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Rede Urbana na Amazônia dos Grandes Rios:
Uma Tipologia para as cidades na calha do rio Solimões -
Amazonas -AMi
Resumo:
Este projeto teve como objetivo construir uma metodologia de análise urbana para a
Amazônia e elaborar uma tipologia urbana que permita compreender a dinâmica da
rede urbana no estado do Amazonas. Para tanto, a partir de dados secundários e
visitas de campo foi construída uma tipificação que considerou variáveis definidas de
acordo com um conjunto de arranjos institucionais que diagnosticam o perfil, a
hierarquia e a tipificação da rede urbana das cidades localizadas ao longo da calha
do Rio Solimões-Amazonas. Como resultado as cidades foram classificadas em dois
conjuntos: médias (de economia externa e de responsabilidade territorial) e
pequenas (de economia externa, de responsabilidade territorial e dependente). A
tipologia possibilitou entender as cidades por um outro prisma, visando relacionar o
perfil urbano e a construção e implementação de políticas públicas voltadas
especificamente para o fortalecimento do urbano e das cidades na região.
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A Adequação da Noção de Rede para o Estudo de Rede Urbana
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No pós-primeira guerra mundial a forma de fazer geografia estabelecida por
La Blache encontra fortes críticos não só com relação ao método (observação e
descrição), mas também à escala proposta pela Geografia Quantitativa; em 1939
Richard Hartshorne publica o livro “A natureza da geografia” no qual considera que o
objetivo do estudo geográfico é analisar as inter-relações entre as áreas. Para este
autor a delimitação da área fica a critério do pesquisador, devendo-se considerá-la
como uma categoria analítica, e não necessariamente empírica.
Este livro de Hartshorne volta a suscitar, principalmente na Geografia
Regional, o debate acerca da escala específica que singulariza os estudos
geográficos. Qual a escala específica que conforma a geografia como ciência
autônoma distinguindo-a das demais ciências sociais? Esta questão gera ao longo
do século XX um dos debates mais frutíferos e interessantes das ciências sociais e a
conclusão dada pelos geógrafos – depende do objeto de análise – permite uma
maleabilidade analítica que torna a geografia única, sendo a sua especificidade
como ciência social a primazia do objeto sobre o método.
Sandra Lencioni, no livro “Região e Geografia”, de 1999, retorna a este
debate de maneira muito interessante, apontando que a geografia regional é a
análise da relação do todo com as partes. Desta interpretação da construção da
geografia pode-se dizer que a geografia é uma ciência de síntese das inter-relações
da parte em si e dela com o todo. Sendo que o todo, tal como nos ensina Milton
Santos, não é a somatória das partes nem o mundo a soma dos lugares. A
concretude das partes materializa-se nos lugares, que comportam em si elementos
de sua especificidade (delimitando-o s c o m o partes) e elementos do todo
(expressando na parte formas e conteúdos do todo). Esta análise de Milton Santos o
leva a configurar as categorias de fixos e fluxos que descrevem as relações das
partes no todo, ou dos lugares no mundo.
Estas categorias inserem Santos no debate de sua época: o da representação
espacial em rede, porém com uma especificidade que permite uma leitura geográfica
deste modelo. Tal especificidade é oriunda da influência de Henri Lefebvre na
construção do pensamento de Milton Santos, principalmente na configuração da
categoria de cotidiano.
Henri Lefebvre elabora, principalmente nas obras “Espaço e Política”; “Crítica
da Vida Cotidiana: Fundamentos de uma sociologia do cotidiano” volume II e “A
produção do espaço”, a categoria de cotidiano como central para a análise da
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sociedade moderna que ele denomina de Sociedade Burocrática de Consumo
Dirigido. Para Lefebvre é no cotidiano realizado no lugar que se pode observar as
racionalidades e irracionalidades da sociedade moderna. O lugar comporta essas
racionalidades e irracionalidades, pois elas ficam marcadas no espaço tanto pela
ausência quanto pela presença de seus termos racionais e irracionais. Para Lefebvre
o modo de produção capitalista sai do local de trabalho e invade todos os âmbitos da
sociedade, e o cotidiano mais banal (aparentemente) retrata e é configurado pela
modernidade: por isso o lugar, palco do cotidiano, é lócus privilegiado para análise.
