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In: MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves. (Org.). Metodologias de pesquisas pós-
críticas em Educação. 1ed.Belo Horizonte: Mazza, 2012, v., p. 23-45.
A autora inicia o texto elencando algumas das teorias pós-críticas, entre elas destacam-se:
Multiculturalismo, pós-estruturalismo, pós-colonialismo, pós-gênero, pós-feminismo, estudos culturais,
estudos étnicos e raciais, pensamento de diferença e estudos queer.
4. A verdade é uma invenção, uma criação. Não existe a “verdade”, mas sim, “regimes de
verdade”, isto é, discursos que funcionam na sociedade como verdadeiros. Cabe
interrogarmos como os discursos se tronaram verdadeiros, quais as relações de poder
travadas, quais estratégias foram usadas, que outros discursos foram excluídos para
que estes pudessem ser autorizados e divulgados.
Ao mesmo tempo sabemos que o discurso que produzimos com nossas pesquisas é
parcial, construído com base naquilo que conseguimos ver e significar com as
ferramentas teóricas-analíticas-descritivas que escolhemos para operar.
5. Segundo Foucault, “discursos são práticas que formam sistematicamente os objetos de
que fala”. O discurso tem uma função produtiva naquilo que diz, interessa construirmos
nossas metodologias buscando seu funcionamento e o que ele produz.
A diferença, por sua vez, tem como critério o acontecimento, trabalha pela variação de
sentidos, pela multiplicação das forças.
2. Ler – os “ditos e escritos” sobre o nosso objeto, e a leitura sobre a teorização que
escolhemos para realizar a investigação. Em ambos os casos opera-se com
procedimentos de desmontagem, remontagem, composição, decomposição,
recomposição.
9. Poetizar – produzir, fabricar, inventar, criar sentidos novos, inéditos. Entrar no jogo da
disputa por produção de sentidos, buscar invenções que apontem para a abertura, a
transgressão, a subversão, a multiplicação dos sentidos.
10. Estar à espreita – abrir-se às multiplicidades, ver, ouvir, sentir. Para ocorrer uma
inspiração é necessário muito preparo e, sobretudo, estar permanentemente à espreita de
uma ideia (Deleuze)
Pesquisar “lançando-nos além de nós mesmas”
• Ser flexível, estar sempre aberto a modificar, (re)fazer, (re)escrever tudo aquilo que
vamos significando ao longo da investigação.
• Não podemos ficar reféns dos procedimentos de pesquisa que dominamos e que
muitas vezes nos dominam.
• Olhar qualquer currículo, qualquer discurso como uma invenção. Sentir-se instigado a
fazer “outras invenções”, “pensar o impensado”.