integral duplo da função f (x. y) sobre o
domínio D e designa-se por
SJ / ( x , y ) d x d y = J S / ( * . y)d*dy +
+ V)dxdy. (3)
o1
Demonstração — Pode-se representar a
soma integral em D sob a forma (fig. 279)
£ /< /> ,) Aí, = £ / ( / ' , ) A s ,+
+ £ / ( / > , )A *„ (4)
*>!
contendo a primeira soma os termos relativos aos domínios parciais
de D i e a segunda os termos relativos aos domínios parciais dc D :.
Como o integral duplo não depende de modo de corte, cortaremos
o domínio D de tal maneira que a fronteira comum de £>, c D.
seja também uma fronteira dos domínios parciais Asf. Passando a
limite a igualdade (4) quando As, -*-0. obtém-se a igualdade (3). Este
teorema subsiste quando D é formado de vários domínios disjuntos
ou sem pontos interiores comuns.
I d = ] ( { /(x. y) dy)dx
a <j>, '*>
que chamaremos integral duplo ou soma
dupla da função / (x, y) sobre D. Nesta
expressão, calcula-se cm primeiro lugar
o integral entre parentesis, sendo a integração feita em'relação a y
e sendo x considerado como constante. Acha-se. após integração, uma
função contínua (*) dc x:
/ D= ld> (x )dx .
a
0 ( 1 ) = ^ (**-}-y*)dy = + = ** + -y-.
0
(•) N3o demonstraremos a continuidade da funçSo «I> (z).
Integremos, agora, a função obtida de 0 a 1:
f ( - * t* . 1 1 1 26
3 (^ +X r M x + 3 ^ ) o " T + 2Í~íõõ*
0
O domínio dc integração D 6 o domínio limitado p:las curvas (fig. 281)
{, = 0, X = 0, >J= X*, Zaoi.
Sucede que o domínio D é tal que uma função y = (*), y —
não pode ser dada por uma única expressão analítica em todo o
J ( S / (* . y )d y )d x =
a <P|0c)
c V j<*> fc V 2<*)
= j (S / (* . + J (í / ( * . y)dy )d x =
a tpt(x ) c tttix )
c <p;0c) *» ç a(x)
= $ ( J f f a y )d y )d x + J ( J /(* , y)dy)dx.
a Üx) 0 % (x)
= 5 (5 /(*. y)<ty)<&+
a «Pt ( * )
b ç - <x)
+ S ( S /(* . y )d y )d x = I Di + 1 ^ . F i g . 283.
c <f, ( x)
1. y = * (*);
2. a curva A XM XM 2B de que escrevemos convencionalmente a
equação sob a forma
y = <p? (x),
I d = ] ( J /(* . y)dy)dx =
b » ,* (* )
6 , *(XI h ¥;<*>
= S ( J /(*. y)<ty)<fr + J ( 5 /(*•
a <j>,(x) o ♦ * (* >
Como <p* (x) — <p2 (*) no segmento [a. />] e no segmento [6,. b]
o primeiro c o terceiro integral são identicamente nulo$. Por conseguinte
Adj + Io ?
A demonstração é análoga qualquer que seja a secante M M *
Se a recta M JA* divide D em três domínios ou mais. obtém-se uma
relação análoga a (1) com um número correspondente de termos no
segundo membro.
Corolário — Pode-se dividir cada um dos domínios regulares
segundo Oy por uma paralela a Oy ou Ox e aplicar-lhe a proprie
dade (1). Por conseguinte, pode-se dividir o domínio D por paralelas
aos eixos coordenados num número arbitrário de domínios parciais
regulares:
Dlt Di . D3, . . Df,
c poder-sc-á, sempre, afirmar que o integral duplo alargado ao domí
nio D é igual à soma dos integrais duplos alargados aos domínios
parciais (fig. 284)
I d — I dx4 - I d: + I Dt 4 * ••• + A )r (2 )
( 5 /(*■ y)dy)dx^MS. (3 )
a tp, (x)
Demonstração — Calculemos o integral interior que designaremos
por «I» (jc):
«Ti (x) <
j>
z(x)
(I> (*) = í f (x, y) dy < J M dy = M [<p2 (x) — q>, (x)J.
*1 (x) <p, (x)
Tem-se:
b «fj (x) b
! d= S ( J / (* , y) )<&■ < s M [<P2 (* ) - (* )] á x = A /S ,
a «rj (x) a
isto é.
Id<M S . (3)
Duma maneira análoga
** <x> <x)
m < ~ I D< M.
donde-
/n = H P )S .
I d = • • • + ^
Id = lim 2 / (p i) = í S/ y)dxdy
d Iam A tj -*o D
ou
S$/(•*% y)dxdy = I D. (3>
D
Wotá— 1. Quando f(x , >>) > 0. a fórmula (4) adpiite uma inter
pretação geométrica simples. Consideremos o corpo delimitado pela
superfície z = 1 (x. >'). o plano z = 0 e a superfície cilíndrica cujas
geratrizes são paralelas a Oz e se apoiam sobre a fronteira do domínio D
(fig. 285). Calculemos o volume V deste corpo. Indicamos acima que
o volume deste corpo era igual ao integral duplo dc f (x, >’) sobrc D:
y) dx dy. (5)
ü
Calculemos agora o volume deste corpo utilizando os resultados
do § 4, cap. XII, tomo 1. sobre o cálculo do volume dum corpo em
função das áreas de secçòes paralelas. Tracemos o plano secante
x = const. (a < c < b). Calculemos a área S (x) da figura obtida no
F i g. 287.
J J (4 — z* — y * )d z d y ,
D
3
sabendo que o domínio D está limitado pelas rectas xatO , x = i , y = 0, y = -p-
R«solução.
» /« I »/a
V = ^ [ Ü dy= ^
Jtf
2
V y + y V 5 + y ) — ( —? —
I[yi+í+»ví/4]*-PÍ+J^¥+fl:-SV*+¥
Afofa— 2. Suponhamos um domínio D regular segundo Ox deli
mitado pelas curvas
x = t i (í/). * = (i/)« i/ = c. y = d,
com t i ( i0 .< t i (y) (fig- 288).
Tem-se. então, evidentemente
y ) d x d y = \ ( J / (* , y)dx)dy. (8)
D c ♦,((/)
u
tem-se
1 v
/ = 5 ( í H *' V)d*)dy.
0 u*
«= ^ x (e — l ) d x = a ( í — l)- y - | ~ ~ i~y2 i - 0 , 8 5 9 . . .
0 o
N ota— 3. Se o domínio D não for regular nem segundo Ox
nem segundo Oy (isto e, se existirem verticais e horizontais que passem
F i g. 291. F i g. 292.
. ? = S 1 -As,,
1=1
qualquer que seja o corte Passando a limite no segundo membro,
obtém-se
S = J J dx dy.
Se o domínio D é regular (ver. por exemplo, fig. 280). a área
exprime-se pelo integral duplo
b q jj( x )
(í dy)dx.
a V|W
\ ( Y - o to - 1 ° - ^ — [ « - t- íl- t-
-2 * -2
% F ( P k ) t o k, (i)
V = H F ( » , (>)ds. (2)
D
v„=
fc“ ! 1
ou
Aí<fc = p?Ap, AO*, oü p, < p? < p,-f-Ap,.
F „ = Ê l s m . p ? ) p ? Ap<] A0‘ -
Â-l t
Suponhamos que Ap, -*-0 e que AO* é constante. Então, a
expressão entre parentesis tenderá para o integral
<t>3(o*>
S f (Qh, p)pd(>.
«, a p
(•) Notemos que somando sobre o índice i este índice não lomará,
forçosamente, todos os valores de I a m, dado que todos os domínios parciais
compreendidos entre os raios 9 = 0), 6 0 = 0 »+ !. n5o pertencem, forçosa*
m;nte, a D.
(•*) É permitido considerar uma soma integral sob esta forma, dedo que
o limite da soma não depende do ponto escolhido no domínio parciaL
Supondo agora que A0* 0 obtém-se. por fim (*):
tf >I>*(8>
K = j ( S /'(O , p ) p r f p ) d 0 .
Ct
r i : *(y-a)2=a: !J
por conseguinte.
x* -f y--f s2 = Aa-
c o cilindro
x2 -f y* — 2ay = 0.
Resolução — Poder-se-á tomar por domínio de integração a base do cilindro
x* — 2 ay = isto é. o círculo do centro (0. a) e de raio a. Pode-se escrever
a equaçSo deste círculo sob a forma (y — o )2 — a * (fig. 208).
Calculemos um quarto do volume procurado V (metade está representao
na fig. 298). Tomar-se-á, então, por domínio de integração o semi-círculo definido
pelas equações
x = qp,(y) = 0, x = ( f 2 (y) = ~[/2oy — y2,
y aaO, y»=2a.
z = f ( x , y) = — x2— x/1.
Por conseguinte.
2a \'2ay-y*
tem-se
p2— 2ap sen 0 = 0
ou
p = 2o sen 0.
A fronteira do dominio cm coordenadas polares, escreve-se, pois, (fig. 299):
p = <D,(0)-.O, p = ® 2 ( 0 ) « 2a sen0, a = 0, P =
r < e .p ) - y c r = p * .
Obtém-se, por conseguinte:
n_ it
2 2ason 0
t -h s
0 0 0
Jl
2
- ~ J { ( 4 a » - 4 a a s c n í0 )* /« _ (4aa)*/«j d0=3
8as P 4
— —g— \ (1 — cos® 0) d0 ==-g-a9 (3 n — 4).
F i g. 299.
2n <x> 2a R -
0 0 i(S
í (Ç e ' p* p d p ) d 0 = lim í (\' e-p*p dp) dO = lim n ( l — e“ R ) = n.
R—oo ú ft0 R-*oo
F i g . 300. F i g . 301.
Sejam R t c R : a maior e a mais pequena distância da fronteira de D '
à origem das coordenadas (fig. 301).
Como > 0 para todo valor, tem-se
ou
lim \\t x~ dx dy = n .
D'-»» (5)
D'
a o
^ e' -
x i-v- dx dy — J J e~xZ~v* dx dy =
D' —a —a
n n o n
— ^ e~x2e~u‘ dx dy = j" ( ( e~x ie~v* d x ) dy.
Ponhamos fora o factor e yl do integral interno (o que é permitido,
porque não depende da variável de integração x). Tem-se
a o
e~x i~V* dx dy = ^ e—1/i ^ ^ c~xZd x ^ d y .
£>' —o —a
-[ •-* ]■ ■
Mas viu-se que (5)
lim f í e *2 v* dx dy — a.
D’—co J J
D'
Por conseguinte.
[ j , - * ■ * ] ’1
—CO
ou
ao
j «t ** dx = y n .
oo
As' = AuAr.
z = i ( x , y).
F (u , v) = f[ y ( u , r ) , i;) ) .
- I ( * / * + * to)
I \ du dv / dv dv \ du dv J |
d(p dtp
dtp dy dt du dv
Au Au = Au Au»).
du dv dv du di|> dt
du dv
Façamos
dtp dtp
du du
= 1.
dt dt
du dv
Por conseguinte.
(4)
| /| = lim
<IlamAí'-*o As
Apliquemos agora a igualdade obtida ao cálculo do integral
duplo. Em virtude da igualdade (2) pode-se escrever
ao cálculo dum integral duplo num domínio D', o que pode simplificar
o problema. A primeira demonstração rigorosa desta fórmula deveu-se
a M. Ostrogradsky.
dy Oy pcos 0 sen 0
õQâp
= — p sen2 0 — pcos 2 0 = — p.
Tem-se. pois. |/ j = p e
3 <t*(o)
S S / (x, y) dx dy = J ( J F (0, p) p d p ) dO.
D a <3fi (0 )
SJ — àxdy
D
em que D 6 o domínio do plano Oxy limitado
pelas rectas
y = « x - f l, y = i — ò, y =
1 , 7
— -77-x f - õ - ,
r — *«+«.
O cálculo directo deste integral é bas
tante fastidioso, mas uma mudança dc viriá-
veis simples permite reduzir este integral à integração num rectângulo cujos
lados são paralelos aos eixos coordenados.
Façamos
1
u = y—x,
V+T x' 6
( )
- T “ + T p; * = T U+ T *
Por conseguinte,
dx Ox 3 3
du dv r t 9 3 _3_
/= 9—
dy dy 1 3 ~ 16 16 4 *
du dv 4 T
» J --Vf-uu du d v — — 8.
X )' 7 -3
M i [ h , Hit f ( Í i ,
Tracemos o plano tangente à superfície no ponto M Tem por
equação
2 — zt = f x ( h , ^1/) ( * — ê i) 4 - f v ( l i , n < ) (y — % ) (* )
2 Ao,.
í—i
O limite o desta soma quando o maior dos diâmetros dos
tende para zero será, por definição, a área da superfície:
n
li m 2 A o ,. (2)
d la m A o {- * 0 , = 1
& )
onde D' c D " são domínios dos planos Oyz e Oxz sobre os quais se
projecta a superfície dada.
z= y
(fig. 309). Tem-se:
dz x
dx
di
~dV y/TJ-j-í-ya '
Por conseguinte.
n
O domínio dc integração é determinado pela condição
t-S( R
-R
Y r *- x*
1
_ /TTiTii
Para calcular este integral duplo, passemos a coordenadas polarc*.
A equação da fronteira do domínio de integração torna-se, então, cm p = R.
Por conseguinte,
2n R 2,1 ^
_ 2 ^ ( [ ____ £ = - p d p ) d0 = 2 f l ^ ( - V « * ^ ) f dQ = 2fí\ /ld 0 = 4 n fi* .
j VJ y * * - P* > j i
2n
= 2H f R d O ^ 4ni?».
Õ
Exemplo — 2. Achar a área da parte do cilindro
xi -{-yi = ai
cortada pelo cilindro
* * 4-2* = a2.
V = V « * — x*,
donde
dy * ày
dx y ã * — x1 ’ di *
/ ‘H W
O domínio dc integração 6 o quarto de círculo da equação
- •
* * + = * < : a3, x > 0 , j> 0 .
Por conseguinte.
1 P / * 1 Y^ Tt
T - j( J jv jfc ü I —
a
S/(P|) A».
i“ í
exnrimc aoroximadamente a auantidade total dc matéria distribuída
no domínio D. Ora. é uma soma inteeral para a função f (P) em D.
Obtém-se um valor exacto passando a limite quando
Por conseguinte (*),
M = lim Y 'f { P í) S s l = ] \ f(P )d s = \ \ f{ x ,y )d x d y , (2)
A í , —O i— 1 D D
/(x , y ) - k y x í - r y í .
Resolução — De acordo com a fórmula (2). tem-se:
M = ^ k V x « - f y~ dx dy.
D
2n R li
p p d p j dQ = À '2 .*i
0 0
§ 9. Momento de inércia duma figura plana
Í K U + i S a s ,.
i= l
Ela define uma soma integral para a função / (x, y) = x2 4- y2
no domínio D.
