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ESTRUTURAS DE FUNDAÇÕES E

CONTENÇÕES
AULAS 15 e 16
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Estacas Pré-moldadas
1- Cravação de estacas pré-moldadas

As estacas podem ser cravadas no


terreno pelos sistemas de Percussão,
Prensagem ou por Vibração. Sendo que o
processo mais utilizado é o de percussão, no
qual a estaca é instalada no terreno por golpes
de um martelo até obter a cota de projeto, ou
seja, ate atingir determinada resistência
necessária para suportar as cargas vindas da
superestrutura.
2- Classificação da estacas pré-moldadas:

• Quanto ao material constituinte:


Estaca Pré-moldada de concreto
Estaca metálica

As estacas pré-moldadas de concreto são moldadas


em canteiro ou usinas e podem ser classificadas:

Quanto à forma de confecção:


Concreto vibrado;
Concreto centrifugado;

• Quanto a forma de armadura:


Concreto armado;
Concreto protendido.
3- Manipulação e estocagem das estacas
pré-moldadas:

As estacas pré-moldadas precisam ser


dimensionadas para resistir aos esforços que
sofrerão por ação da estrutura (compressão, tração,
forças horizontais e momentos aplicados), e aos
esforços de manipulação e cravação.

Os cuidados na manipulação e estocagem são:

3.1- Descarga:

Em geral, as estacas são descarregadas


manualmente ou com guindastes;
3.2- Estocagem:

Tanto no caso da descarga manual como no


caso de uso de guindastes, as estacas deverão ser
estocadas sobre terreno firme e plano. Em terreno
perfeitamente plano, as estacas são depositadas
diretamente no chão. Neste caso, não deverão ser
empilhadas umas sobre as outras. As estacas
deverão tocar o solo de forma suave, sem impactos.

Em caso de imperfeição no piso (lombada ou


depressão do terreno) as estacas deverão ser
apoiadas sobre caibros de madeira. Neste caso,
empilham-se as estacas no máximo em duas
camadas.
Como as estacas estão diretamente
apoiadas no chão sem qualquer apoio
ao colocar outra camada acima delas
pode ocasionar em certo desequilíbrio
para as peças causando imperfeições
ou tornando-as inutilizáveis.
3.3 Ponto de suspensão e de apoio:

As estacas deverão ser suspensas, sempre que


for utilizado guindaste, em dois pontos equidistantes
das extremidades de .
Da mesma forma quando estocadas sobre os
caibros.

3.4 Içamento das estacas:

O bate-estacas, por meio de cabo de aço


adequado, levantará cada estaca para ser cravada,
dando-se uma laçada bem apertada perto da
extremidade que deverá ser superior, e a uma distância
de ∗ .
3.5 Emendas:

Em uma obra com estacas pré-moldadas,


tem-se que prever a possibilidade de emenda
de elementos. As emendas devem ser feitas de
modo que as seções emendadas possam
resistir a todas as solicitações que nelas
ocorram durante a cravação e a utilização da
estaca. Na maioria das estacas fabricadas no
Brasil, a emenda é feita soldando-se luvas ou
anéis metálicos incorporadas ao concreto.
Cargas admissíveis de estacas pré-moldadas.
ESTACA PRÉ MOLDADA DE
CONCRETO
VER VÍDEO
Segundo a NBR 6122 (2010), as estacas
pré-moldadas podem ser em concreto
armado ou protendido, com qualquer
forma geométrica da seção transversal,
que deve apresentar resistência
compatível com os esforços do projeto e
decorrentes de transporte, manuseio,
cravação e possíveis solos agressivos.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO

VANTAGENS:

• Alta qualidade dos elementos de fundação;

• Boa execução em solos moles e com lençol


freático próximo ao nível do solo;

• Possibilidade de emendas
• Contribui com uma obra mais limpa e um
canteiro mais organizado;

• Custo baixo quando comparado a outros


tipos de estaca;

• Resistente à agentes agressivos;

• Pré-moldada ou moldada in loco;

• Execução simples e prática.


