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Avaliação da disciplina de Atenção primária à saude

Ementa: Atenção primária à saude


Aluna: Jucelia Oliveira Pedrosa
CPF : 05253013300

A atenção primária é o primeiro nível de atenção adotado pelo SUS, ou o primeiro


contato do usuário com o sistema, que executa a maior parte das ações de promoção,
prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde. No nível primário de atenção,
existem as Unidades Básicas de Saúde e também a atuação em diversos espaços, como
centros comunitários e escolas, além da realização de visitas domiciliares.
Grande parte dos casos demandados à atenção primária são resolvidos neste nível
da atenção. As Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada preferencial do
Sistema Único de Saúde (SUS), onde atuam as equipes de Atenção Básica, visando
atender até 80% dos problemas de saúde, sem a necessidade de encaminhamento do
usuário aos hospitais. Nelas realizam-se atendimentos básicos de Pediatria, Ginecologia,
Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia.
Além das consultas, as UBS ofertam serviços de enfermagem, inalações, injeções,
curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico,
encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicações básicas.
A atenção primaria deve ser a porta de entrada do usuário com a saúde. Existem
sete atributos que devem ser considerados no funcionamento efetivo da atenção primaria:
1) Primeiro contato: acessibilidade e garantia do uso dos serviços para cada problema ou
episódio para os quais se procura atenção à saúde;
2) Longitudinalidade: uso consistente do cuidado, em um ambiente humanizado, e de
confiança entre equipe de saúde, indivíduos e famílias;
3) Integralidade: prestação de serviços que atendam às necessidades da
população na promoção, prevenção, cura, cuidado, reabilitação e paliação;
reconhecimento adequado dos acometimentos biopsicossociais que levam a doenças e a
oferta em outros pontos de atenção à saúde;
4) Coordenação: coloca a APS como centro de comunicação da RAS, garantindo a
continuidade terapêutica ao deter as informações relevantes dos usuários;
5) Focalização na família: coloca a família como sujeito de atenção, exigindo da equipe
conhecimento integral de seus problemas de saúde e daquela unidade social;
6) Orientação comunitária: análise situacional das famílias, considerando
seu contexto físico, econômico e social;
7) Competência cultural: relação horizontal entre equipe e família, respeitando suas
singularidades e preferências.
O modelo gerencial da APS é a orientação por processos, que rompe com a
organização verticalizada, substituindo-a pela horizontalizada. Ele permite planejar e
executar melhor as ações por meio de definição das responsabilidades, utiliza mais
adequadamente os recursos, evitando desperdícios e buscando a redução de custos, e
elimina etapas redundantes.
Esse tipo de gestão demanda três etapas:
1) Mapeamento: busca entender a forma de organização das pessoas para executar seu
trabalho e os resultados obtidos com isso, procurando otimizar os processos e ganhar
mais produtividade;
2) Redesenho: feito com quem está envolvido no trabalho, identificando tarefas críticas nos
processos, elaborando novos Procedimentos Operacionais Padrões;
3) Implantação e monitoramento dos processos redesenhados: por meio de atividade de
tutoria, em que o tutor, que tem maior conhecimento do processo, interage com os
funcionários que os executam todos os dias para aprender fazendo junto. O
monitoramento é responsabilidade de gestores/auditores que fazem um checklist avaliativo
dos processos implantados.
É necessário pensar na gestão com ações mais ousadas e eficientes para que a
atenção deixe de ser considerada básica (pensando somente nos cuidados básicos da
saúde) e seja efetivamente uma Atenção Primária à Saúde, ou seja, a atenção completa e
complexa, porta de entrada do usuário na RAS, porém responsável pela coordenação de
seu tratamento. Isso só é possível com educação continuada para os funcionários, novos
projetos que agreguem conhecimento e inovação e transparência para os usuários, que
ainda não entendem completamente os caminhos para seu cuidado.
Referencias
PAIVA, C. H. A.; TEIXEIRA, L. A. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de
Saúde: notas sobre contextos e autores. História, Ciências, Saúde – Manguinhos,

Rio de Janeiro, v.21, n.1. 2014. SOUZA, C. Políticas Públicas: uma revisão da literatura.
Revista Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez 2006, p. 20-45.

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