Definamos o momento dc inércia da figura como limite desta
soma integral quando o diâmetro de cada elemento A S t tende para zero:
n
d ia m a s ,-* o / — í
Io= í í ( J + if id x d y , («>
D
fvv = íí * 2 dx dy (3 )
D
D
Pj<vindo a coorJrnadas pobres 0. p. a equação deste círculo trans*
form3-sc cm
p = /? .
Logo
' 0- j ( j P2P<*P) d0 — .
0 0
Nota — Sc a densidade superficial y não é igual à unidade mas
é uma funcão de x e y. isto é. y = y (x. y). a massa dc área será
igual, a menos de um infinitamente pequeno dc ordem superior, a
Y ( ii, rif) AiV| e o momento de inércia duma figura plana cm relação
à origem se transforma em
/ o = S S ? (* . y) (** + f id x d y . (!')
D
Resolução.
i y'i—:
**¥*
dx =
xt < i- x )JI = ± .
ponto O que tomamos para origem das coordenadas. Seja <p o angulo
formado pela recta O L com a direcção positiva do eixo Ox (fig. 313).
A equação normal da recta O L é
Por conseguinte,
/ = / V(/ sen2 q>— 2 / xy sen <f cos <p -f / « cos" q , (4)
O A - X .
Vi
Corresponde a diversas direcções OL,
isto é. a diversos ângulos diversos valores /
e logo diversos pontos A. Procuremos o lugar geométrico dos pontos A.
Obtém-se. evidentemente,
Xv 1
= —scos <p, v 1 sen m.
) = —=
V i V í
Em virtude da igualdade (5). as quantidades X e Y estão ligadas
entre si pela relação
I = U X - > h uX Y + / B ÍV'2. (6)
O lugar geométrico dos pontos A (X. V) é, pois, a curva do
segundo grau (6). Mostremos que é uma elipse.
Tcm-sc a igualdade seguinte, chamada de Bouniakovsky (*)
(matemático russo):
Ixxlyy
0* Ixy
Assim, o descriminante da curva (6) é positivo, o que mostra
que é uma elipse (fig. 3I4). Chama-se elipse de inércia. A noção de
elipse de inércia é fundamental em mecânica.
Notemos que os comprimentos dos eixos da elipse dc inércia c
a sua disposição no plano dependem da forma da figura plana dada.
Como a distância da origem das coordenadas a um ponto arbitrário A
- \<p (x. y) = 0, isto <f. sc / (x, y) = Xv (x. y). Sc s; suposer que ^ y - y ^ const=^»
ou ( \j H d i d y y < j j P dx dy j j ^ d x d y .
Ê a desigualdade ds Bouniakovsky.
| U , A S,
* i- n ; ÜC 5 8 i!„ ■
2 a s, 2 as,
<=i i—i
Y “ Y (*. í/).
5Sv (*. y ) x dx dy
D
SD5 y (*• y)yd xd y
yc
SI Y fo y)dxdy 9■ ~ J J y (*. y) dx dy
D D
As expressões
M v = S I Y (*. y )x dx dy
M x= JJ y (x , y) y d x d y
D
F i g. 315.
-íii+TT - 1
xdy^dx A y a t — x-í x dx
(2)
Sc se considera que / (jr. y. z) é a densidade especial da distri
buição duma matéria num dominio V, o integral (2) dá a massa de
toda a matéria que se encontre cm V.
z Z'<p(i,y)
F i g. 316. F i g. 317.
y = <£,(*), y = (fr(z), x = a, x = b .
Tem-se, então,
& *:<*) t(xf v)
^ v = S I í l $ / (* , y, z)dz\dy\dx. (í)
a x(x. v)
1 l- x l- x - y
/y ~\ { J [ Í xVz **\dV} dx =
1 t -X jm l-x -y
0 0 i —O
t-x
« lo o
Consideremos agora algumas propriedades dos integrais triplos.
Propriedade — 1. Se se cortar o domínio V em dois domínios
V i e V, por um plano paralelo a um plano de coordenadas quaisquer,
o integral triplo em V é a soma dos integrais triplos em Vx e V3.
A demonstração desta propriedade é análoga cm todos os pontos
dos integrais duplos. Não há lugar. pois. a repetição.
Corolário — Qualquer que seja a divisão do domínio V cm
número finito de domínios Vu V2....... Vn , tem-se
/ v = / V , + / v , +
♦> <jc.
S <x. y) < Cjc. y ) * <*, v)
* (*, y)
= Mz | = M (*. y ) - x (*. y)]*
Xv>
O integral interno não é, pois. superior à expressão M [^(x , >’) —
— x (*. >')]• Por conseguinte, em virtude do teorema do § 1 sobre os
integrais duplos, obtém-se (designando por D a projecção de V sobre
o plano Oxy):
♦ (x, y)
/v = S( 5 I í l{ x , y, i) d i] d y ] d x = f ( P ) V . (2)
a (*) y)
A demonstração desta propriedade é análoga à da propriedade
correspondente dos integrais duplos [ver § 2. propriedade 3. fórmula (4)].
Podemos, agora, demonstrar o teorema sobre o cálculo dos integrais
triplos.
Teorema — O integral triplo duma função f (x. y, z) num domínio
regular V tem por expressão
b q?i(x' Wx, I / )
í $ í / ( * . V* í ( J 1 S f{ x ,y ,z ) d z \ d y \ d x .
V’ <1 qjiür) x<a\y)
Demonstração — Cortemos o domínio V por planos paralelos aos
planos de coordenadas cm n domínios regulares:
Av2, Avn.
Designemos, como acima, por I v o integral triplo de / (x, y. z)
cm V e por / Ac< o integral triplo desta função no elemento dc
volume Ai>,. Pode-se escrcvcr. cm virtude da propriedade 1 (do seu
corolário):
I v = / ACl-}- / A 0l -f- Arn- (3)
Ar ** í íí / (* , y , z) d v ,
v
ou seja, ainda,
b <p*(x) ♦ (x . y )
F i g. 319.
V = JJJ d x d y d z. (5)
v
- £ Í- J íÍ_ il i
ai 62 c*
o
dz I dy
I í
*» y*
^ v Z % \ - V "05 tT
=2í 5 dx.
a
A variável y vai de — b V 4]/ n
l - ^ - . P O i » ' « r i » de — 2
Assim,
J VÍ I ^ ( 0 . P ’QpdQdpdz. (1)
Os limites de integração são determinados pela forma do domínio V.
Se o integral triplo dc f (x. y. z) é dado em coordenadas rectan-
gulares, é fácil dar a sua expressão em coordenadas cilíndricas. Com
efeito, tendo em consideração que
x = p cos0 ; y = p sen 0 ; z = z,
obtém-se:
J J $ / (*. y. z) dxày dz = J J J F(Q, p, z) p dO d > dz,
v y
onde
/(pcos0, psen 0, z) = F{Q, p, z).
Exemplo — Determinar a massa M dum hemisfério de raio R t de
centro na origem das coordenadas, sabendo que a sua densidade F é propor-
porcional em cada ponto (x, y, z) à dist&ncia deste ponto à base: F = kz.
14
R esolução — A equação d o hemisfério superior
z ^ Y f í a _ ,a _ „ a
cscrcvc-se c m coordenadas cilíndricas
Por conseguinte,
VR*-p*
| kz ds ) p d p J d 0 ■
-W
2j; R
2n
_ k r r /?* «4 -| * ** knfíA
L~2— r j ^ T T 2" — —
x — r sen <pcosO,
y = rsen q: senO,
z — rcosq).
í í í / ( * . y. z) dx dy dz =
v
= í í í f[ r <Pcosd, r sen sen 0, r cos cp] r2sen (p dr dO dy.
x = <p(u, t, w),
y = \|?(u, t, w ),
2 = X (“ » w)
dx dx dx
du dt dw
ày ày ày
/ =
du dt dw
dz dz dz
âu dt dw
Fig. 324
/** = Yo | { í [ í (*2+ P2 * n* « ) * ] p * } á6 =
2n R
= Y° \ { f [-=^-4-2Ap*8en* o j p d p j d0 =
^ [| w + .
2. Coordenadas do ceníro de gravidade dum corpo — Tem-s
fórmulas análogas às do centro de gravidade das figuras planas dadas
no § 8. cap. X II. tomo I;
í v_____________________
S J *Y (*. y> z) dx dy dz .
xr =
S $5 Y (*. y, 2) dx dy dz '
J H yy(x, y, z) dxdydz
v_____________________ ,
Uc IS Í Y (x, y, z) dx dy dz'
x«= y / í t - x * ^ 2, *=. 0.
A cota do centro de gravidade é dada pela fórmula
J J I *Yo dx dy dz
J J J YO dx dy dx
V
Passando a coordenadas esféricas, tem-se:
2n 2 R
JT
2a 2 R
Yo r- sen <p dr J d<p j de
8
Em virtude da simetria do hemisfério, tem-se, evidentemente, xc = yc = 0 .
§ 15. Integrais que dependem dum parâm etro
/ ( « ) = f /(* , a)dx.
a
/ ( « ) — ! / (x, a) dx
a
J ( S / t e , a )d x ) d a .= [ ( J f ( x, a )d a )d x ,
<xt a a a,
0 a
Calculando o integral entre parêntesis rectos, obtém-se:
0
Exercício*
Calcular os integrais (•):
1 2
1. í \( * + y * ) d x d y . Resp. A .
0 1
2- j3 í1 F + T F '
2 * VÜ
3. j ^ x ydx dy. Resp. 15
^ .
1 *
2n a
4. j \ r dr dO. Resp. -j- na2.
0 a sen 0
a *
_ (* f x d y d x _ na , 1
s- j J l 5 + Í T - R«P-— aarctgT .
0 —
a
a 2y
2i
6. ^ J xydxdy. Resp. .
Ô v-a
n_
Mi
b 2
3
p dO dp. Rcsp. - - nb*.
3 '►
8. i = 2 , i = 3 , y = — 1, y = 5. Resp. f j /(x , y)d y d x .
2 -l
1 1 - A .Í
2 f i+X*
1 !* • ? = **• R«*P f f / ( * . y)dyd x .
-1 *«
a j/4-2a
12. y = 0, y = <», y *=x, y = z — 2a. Resp Ç Ç / (z, y)dxdy.
o v
2 4 4 2
1 *7 1
**• \ j / ( * . y) dy dz. Resp. | j' / (x, y)dx dy .
0 X* Ò JT*
o V 2av-y» a a
+ j Ç / (r, y) dy dx.
Calcular os seguintes integraispassando a coordenadas polares:
____ n_
a /o *- ** 2 a
18* 1 i ~^a' ~ z2—y2dydx. Resp. Ij* f ~[/a-— p3pdp d0 •* a3.
0 0 0 0
_______ n
o Va*—1/3 2 a
na*
19. j (i* -}- ys) dx dy. Resp. j* j p 3 d p d 0 = -^|
it
co ca 2 ao
20. j* \ ê - ^ + M d y d x . Resp. j j e~p tp dp dO = -^- .
0 0 0 0
n
2a V 2ax-x* 2 2a cos 0
21. | | dydx. Resp. | j pdp dQ = - ^ ~ .
g «
f 1 r’
^ J J ^ y) dx. Rc^p. j' j / (u — uv, uv) u du dv.
1+a
b c
Ç 1 H c l- i
23 • j j / (*. V) <*1/ <**• Resp. | | f ( u — uv, uv) u du dv -
b_
1 r
l
25. Calcular a área da figura limitada pelas cuvas ya = 4ax, x + y = 3a, y = 0.
Resp. -j-e*.
- T-
27. Calcular a área da figura limitada pelas curvas y = »;nx , y = cos x, x = 0.
Resp. 1 / 2 — 1.
28. Calcular a área do arco da curva p = a sen 29. Resp. .
O
29. Calcular a área limitada pela lemniscata p• = a~ cos 2ç. Rcsp. a2.
30. Calcular a área da «boucle» da curva [ — -l- -^2- \ = ^ L
\a- ' b* ) c2
Indicação — Passar as novas coordenadas x = pa cos 9 c y = pb sen 0.
e*
Cálculo de volumes
Calcular os volumes dos corpos limitados:
Áreas de superfícies
43. Calcular a área da parte do cone x2 + y2 = z* cortada pelo cilindro
* : 4-y3 = 2ax. Rcsp. 2na2 ^/2 .
44. Cau*'lar a área da parte do plano x + y + z = 2a que se encontra no
primeiro triedro formado p:los eixos coordenados e limitada pelo cilindro
x* + y* = à *. Resp Ü f i y ã .
45. Calcular a área do segmento esférico (do pequeno), sendo o raio da esfera a
e o raio da base do segmento b. Resp. 2n (a*— a '\/a* — b2).
46. Calcular a área da parte da esfera x3 + y 2 + z2 = a 2 que é cortada pelo
Resp. y== o.
Resp. t f t f + g ) .
*2 V2
59 , Calcular o momento de inércia da elipse —^- + - r r = l :
a- o1
a) em relação ao eixo Oy\
b) em relação ã origem dc coordenadas.
_ . na*b nab
Resp. a) — ;— ; b) — — (aS-t-fcí).
h 4
60* Calcular o momento dr inércia do circulo cheio p = 2<jc o s 0 cm relação ao
3
pólo. Resp. — .k i *.
Resp. ! * £ ? ___ L .
2 16
a x y
r « p . xc - í , » .- f
= £ V + i« + C ) .
69 . Calcular o momento de inércia dum cone circular recto em relação ao
seu eixo. Resp. _ 1 nhr*. onde h é a altura e r o raio do círculo da base.
§ 1. Integral curvilíneo
F = F {P ).
A * , = A x ji- f A y ,j.
Por conseguinte.
-r=qp(í), y = yt(t).
Consideremos o arco de curva M N
(fig. 328). Sejam « e p os valores do
parâmetro correspondente nos pontos
M e N. Dividamos o arco M N em par
tes As, pelos pontos Aí, (x„ >•,), M- (x2,
Fiff 328 * ) ........ M n (j-n, yn) * façamOS Xk =
* = y i = v (*<)•
Consideremos o integral curvilíneo definido no parágrafo anterior
lim 2 Y ( x h y , ) A y , = J Y (x , y)dy.
A.Vj-*Oí=l L
N ota— Resulta do teorema que tendem também para este mesmo
limite (isto é, para o integral curvilíneo) as somas definidas no parágrafo
anterior, onde os pontos M , (xh yt) são as extremidades do arco As,.
sendo arbitrária a decomposição dc L cm arcos parciais.
O teorema que acaba de ser formulado dá um processo de cálculo
dos integrais curvilíneos.
Assim, por definição:
<N) n
5 y ) d x = lim £ X (xh y}) Axi% (3)
(M> Ari-Oi- I
onde
Ax, = xs — x,-t = (f (ti) — (} (/;_,).
