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TESTE DE AVALIAÇÃO N.

º 6

Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva

Estrutura do ato de conhecer

GRUPO I

1. Indique, para cada questão, a opção correta.

1.1. O conhecimento é:

A. o resultado da relação que se estabelece entre o sujeito cognoscente e o objeto conhecido;

B. a realidade considerada independentemente da sua relação com qualquer sujeito;

C. uma crença, sem mais;

D. o que resulta de qualquer movimento efetuado por um sujeito.

1.2. O sujeito jamais interage com o objeto. Esta afirmação é:

A. verdadeira, porque a relação do ser humano com o mundo é sempre de natureza teórica e

cognitiva;

B. falsa, porque o sujeito coincide com o objeto;

C. verdadeira, porque o conhecimento é um ato efetuado por um sujeito no estado puro que

apreende um objeto no estado puro;

D. falsa, porque representar o objeto é também, de certo modo, construí-lo.

1.3. O conhecimento baseado em juízos refere-se ao:

A. saber-fazer;

B. conhecimento por contacto;

C. saber que;

D. senso comum.

1.4. O seguinte exemplo corresponde a um exemplo de saber-que:

A. conhecer, na primeira pessoa, uma dor de dentes;

B. entender que, na sucessão monárquica, ocorre o direito de primogenitura;

C. saber trabalhar, na ótica do utilizador, com um computador;

D. saber, na qualidade de um taxista experiente e há muito a trabalhar em Coimbra, os


percursos que vão da estação de comboio à Universidade.
1.5. A linguagem e o pensamento são:

A. esferas independentes entre si;

B. elementos indissociáveis;

C. duas manifestações de dois processos bem distintos;

D. independentes do campo cultural.

1.6. O conhecimento a priori é todo o conhecimento baseado em juízos:

A. universais e necessários;

B. sintéticos a posteriori;

C. contingentes e a priori;

D. universais e contingentes.

1.7. A seguinte frase expressa um juízo analítico:

A. A Joana é bela.

B. Os cães ladram.

C. Estou triste.

D. Os solteiros não são casados.

1.8. «As vacas poluem a atmosfera.» Estamos perante um juízo:

A. a priori;

B. a posteriori;

C. sintético a priori;

D. analítico a posteriori.

GRUPO II

1. Relacione os seguintes conceitos: «experiência», «saber que», «saber-fazer» e


«conhecimento por contacto».

2. Mostre em que medida o conceito de «realidade» possui diversos significados.

3. «TEETETO – Sócrates, fiquei agora a pensar numa coisa que tinha esquecido e que ouvi
alguém dizer: que o saber é opinião verdadeira acompanhada de explicação e que a opinião
carente de explicação se encontra à margem do saber.» Platão (2005), Teeteto ou Da Ciência,
2.ª ed., Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, p. 302.
Refira de que modo E. Gettier contestou a ideia de que o conhecimento equivale à «opinião
verdadeira acompanhada de explicação».

4. Mostre qual a diferença estabelecida por Kant entre juízos sintéticos e juízos analíticos,
salientando em que medida as verdades dos primeiros podem ser conhecidas a partir de
duas fontes distintas.

TESTE DE AVALIAÇÃO N.º 7

Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva

Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento

GRUPO I

1. Indique, para cada questão, a opção correta.

1.1. De acordo com os racionalistas, o modelo do conhecimento ou do saber é a:

A. experiência;

B. matemática;

C. indução;

D. dedução a posteriori.

1.2. O conceito de «dogmatismo» enquanto confiança de que a razão pode atingir a certeza
e a verdade opõe-se ao conceito de:

A. realismo;

B. ceticismo;

C. criticismo;

D. otimismo racionalista.

1.3. Uma das regras do método cartesiano é a regra da análise. Esta regra estabelece:

A. que nada deve ser aceite como sendo verdade sem que se apresente com clareza e
distinção;

B. a necessidade de se conduzir, com ordem, o pensamento, partindo sempre das ideias mais

simples para as mais complexas;