DESVANTAGENS:

• Produtividade baixa quando comparada a


outros tipos de estacas (em média de 100
metros por dia);

• Produz muita vibração e ruídos conforme o


tipo de equipamento utilizado para cravação;

• As estacas podem quebrar durante a


cravação, quando encontram uma camada de
solo muito resistente, matacões ou rocha.
Processo Executivo:

• Posicionamento da estaca;
• Cravação com equipamento indicado;
• Controle da capacidade de carga;
• O primeiro cuidado é quanto ao controle de
qualidade da fundação. Todas as estacas que
chegam da fábrica são identificadas e
possuem informações importantes como a
data da concretagem. Este controle deve
continuar em obra, registrando todas as
peças utilizadas em o local onde foram
cravadas.
Outro cuidado é quanto ao posicionamento e prumo da
estaca. A estaca deve ser posicionada acima do ponto de
cravação e verificado o alinhamento com este ponto.
Além disso, o equipamento e estaca devem estar
perfeitamente aprumados.

Para controle da cravação a estaca deve ser marcada de


metro em metro. Assim é possível registrar quantos
golpes foram necessários para cravação de cada metro
da estaca e a profundidade já penetrada.

Um cuidado importante é quanto à nega. A nega é um


método simples de aferição da capacidade de carga da
estaca, quando a mesma já atingiu a profundidade
indicada em projeto. A nega consiste no deslocamento
da estaca durante três séries de dez golpes cada para
cravação da estaca.
Por fim, o tipo de solo é preponderante no
sucesso da cravação de uma estaca. É
imprescindível uma sondagem do solo para fazer
a opção correta do tipo de estaca para sua
fundação.

Em solos moles a cravação é simples e sem


nenhum tipo de problemas. Aliás, elas são uma
excelente opção para terrenos com possibilidade
de desmoronamento durante uma escavação.

As medidas dessas estacas podem variar de 5 m a


12 m de comprimento, com diâmetros de 15 cm a
70 cm.
ESTACA METÁLICA
VER VÍDEO
As estacas metálicas são encontradas em
diversas formas, desde perfis (laminados ou
soldados) a tubos. Geralmente os perfis
possuem 12 m (podendo chegar até 20 m) e
suas juntas ou emendas são soldadas ou
parafusadas.

Entre os perfis laminados estão trilhos,


utilizados, em geral, depois de retirados das
ferrovias. Os trilhos podem ser utilizados
isolados ou associados.
Mas, o tipo de estaca metálica mais
utilizadas são perfis que seguem
padrões da ASTM A36.

Segundo a NBR 6122 (2010), a estaca


metálica é uma fundação de
deslocamento cravada por percussão,
constituída por perfis, trilhos ou tubos
produzidos industrialmente. Suas
principais vantagens e desvantagens:
VANTAGENS

• Reduzido nível de vibração durante sua


cravação, quer seja com martelos de queda livre
ou com os modernos martelos hidráulicos

• Possibilidade de cravação em solos de difícil


transposição como, por exemplo, argilas rijas a
duras, pedregulhos e concreções (laterita,
limonita, etc), sem o inconveniente do
levantamento de estacas vizinhas já cravadas
(como ocorre em estacas pré-moldadas de
concreto e Franki) e sem perdas de estacas
quebradas.
• Resistência a esforços elevados de tração
(da ordem de grandeza da carga de
compressão, exceto quando as estacas se
apoiam em rocha) e de flexão (o porque de
seu emprego muito ligado às estruturas de
contenção)

• Possibilidade de tratamento à base de


betume especial (pintura), com a finalidade
de reduzir o efeito do “atrito negativo”

• Fácil ajuste de comprimento no canteiro


• Facilidade de corte e emenda de modo a
reduzir “perdas” decorrentes da variação da
cota de apoio do extrato resistente,
principalmente em solos residuais jovens

• Execução rápida

• Execução em obras temporárias e definitivas.

• Possibilidade de reaproveitamento (trilhos e


obras temporárias).
• Atingem grandes profundidades

• Versáteis quanto à formas e dimensões.

• Disponibilidade no mercado de grande


número de bitolas possibilitando a otimização
entre as cargas atuantes e as cargas
resistentes;

• Facilidade de emenda (através da solda nos


topos) e corte;
• Maior facilidade de manuseio e
armazenamento devido ao menor peso e
volume das peças quando comparados com
os elementos pré-moldados de concreto
(Obs.: O peso específico do concreto é menor
do que o do aço);

• Provocam pequeno deslocamento do solo


(perturbação do solo durante a cravação é
pequena).
DESVANTAGENS:

• Alto custo quando comparada às estacas


pré-moldadas, estacas Franki e estacas
Strauss;

• Atacável por águas agressivas e solos


corrosivos (pântanos, pontos alcalinos,
solos contaminados);
• Para fabricação exige maquinário
específico, a distância entre fabricação e
destino pode acarretar custos altos;

• Necessária espessura de sacrifício.