Apliquemos a fórmula dos acréscimos finitos dc Lagrangc
Axt = <f, (l,) — (t,-,) = <p’ (xf) (t, — ,) = <p* (r.) Atlf
— — H —i_ •
X ■ 2 ~ t ’
zi " 3 , U/ = 2, -/ = 1-
Calcula-sc, agora, o integral curvilíneo proposto com a ajuda da fórmula (4):
<\) 0
Ç x*dx-L-Szy*d!,-z*ydz-: J |(3/)*-3 i 3 í(2 l)1-2—
(.«> I
0
— (3 f)* - 2 M l< ff^ £ 87/3 d t « - -4- .
i
Exemplo — Calcular o integral curvilíneo para o par de funções 6x2y,
10xy1 sobrc a curva plana >• = x3 entre os pontos A/ ( l , I) e N (2, 8) (fig 330).
Resolução — Para calcular o integral
proposto
( .V )
- -lOxy2 dy
u ‘x = 3r2.
Por conseguinte,
<'Y> 2
ttx*y< íx-f lOxyt d y - f (6 i* x 3 -1 |0 x x*-3 xs ] dz
Í ) ^ l
y = yi (*),
y = y% (*)»
ò b
s = S y i ( * ) d x — J i/i(*)rfr.
a a
S=$xdy. (6)
m»
Juntando membro a membro (5) e (6) e dividindo por 2. obtém-se
ainda uma fórmula para calcular a área 5:
S = \ ^ x d y — ydx. (7 )
L
Exem plo — 3. C a lc u la r a áre a da e lip s e
1 = aco«f, y = b sen t.
R esolução — Dc acordo com a fórmula (7), encontra-se:
2a
S~ T 1 COíi 1b COá t — bscn t ( —a sen t)\dt — ,iab.
o
Notemos que a fórmula (7) bem como as fórmulas (5) e (6)
se aplicam também para a área de domínios cujas fronteiras são
cortadas pelas paralelas aos eixos de coordenadas em mais de dois
pontos (fig. 333). Para o demonstrar, partamos o domínio dado
(fig. 333) em dois domínios regulares por meio da curva /*. A fór-
mulH (7) é verdSOeira para cada um deles. Juntando membro a mem
bro. obtém-se no primeiro membro a área do domínio dado e no
segundo o integral curvilíneo (precedido do coeficiente H ) estendido
a toda a fronteira, dado que o integral sobre a linha dc divisão /*
é tomada duas vezes, no sentido directo e no sentido inverso, e
anula-se. portanto.
2. Trabalho duma força variável / ’ sobre um caminho curvi-
lineo L — Indicamos no comcço do § 1, que o trabalho de uma
força/•’ = X (x, y. z) i i- Y (x, y, z ) j Z (x, y, z) k ao longo duma
curva L = M N era igual ao integral curvilíneo:
<iY>
>1 ^ J X (x , y. z)dx + Y (x, y, 2)d «/- fZ (x , y, z)dz.
(M)
Tomemos um exemplo concreto do cálculo do trabalho dc uma
força.
Exemplo — 4. Calcular o trabalho A da força de gravidade F que desloca
uma masa m do ponto M\ (« j, fcj, cj) ao ponto 2. c2) ao longo do
caminho arbitrário L (fig. 334).
d X (x ' y )dxdy.
í !
o Ôy
1 em-se:
k ¥ *(* ) *: . .
dx —
Vt(x>
l) a yt(x)
b
jA '(x . y2(x))dx
a
é numèricamente igual ao integral curvilíneo
5 X (x , y)dx,
(AÍP.V)
ao longo da curva M PN de equações paramétricas
x = x, y = y2(x),
sendo x o parâmetro.
Então, tem-se
\ X ^ ^ d x '- j X (x ,y )d x . (4)
O MPN A/Ç/V
Ora.
J A' (x, y) dx = — J X (x, y) dx
MQN NQ Af
W ^ i djCdy=
t) '
í
MpN
X(x, y ) d x + f
j\g M
X(x, y) ck:.
= j x ( * . y)dx, (5)
/•> l.
onde L indica que o contorno fechado L é percorrido no sentido
dos ponteiros dum relógio.
Se uma parte da fronteira é constituída por um segmento /s
paralelo ao eixo Oy. tem-se \X ( j, y) dx = 0 e a igualdade (5)
h
permanece verdadeira.
Do mesmo modo se encontra:
i> t.
Se se percorrer o contorno L no sentido inverso dos ponteiros
de um relógio, tem-se (*)
D L
É a fórmula de Green (matemático inglês. 1793-1841) (**).
isto é.
í Xdx+ Ydy- J X d x + Y d y = 0.
M PN MQN
ÔX dY
\\(^~t)dxdy=\Xdx+Ydy
D L
í Xdx-\- Y dy = 0.
L
J X dx -f- >' dy = 0 ,
L
mas que a condição (3) não tem lugar, isto é. que
dx Oy
se verificaria apenas um único ponto. Seja. por exemplo, num ponto
P(X0. >o)
Í I _ ^ L > 0.
Ox dy
^ 1 - ^ = 0
dx ày
y) _ ó X (r, y)
dx ây
X dx -f- Y dy = du (x, y)
com
X ( * . y ) = d£ , » .v ) = g-
Mas. então, o vector
* ■ - « + » * - t ‘ +%J
<JV)
. f du da
í= J £ * + * *
(M)
Para calcular este integral, escrevamos as equações paramétricas
da curva L que reúne M e N:
x = < p (0 , y = >p(t).
J l dx dt du dt
ày J
•o
2n _____
\a cos / \/a'^-\-b^ d t ______
5____________________ ò*-ü
= Ü .
“ y .T F B *
Ô
Duma maneira análoga yc = 0,
2n ___________________ _
[ bt V a - ie n * t-i-a* cos* t-\-b-dt ______
b 6 - 2 n 2 " l / a ^ - f 6a ,
2C—----------- .. a ................... —= Jlt>.
2.1 j / o M - P 2.t |/<*a -{ 62
Tera-se, entáo, para coordenadas do • centro dc gravidade duma espira
da hélice
xc — Ot !/c ~ Zc — íib,
§ 5. Integrais de superfície
J J F n do.
V
Então, por definição (*), tem-se
li m 2 *'tnitoi = 5 5 Fn do. (2)
d la m A r ij-►<> o
J J Zcos(n, z)do.
a
Suponhamos a superfície <r tal que aualquer recta paralela ao
eixo Oz o corta num só ponto. A equação de superfície pode ser
posta, então, sob a forma
2 = f(x, y).
Designando por D a projecção da superfície a sobre o plano Oxy.
tem-se (em virtude da definição dos integrais de superfície):
n
= lim 2 Z(xfl yit Zj)cos (wf-, 2)A<J;.
dJam Aoi—o / —l
= -BT ■
a o
Mas o último integral é igual à área o da esfera. Com efeito, o produto
n
escalar r n é constantemente igual à unidade e fica
da — o.
ke ke . ... . ,
_ o= _ ./inU2= 4n*í.
ÊL
dx
+(í)
cos(fl, x)
V i+ü )
_ àj_
ày (D
cos (n, y)
cos (n, z)
y)) dx, (3 )
y, i)<£r = - ^ ^ - d x d y - ^ ^ - ^ - d x d y . (5)
D o
(6)
ffw v .A d ^ ffw L S L .o .,,,
J J dz dy J J dz dy
- Transformemos o último integral aplicando as fórmulas (1) do
presente parágrafo; calculando o quociente da igualdade ( 1) pela
terceira, encontra-se:
cos (n, y) _ _ df
cos(n, z) dy
ou
ÍÍ5*-**—íí
D O
dX
dz
.
+
ííf cos(w, y)do.
! Y (x, yt z) dy
ííi dY
---cos
dz
, , x)^H----
(n . dV cos (n,
dx
/ z)x da, (8')
, ( dZ dY \ , Id X dZ\ J ,
+ ~1 7 ) cos (rt* x)+ l i r “ i r ) cos (n-y). (9)
Ê a fórmula de Stokes (matemático inglês (1819-1903)). Ela permite
transformar um integral de superfície a num integral curvilíneo tomado
sobre a fronteira A desta superfície, sendo o sentido de percurso da
fronteira o especificado mais acima.
O vector \B de componentes
p dZ dY . D dX ÔZ D ÔY dX
tSx -3 9 -- — —— — J £JZ — --- — —
dy dz dz . dx dx dy
i L _ ü =0, i £ _ i L = o. ü _ ü = o , oo,
dx dy dy dz dz dx
o integral curvilíneo é nulo sobre qualquer curva empenada fechada A:
[ X d x + Y d y + Z dz = 0. d l)
X dx -f Y dy -f Z dz = du (x, y, z)
e, po r conseguinte.
(.v) (N)
J Xdx-\- Y d y + Z dz = J du = u ( N ) - u { M ) .
<Af> <M>
Demonstra-se-lo tal c o m o para a fó rm u la correspondente no
caso de u m a fu n ç ã o de duas variáveis (ver § 4).
m \ d (*>* + * i + v l ) = X d x + Y d y + Zdx.
Fiç. 341
d ^ trn • j =■X dx-^-Y dy-\- Z dz.
/1 = U — u (A / j),
-íí! d ?(X -
dz
2) dx dy dz.
Integremos, em primeiro lugar, sobre os z:
íí! d Z (Z '
dz
^ dxdydi =
ííí dZ{x, y, z)
dz
dxdy dz =
í\í
v
^ ^^ ~ íi
o
Z ^ C° S ^ d°
í í í ~ ~ o ~ dydz == j x y * z}c o s x ) d a -
V o
JJHS+
V
F = X i + Y j + Zk
e escreve-se div /•’ :
dX . â Y . dz
d iv /• = ---- h
dx dy dz
Indiquemos que esta fórmula é verdadeira para todo o domínio
podendo ser dividida cm domínios parciais que satisfaçam às condições
mencionadas no começo deste parágrafo.
Vamos dar uma interpretação hidrodinâmica da fórmula estabe
lecida.
Suponhamos que F = X i - Y j + Z k é o valor velocidade dum
fluído que atravessa o domínio V. O integral de superfície em (2) é.
então, o inteeral da projecção de F sobre a normal exterior n \
onde a quantidade dc fluído saído do volume V durante a unidade
J J J div F d u s= J J F n ds (!')
V a
_ .du , . d u . . du Í0X
V u- i ô i + J õ i + k 3 z' (2)
o sinal V lê-se «nabla».
1 . É cômodo escrever sobre uma forma simbólica a igualdade (2):
= + + (2')
\ ox dy dz)
e de considerar o símbolo
* = i dx
T + J dy
r + k dz
T <3>
VX * = (11 + * £ ) X (/X + J Y + kZ ) =
i J k
d_ d_ I- í
d_ d_
d_ d_ d_ dx dy
= i dy dz _ j ; dx dz
+ *
dx dy dz
Y Z \X Z X Y
X Y z
dz OY
ày dz / V dx dz ) V dx dy )
= _ iL U ) + * ( jíL _
rot F
\dy Oz J V dz dx J \dx dy J
rot F = 0 .
Obtemos, assim:
rot (grad u) — 0 (7 )
A ÔZ ÕY\ , Jd X â Z \ , , m( â Y dX\
e. eis porque.
dZ d í dx dZ\
ày dz ) dy \ dz dx )
(d Y
dX \
)- a
\ dx dy 1
A igualdade (8) escrever-se-á com a ajuda do operador V:
V (V x f*) = 0. (8;
O primeiro membro desta igualdade pode ser considerado como
o produto misto vectorial escalar dos três vectores V. V. F de que
dois são idênticos. Este produto é. evidentemente, igual a zero.
6. Seja dado um campo escalar u = u(x, y, z)- Definamos o
campo dos gradientes:
.d u .du du
g rtá „ =
Achamos, em seguida.
div (grad u) = i - A ( ^ )
dx \dx) dy \dy) dz\ dz /
ou
A ' / a \ â tu d \i .y .
d ,v ( ,r a d ü ) = — + — + — . (9)
Au= ^ + S + (iü)
da? dy " dz"
Exercícios
Calcular os integrais curvilíneos seguintes:
3a/a 3
y — í '_|.|3 ' • Recp. y a1 (o dobro da área limitada pela curva).
Resp. 2r : /» - £ - .
13. Demonstrar que d iv (/I + £ ) - d iv . l - f d iv B .
W . Calcular div r , oíi r - x t + y j + z k . Resp. 3.
ló . Calcular d iv (.l<f). onde A é uma tunção vectorial e ç uma funçSo escalar
Resp. q d iv A -f (grad (pA).
16. Calcular div (r-c), onde c é um vector constante. Resp. .
22. Mostrar que l|* j cos (n, z) d a = 0 sobre uma superfície fechada.
27. Calcular ^ ^ \x cos (nx) -{-[/ cos (ny) z cos (n:)J da :sobre uma superfície.,
-h.V2 + ;2 = f t 2- R e s P-
k
Achar os integrais curvilíneos directamente e aplicando a fórmula de
Stokes:
S V
40
n
x- dy dx-f yi dz dx-f-»2 dxdy, onde S i a superfície do cone —
a2 6a
*S
_ “7 = ° ( 0 Resp.
D C
Fazendo X — — ■, Y = — , obtém-se:
iíffi+S)
ou
D C
õ'U d£u
A expressão chama-se operador de Laplace.
JJJ
Ij' (vAu — uòku)dxdy d» — l|* j ^ y .£ iL _ u da,
Resolução — Na fórmula
Jjifê+SW?)***-
■■ ^ ^ [X cos (n , x)-}-Y cos {n, y) + Z cos (n , z)| dò
o
façamos
X =*VUx— uvx,
Y = VUy— UVy,
Z wmVUi — UVx.
Tem-sc
d X . dY , dZ - , . , .
"i ™ v ( w* * + u iiv T " »*?*) — « ( v x x - r *> y y -f- l’:x) = l ' A u — uáv,
= v (u* COS (n, x) -f uv COS (n, y)-f uz cos (n, ;))— u (v.[ cos (n, x) -(-
i ' / x• * .. du dv
+ V y cos (n, y)-ri>, cos (n, s)) = t; — u — .
dn dn
Por conseguinte,
j j j (vAu uAr) [v ^- u ^d o .
v a
44. Estabelecer a identidade
^ Au d x d yd z = (j* 4^- d a ,
1
r V ( x — x ,)2 + (y — j/|)2 + (s — *j)2
Confirmamos dircctamentc, derivando c substituindo, que 4- +
Õxi dy-
d^v .
4- -r-T-= 0. Por conseguinte,
oz*
o+o
ou
a o
Por conseguinte,
•(I) •(!)
mas
1
àn dr r*
Logo
+ J j u y r* ’- j j u± da-0
? Õ
n ui°=-&n <i>
ou
? 5
Apliquemos o teorema da média ao integral da esquerda:
onde (ç, t}, £) é um ponio sobre a superfície da esfera de raio p e dc
centro no ponto M (xlt j/,, 2j).