Para poder entender melhor a afirmação destes autores é necessário
aprofundar a análise do século XX e entender os conceitos de globalização e
mundialização. Os dois principais autores nesta discussão oferecem visões
diferentes, mas não contraditórias. No livro “O longo século XX”, tomando como
ponto de partida o conceito de longue durée de Fernand Braudel, Giovanni Arrighi
analisa os ciclos de acumulação financeira como determinantes na construção da
modernidade no século XX. Para este autor, o processo de modernização pode ser
analisado como uma dinâmica de ascenção-estabilização-declínio de acumulação
financeira. O século XX tem início com o final do ciclo de acumulação inglesa (do
final do século XIX à Primeira Guerra Mundial) e inclui mais dois ciclos de
acumulação financeira: dos anos 1950/60 e 1990. Arrighi considera que os ciclos
ficam, tendencialmente, mais curtos em termos de duração e mais agudos em
termos de rapidez e quantidade de recursos financeiros adquiridos. Esta rapidez e
profundidade do ciclo fizeram com que a mundialização financeira ocorrida no final
dos anos 80 e na década de 90 parecesse como algo único na história que ganhou o
nome de globalização. Nesta mesma perspectiva, em “La mondialisation du Capital”
Chesnais discute a mundialização dos mercados, principalmente dos financeiros,
como determinante da sociedade contemporânea.
Já Eric Hobsbawn - no livro “A era dos extremos: o breve século XX” - discute
menos a esfera econômica da mundialização e parte para a análise da rapidez com
que os lugares foram interconectados e acoplados à modernidade capitalista. Esta
rapidez extrapolou os mercados e empresas e tomou conta do cotidiano e cultura
das sociedades diferentes.
Longa, tal como sugere Arrighi, ou breve, tal como descreve Hobsbawn, a
mundialização tornou-se tema central na produção acadêmica em ciências sociais
na década de 90. E parte integrante desta discussão é a temática da relação que os
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lugares mantém com o mundo. Por um lado, muitos autores neste período
postulavam o fim da importância dos lugares, pois a nova era da informação digital e
o desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação e transporte a negariam.
Por outro lado, as relações sociais necessitam materializar-se, e em algum local tal
materialização ocorre, configurando lugares específicos.
Diversos estudos empíricos mostram essa contradição. Um trabalho
importante de uma não-geografa para o campo da geografia, especificamente para a
Geografia Urbana, é o de Saskia Sassen. Sassen cunha o conceito de “global cities”
para analisar a realidade de algumas cidades do mundo. Estas cidades, dentre as
quais Nova Iorque, Tokyo, Londres, São Paulo, se inserem na economia global
estando interconectadas por cabos de fibra ótica e satélites. A autora mostra como
áreas dessas cidades, principalmente os centros financeiros guardam m a i s
proximidade entre si que com as áreas fisicamente próximas na própria cidade. A
metáfora da rede cabe perfeitamente para a sua descrição das cidades globais. A
análise de Sassen permite também perceber os limites deste modelo, afinal os
lugares não conectados aparecem como vazios, como fora do mundo.
De fato, a análise econômica trata os lugares não conectados mundialmente
como vazios. Não só grandes centros urbanos, mas também o campo. É sintomático
que Celso Furtado, no clássico “Formação Econômica do Brasil”, analise no capítulo
15 a regressão econômica das áreas decadentes dos ciclos econômicos (a
regressão à subsistência) como irrelevante para a análise da formação econômica
do Brasil. Ou o lugar está conectado com a economia mundial (a cana e o café no
caso de Furtado e os mercados financeiros no caso de Sassen) e por isso funciona
como um “nó” na rede, ou está nos vazios, ausente, como diria Lefebvre.