PROCESSO EXECUTIVO

Estacas metálicas podem ser cravadas com a


utilização de martelos de queda livre, martelos
hidráulicos, martelos a diesel, martelos
pneumáticos e martelos vibratórios. A escolha
de um ou outro martelo depende,
principalmente, das características do solo, do
comprimento da estaca e do nível de barulho e
vibração.
Da boa escolha do martelo resultará um melhor
desempenho do processo de cravação, em
particular quanto às vibrações e ao barulho que,
hoje em dia em centros urbanos, acabam sendo
a condicionante para a escolha do tipo de
estaca e, quando cravada, do tipo de martelo.

Qualquer que seja o martelo empregado, o


controle da cravação é feito, tradicionalmente
pela nega, pelo repique e, em obras mais
importantes, pelo ensaio de carregamento
dinâmico.
ESTACA DE MADEIRA
VER VÍDEO
Segundo a NBR 6122 (2010) em obras
provisórias, são bastante utilizadas as
estacas de madeiras. Porém, para as obras
permanentes, é necessário a realização de
um trabalho que possa protegê-las das
ameaças e agressões realizadas por
diversos organismos, como os fungos,
bactérias aeróbicas, térmicas, dentre outras.
Além disso, a Norma informa que a estaca é
executada pelo método de cravação.
O quadro abaixo apresenta as
principais vantagens e desvantagens
do seu uso:

VANTAGENS DESVANTAGENS
Tem duração ilimitada quando
permanentemente submersa em Suscetível a variação de umidade
água.
Comprometimento da segurança
Facilidade de manuseio e corte. quando há rebaixamento do lençol
freático.
Sistema de Cravação a percussão
(mais utilizado):

A cravação e feita por um bate-estaca no qual


atua um martelo. Este martelo podem ser
classificados em:

• Queda Livre: O martelo é levantado pelo guincho


e deixado cair quando o tambor do guincho é
desacoplado.

• Martelo automático: o martelo é levantado pela


explosão do óleo diesel ou pela ação de um
fluido, que pode ser vapor, ar comprimido ou
óleo.
Entre a estaca e o martelo são utilizados os
seguintes acessórios:

• Capacete que guia a estaca e acomoda os


amortecedores;
• Amortecedor (cepo) visa proteger o martelo de
tensões elevadas;
• Amortecedor (coxim) visa proteger a estaca.
NEGA:

Observação da resposta a cravação da estaca:

Existem duas maneiras (mais utilizadas)


para se obter a resposta sobre a cravação da
estaca:
A primeira é riscar a lápis uma linha
horizontal na estaca, com uma régua apoiada
em dois pontos da torre do bate-estaca aplicar
10 golpes, riscar novamente e medir a distância
entre os dois riscos. Essa distância dividida por
10, é a penetração permanente média por golpe,
chamada de nega.
A segunda maneira consiste em prender uma folha
de papel ao fuste da estaca e, no momento do golpe,
passar um lápis na horizontal, com auxílio de uma régua
apoiada em pontos fora da estaca. Esse tipo de
marcação registrará a nega e o repique da estaca.
C2 e C3: encurtamento elástico total (estaca e solo)
Diagrama de cravação:

Um requisito muito importante na hora da


cravação é o diagrama de cravação que consiste
em anotar o número de golpes necessários para
cravar um comprimento escolhido, normalmente no
Brasil é de 50 cm.

O número de golpes anotado pode ser


transferido para uma planilha, onde, ao ser
convertida em um gráfico pode servir para conferir
a própria sondagem SPT. Este diagrama deve ser
feito pelo menos a cada 10 estacas ou uma por
grupo, ou sempre que uma estaca for cravada
próxima a uma sondagem.
Fórmulas Dinâmicas:

Surgiram com o objetivo de correlacionar a


resistência do solo à penetração de uma estaca, durante
a cravação, com sua capacidade de carga.