Façamos tender p para zero: então, (|, t), Ç) -► u (xlt yit z{) :
-L f f d o - ^ - A a .
Ps J J p-
0
Logo, quando p -* 0, obtém-se:
Além disso, dado que o primeiro membro da igualdade (1) não depende
de p, quando p - »0 , obtém-se, por fim:
n
ou
S É R IE S
s2 = u l “f- W2,
S3 = Ul + UH +
s = lim sn,
n-*oo
• Diz-se que uma sucessão é dada quando se conhece a lei que permite
calcular qualquer lermo u„, uma vez dado n.
Exemplos — Consideremos a série
a + aq + aq"i+...+<*?"-»-f-... (2>
ê uma progressão geométrica dc primeiro termo a e de razão q (a ^ 0).
A soma dos n primeiros termos da progressão geométrica (quando q = £ l )
é igual a
_ a — aqn
sn 1— q
ou
aqT
$n —
1 — <? 1 — <7 *
n-*- oo, isto é, que lim não existe. Assim, quando q > I. a série (2)
n-*<»
diverge.
3. S; q — I, a série (2) escreve-se
n . . a T a - a - f. . .
Por conseguinte
ai 4~ <*24- • • • (5)
e
4- ^2 4- • • • • (6)
On — (<*i 4 " ^ i) + • •• + (a n + b n) =
1-080 rlim u n — n
0,
n-* »
c. q. d.
Corolário — Se o termo geral un duma série não tende para zero
quando /i-»cc, a série diverge.
Exemplo — A série
■
3i ’ 1 T 5 7 ^ 2n + \ ^
diverge, porque
O z*-
Notemos que o crilério examinado dá uma condição necessária,
mas não suficiente, isto é, que uma série pode bem divergir mesmo
que o seu termo dc ordem n tenda para zero.
Assim, a série seguinte, dita harmônica
1 + y + j + | + j + ^ - + y + g -+
1 + T + I + T + S‘ + í + TT+ 3' +
w
Calculemos as somas parciais da série (2) para os valores n iguais
a 2\ 2a. 2\ 2». 2*:
H — 1 -r 2“ = 1 + 1 , '2 *«
» . - i + i + ( l + t ) = i + l + y = i + 24 -
s»= 1+ J + ( t + 1 ) + ( f + S"1- F + f ) = 1+ 34 '
*» = 1+ !> + ( { + { ) + ( - § - + - + g - ) +
+ (r ô + -+iTi) = 1+ 4T ’
8 te rm o s
*a=1+y+(f+f)+(!-+■
•■
+f)+
+ (h +■■■+íè) + ( 4 + ■• • + à) = 1 + 54
N- — . ________ ' _______ ._______
!
8 Irr rn o s 16 te r m o *
1
calcula-se, do mesmo modo. í m = 1 + G — , % = 1 7- — e, em
geral, ^ = 1 ~ *.A .
Por conseguinte, as somas parciais da série (2) podem ser supe
riores a qualquer número positivo, tazendo k suficientemente grande,
islo é. que
lim s f — oo,
n-*°°
lim = oo,
n-*oo
isto é, que a série harmônica ( 1) diverge.
ui 4* w2 4" u3 4- • • • 4- un 4- • • -i (1)
4- ^2 4" r3 4“ • • • + ^r» 4- • • • (2)
lim sn = s,
n -*oo
c. evidentemente.
soma é
I
1 J . . A série proposta converge e a sua soma é menor que \L .
1
Un > V «, (5)
e se a série (2) diverge, a série ( 1) diverge igualmente.
Demonstração — Resulta da condição (5) que
sn > o n. (G)
Como os termos da série (2) são positivos, a sua soma parcial <?n
cresce com n, e como diverge
lim a n = oo.
n—«>
Mas, então, em virtude da desigualdade (6).
lim sn =s oo.
a série ( 1 ) diverge.
, + T +T + — +T + — '
qu? como •>; sabe diverg.*.
§ 4. Regra de Alembert
Teorema (regra de Alembert) — Se numa série de termos positivos
u i *+• “ 2 + u 3 + • • • - f u n + • • • (1 )
lim!Íí±! = /, (2)
n"*°° «n
çjL
-ü-
t jíií/? I
u*
Fig. 312
u .v+i < g w .v ,
LI l-f
Fig. 343
(fig. 343). ou > un para todos os n > N. Mas isso dizer que os
termos da série crescem a partir do índice N -f 1 . logo o termo
geral não tende para zero. A série diverge
E x e m p lo — 1. Estudar a natureza da série
‘ T 1-2
1.1 1-2-3 11 ’ ’ * * 1-2 n
R esolução — Tem-sc
I 1 _________1_________1 .
W/l 1>2*... */i n! ’ +1 = 1•2*... •n (n 4-1) ( « K l ) ! ’
»/>^i ___«J__ ____ 1
(/. 4-1)! n+ 1 *
Por conseguinte.
A série converge.
2 , 22 , 25 , . 2»
T 4" 2 -+ T 4--'--r ' ^ r 4‘ '-'
R eso lu ção — Aqui, tem-se
1 + 4 + 4 + ...+ Í + ...
lim ~ ^ 1± L = lim
n .oo “n n-»oo n + 1
A reera d’ Alembert nada dá. Mas node-se demonstrar que esta série
converge por outras consideraçOes. Com efeito,
1___ ± ____ i__
n(/i-f-l) n n-f-1 ’
e pode-se recopiar a série dada sob a forma
sn «■!• ‘
Por conseguinte, "+1 '
lim *„ = lim ( l — — i — ] = l.
«-♦oo n-»oo \ "T * /
| ^ — ! | < f — I:
Dai resulta que
? <q
ou melhor
u» < q n
para todos os n > N.
Consideremos, agora, as duas séries:
ç* 4 - ç N + i 4 - q " + i 4- • • • ( O
V un > 1
o h melhor
u„ > 1 .
A série diverge, evidentemente.
Exem plo — Estudar a convergência da série
lim V u n = l — 1
n-*“>
exige um estudo particular. A série pode, então, tanto convergir como
divergir. Assim, para a série harmônica (que, como se sabe, diverge)
VT -«/T
Assim, Log 1/ — ^ 0 * mas. então. 1 / — -► 1, isto é, que
lim =
n-*oo « ti
para a qual
— + + + -- ------f . . .
1-2 2-3 n (" + l)
(ver exemplo 5. § 4).
§ 6. Comparação com um integral
Teorema — Seja a série de termos positivos não crescente
Uj -f- + Kj + • • • + u» + • • •» (1)
isto é,
*n + l — « 1 < í f(x)dx,
1
donde n+1
* n + i < í /(x)dx-f-u,. (4 )
í
lim
n- *eo
a série converge.
2. Suponhamos cm seguida que J / (x) dx = oo.Tal q**er dizer
n+i 1
que J / (j) dx cresce indefinidamente com n. Mas. então, em virtude
i
da desigualdade (3). sn cresce também indefinidamente com rt, ieio é.
a série diverge.
O teorema, está pois, completamente demonstrado.
*2m > 0
e cresce com m.
Recopiemos. agora, esta soma sob a forma
*2m = Wl — («2 — W3) - (« 4 — Ma) — . . .
. . . — (“ 2m - 2 — W 2m -l) — U í m .
“2
Fig. 346
= - W4, S j = Í4 + «Si
e assim sucessivamente.
Os pontos que representam as somas parciais tendem para um
ponto s que representa a soma da série. As somas parciais pares
encontram-se à esquerda dc s, as somas parciais ímpares à direita de s.
Nota — 2. Se uma série alternada satisfaz à condição do teorema
de Leibniz, não é difícil avaliar o erro cometido quando se substituir
a sua soma s por uma soma parcial s„.Isto eqüivale a desprezar todos
os termos a partir de «n+i* Mas estes termos formam uma série
alternada cuja soma é. em valor absoluto, inferior ao primeiro termo
desprezado (iin+i). Por conseguinte, o erro cometido quando se substi
tui s por sn não ultrapassa em valor absoluto o primeiro termo des
prezado.
1
i - T1 +1T - T1+ - -
converge porque
* .= i- T + - r- T + - + < - ‘>nt4
difere da soma a da série por uma quantidade inferior a —í— .
1
Exemplo — 2. A série
\___L + J — L _l
2! 3! 4! 1 •* '
(D
é tal que a série formada com os valores absolutos dos seus termos
I u i I + I I 4 " • - • 4 * I w n I 4 " • • • (2 )
+ + + (5)
A série (5) converge (ver § 6). Os termos da série (4) nâo s io superiores
aos termos da série (5); logo (4) também converge. Resulta do teorema
demonstrado que a série (3) converge também.
co s— c o ? 3 - j- c o s 5 - j- co# (2 a — 1) —
3 > p 33 I* • • • 4 jjn f •• • (♦>)
M i + « 2 + «3 4 * — 4 " M #» 4 * • • • (1 )
1 -I 1 1
T +T “ T
é semi-convergente, porque a série dos valores absolutos é a série harmônica
,+ T +T + T + " '
qus diverge. A série harmônica alternada converge, como resulta do critério
dc Leibniz.
Exemplo — 4. A série
1 + ‘é ' + i r + 4 + -”
converge, como ficou estabelecido no § 4.
1 2" " ^ T “ T + ’ ” ®
n3o converge absolutamente. Seja s a sua soma. Tem-se, evidentemente, s > 0.
Reagrupemos os termos de (8) de modo que um termo positivo seja seguido
de dois termos negativos:
A i A A A
. (9)
Mostremos que a série obtida converge, mas que a sua soma / é duas
vezes menor que a soma da série (8), isto é, que é igual a -L s. Sejam t n e
as somas parciais das séries (8) e (9). Consideremos a soma dos 3k termos
da série (9):
- (- H 4 - )+ (4 - ± )+ - + tò - :A - )-
- * [ (‘- 4 )+ (* - t )+ - + (» h - * )] -
1 / 1 ,1 1 , 1 1 1
2 V 2 3 4 + 2fc — 1 2k ) 2 >Vt''
Por conseguinte, j I
lim *3A= lim — «o* =-«,-*•
fl-*C© * *
Depois / 1 \ 1
Ura , 3, , 2= U m ( » , * + ^ - 5^ ) *•
Logo, o b té m - s e
lim sn = s ' = 4 r * .
n-*co -
Vê-se que a soma da série mudou após rcagrupamento dos seus termos
(diminuiu de metade).
§ 9. Séries de funções
Chama-se série de junções a ioda a série na qual o termo geral
é uma função duma variável x.
Consideremos a série de funções
1 1 +x-f x2-|-r3+ ..
1 —x
Designemos por sn (x) a soma dos n primeiros termos da série (1),
se esta série converge e se a sua soma é s (x). então,
o que mostra que o resto r„ (x) duma série convergente tende para
zero quando n -» oo.
a l 4 “ C *2 4 " a 3 4~ • * • 4 " a n 4 ” • • • (2 )
é majorável sobrc todo o eixo Ox. Com efeito, tem-se para todos os
vaiores de x a relação
cos nx
< - i (« = 1 , 2 , . . . ) ,
n2
7 + 7 + F + ...
converge.
Resulta imediatamente da definição que uma série majorável
num certo domínio é absolutamente convergente em todos os pontos
desse domínio (ver § 8). Além disso, numa série majorável goza da
importante propriedade seguinte.
Teorema — Suponhamos que a série de funções
M1 (-T) + W2 (*) + -• -+ «„ (*) + . . .
é majorável sobre o segmento [íí. h]. Sejam s (.v) a soma desta série.
a soma dos seus n primeiros termos. Então, corresponde a
qualquer c > 0 arbitrariamente pequeno um número N tal que para
todos os « > /V
\s{x) — s„ (* )| < P .
! * ( * ) “ sn ( * ) | < e
qualquer que seja x sobre o segmento [a. 6].
Resulta do teorema demonstrado que uma série majorável é
uniformemente convergente.
Se X < 0 |
isto é.
|As |< e . visto que |Ax |< 6 ,
o que prova que s (*) é uma função continua no ponto x (e. portanto,
em qualquer ponto do segmento [a, />J).
Nota — Resulta do teorema demonstrado que sc a soma duma
série e descontínua sobre um segmento dado [a. ò], a série não pode
ser majorada sobrè esse segmento. Assim,, a série estudada como
exemplo não pode ser majorada sobre todo o segmento que contém
o ponto x = 0 no qual a série é descontínua.
Notemos, por fim, que o recíproco não é verdadeiro; existem
séries não majoráveis sobre um segmento mas que convcrgcm sobre
esse segmento para uma função continua. Em especial, qualquer série
uniformemente convergente sobre o segmento [u. b] (mesmo sc não
for majorávcl) tem por soma uma função continua (sc. bem entendido
todos os seus termos fòrcm contínuos).
a a a a
= ± e „ ( x - a ) < e r, ( 6 - a ) .
Como e„ -*■0, tem-se
X
lim 5 rn (x)dx = 0 .
n-*oo a
Mas. deduz-se de (2)
Por conseguinte,
OU
] F(z)dx = s{x)-s(a).
Derivando em relação a x, os dois membros desta igualdade,
obtém-se
F ( z ) = s (x ).
I <»oI + I a\
xo I
x
*0
X
*0 r
• • • + I anx0 I (2 )
*0
a série converge
Fig. 349
+ 1 “ i 11 * I4 + • ■• + 1 a n 11 * I” + ■• • (4)
.* ,> 1
Por conseguinte, a série (1) converge absolutamente para| x |< T *
\ u
Sc |x |> -=-, lim = |x | L > 1, e a série (4) diverge, o seu
Lj n-»ao un
termo geral não tende para zero (*).
Mas, então, o termo geral da série inteira (1) não tende mais
para zero. o que significa, em virtude do critério dc convergência
necessário, que esta série inteira diverge | quando |x | > — ) -
R — — = lim
L n— «n +l
1
R =
lim
H í + i H * 3+ - + * n + -
R esolução — Aplicando a regra d ‘Alembert, obtém-se
xn+l
Um
n--x» I x"
(2í)n+*
lim
rt-M = lim 2x 2 * 1-
(^)n n-»oo
n
ponto x= —
1 e diverge no ponto
1
x — -- .
lim +1 lim
n -f-1 —0 < I.
lim
n-»oo U„ n- *oo n- »oo
a o "h a \x H- a 2x ~ ■ + • • • • “h a n x n ■+■••• (1 )
Intervalo de majoração
Fig. 350
-
-r cl 0 fi R
Fig. 351
-R -p 0 x p | R tz x,
Fig. 352
Tomemos um ponto £ tal que p < $ < R (fig. 352). A série (1)
converge neste ponto, logo lim a „ | n = 0 , e existe uma constante M
n-+co
tal que
\amt* \ < M (« = *. 2 . ...) •
Se x |< P, tem-se
71—1
|nanx* ' K l ^ p '1 i \
= ri\anl n 1 1 j -|
onde
7 = T < 1•
■
b
, im _ v ^ _ = í < i .
n-*« (n — 1 ) q
o*, -f a, (x — a) + a 2 ( * — + • • • + «n (* — «)" + • • •• (D
-R X R
*) — (----- ♦ ■f
'a-R _a'R
fl) a
Fig. 353
0 1 2 3 x
Fig. 35 í
^ + X« + A f » + ...+ X n + . . .