Esta análise sugere que a representação do espaço em rede é insuficiente
para compreender e analisar as relações dos lugares com o mundo e a
conseqüentemente as relações homem-meio, sociedade-natureza. Quando porém a
representação espacial em rede é pensada na perspectiva geográfica a questão da
delimitação do objeto de estudo e da escala adequada para a análise permite que a
idéia de organização sócio-espacial em rede ganhe contornos específicos. A
determinação do objeto de estudo e a conseqüente delimitação da área (uma
geografia a la Hartshorne) permite que o uso da metáfora da rede seja frutífero para
se compreender as inter-relações lugar-mundo e participar desta forma no debate
contemporâneo nas ciências sociais: afinal, a sociedade é organizada em rede?
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O estudo da rede urbana no Amazonas, em especial na calha do rio
Solimões-Amazonas devido as suas peculiaridades físicas, principalmente o regime
hidrológico e dos meios de transporte (fluvial), possibilita uma base empírica
interessante para dar substância à análise da categoria rede. A partir da análise de
determinados arranjos institucionais percebe-se que a rede urbana deve ser sempre
conjugada no plural, como redes, pois as diversas relações materializadas nos
diferentes fluxos de informação, de mercadoria, de instituições, de pessoas criam um
conjunto de redes que sobrepostas formam o que costumamos chamar de rede
urbana. A maneira e a intensidade pela qual as cidades participam deste processo
as colocam em posições hierárquicas diferenciadas, porém importantes para a
constituição do todo. A tipologia e conseqüente desenho de rede proposto por esse
estudo possibilita uma análise, baseada no materialismo histórico-geográfico
(Harvey, D. 2004), das relações socioespaciais constituídas neste território, o que
por sua vez permite uma compreensão da adequação, ou não, de determinadas
políticas públicas (urbanas) na região. Neste sentido, a descrição e análise da rede
urbana permite uma melhor compreensão das possibilidades existentes de alteração
da realidade urbana e subsidiam territorialmente a adequação de políticas urbanas
voltadas para a construção da cidadania. Assim, a idéia de sociedade em rede
obtém conteúdo emancipatório.
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população migrante e estrutura para ofertar bens e serviços são características que
figuram, segundo Pereira (2004), entre os atributos para uma nova definição do que
seja uma cidade média.
Pontes (2001), por sua vez, propõe um conjunto de procedimentos para
investigação das cidades médias, sendo os mesmos dimensionados em dois eixos
estruturadores - critérios espaciais que relacionam a cidade com a região e critérios
intra-urbanos que permite definir o perfil urbano. Já Amorim Filho (2002) procura
sugerir uma conceituação baseada na presença de atributos temporais, hieraquicos
e de escala.
Entretanto, ainda segundo as postulações de Pereira (op. cit.), do ponto de
vista regional esse debate guarda especificidades que precisam ser entendidas e
explicadas, a partir de questões como: qual o papel que cumprem as cidades médias
no desenvolvimento sócio-espacial urbano da Amazônia? Quais fatores foram
definidores para que se constituíssem como cidades m é d i a s? Quais as
características intra-urbanas relacionadas a essa condição? Estas são as questões
orientadoras para o estudo aqui proposto.
Nessa ampla seara, este autor aponta ainda duas questões que merecem ser
observadas: a primeira, referente ao fato de que na Amazônia as cidades médias
constituem-se em novos vetores de crescimento econômico e demográfico sem, no
entanto, afetar a primazia da metrópole; a segunda, diz respeito ao fato de que
diferentemente das cidades do Centro-Sul do País, o dinamismo econômico e à
estruturação intra-urbana das cidades na região Norte não estão relacionados ao
patamar demográfico alcançado por essas cidades nas últimas décadas, mas
principalmente à capacidade que possuem de responder às demandas regionais,
seja do ponto de vista do capital, seja do ponto de vista da força de trabalho,
tornando-se importantes nós de articulação de redes técnicas e de fluxos, tanto no
contexto municipal quanto no contexto da mesorregião da qual fazem parte.