Limitações:

A sua dedução baseia-se na teoria de choque entre


dois corpos rígidos não levando em consideração as forças
de amortecimento do sistema.
A resistência mobilizada pela queda do martelo,
geralmente, não é suficiente para a mobilização a resistência
última que o solo pode oferecer.
Existem fatores poucos conhecidos que tornam
difíceis a quantificação das perdas de energia do sistema.
Existem diversas fórmulas da dinâmica que
incorporam a Lei do Choque de Newton, porém, as
fórmulas mais utilizadas, por possuírem um fator de
segurança confiáveis entre 5 e 10, são as seguintes:

Fórmulas que utilizam a nega:

Fórmula dos Brix


²∗ ∗
= Utiliza um fator de segurança de 5
∗( )²
Sendo:
- peso do martelo em kN
- peso da estaca em kN
- nega em mm/golpe
Fórmula de Holandeses

²∗
= Utiliza um fator de segurança de 10
∗( )
Sendo:
- peso do martelo em kN
- peso da estaca em kN
- nega em mm/golpe
H - altura da queda do martelo em mm
Fórmula que utiliza o repique:

Fórmula dos Chellis-Velloso

∗ ∗
= Utiliza um fator de segurança de 2
, ∗

Sendo:
– Repique em cm
– Massa específica do concreto em kN/cm²
– Área da seção transversal em cm2
- Comprimento da estaca em cm
EXERCÍCIO 1: NEGA
EXERCÍCIO

Calcular a carga admissível para uma


estaca pré-moldada de concreto, onde, o pilão
possui 30 kN de peso e cai de uma altura
constante de 90 cm sobre uma estaca de
concreto armado (Fck = 25 kPa), vazada, com
42 cm de diâmetro externo, 26 cm de diâmetro
interno e 6 m de comprimento. Considerar a
nega 3 mm/golpe e peso específico do concreto
de 25 /m3.
Fórmula dos Brix

²∗ ∗
=
∗( + )²

Onde:

H = altura da queda do martelo = 90 cm = 900 mm;


Wr = peso do martelo = 30 kN;
S = nega = 3 mm/golpe.

Cálculo do peso da estaca (Wp)

= ∗ , ²− , ² ∗ ∗ → = ,"
²∗ ," ∗ #
= = "" , "
∗( + , " )²

"" , "
$%& = = = ,
:
Fórmula de Holandeses

²∗
=
∗( + )

²∗#
= = ,
∗ ( + ," )

,
$%& = = = ,
EXERCÍCIO 2: REPIQUE
Estimar a carga mobilizada de uma
estaca de concreto com seção
transversal de 750 cm², E = 2500 kN/cm²,
comprimento de 15 m e K = 16 mm.
'∗ ∗
=
, ∗

, ∗ ∗
= = " ,
, ∗

" ,
$%& = = = ",
ESTACA METÁLICA –
considerações finais
Segundo a NBR 6122/2010, as estacas
metálicas devem ser dimensionadas de acordo com a
NBR 8800/2008, considerando-se uma seção reduzida
da estaca (descontando uma espessura de sacrifício
em todo o perímetro em contato com o solo).
Com base no exposto a carga admissível
estrutural dos Perfis Estruturais Gerdau utilizados
como estacas será determinada por:

)∗ ∗ * ∗ +,
(=
-+ ∗ -&

Com as seguintes considerações:

1) Como nas estacas enterradas, normalmente


não ocorre flambagem, conforme se mostrou
no item anterior, tomaremos o valor de = 1,0.
2) Segundo a NBR 8800/2008, as seções que atendem aos
limites de esbeltez local mostrados abaixo para a mesa
e para a alma são consideradas estáveis localmente e
portanto são totalmente efetivas, sendo o seu
dimensionamento comandado pela resistência global
do elemento. Todos os perfis da série H, atendem aos
limites abaixo, ou seja Q = 1,0 sendo que Q = fator de
redução associado à flambagem local.

3) Considerando que em muitos casos não se conhece a


origem exata das cargas, adotaremos, para a
determinação da carga estrutural admissível, com base
na NBR 8681/2003 um coeficiente de ponderação médio
para as ações permanentes e variáveis consideradas
agrupadas de 1,5.
4) Com base na NBR 8800/2008 adotaremos o seguinte
coeficiente de ponderação para as resistências = 1,1.

5) Usaremos para o cálculo a área reduzida (A’)


calculada descontando-se da área bruta (A) as
espessura a reduzir em todo o perímetro do perfil,
conforme a Tabela 1.