Esta série converge para — 1 < X < + 1. Logo, a série proposta converge
para x tais que — I < x — 2 < 1, isto é. para I < x < 3 fig. 354).
(D
lim f í n (j) = 0 .
t,—ec
n!
Resulta, do que antecede, que a série de Taylor representa a
função dada f (x). se e só se, lim R n (x) — 0. Se lim f ín (x) ^ 0,
n *oo n-*ao
a série não representa a função dada. se bem que possa convergir
(para uma outra função).
Se. na série de Taylor. se fizer a — 0. obtém-se num caso par
ticular desta série, chamada série de Maclnurin:
/(* > = /« » + ± r ( o +
1 2 ! ( , 0) +| . . . + 4n! ^ >(°) + • • • <3>
Se se escrever formalmente a série de Taylor duma dada função
e se se quiser certificar que ela representa cfectivamente esta função,
será preciso demonstrar que o resto tende para zero bem como ainda
comprovar, duma maneira ou doutra, que a série escrita converge
para a função dada.
Notemos que. para cada função elementar definida no § 8,
cap. I (t. 1). existe um a e um R tais que. no intervalo (a — R , a + R),
ela se desenvolve em série dc Taylor ou (se a = 0) dc Maclaurin.
sen * = * _ — + — + . . . + ( - l ) ’,+‘ ■
■ + ... (1)
3! 51 (2/; - 1 ) !
-<-S-Í(b),+h(b),-*(b)’+-
Limitando-nos aos dois primeiros termos, obtém-se a igualdade
seguinte aproximada:
o erro S é, em valor absoluto, inferior ao primeiro termo desprezado:
sen = 0,173647.
lo
x2 x4 x8
cosx = 1 ----- 1--------- b • --í (3)
2! 41 6! i
a série converge para todos os x c representa a função cos x.
+ J H L + M . + M . + . . . + M L + . . . {1)
1! 2! 31 n\ K'
Como í* — — 1 , i 3 = — t, i 4 = 1, i 6 = i, i*> = — 1, etc.,
obtém-se
^ = 1 + +
1! 2! 3! 4! 5!
V 21 41 / V I! 3! 5! /
/(■*) = (! + x )m,
sendo m uma constante arbitrária.
Como o cálculo do resto apresenta algumas dificuldades, proce
deremos doutro- modo para encontrar o desenvolvimento em série desta
função.
Tendo em conta que a função / (.r) = (1 -f x)m satisfaz à equação
diferencial
( !+ * ) / '( * ) = « / ( * ) (1 )
e à condição
f (0) = 1,
= m(1 - f a\
x 4- a2x14~ * • • 4 " anXu 4- • • •)•
Identificando os coeficientes das mesmas potências dc x dum
e doutro lado da igualdade, encontra-se:
a t = m ; ax 4- 2 a2 = m a t ; . . . ; nan - f {n 4- 1) = w an ; .. .
. ax(m — 1 ) m (ni. — 1 ) *
aQ= 1 ; = m; a2 = —— ---- = -------- -;
a >(m — 2) m (m — 1) (m — 2)
^
m (m — 1)... [m —n 4 - 1 ]
fln “ iJ2...n 1 '
£
Substituindo-os na fórmula-^2), obtém-se:
m (m — 1 )
.<? (x) = 1 - j- nix - f ...
1-2
, m (m — 1 ) . . . [m — (w — 1 )] n ,
1 .2 .../,
m (m — 1 ) . . . [m — n + 1 ]_„
un+1 — ; x •
n!
m (m — i ) . . . [m — n + 2] ,
(n - 1)!
“ n+l m (m — 1 ) . . . (m — n 4 - i) ( n — 1)!
lim lim
n-*<» n -*t» m (m — 1 ) . . . (m — n -+- 2)n!
m — « -j- 1
= lim x = x .
n—•«>
5 (0 ) = 1.
m (m - 1 ) (m — 2)j3
1-2-3
Em cpecial. sc m = — 1, tem-se
1
1 -f x
c 1
S e m = 2 '
Vi + i = i + — U L L * » + .. (5)
2 2-4 2-4-6 2-4-6-8
Se m = - i ,
_ _ !__ 1 - . 3 1 - 3 - 5 , 1 -3-5-7 t
V l+ í 2 2-4 2-4-6 2- 4- 6- 8X
2. Apliquemos o desenvolvimento do binômio ao desenvolvi
mento doutras funções. Desenvolvamos cm série de Maclaurin a função
‘ = 1 + l * . + i _ 3 x. +
2 2-4
2-4-6 2 - 4 - 6 . . . 2n
Em virtude do teorema sobre a integração das séries inteiras,
tem-se para |x |< I
f dx , 1 x3 , 1-3 , 1 -3-5 ,
l , = arc sen x = x -\
------ -------- ----------^ ..
j Ví -x2 2 3 2-4 5 2-4-0 7
1-3-5. . . ( 2 n - l ) j 2"*1
2 - 4 - 6 ...2 n 2/i + l
Esta série converge no intervalo ( — 1, 1). Poder-se-ia demonstrar
que a série converge igualmente quando x = ± 1 e que a soma cor
respondente a estes valores representa arc sen x. Então, fazendo x — 1,
obtém-se esta fórmula para calcular ir:
§ 20. Desenvolvimento da lunção log (1 -f- jr) em série inteira.
Cálculo de logaritmos
Integrando a igualdade (4) do § 19 dc 0 a x (com |x|< 1),
obtém-se:
X X
f = ( (1 — i + J 1 - x> + ...) d x
J 1 4- X J
o o
ou
L o k (1 - i ) = - í - y - y - . . . (2)
L og(l -f x) — Loj?(l — x) =
= Logí ± i = 2 [ * + ^ + |- + . . . ] .
(2/>4--r>)32p+5’
Como os números 2p + 3, 2p 4- 5. ... são superiores a 2p + 1.
aumentamos o valor de cada fracção quando substituímos estes números
por 2p + 1. Logo.
1 1
R P< 2
(2p + 1)32/>+i (2p -f l) 3 2p+3 '
1
+ +5
(~p -f 1)32p
ou
1 1
g2/>+l 1 \
j2P+3 1 g2p+5
2p + 1
1
Temos, entíe parentesis recto, uma série geométrica de razão .
y
A soma desta série é
32p+‘ 1
2 p + l 1 _ J_ (2p -{- 1)32i>_,4
9
Sc se quiser agora calcular log 2, por exemplo, a menos de
0,0000001. é preciso escolher p dc modo que se tenha /?p < 0,0000001.
Chega-se lá. tomando p de modo que o segundo membro da desi
gualdade (3) seja inferior a 0,0000001. Verifica-se que basta fazer p = 8.
Assim, a menos de 0.0000001. tem-se
L o g 2 « * = 2 [í L + ^ + J ? + J ? + J p + ÍJ^ n +
+ —L _ + — L J = 0,6931471.
13 •3 15-3 J
]e~ x'd x .
o
a_ _ a3 a6 _ a'
~ ~i 1! -3 2! -5 3! -7
Esta igualdade permite calcular o integral, qualquer que seja a.
com a aproximação desejada.
2. Seja calcular o integral
o
f d ,.
f sen j: a3 a5 a7
I cLr = a ----------------- -f-. . .
Jo z 31-3 51-5 71-7
É fácil dc calcular a soma desta série com a precisão desejada,
qualquer que seja a.
3. Calcular o integral elíptico
n
2
J V i — k2 sen2<pdy { k < i) .
o
Desenvolvamos a expressão sob o sina! soma em série de binômio,
com m = x = — k7 sen2 ? (ver fórmula (5). § 19):
í
*•
1 - 3 . . . ( 2 w — 1 ) 31
sen cn <ç-dy
2 - 4 ... 2 * 2
o
(ver § 6. cap. X I, t. I) c. por conseguinte.
n
2
\2-4/ 3 V2-4-6/ 5 “ ’ J*
e assim sucessivamente.
Substituamos os valores das derivadas encontradas na igualdade (3).
Esta série representa a solução da equação proposta para os valores
dc x para os quais ela converge.
Exemplo — Encontrar a soluçSo da equação
/ - —***,
que satisfaz as condiçõcs iniciais
(v ) * - 0 — t . ( t f ') x = o = “ 0 .
Resolução — Tem-se:
/(0 ) = y„“ l ; / '( 0 ) = y i- 0 .
/*+*>= * (* — !) *•»-*>.
Fazendo x = 0, obtém-se:
3) (/»— 2)
Donde
rfV- - l- 2 . yòí>= —5*6yJv = ( — l)a <1*2) (5-6)*
j,>*= - 9 - 1 0 > = ( - 1)» (1-2) (5-6) (9-10),
rf*- (- < )* (1*2) (5-6) (9-10)... í<4*-3) (4Je—2)J-
*«•> = 0, j # 0» = 0, . . . , y^+ *» = 0,
* ‘« - 0 , yôn> = 0 ..........*;«*♦»>-0.
y = t - ^ 1.2 + ^ ( l* 2 ) ( 5 .6 ) - * ^ ( t .2 ) (5.6)(9. «» + . . .
Verifica-se, por meio da regra d’Alembcrt que esta série converge para
todos os valores de x. logo ela é soluçSo da equaçSo difrencial.
y = a0 atx + + . . . + anxn -f . . .
Resolução — Façamos
y • a0 -f a,x-f- a 2 x* -f a3x»-f . . . anxn + . . .
2^2 = 0, donde a2 = 0
3-2^3 = 2 4 ^ * donde <23= !
-i-3a4= 4fl2 4 -4<J2, donde a 4= 0
2 -1
„ 2*1 1 . * 2
1 . l
í5 T "JT ' 07— r = 3T* r ;
1
<*— !) ! 1
« 2A + 1 - “ * | ’•
a4= 0 ; «8 = 0 ; G2A= 0.
Substituindo os coeficientes encontrados, emeontra-se a equação procurada
,* * * * . *7 _i_ 1 *****
i)- í+ - r + - 2r + j T + . . . + T r + “ ’
A série obtida converge qualquer que seja x.
Notemos que a solução particular encontrada se exprime por meio das
funções elementares; com efeito, se se puser x em factor, obtém-se o desen
volvimento da função í* 1. Logo,
y^xe**.
y= «***• <2>
A -0
É lícito tomar Oo diferente de zero, dado que o expoente r é
indeterminado.
Recopiemos a expressão (2) sob a forma
+A
! / ' = Ê (r + A W +*-*;
IH-A- 2
í/ '= s (r + A) (r 4 * — 1) akX
A=0
*= S (r + fc)(r + * - l ) « t*r+*-2 +
A— 0
V+l 1
2 •4 • 6 . . . 2v (2p + 2) (2p + 4 ) . . . (2p + 2v)
^ *4
2 (2p 4- 2) 2.4(2p + 2)(2p + 4)
(5)
2 •4 • t>(2p -f- 2) (2p + 4)(2p + 6)
Todos os coeficientes a 2v são determinados porque, por todo o k,
o coeficiente de na equação (3)
. z {ri + k ? - P2
nao é nulo.
Assim. >>! é uma solução particular da equação (1).
Procuremos, agora, em que condições todos os coeficientes ah
são determinados quando se considera a segunda raiz r7 = — p. Para
isso, é preciso que seja verificada a desigualdade seguinte para todo k
positivo e par:
(r» + * f - p V 0 (6)
r2 + k ^ p .
Ora, p = rIt por conseguinte.
rt - r 2^ k ,
sendo k um inteiro par positivo. Mas
rt = p , rt = ~ p ,
por conseguinte,
— r2=s Ip .
y2 = x M l ------ ------- 1-
' 2 ( — 2p + 2) 2 - 4 (- 2 p + 2 ) ( - 2 p + 4)
— --------------- + . . . ] . (5')
2-4-6(— 2p + 2 ) ( — 2p + 4 ) ( - 2p + 6) J
x'
2-3 2-4-3.5 2-4.6 3.5-7
Vx 3! 5! 7!
J (x) = \ — sen x
A nx
2
J , (x )= y — cos x.
2 JIX
u == j (x) 4- j (x)
2 ~J
Suponhamos, agora, que p é um número inteiro positivo que
designaremos por n (n > 0). A solução (5) tem. então, um sentido e
representa uma primeira solução particular da equação (1). Mas a
solução (50 nada representa, porque certos donominadores do desenvol
vimento se anulam.
Para p = n inteiro positivo, toma-se por função dc Bcsscl J„
a série (5) multiplicada pelo factor —— (quando n = 0, toma-sc o
2"rt!
factor 1):
x2
2(2« + 2) 2-4(2/i + 2)(2«H-4)
(w-f-v)i
V^o
Demonstra-se que é preciso procurar neste caso uma segunda
solução particular sob a forma
v =0
, t í X V ____
(2 ! ) * > * ? * (3 !)* V 2 *
Utilizando esta solução, pode-se escrever a solução que satisfaz às
condições iniciais dadas, a saber:
y = 2 J 0 (x).
8 . 2 4 - 4 + - . . 4- 4 *- .. Resp. Divergente.
ó o n
9. - í - 4 . —L — . . . f - 1 - -f . . . Resp. Divergente.
"7 o /1 • li
10
• T + ( 4 ) ‘ + ( T ) , -í- + ( s T i ) " ’ -f - R” p
‘ 7* “n = -1 2/ 1 + 3 * RCSP- ^ " ^ e n t e .
1
18. un _ t = _ , __— . R«sp. Divergente.
n Log n
19. Demonstrar a desigualdade 1 4--^- 4-4*4" • • • 4“” ^ " ^
2 o *•
^ 1 • 1 a- 1
20. O teorema de Leibniz é aplicável à série
_ J ________ 1__ , ____ L _ _____ 1___ l. 4____ L _ _____ ! _ + .
V 2 -1 1 / 2 -r 1 ' 1 / 3 - 1 1/34-1 V «- Í VS4-1
Resp. Nfio é aplicável, dado que os termos da série n5o decrcscem monò-
tonamente cm valores absolutos. A série diverge.
Quantos termos é preciso tomar nas séries seguintes para ter a soma a
m ennc ^
22.
1 1 1
1 |
Rcsp. n = 10*.
V
3 1 4 5
23.
1 1 1 1
2* V 42 5 *
1 1 1
Rcsp. n = 10.
2 2-3 1 2-3-4 2 -, •4-5
| + . .. 4 +
Resp. Convergência absoluta.
Resp. Scmi-convcrgcnte.
“ ■ - 1 + T 7 f - w + - r f + ; " (- , , " - è + -
Resp. Semi-convergente.-
Encontrar a soma da série:
oo 1 , 1 , 1 1
“ • r 2^ + 2 ^4+ - - - 'i »<» + l)(» + 2) + "-
Para que valores de x as séries seguintes convergem?