Estudos recentes, como de Ribeiro (2001), indicam uma caracterização dos
núcleos urbanos na Amazônia que busca identificar o papel que cada um deles
cumpre na rede urbana regional. Segundo sua proposta, esses núcleos apresentam
características funcionais complexas, ou seja, desempenham múltiplos papéis,
relacionados a três tipos de interações espaciais geradoras de rede – a de
produção, a de distribuição (difusão) e a de gestão (decisão).
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Este conjunto de discussões e estudos geram um amplo leque de
possibilidades de arranjos de variáveis que podem compor uma metodologia para o
estudo do urbano na Amazônia.
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detalhada do perfil urbano de cada cidade e de sua inserção na rede urbana que a
tipologia e a classificação em média ou pequena não é quantitativa em termos
demográficos, mas sim relacional em termos de atuação na estruturação da rede
urbana da região.
O presente texto visa propor uma tipificação que incorpore estes parâmetros
relacionais, pois considera que é necessário compreender o papel de cada cidade
na estruturação da rede urbana para se elaborar políticas públicas urbanas
específicas para a região, sem as quais a possibilidade de desenvolvimento, aqui
entendido de acordo com Sen (2000) como liberdade das pessoas que habitam
estas localidades e sustentabilidade da vida nelas, fica reduzida a padrões
homogêneos que não modificam as estruturas sociais.
Na tentativa de construir uma tipologia da rede urbana para o estado do
Amazonas, delimitou-se um conjunto de arranjos institucionais que poderiam, se
analisados conjuntamente, estabelecer uma hierarquia urbana que fosse para além
das definições usualmente utilizadas para definir a tipologia urbana. Os arranjos
institucionais e os dados analisados são os seguintes:
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Infra-estrutura urbana Dados de saúde (leitos, tipos de hospitais, postos de saúde, centros de
diagnose de malária, médicos e odontólogos, destino dos resíduos de
serviços de saúde); educação (escolas de ensino fundamental, médio e
superior; professores, bibliotecas escolares); segurança pública (número
e t i p o de delegacias, fóruns, cartórios, assistência jurídica, varas,
ocorrências mais freqüentes); hotelaria, funerárias, dados relativos à
presença das forças armadas; sistema financeiro (agências bancárias,
lotéricas, banco postal, banco popular, financeiras, seguradoras); sistema
de fornecimento de água e energia; saneamento básico.
Fluxo de transporte Transporte interurbano (carga e passageiros, rotas, freqüências, preço) e
transporte intra-urbano (tipos, quantidade e forma de organização)
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Harvey (1996) focaliza a idéia de desenvolvimento geográfico desigual nas
condições concretas histórico-geograficas nas quais a ação sócio-ecológica é
possível e na maneira como a ação humana pode transformar as condições sócio-
ecológicas. O conceito de desenvolvimento geográfico desigual captura: o
palimpesto das relações sócio-ecológicas historicamente sedimentadas no lugar; o
mosaico multicamadas e hierarquicamente ordenado das configurações sócio-
ecológicas (e desejos) que ordenam aquele espaço; o movimento muitas vezes
caótico dos fluxos sócio-ecológicos (particularmente sob condições do capital e da
migração) que produzem, sustentam e dissolvem as diferenças geográficas com o
passar do tempo.