C. que se deve sempre rever cautelosamente o trabalho efetuado, de modo a nada omitir;

D. a obrigatoriedade de dividir as dificuldades por partes, para melhor as resolver.


1.4. Em relação às regras do método cartesiano, podemos dizer que elas:

A. permitem guiar a razão na procura da verdade;

B. apenas se aplicam aos conhecimentos matemáticos;

C. variam em função dos vários domínios do saber;

D. resultam da necessidade de confirmar os conhecimentos veiculados pela tradição.

1.5. A ideia de «carro» é, de acordo com a classificação de Descartes, uma ideia:

A. factícia;

B. inata;

C. imaginária;

D. adventícia.

1.6. O cogito de Descartes apresenta as seguintes características:

A. é uma certeza inabalável; obtém-se por dedução;

B. é um princípio evidente; obtém-se por intuição;

C. é uma crença fundacional; obtém-se a posteriori;

D. não é uma crença fundacional; obtém-se a priori.

1.7. Na filosofia de Hume, as relações de ideias são proposições analíticas e necessárias. Esta
afirmação é:

A. falsa, porque todas as ideias derivam da experiência;

B. verdadeira, porque as relações de ideias se referem a factos concretos e necessários;

C. falsa, porque o conhecimento é constituído apenas por proposições contingentes;

D. verdadeira, porque as relações de ideias se descobrem pelo pensamento e se baseiam no

princípio da não contradição.

1.8. Segundo David Hume:

A. as várias perceções dividem-se em impressões simples e impressões complexas;

B. as ideias complexas, referindo-se muitas vezes a realidades que não existem, não resultam
de impressões;

C. as ideias são imagens enfraquecidas de impressões;

D. as impressões são imagens enfraquecidas de ideias.


GRUPO II

1. Refira em que medida se pode afirmar que o dogmatismo ingénuo não ocorre na filosofia.

2. Explique em que medida o dogmatismo se opõe ao ceticismo.

3. «Locke é o autor do texto “canónico” do empirismo. A alma, escreve ele, é uma tábua rasa,
uma página branca sem caracteres. (…) O empirismo clássico recusa, pois, as ideias inatas de
que falava Descartes.» AAVV (1999), Dicionário Prático de Filosofia, 2.ª ed., Lisboa, Terramar,
p. 113.

Diferencie, com base neste excerto, as perspetivas de Descartes e de Locke relativamente à


origem do conhecimento.

GRUPO III

1. «A faculdade de conhecer que ele [Deus] nos deu, a que chamamos luz natural, nunca
apreende nenhum objeto que não seja verdadeiro no que ela apreende, isto é, no que ela
conhece clara e distintamente; pois teríamos razão para acreditar que Deus seria enganador,
se no-la tivesse dado de tal modo que tomássemos o falso pelo verdadeiro, quando a
usássemos bem.» Descartes (2005), Princípios da Filosofia, Porto, Areal Editores, p. 70.

Relacione as ideias do texto com o significado de Deus na edificação do sistema do saber.

2. «Atrever-me-ei a afirmar, como uma proposição geral que não admite exceção, que o
conhecimento desta relação [a relação de causa e efeito] não é, em circunstância alguma,
obtido por raciocínios a priori, mas deriva inteiramente da experiência, ao descobrirmos que
alguns objetos particulares se combinam constantemente uns com os outros.»

David Hume (1989), Investigação sobre o Entendimento Humano, Lisboa, Edições 70, p. 33.

Relacione a afirmação segundo a qual o conhecimento da ligação de causa e efeito não é


obtido por raciocínios a priori com a ideia de conexão necessária.

3. «[O ceticismo de Descartes e outros] recomenda uma dúvida universal, não só de todas as
nossas opiniões e princípio anteriores, mas também das nossas próprias faculdades, de cuja
veracidade, dizem eles, nos devemos assegurar mediante uma cadeia de raciocínio, deduzida
de algum princípio original que, possivelmente, não pode ser falaz ou enganador. Mas, não
existe um tal princípio original, que tenha uma prerrogativa sobre os outros, que são
autoevidentes e convincentes.» David Hume (1989), Investigação sobre o Entendimento
Humano, Lisboa, Edições 70, pp. 143-144.

Partindo do texto, compare as conclusões de Descartes e de Hume no que se refere à


fundamentação do conhecimento.

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