__ X X® xn
3j . --- -j* - — ) • ... ---- ——. -f-. . . Resp. —-1 ^ x < 1.
1 - fV l 2 + 1 /5 n+ y í
2f‘ 3'‘ nfc
36‘ x + T T i a + T T ;r3 ^” ' ' ‘ ^” n T ; r n + ' “ Rcsp — 00 < * < °° -
x*-|-x»-f * « + . . .
*3 + x < + .. .
1 * « + ...
..............................Resp- t t V ■
Dizer se as séries seguintes são majorávcis • sobre os segmentos indicados:
x z® xn
41. • • • • • • (0 < £ * - ^ l). Resp. NSo majorável.
R e*p
1 , 4*. 1
51. Desenvolver t* em série de potências de (x + 2).
\n-i f z __ 2L\an 1
+ 2 <-»)" (2, - D I < ! « ' < ” >•
nral
53. Desenvolver
1
— em série de potências de (x + 1). Resp.
00 ("t OX
x n=0
X (x-f- l) n ( — 2 < x < 0). 1^8
x ( ‘ ~ T ) + * ( - í ) , + ...
Escrever os quatro primeiros termos do desenvolvimento em série inteira
das seguintes funções:
5 7 * ^ ^ ,+* + 4 + 4 - ^ +-
58. Log < !+ ,* ) . Rép. L og2 + y - — . + - ^ - + . . .
nÍD
Rép.
(**>3 4.— (**)*
* * --------—
(*x)» ,
T [ ----------- T T + - -
jl i* x*
Resp. x ---- + ----T + . . . ( - 1 < x < 1 ) .
68. s e n h x. R c s p .x - f -
Xa ,
—y-f--êT+ •• •
X» (— 50 < * < °°).
u 51
x2 X*
2 ! •' 4 ! '
u?
1 í — l ) n (2x)a'*
/O. cos- x. Resp. 1+ -- y 1 -- ( — oc < x < oo).
n«l
V _L ü i v «* v i
/!> 6 ' Zj n« 12 * Z j (2/1 — 1)* 8 ’
«-=1 n=» I n. i
que serio estabelecidas no § 2 do cap. XV II.
* V - M i ( ** — y = 0.
quando n — — e n = 0.
SCO X
iniciais: y = 1, y' = 1 para x = 0. Resp. — -— .
xi
127. y' = sen y — sen x\ para * — 0, y *■0. R c s p .-- -----g---. . .
1 1
130. / ■ * * - y2 \ Para x = 0, y = 0 . Rcsp. -g- y f y *7 + '7 . | l l * ~, , ‘
X3 X* X*
131. y ' = X*|/*— 1 ; para x - 0 , v « = l. R « P 1— ■*+ - 3 ----
x* 2x* : 1 1 x«
132. y ’ = eV + xy-, para x — 0. y = 0. Rcsp. x -f — H— 3- + ‘ 2 . 3.4 + • • •
Capitulo XVII
SÉRIES DE FOURIEK
(•O
+■ I a i i •+* I I 4 i««I 4 -1 I + - • • • 4 - 1 o„ | - f 1 b„ | - f . . .
2
n -n x
sen nx ax
| f(x )d x = j T ' í/*r + ^ j ( J an C0SnJrd* + J /;»
n=l —n
J -y- dx = na0;
—JT
, a„ sen nx
^ an cosnxdx = a„ ^ cos nx dx = ----- = 0
n -n
—n
ii .t
cos nx
^ bn sen nx dx = bn | sen nx dx = — bn
òn sennxdx = 0.
-ii
Por conseguinte.
donde
e s c n = k,
\cos2fcrdx = x ;
— n
n
Ç sen A-xcos kx dx = 0; (II)
—
■.in
ji
j sen A-.r dx = ji .
tcm-se
cos nx cos kx dx =
Jt n
= i- | cos (w -}-k) x dx ^ cos (n — k )x d x = 0?
°° * n
H~ J cos nx cos Ax dx -j- bn ^ sen na: cos kxdx^j .
n=t -n —x
n a
J / (x) cos kx dx = ak J cos2kxdx = akn,
-n —n
donde
/ < c - 0) + /(c + 0)
s(*)*-c =
Exem plo— 1. Dá-se uma funçSo periódica f(x ) dc período 2tr definida
como sc segue:
/(*) = *, — A < s < n .
Esta função -é monótona por corte e limitada (fig. 3S7). Ela admite, pois.
um desenvolvimento em série de Fourier.
1 ? . I n
= 0.
a° ~ ~ J —n
-n
Apliquemos a fórmula (5) do § 1 e integremos por partes:
n n
i C . 1 T sen Àx I* 1 f . . 1 n
qk —— \x cos kxdz = ~— I x — -— — T ' 560 J =
-n -»
Dc acordo com a fórmula (6) do § I, determina-se:
n
-I JL
- V í - * * - — 5-[— T ^ r . + T }"****]-<-<>* A-
-n
Obtém-se, assim, a série
, W = 2[ ü ii- J S ^ L +J ^ _ . . . J » ü + ... j .
Esta igualdade tem lugar para todos os valores exoepto nos pontos de
descontmuidaue. Nes<cs pontos a soma da série é igual à média aritmética
uos limites da função à esquerda e à direita, isto é, a zero.
Fig. 358
-4[
0
x sen kx |o l f x sen kx |n
T : - * 0
—n
1 1" cos kx » • cos kx |«-|
nk L k —X k lo J
( 0 para k par.
para k ímpar;
(i n
- ■ K í ( — x) sen kx dx-j- x sen kx d x j = 0 .
» u a
- 4 j /(x )d x = e - i- [ j (- l)dx - {- j d x j = 0 ;
0
«en kx o sen kx
a * = ~ ~ [ j ( — 1) cos kxdx + | cos kx d x j = — —0;
-a kA
o cos kx
bk = ~ £ j (— 1) sen kx dx -f- j sen kx dx J = -i-
-n o
—n ]=
f 0 para k par,
0 p
— j-h-cos.nui=
para k ímpar.-.
l nk
A série de Fourier considerada escreve-se, pois,
-J-7T -2n J t. x
Fig. 359
4
-p- para A par,
— 4 para *, impar;
-
1 f - t j . 1 T * a co s*x |J» , 2 f , . 1
J x it^ kxdx° + - ^ [ ----- *--- |-ji+ T J * c o s * x d r J =
—a -n
2 r x ie n iilJ t 1 ? -1
“ I ü t L * |-* “ T J
.t .-t
„ „ - i j , ( . W ^ - L [ j 0. * +
-T -.t 0
-T .1
1 r . . I f í s e n i r p I f , , 1
(tu — — \/ cos kx dx — ---- ■
---- — - \ sen kx dx =
.1 ) a L k 0 * J J
2
] _ c o * - r ln _ _ I ~ pa ra k ím p a r .
s ü l\ .J - s
nk
/ k t o piratpir;
'■
»" T í(I 1 *“ ** * " T [“ '^T ~ |Ô+T IIí c<" * 'íx] ”
{
J_ para k ímpar,
*
_ I para k par;
k -
O desenvolvimento em série de Fourier é
,, . a 2 / cos i cos 3x cos 5x , \,
/W = T ~ ( — — +— + )-
/ sen x sên 2x sen 3 i \
’ V i 2 3 *'• J *
Nos pontos dc descontinuidade da funçSo / (x) a soma da série é igual
a média aritmética dos limites da funçSo à esquerda e à direita ( no caso
presente a j .
Fazendo na igualdade obtida x = 0, obtém-se:
00
•2 * Y ___ 1
8 Z i (2n — 1)2 *
n=l
§ 3. Uma nota sobre o desenvolvimento das funções periódicas
em série de Fourier
Indiquemos a propriedade seguinte duma função $ (x ) de período
2r; tem-se
71 >.+2a
i ^ ( x ) í/j-= J ^ ( x ) í£ r .
-n >.
o segmento 10, v.] Ora esta função está representada muito simplesmente por
/ (x) = x sobre o segmento [0, 2nr]. Por conseguinte, ler-sc-á interesse cm
desinvolver esta função cm série dc Fourier, utilizando a fórmula (1) com X = 0:
2n 2n
°o~1■™
: j f(*)dx - -L ^ xdx =3 2ji ;
2.1 2.t
1 f ... , 1 f , 1 f x sen nx
f ln = — ^ / (x) cos nx d x = — l xcosnx d x = ~— ----- --------- L
0 0
+as 2] r - oi
2jt 2ji
bn — j* / (x) sen nx dx = -~ j' x sen nx dx =
0 * o
1 [" x co snx sennx"|2.t^ 2
nL n «2 Jo “ n
Por conseguinte,
2 2
f (x) — .1— 2 sen r.— —• sen 2x — —- sen 3x — sen 4x— ~ sen 5x— . . .
í ó 4 O
dado que uma função par goza, por definição, desta propriedade:
* ( “ *) = f (*).
Tem-se, duma maneira análoga, para uma função ímpar <?(x)
a n a
í Cp(x) Ar = 5 Cp( —X) dx + J cp (x) dx =
ji
/ (x) dx = 0,
-n
n
/ (x) cos Ax d x = 0, (D
í* fl
= ~ j f ( x ) s c a k x d x = ~ ^ f (x) sen Ax dx,
isto é. que a série dc Fourier duma função ímpar apenas contém senos
(ver exemplo 1 , § 2).
Se se tiver o desenvolvimento dc Fourier duma função par o
produto / (*) sen kx é uma função ímpar e / (x) cos kx é par, pelo que:
( 2)
0
0 para k par,
4
— para K ímpar
/ í ) =B Y ^ 008 ^ ■*" ^ ^
A“ t
ou
n n
a°=H /(íí)d<' *
l
x = — t,
n
Ter-se-á, então:
«
ao = ’y J / (x) dz, ah = y j / (z) cos k j x dx,
-i -í
(2)
kn kn
Qf, cos - - j -f- " í scn — z (3)
A—l
N
0
0 i
Sn + ^ ãk C° S kX + bk 401 kX'
k—\
n n
í ^ [
a n a
«a / (*) cos kx dx —
-a A=1 -a
n a n
-i2p*í/(x)sénfadI+l;f W
A“*1 —a -n
n « n a
+ j* cosfcrdx + ^ - a o ^ P* J scnArxdx-j-
A=»l —a A—i -n
22 í
n n a
n n a
n n n
6* = j f (x) d t _ ^ (a“ , ‘ + M » ) +
A-l
+ T + í 2 (aÍ + Pj)'
A—I
Juntando e subtraindo a quantidade
Os três primeiros termos desta soma não dependem da escolha
dos coeficientes «p, a ,, .... a„. 0,, •••. P„. Os outros termos
n
J + ^ (“ * C° S ^ + P* ^ kX)
-n 4=1
Segue-se que a série do segundo membro converge quando n oo
e pode-se escrever
n oo
l i m a n = 0, lim bn = 0. (4)
oo n -* t»
n
lim J / (x) sen nx dx =*= 0.
n-*co —n
(•) Esta igualdade é ainda chamada fórmula de Paraeval.
(••) Este integral 6 a soma dos integrais dos diferentes bocados dc funções
contínuas que constituem a funçío f(x) no intervalo [— w, v].
Sc a função / (x) é periódica e de periodo 2ir, pode-se recopiar
estas últimas igualdades como sc segue (com a arbitrário);
a-rzji a+2.n
lim J / (x) cos nx dx = 0 ; lim J / (x) sen nx dx = 0 .
n-*“ a n-♦oo a
Notemos que estas igualdades subsistem sc sc integrar num inter
valo [a, b] qualquer, isto é. que os integrais
b b
J / (x) cos nx dx et { / (x) sên nx dx
a o
tendem para zero quando n tende para infinito, se / (x) for uma função
limitada contínua por corte.
Com efeito, suponhamos, para fixar ideias, que b — a < 2v c
consideremos a função auxiliar <p(x) de período 2* definida como
se segue:
<*>(x) = /(x) para a < x < 6,
<p(x) = 0 para 6 < x < a - f - 2n.
Entào- 6
J / (x) cos nx dx = J (p (x) cos nx dx,
a a
& a+2n
J/ (x) sen nx dx = J <p (x) sen nx dx.
a a
§ 8. Integral de Dirichlet
= ^ j f(* )d t +
—n
5a (*) +
- s í ' » *
+
*2lí
k—i —n
/ (t) cos kx cos kt d l -f- J / (t) sèn kx sé
sen k t d t l .
1
Ponhamos agora — como factor e substituamos a soma dos
n
integrais pelo integral da soma; tem-se:
íi n
sn (*) = — | ~ J
[/ (0 cos kx cos kt -f f (t) sèn kx sen kt) di.
ou
n n
d)
= 7T \ / W [ y + 2 cosA^ ™ z^] dL
-n A—t
Transformemos a expressão entre paréntesis. Façamos
1 —cosz = 2 sên2 .
Logo.
se n (2n + l ) - i
o„ (2) ------------- Í- .
2” '2-
t —x
sen(2n - f l )
/(< )-------- ;--- —
2 s é n - l— -
t — x = ct, t= x a.
Então, obtém-se a fórmula
da. ( 2)
(3)
sen
sen((2n +
-f- 1 ) ^
da.
sên(2/i + 1 ) —
sn (*) — /(* ) — — f (/(* + a) - f (*)] da.
«
2 sen ct-
R a
Sn (*) — /(* ) =
ir 0082
— l [/ (* + «) — / (*)]------- 5411 nCt da +
-X 2 sen —
6 ct
1 f cos 2
sn (*) — /(* ) = — \[f{x + a) — / (*)]------- sen na da +
ji J „ a
"2
-ô a
1 f co s ~2
H---\ [/(* + <*)— /(* )] -------- sen n a da +
n J o a
-* 2 sen (
* a
i r 2
cos -X-
-|---\[/(* + a) — /(* )] -------- sen n a d a +
Ji J a
2 sen t>
tinua por corte. <i>, (a) será igualmente uma função periódica de o
limitada e contínua por corte. Segue-se que o último integral do
segundo membro tende para zero quando n-> oo. porque é o coefi
ciente de Fourier desta função. A função
+ .W]---,
2sen2
cm que M é o limite superior dc |/ U ) |. Além disso, a função <t>2 («)
também é continua por cortc. Por conseguinte, cm virtude das fór
mulas (5) do § 7. o segundo c tcrcciro integrais tendem para zero
quando n -> oo.