Assim, a expressão final para o caso de estacas


enterradas com Perfis Estruturais (H) Gerdau, de
acordo com as considerações acima será:

. ′* . +,
(=
,
EXERCÍCIO:

ESTACA METÁLICA
EXERCÍCIO:
Considerando a sondagem abaixo, fazer o
dimensionamento geotécnico e estrutural do perfil metálico
de uma estaca para suportar uma carga de 40 tf.
Resolução:

′* ∗ +,
(=
,

Sendo:

P = carga que o perfil suporta;


A’s = área da seção transversal do perfil;
fy = resistência do escoamento.

Sabendo que:
fy = 345 MPa = 345 N/mm²

A partir da tabela, foi escolhido o perfil metálico


W150 x 22,5 (H).
Como o terreno é natural, através da tabela, descontamos
1,0 mm de cada dimensão, exceto na alma, que aumentamos 1,0
mm, então:
(6,6 – 2) x 1,0 = 4,6 mm
(5,8 – 2) x 1,0 = 3,8 mm
(152 – 2) x 1,0 = 150 mm
(139 + 2) x 1,0 = 141 mm

A1 = A3 = 4,6 x 150 x 2 = 1380 mm²


A2 = 3,8 x 141 = 535,8 mm²
AT = (1380 + 535,8) = 1915,8 mm²

Portanto,
# ," ∗ ( )
(= = .
,
(= , ~ 400 → $ $ 3%$%4 %4 $ 5$ %$ 4*6$ $
Sendo assim, como a estaca irá suportar uma carga de 40 tf = 400
4*64 &$64 3$H 4*6$ á $ IJ$%I
Dimensionamento geotécnico

1º Tentativa na cota de 6 m profundidade:

Capacidade de carga da ponta da estaca:

K = K.N.A
Onde, o N é o NSPT médio entre o SPT superior e
inferior da ponta da estaca e o coeficiente K deve ser
olhado na seguinte tabela:
Valores de K

Tipo de Solo K (tf/m²)

Argilas 12
Siltes argilosos 20
Siltes arenosos 25
Areias 40
Neste caso K= 25 tf/m²

A média do NSPT será:

+ +
= =

Cálculo da área total da peça:

A = 1915,8 mm² = 0,0019158 m²

K = 16 x 25 x 0,0019158 = 0,77 tf
Capacidade de carga por atrito lateral:

+ +
= = ,

,
LH = + = , 6+⁄&²

Cálculo da área total do fuste:

A = perímetro da peça x altura


Perímetro = (150 x 2) + (141 x 2) + (4,6 x 2) + (150 – 3,8) x 2 = 883,6
mm = 0,8836m

A = 0,8836 x 4 = 3,534 m²
KH = 4,56 x 3,534 = 16,12 tf
Como a estaca é cravada:
∝ = 1,0
O = 1,0

Cálculo da capacidade de carga admissível da estaca:

K KH
$%& =P +O
,

, ,
$%& = , ∗ + , ∗
,

$%& = , # 6+

Como a força admissível da estaca ficou abaixo da


carga (40 tf), que solicitará a estaca, o dimensionamento
geotécnico deverá ser refeito aumentando-se a profundidade.
2º Tentativa na cota de 12 m profundidade:

Capacidade de carga da ponta da estaca:

K = K.N.A

Onde, o N é o NSPT médio entre o SPT superior e


inferior da ponta da estaca e o coeficiente K deve ser
olhado na seguinte tabela:
Valores de K

Tipo de Solo K (tf/m²)

Argilas 12
Siltes argilosos 20
Siltes arenosos 25
Areias 40
Neste caso K= 25 tf/m²

A média do NSPT será:

+ +
= = ,

Cálculo da área total da peça:

A = 1915,8 mm² = 0,0019158 m²

K = 23,67 x 25 x 0,0019158 = 1,13 tf


Capacidade de carga por atrito lateral:

+ + + + + + + +
= = ,
#

,
LH = + = , "# 6+⁄&²

Cálculo da área total do fuste:

A = perímetro da peça x altura

Perímetro = (150 x 2) + (141 x 2) + (4,6 x 2) + (150 – 3,8) x 2 = 883,6 mm =


0,8836m

A = 0,8836 x 10 = 8,836 m²
KH = 5,89 x 8,836 = 52,04 tf
Como a estaca é cravada:
∝ = 1,0
O = 1,0

Cálculo da capacidade de carga admissível da estaca:

K KH
$%& =P +O
,

, ,
$%& = , ∗ + , ∗
,

$%& = , 6+

Como a força admissível da estaca ficou acima da


carga (40 tf), que solicitará a estaca, o dimensionamento
geotécnico está OK.

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