A urbanização é uma manifestação do desenvolvimento geográfico desigual
em uma certa escala (HARVEY, D. 1996:429). Na Amazônia esta escala inter-
relaciona, por meio de redes de comunicação e comércio, a macro e a micro escala,
o lugar e o mundo, e é permeada por um discurso e prática sócio-ecológicos
determinantes. O espaço na Amazônia, em especial o espaço urbano, configura
novas perspectiva s d e análise e prática fundamentada nas relações sócio-
ecológicas historicamente sedimentadas e em contínua mutação devido à expansão
das diversas redes interconectadas.
Assim, o espaço é compreendido não só como local onde ocorrem as ações,
mas como o local geográfico da ação (LEVEBVRE, 1986). Nesta visão existe a
possibilidade de compreender os vários produtores do espaço urbano (CORRÊA,
2002) e o modo como ocorre a produção, a circulação e o consumo de bens e
serviços e a partir desta compreensão definir a tipologia das cidades que compõem
a rede urbana sócio-ecológica. Portanto, a rede urbana será aqui considerada como
o conjunto de centros urbanos funcionalmente articulados entre si, algo socialmente
produzido, historicamente contextualizado, cujo papel principal é articular a
sociedade numa dada porção do território. As cidades não se constituem numa rede
funcional em si, mas para si. Quem se estabelece em rede é a sociedade, que tem a
cidade como base desse processo, sendo essa a escala da analise.
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grupos distintos de cidades, com diferenciações internas (quadro 2), no que se
refere a construção de uma tipologia e hierarquização urbana.
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Associado aos critérios demográficos tradicionais, a distribuição espacial de
variáveis como infra-estrutura de serviços (por exemplo: transporte – figuras 1 e 2 e
comunicação – figura 3); e, disponibilidade de equipamentos de saúde (figura 4),
segurança e do setor financeiro (figuras 5 a 8) tornou evidente as diferenças entre o
alto (rio Solimões) e baixo (rio Amazonas) curso da calha, sendo as cidades situadas
na calha do Amazonas e aquelas do Solimões próximas a Manaus (Iranduba e
Manacapuru) as que apresentaram maior quantidade e diversidade de serviços.
Figuras 1 e 2
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Devido às características do estado do Amazonas com relação à infra-
estrutura de transporte, fortemente dependente do transporte hidroviário, as figuras
acima, em especial a de numero 1, refletem bem a idéia de cidade média de
responsabilidade territorial tal como é o caso de Tefé e Tabatinga.
Figura 3
Cidades da Calha Solimões-Amazonas – Total de empresas de telefonia móvel celular por municípios - 2007
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No caso das cidades Pólos em Serviços de Saúde percebe-se que a rede
urbana se estende para além dos rios determinados.
Figuras 5,6,7 e 8
Cidades da Calha Solimões-Amazonas – Total de população e de agências por município - 2007
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Cidades da Calha Solimões-Amazonas – Total de Caixa Aqui - 2007
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Figura 9
Manaus
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Referências Bibliográficas
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Este artigo é resultado parcial das seguintes pesquisas “As cidades e os rios: tipificação da rede
urbana na calha do rio Solimões-Amazonas” financiado pela FAPEAM pelo PGCT/06; “Acesso à
informação e a sustentabilidade urbana na Amazônia: um sistema de informação para as cidades
localizadas na calha dos rios Solimões e Amazonas” financiado pela FAPEAM pelo Programa de
infra-estrutura para Jovens Pesquisadores - Primeiros Projetos -2007 e “Tipificação da rede urbana
na Amazônia: um estudo para as cidades localizadas na calha do rio Solimões-Amazonas” financiado
pelo CNPq Edital MCT/CNPq50/2006. Todos coordenados pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas das
Cidades da Amazônia Brasileira – NEPECAB, vinculado ao Departamento de Geografia da
Universidade Federal do Amazonas.
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O termo responsabilidade territorial utilizado neste sentido é oriundo da palestra do geógrafo Jan
Bitoun “Observar em redes: implicações políticas, geopolíticas e técnico-científicas” realizada no
Seminário Internacional Cidades na Floresta, em 01 de dezembro de 2006, Belém.
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