Pode-se escrever, por conseguinte,
li m [ s „ ( * ) — / ( * ) ] =
a„ -'<*■>=*„ ,i,
a-*- o a
lim /< * ■
+ “ > - ' < * > . , fc . (2)
a-* +0 a
Fig. 370
a
eos
1im O , (a) = 1im [/ (x0 + a) — / (x0)J------- =
.-,-0 a- 0- . 2m a
_ ljm / f a + « ) - / W ) 2 ,.C0SfL
a —o-o ct ct 2
560 2
a-*0— 0 Ct
ou
A
J \f(x)\dx = Q (1 )
—cu
+±2(S'(‘>™Tt*)™7*=irS,(í)d‘+
A=I —t —1
°° I
1 kn kn kn . kn 1 ,
+ — J / (0 |cos — t cos — x -f sen — t sen — x | dt
A=»l -l - I
ou
l 00 1
(4)
f { { x ) = i r \ f > [ t ) d t + 7 2 \ f> { t ) c o s — * r x ) d t -
Estudemos o problema da forma do desenvolvimento (4) quando
se passa a limite para / -> oo.
Introduzamos as notações seguintes:
Ji 2ji kn . . n
ct2 = — aA= — , ... et Acca = — . (5)
1 1 i
(<i)
- I - l
/(X )= i l(í
oo
0
oo
—oo
f (t)c o s a (t — x) dt^j da. (7)
*J(J 0
que é verificada.
/ ( O c o s a ^ - ^ r f t l tf* = / ( * + 0) + / ( * - 0)-
-*>
(?’)
0 —oo
(8 )
0 — oo
— OO 0
J / (t) sen a t dt = 0.
—00
(9)
o o
sen ax d a . ( 10)
0 0
Sc a função f (x) não é definida senão no intervalo (0, oo), pode-se
representá-la para x > 0 tanto pela fórmula (9) como pela fórmula 10.
Nd primeiro caso definimo-la complementarmente para o inte.valo
( — oo, 0) sob a condição de a função ser par e no segundo ser ímpar.
Sublinhamos, uma vez mais. que nos pontos que apresentem
descontinuidades convém substituir / (x) nos primeiros membros das
igualdades (9) e (10) pela expressão
/(* + 0) + / ( x - 0)
00
B (a) = -í- | f(t)s c n a td t.
— CO
F(a) = Vií
30
o
f ( l)c o s a td t. (12 )
/— 00
f(x ) = y ^ F (a) cos ax da. (13)
o
(14)
u
(15)
o
o
Segundo a fórmula (14) determina-se * transformada-seno de Fourier:
ct
;i P2-r
(
Com a ajuda das fórmulas (13) c (15), obtém-se as relações recíprocas:
(D
Consideremos, agora, a expressão seguinte identicamente nula
M oo
J ( J f{t) sen a (t — x)dt)da = 0 .
- Af —
M «•
li m 5 ( 5 / ( 0 s c n a ( í — x)dt)da = 0
\{-»<X-M -OO
ou
«x> oc
J (f(a)da= J (p (a ) da -f- J cp (a ) da =
—OC —oo c
e M
= lim J (f (a )d a - f lim J y(a)da (*)
M-~ oo - Af A í—ao c
-*J[J
OO oo
í [í
ou ou
Exorácios
/ ( x ) = — —
( ± - fí p a ra — * < x < 0,
Rcsp. - 1 - 1 . y < 2 * + * )*
^ 2 a Z j 2/1 + 1
TJ =* 0
Af « sen nnx
Resp
_4
n= 1
14. Desenvolver a função
x para 0 < x < i,
/ w - { 2_:• x para 1 < x < 2
no intervalo (0, 2); a) cm série de senos; b) cm série dc cossenos.
I — Equação da onda:
cPu o (fu
= a d)
dt- dJ
= 1 ( 2)
dt Õ2T
Somos levados ao estudo desta equação quando em presença de
problemas apresentados pelos processos dc difusão do calor, da filtração
dc líquidos ou de gases num meio poroso (por exemplo, a filtração
do petróleo c dos gases nos grés sob cobertura), de certos problemas
da teoria das probabilidades, etc. É a equação mais simples do tipo
parabólico.
^ r +^ = O- O)
djc~ üy~
efu dzu \
(1 ')
diz \d S + ày1 ) '
+ - g — OL (3-)
dé dy' df
u
M ' __
w
M tt
x xf x2 l X x x+óx l X
du (x + Ax, t) du (x, í)
dx dx
= (X+ e A * , 0 ^ J j )
dx df
(aplicámos aqui o teorema de Lagrange à expressão entre parêntcsis).
Para obter a equação do movimento, é preciso igualar à força
de inércia as forças exteriores aplicadas ao elemento. Seja p a densidade
linear da corda. A massa do elemento da corda será pAx. A aceleração
do elemento é
â^u ífu
pAx — — = T — r* Ax.
' dt2 dx2
T
Simplificando por Ax e fazendo — = à* obtemos a equação do
P
movimento
dt1 dx~
u ( 0, í) = 0, (2')
iiU , t) — 0 . (2")
Estas igualdades constituem as condições dos limites para o
nosso problema.
No momento inicial / = 0 a corda possui a forma que lhe demos.
Suponhamos que esta forma é definida pela função / (x). Assim
deve-se ter
u (x , 0) = u\t=0 = f(x ). (3 >
— — Ax = iR Ax + -L Ax, (4)
dx dt
^ + IR + L — = 0. (5)
dx dt
— + C— + / lK = 0 . (ti)
dx dt
ÍL + a ^ - c r ^ - - c l A
d£ dx dx dt"
+ a ( - i R - L — ) — C R — -- C L - ^ - = 0
r2
dx* V dt J dx dt2
ou
CL + {CR + A L) — + A R i. (7)
dx1 dí 2 dt
^ - = C L ~ + (C R + A L )- ^- + A R v . (8)
dx* dt~ dt
dt d i?
satisfazendo às condições iniciais:
u(0, 0 = 0, (2>
u(l, o = o, (3)
u(x , 0) = /( x ) , (4)
du = ip(x). (5>
dt <=o
Procuraremos uma solução particular (não identicamente nula)
da equação (1) que satisfaz às condições dos limites (2) e (3) sob a
forma de produto de duas funções X (x) e T (/) de que a primeira
apenas depende de x e a segunda de t:
u (x, t) = X (x )T (t). 6
< >
azT X
O primeiro membro desta igualdade contém uma função que
não depende de x. e o segundo uma função que não depende dc t.
A igualdade (7) não pode ter lugar a não ser no caso cm que o
o primeiro e o segundo membros não dependam nem dc x nem de /.
por outras palavras, sejam iguais a um número constante. Designemo-lo
por — A em que A > 0 (consideraremos mais adiante o caso A < 0).
Então,
a*T X
X ' + KX = 0, (8)
r+ a 2X 7 = 0. ■ (9)
As soluções gerais destas equações são (ver. cap. X III. § 21. t. I):
B sen V k l = 0.
B 0. porque no caso contrário teríamos X mtO e ü = 0, o que
contradiz a hipótese. Por conseguinte, deve-se ter
sen ~V'hl — 0 ,
donde
VÃ = y ( n = 1 , 2, . . . ) (12 )
x = i — x. (13)
/
X ' - l f X = 0.
A solução geral desta equação é:
X = Aekx + Bé-**,
A solução além de zero no caso duma equação desta forma
não pode verificar as condições dos limites (2) e (3).
Conhecendo yT. podemos, utilizando a igualdade (11). escrever:
. an (■ a n n . . r. ann \ , , r.
u n {x, /) = sen — x \C „ cos — t + D „ sen — t j . (I •>)
í (*) = 2 6" y x• 7)
M—1
Se a função f(x ) é tal que sc pode desenvolvê-la em série de
Fourier (ver § 1, cap. X V II) no intervalo (0. I) a condição (17) será
verificada se se fizer
Depois, derivando os termos da igualdade (18) em relação a t
e fazendo t = 0, obtemos cm virtude da condição (5) a igualdade
0 * 1 *2 1
Fig. 373
.d u
(1)
’? = — k dx
T-S'
A Ç ,= - * | S AZ, (2)
AÇj — A Q2
h IL H - l
« k ^ AxS A t (4)
dx*
k A rS At == rj* A.r.S At
ôr fit
nu
ou k (fu
dt cp dx1
(tu z
-- = o — ;
àt ú rl
\(J =
v
-- k'-j- A s,
< )n
<l>
riu
— = n grad u.
dn
AÇ = — kn grnd u Aa.
du
c Ai'p Au « cAi>p---Aí,
dt
JJJ*
à t \\\ cp-^-dv.
V
^ 11
s
Avi grad uds = A/ ^^ V
j" cp
^
dv
| j | d iv (k grad u) dv = cp -y- dv
ou
íííh iv (A g ra d u )— c p —
dt J
cto=s=0. (4)
Aplicando o teorema da média ao integral triplo do primeiro
membro (ver § 12. cap. XIV ). obtemos:
Mas
i
kgT a
ȇu = ki Fxi
d u j + . ki ^duJ -
a
t k, -d uk.
d iv (* grad u) = .| ; ( * g ) + J ( i g ) + | (* | )
dl dx V d x ) dy V d y ) dz \ âz )
Se k é uma constante, então.
= a*&u
dt
u (x . y , z , 0 ) = <p ( .r , y , z) (9 )
ôu (x, t) ^ u (x h, í) — u (x. t) ^
dx h
u (x -f h . t) — u {x. t) _ u(x . t ) — u u — h. t )
d? h h h
ou
ffü (x, t) ^ u (x 4 -h , /) - 'lu (x, t) 4- u (x — h, l)
(2)
dx* * k-
È L = a2— tf)
dt Ox2
14(0. í ) — * i ( 0 . . («)
u( i, t) = >k(t). o (7)
x = ih, t = l , 2, . . , .
£= « , * k = 1 , 2 .........
c determinemos os valores aproximados das soluções nos nós desta grade,
isto é. nos pontos dc intersecçâo destas rectas. Introduzamos as notações:
u (ih , kl) = iij. Escrevamos cm vez da equação (4) as equações cor*
fM
b-W (t,k)
(x-h.t) (x.t) (x+h.t)
2a2/
Neste caso a equação (9) toma a forma:
I
u íi*+1= 2-(w<+i,a+ U1- 1,*). (10 )
*!- = <?— 0)
dt dx2
4 = - = - > . 3 r.)
r/T X
7. = í > —
.V = . I cos Á-r H sen ‘kx
Substituindo cm (3). obtemos:
(•) Como. segundo o sentido do problema T (t) deve ser limitado qualquer
que seja r. se 9 (x) for limitado, i— deve ser negativo. Eis porque escrevemos — X1 .
Integrando a expressão (7) em relação ao parâmetro A nos limites
de 0 a oo obtemos igualmente uma solução
u(x , t) = J [A (A)co« Xj ■
+■B (X) sen XjJíÍÀ, (8 )
cos f.r ■
*
i»
«X
oo oo
= j ^ j <p(a)cosX(a — x) dX
0 —co
ou invertendo a ordem de integração, temos, finalmente:
oo « ,
A "(p )= — A '( P ) .
Assim
— K*
V ji
K W = Y e * (17)
Substituamos o valor (17) do integral (15) em (13):
ío
e aJA‘‘ cosX(a — z) dk= ]/
/ n
finalmente:
<a-x)>
U( X, t ) = -- L — \<p
laV nt -<
Esta fórmula, chamada integral de Poisson, é a solução do pro
blema posto sobre a propagação do calor numa barra infinita.
Nota — Pode-se demonstrar que a função u (x, t) definida peio
integral (19) é a solução da equação (1) e satisfaz à condição (2) sc
a função ? (x) for limitada no intervalo infinito ( — oo. oo).
Estabeleçamos o sentido físico da fórmula (19). Consideremos a
função
( 20)
Então, a
( 21)
1 4(1*1
—— e
2a V n Z
Comparando-a ao segundo membro da fórmula (22) e lendo
em conta (23) diz-se que ela dá a temperatura cm qualquer ponto
da barra num momento arbitrário de tempo t. se para / = 0 na
secçâo $ (caso limite quando Ax -* 0) se encontrasse uma fonte instan
tânea de calor que dispensasse uma quantidade dc calor Q = c#>.
+^ + = o. (D
dxz ‘ d tf dz"
Como já mencionamos, o primeiro membro da equação (1)
d ^ dy~ dz-
du
= * * ( !/ ) . (3)
dn
O problema da procura da solução da equação ( 1) que verifica
a condiçáo inicial (3) é chamado problema de Neumann ou segundo
problema de limites.
Se se considerar a distribuição da temperatura sobre o domínio
plano D, limitado pelo contorno C, a função u dependerá dc duas
variáveis x e y c verificará a equação
ar2 d i
que sc chama equação da Laplace para o plano. As condições iniciais
(2) ou (3) devem ser verificadas sobre o contorno C.
II — Fluxo potencial dum líquido ou de um gás. Equação de c
tinuidade. Suponhamos que no interior do volume Q, limitado pela
superfície a (particularmente fl pode ser ilimitado) se produz o escoa
mento dum líquido. Seja p a densidade do líquido. Designemos a
velocidade do liquido por
v = vxi - f vvj -j- v.k, (5)
Q = A í \J pv n ds (6 )
(ver §§ 5 e 6. cap. XV). A quantidade dc líquido no volume «*
no instante t era
H J P d(ú-
<•>
No decurso do tempo At a quantidade dc líquido variará, em
conseqüência da variação da densidade, duma grandeza
U) <l>
(7)
Supondo que o volume <o não está ligado a fontes, concluímos
que esta variação é devida a um afluxo de líquido cupa quantidade
é determinada pela igualdade (6). Igualando os segundos membros das
igualdades (6) e (7) e simplificando por At. obtemos:
(8)
ou
Í Í H - í +div(pr)K = ° -
Sendo o volume tomado arbitràriamente e sendo a função sob
o sinal de integração contínua, temos:
•~ + d iv (p » ) = 0 (»>
at
ou
v= — grad p,
em que p i a pressão, k o coeficiente dc permeabilidade e
A * A
dt dt
k — d iv (k grad p) = 0
dt
on
+ (10)
dt dx\ dx) dy V
\ddyu*) dz\ d z)
. *V \ (H )
dt k W + d f b o ? )1 { }
v = grad <p,
d iv (grad <f) = 0
Oll
S + S + S - ”'
^ P + ^ E + ^ R = 0. (1 3 ')
d f^ d y ^ d z 2
* £ + - ^ = 0. (1 4 )
da? df
e = T (,6)
ou
J = IE ,
em que A é a permeabilidade do meio que consideramos constante.
Resulta das equações gerais do campo que se o processo for esta
cionário. o campo vectorial E é irrotacional. isto é. que rot E = 0.
Então, do mesmo que no caso do estudo do campo das velocidades
dum líquido, o campo vectorial é um campo potencial (ver § 9. cap. XV).
Existe uma função ? tal que
2? = grad cp. (17)
Em virtude de (16). obtemos:
J = A g ra d <p. (18 )
dar dy dz
Introduzamos as coordenadas cilíndricas (r, f. z):
x = r coí> cp, y = r s«n (p, z = z
donde, ______
r = V x * - f y2, <p = a r c t g X— , z —z. (2)
+ * J ( 5 lY + * l ^ . o)
d<j“ V dx / dtp d x “
duma maneira análoga
+ í £ ( í * Y + * l:* l , </,)
dtp dy /)
da \du dtp
dw dy
dy~
alem disso.
cPu_ (Pu*
(5)
dz2 dz2
Encontramos as expressões para
dr dr (Pr cPr d<p dtp (Pt.p ó fy
dx dy d x 2 ’ dy2 dx dy ’ dx2 dy2
a partir da ieualdade (2). Fazendo a soma dos segundos membros das
igualdades f3). (4) e (5) e ieualando o resultado a zero ("visto que a
soma dos primeiros membros destas igualdades é nulo em virtude de ( 1)).
obtemos:
(Pu , 1 du* , 1 <Pu x (Pu* _ A
É a equação de Laplace em coordenadas cilíndricas.
Sc a função u não depender de z e depender de x e y. a fun
ção u* que não depende a não ser dc r c ? verifica a equação
ífu 1 du 1 dV
—J + - — = (7)
dr r dr r dtp
u|ci = u t, (8)
u |c2 = « 2, (9)
LogS
u = u t H-----_ 1 (M2_ Uj). ( J i)
Nota — Dc facto. resolvemos o problema seguinte: determinar uma
função u que satisfaça à equação dc Laplace no domínio limitado pelas
superfícies (cm coordenadas cilíndricas):
r = l { x, s = 0. 2= //.
e que verificam as condições dos limites seguintes:
u\
r=Rl = ut, u. |r= R . =
du
—s 0 3“ = 0
dz x—0 ’ Oz X-II
df + d f= 0 0>
» U = /(í). (2 )
Resolveremos o problema em coordenadas polares. Escrevamos a
equação ( 1) nestas coordenadas:
<Tu 1 du 1 (Pu __ q
d? + 7 dr r 2 d<f2 ~
ou
r' ~ J + r ~~ + ~ T = 0 - d ')
dr dr d*ç>
Procuraremos a solução pelo método de separação das variáveis
fazendo
u = <l>(<p)X(r). (3)
Substituindo na equação (10 .obtemos:
r 2<I> (<f) i r (r) + r«I> (<p) II (r) + <I>' (<p) R (r) = II
Oll
<\
>” M . r R " (r) + r/r (r)___ .2 f4)
<U(cf) H(r)
k = 1 , 2 , . . . , n,
visto que. as constantes A. D. C. D sendo arbitrárias, os valores nega
tivos dc k não dão novas soluções particulares.
Assim
-n
n
Assim, a série (9) com os coeficientes determinados, segundo as
fórmulas (II). será a solução do nosso problema se ela puder ser
duas vezes derivada termo a termo em ordem a r c a ? (mas isso
não foi demonstrado). Transformemos a fórmula (9). Substituindo A n
c fín pelas suas expressões ( 11 ) e efcctuando certas transformações
trigonométricas. obtemos:
( 12)
- n n = l
1 + 2S f â ’ - 1+ 2 !
(s)’
n n
“ Ic = /• (2)
Tracemos duas famílias de curvas
x = i h et y = kh. (3)
tm _ Uj +t. * — + u i i■
><
ô x 2 h~
ou (fig. 378)
y UM »
U.K-1)
X
F ig . 377 F ig . 378
Uf.M — + A -H -f u i, A - l ) - (4 )
Exorcicios
Rcsp J £ L V _ < _ !£ !_ nr
v fim* ZJ (2//+ 1)2 21 w 2/
n=0
(v e r o p r o b le m a 3 para o s e n t id o dc E c 5 ).
A^ s e n <*> x
— s e n o>/
Rcsp. i/ { x . /) = ----------- a
sen — l
a
1 ^ ■
> í nna \- 1 1
“ (“ H
Indicaçco — Procurar a solução sob a forma dc soma dc duas soluções:
Ci)
.-1 sen— x senco*
u —r-l-u', ou u>= --- a
. \
(2n+l)«naa*/
- (*. 0 ___
1 V, _____ r w.. ------ w "
- ,2"
n* ZJ (2« -I)3 l
n=0
u (0 , / )= 0 . |x = j = — fíu\ x^l, u (x , 0) = if (x ).
«> . . . “n-1”
P2+ r t ___ .— H— „ „ d . 1
p i
n= 1
t
em que A n = -^- y (x) sen Ü2-JL dx, p = H l, fi,. ji2, . . . . são as raízes
positivas da equação tg u = — —
P
Indicação — N a extremidade x = I da barra produz-se uma troca de calor
com o meio ambiente, em que a temperatura é igual a zero.
11. Determinar (segundo a fórmula (10) do § 6 fazendo h = 0,2), a solução
2A 1 - - v nnx
Resp. u (x, 0 = — 2 “ e sen ---- .
n—1
Indicação — Determinar a solução pelo método de separação das variáveis.
13. Achar a solução da equação de Laplace /'!'!*_ j . /'"!*_ = p no rectângulo
ÕX* ' dy3
0 < x < o , 0 < i / < ! 6 , que verifica as condições:
du
dr r- R ," + A2nfí, ’ U|r«R2- U2-
Dar uma interpretação hidrodinâmica do problema.
Rcsp. u = I.o iJ k .
16. Nos problemas 12-15 resolver a equação de Laplace para condições dos
limites dados pelo método das diferenças finitas no caso de h = 0.25.
Comparar a solução aproximada com a solução exacta.
Na hora actual. o cálculo operacional (ou simbólico), é um dos
domínios importantes da análise matemática. Em física, cm mecânica,
cm eleclrotécnica e noutros ramos da ciência utiliza-se os métodos do
cálculo operacional para a resolução de diferentes problemas. O cál
culo operacional encontrou uma aplicação particularmente larga na
tecnologia moderna da automação e das telecomunicações. Neste capítulo
(com base na matéria dos capítulos precedentes) serão precisamente
expostas as noções fundamentais do cálculo operacional bem como os
métodos da sua aplicação à resolução das equações diferenciais ordi
nárias.
§ 1. O riçinal e imagem
(•) A respeito das funções complexas da variável real, ver § 4, cap. V II. t. I.
A função (2) é também uma função complexa da variável real t:
f e~plf (/) dt existe. Ele define uma certa função dc p. que designa-
u
remos (*) por F (p) :
j( t ) = \ para * > 0 ,
f ( í ) = 0 para t < 0
chama-se função unidade de Heaviside e representa-se por <y0 (/)• O grá-
60(t)
0
Fig. 379
e - " 'd t = -
Assim (*) i
1 * 1 (8)
F * (p )= p ] e ríf(t)d t.
(9)
oc
cos / ( 10 )
P-f 1
*{/(■“)>- t K í )-
Assim, se
F ( p ) ->/(*).
entao.
(i1)
ou
cos at — a
’ a
( f ) : -H
ou
cos at • p
• pz-i a i • (13)
§ 4. Propriedade de linearidade d a imagem
/ ( ( ) = 2 <",/;«) <''•>
I—l
{ são constantes) e
h (p ) - > /(/), F i( l> ) + h t0 .
então
/•'(/))== 2 ( l4'>
J—I
n v 3 . 20/»
f (/»)— ü-
2 ,2 ,,. p pi + (2)2 1 /»*+ (3)í
5
/(/) = _ sen 2t -f-2t» cos 3*.
6
Resulta do teorema da unicidade do § 1 que é o único original que cor
responde à função dada F (p).
§ 5. Teorema do deslocamento
se F(p) -v/(/),
0. )
então. F(p + a) (15)
* * “ a 7 (í). J
(Supomos aqui que Re (p + o) > s0)-
1 (16)
p + a
- a í 1'. (16')
p - a
ou
a
Dc igual modo fazendo a soma de (16) e de (16'):
( 20 )
(p + Ct)" +
/» - P+ 3
P+ 3 (p + D + 2 P-r 1
p2 + 2 p - f 10 9
( p - f 1 )2 + ( p + l ) * + 3 » + ( p + 1)8 + 3*
P+l + 2 3
(p + l)2 + 32 - 3 (p + 1 )2 + 3a
5 e - “, - * >' | f(t)\dt.
0
Calculemos, seguidamente o integral (22):
J |í ■p' t " l (l) |d t < N J |e~("- e)lf (1) |dt = X J e-(“- e>' |/ (í) j dt < oo
0 0 ò
Demonstramos, assim, a existência do integral (22). Ora. este
integral pode ser considerado como a derivada de ordem n em ordem
ao parâmetro (•) p do integral
1 e~p,/ ( t ) dt
0
Assim da fórmula
F {p) = } e - '" f ( t ) d t
0
dP’
O 0
Estas duas igualdades dão-nos
dp
u
isto é, a fórmula (21 ).
Utilizemos a fórmula (22) para obter a imagem da função
potência. Escrevamos a fórmula (8):
U i
P
Obtemos desta fórmula cm virtude da fórmula (21):
ou
7 _ > i'
De uma maneira análoga
---! _ - (2«)
< P 4 - « )J •
o (2S)
Suporemos que todas as derivadas /'(O. / " (t)> .... /<n) (t), que
encontraremos, satisfazem à condição ( 1). e, por conseguinte, que o
integral (28) e os integrais análogos para as derivadas sucessivas existem.
Efectuando a integração por partes do integral do segundo membro da
igualdade (28), obtemos:
*’(P )->/(«).
p F i p ) + r (o,
p nF (p ) + f n\t).
§ 9. Dicionário de imagens
Para facilitar a utilização das imagens obtidas agrupamo-las num
quadro.
Nota — Sc tomarmos para imagem da função / (/)
0
convém nas fórmulas 1 a 13 do quadro, multiplicar as expressões da
primeira coluna por p. Quanto às fórmulas 14 e 15 elas serão da
forma: como F* (p) = pF (p). substituindo na parte esquerda da fór
mula 14 F (p) pela expressão L J J !) c multiplicando por p, obtemos:
P
w . ( _ ! ) - p £ L ( £ > ) ] ^ t7 « ).
dp \ p ) %
F i(P) = ^ , FZ(P) = ^
P P
dnx , d n~xx dx
+ + - • - + « » -! — + « « * ( 0 = ■/(*)• ( 3 1)
x (0 ) = * 0 . í ’ (0 ) = 4 , j? n- , , (0 ) = 4 " - ! ’ (32)
.. . + o „ j e p,x(t)dt= j e-p’
f(l)dt. (33)
0 O
, í d nx \ . , \d n~'x 1
Substituindo nesta iguaidade as imagens da função e as suas
derivadas pelas expressões (27). (29) e (30), obtemos:
í( p ) Ç n ( p ) = * » » -l( P ) 4 - F(p).
Determinemos x (/>) desta equação:
x (p )M l ) . + ZÍ£\ (36)
(p) <Pn ÍP)
«F.. ÍP)
ou
x (/) = 1
Exemplo — 2. Determinar a soluçSo da equaçSo
*'( 0 = --g-cos3*4-^- •
Exemplo — 3. Determinar a solução da equação
d2x + 3-£-+2* =
dta ' d/
que verifica as condições iniciais: x0 = *ó “ 0 para 1 ~
Resolução — Escrevamos a equação auxiliar (340
*(P )(P a + 3p + 2 ) = - l-
ou
X(p):
1 1 1
P2 (P 2 + 3p + 2) p 2 ( p + i) ( p + 2 ) -
* ( ') = T ‘—
Exemplo — 4. Determinar a solução da equação
** - .Z ^ L + ^ s e n ,.
d t* 1 dt
que verifica as condições: x0 — 1 , * j = 2 para t = 0.
*(P ) (Pa + 2p + 5) = p - l- f 2 + 2 - 1 + £ , { * n 0
ou
1
* ( p ) (P 2 + 2p + 5) = p + 4-
P *+ * ’
donde obtemos x (p):
p*'+ 2p + 5 ^ ( P * + 1) (Pa + 2 p + 5 ) *
Decompondo esta última fracção do segundo membro cra fracções ele
mentares, podemos escrever:
J í_ p + 4 - ± p +±
\ 0P 10 P r 5
X(P) p *+ 2p + 5 p*+ l
ou
11 p+ 1 29 2
x{p}~~ 10 ' (p-+1)2 + 2* + io-2 ' ( p - f l ) » + 2*
___!____ £ , _L _ i _
10 V + i 1 5 P *+ 1 •
11 29 1 1
*< *)— jg- e' t c o s 2 í+ — <*-' sen2f — cosr + -y sen t
ou, finalmente:
(P)
<Pn(P)
A (p + 2 ) + 1( - 7 1) P+ 2
1[P + f ) + ( V o - i ) r
IV
4 '
1
+
( • - T 1)
Ap + B
x
P" <l\P H- °2
^ A<l{ ____
- 3 -. . 3
* (P) (P2 f 4) - -p r z 9 • X (P>=S (p i x. y) (p i 4)
ou
3 3
" T . T 1 _3_____, 3 a
x w " pZ j ~ 9 + 4 5 ’ "/>* - i- Ô 1U pa -r -í ’
x ( 0 = - ^ **o2/ — g- k b 3í .
efix
-j-y-f x = iros 2l.
at*
5 (rt(P * + « )- 7 i ^ r - j j r x s j r -
donde
5 I ,5 1 .8 1
1 (P) ~ O
9 />a+l 1 9 pa + 4 ^ 3 (/>* + 4)* *
Por conseguinte.
£ + 4 * + 3 ,- 0 ,
* , ni 4P + 3 1 1__________
P ( P + D ( l l P + 6) 2p 5 (p + l) 1 0 ( llp + 6 )’
- , ________ 1 1 / 1 11 \
y{P) (llp + 6 )(p + 1 > 5 \p + 1 l lp + 6 / '
y<<)=-5- 11 )■
S / i CO h (t ~ "0 dx,
o
partindo da definição de imagem
= 1[fi(x)]e-p'h(t-x)dt}dT .
Kijf. 380 0 x
Efectuando a mudança de variável t — r = z no integral interior,
obtemos:
£ ( S / i W / * ( * — ‘0 * 1 — \1i{r)*~P'F 2(p)dT =
o o
= F2(p) J ê~pTfi (t ) dx = (P).
0
Assim.
l
( 0 — ( / ( l) sen ( í— (40)
jFfp)-* (II)
0
Com efeito, se introduzirmos as notações
** + ± ^ + ± x = ± f l( l) : (42)
dr m dt m m
(•) Ver, por exemplo, cap. XIH, § 26. t. II. em que se estabeleceu uma
equaçSo deste gênero na altura do estudo das oscilações dum peso fixado
a uma mola.
A solução duma equação do tipo (42) descreve igualmente as
pequenas oscilações de outros sistemas mecânicos com um grau de
liberdade, por exemplo, as vibrações de torção do volante sobre um
tronco flexível, se x for o ângulo de rotaçãc
do volante, rn o momento dc inércia do
volante, k a rigidez à torção do tronco e
mfi (/) o momento das forças exteriores em
relação ao eixo de rotação. As equações do
tipo (41) descrevem não some